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Gama
Chūnin — Oto
Seu treinamento em grupo havia terminado. Agora Kaito encontrava-se voltando para o seu dormitório, caminhando pelas estradas de neve do Ferro. Optou por voltar sozinho, deixando Dio e Kirigawa seguirem por outro caminho. Depois de toda a emoção dos últimos dias, precisava de um tempo para si. Ainda não havia feito isso... reservado um momento para pensar, refletir.
Olhou para o céu. Havia se passado somente dois dias, mas ainda assim tanta coisa já tinha acontecido. Primeiro de tudo, seus dois companheiros de equipe. Não podia ter pedido por um par mais excêntrico. Os dois eram quase opostos, um lutava para proteger o que amava, e outro lutava por amor. Sem contar aquela força descomunal... seu estômago ainda doía depois de levar dois socos em cheio. "...Ao menos... Com um time desse posso dizer que estou em boas mãos.", pensou, rindo internamente.
Em seguida havia Ren, o garoto misterioso. Não sabia muito sobre ele, e quanto mais pensava sobre isso menos sentia que conseguiria descobrir. Tudo o que sabia era que o garoto foi esperto o suficiente para derrotá-lo em seu próprio jogo, completamente. E além disso, possuía alguma habilidade especial... provavelmente de nascença, que ainda não tinha conhecimento. Talvez de todos os ninjas presentes naquele exame, Ren fosse o que mais tinha vontade de aprender sobre.
Por último, Kijin. O brigão da aldeia da névoa. Já se perguntou se ele era o rapaz com o soco mais forte de todo o exame... claro, até sentir o de Dio na pele. Mas ao menos continuava como o número dois, o que ainda era uma posição incrível. Além disso, não apenas tinha essa força descomunal, mas também aquele misterioso poder. Jamais vira algo assim antes, uma pessoa que controlava os ossos de dentro do seu corpo.
A caminhada durou um bom tempo. Quase trinta minutos. Andava a passos curtos, não estava com pressa. Pôde ver o andar dos turistas preenchendo a área do exame, havia muitos, mais do que estava esperando. Alguns vinham falar com ele, mas rapidamente arrumava um jeito de escapar da conversa. Não era com eles que estava interessado em falar.
Continuou viagem até parar nos fundos do prédio de hospedagem, ao pé de uma árvore. "...", olhou para o topo. "...Se ao menos meu corpo fosse mais forte...", pensou, "...Se ao menos eu não fosse tão fraco...". Abaixou a cabeça, rangendo os dentes. Ele nunca sentiu algo assim no vilarejo. Nunca sentiu a vontade de crescer, de se fortalecer. Para ele, ter um corpo magro e fraco já era o suficiente. Tudo o que precisava para sobreviver era a sua cabeça. Mas agora a história havia mudado, todas as pessoas à sua volta pareciam super-humanos. Comparados a ele, era como se sequer pudesse ser chamado de ninja.
Ele precisava mudar isso. Ele queria mudar isso. Queria ter a resistência para aguentar os socos daquelas pessoas. "...Droga...!". Desferiu um soco na árvore. Foi um soco inconsciente, como se tivesse tentando extravasar toda a sua raiva. Por um instante apenas seguiu o fluxo, sentiu o impacto daquele soco, e aquilo o acalmou, ainda que um pouco. Foi quando, pasmo, olhou para a palma da mão. "...Não doeu.", pensou, "...Não doeu nem um pouco.".
Por um bom tempo, o garoto ficou parado, surpreso. Aquele soco... foi desferido com toda a sua força, e ainda assim ele não sentiu dor alguma. Se olhasse para o seu eu de semanas atrás, aquilo seria algo impossível, impensável. Um soco apenas já seria o suficiente para fazê-lo cair no chão de agonia. "...Eu estou... melhorando.", disse para si mesmo, ainda incrédulo com essa afirmação. Era verdade, esse era um fato que havia esquecido depois de ver tantas pessoas mais fortes que ele. Ele estava melhorando. Ele estava ficando mais forte.
O garoto deu um sorriso. "...Heh, refletir. O que que eu to fazendo?", olhou para a palma da mão, confiante, "Não tenho tempo pra essas coisas. ...Logo vou ter que lutar contra essas pessoas pra valer.".
Deu mais um soco na árvore. Não doeu. Um terceiro soco. A mesma coisa. Continuou desferindo-os, um atrás do outro. Vez ou outra, um chute. Era a mesma lógica do seu treinamento anterior no vilarejo. A cada golpe que dava, pequenas fraturas e cortes ocorriam no seu corpo. Sejam eles nos músculos dos ombros, das coxas, ou os ossos e pele dos punhos, ou das canelas. Seu corpo inteiro sofria pequenas feridas a cada ataque que dava naquele tronco de árvore. Mas ao mesmo tempo, as feridas eram tão minúsculas que seu corpo conseguia se auto-regenerar no intervalo de tempo entre os golpes.
Daí que estava a ideia de alterar entre socos e chutes. Entre todo soco haveria um chute, e entre todo chute haveria um soco. Dessa maneira, o intervalo de tempo entre os impactos dos braços e das pernas era prolongado, dando tempo do corpo se reparar antes do próximo ataque. Era essa a sua estrategia. Repetiria esse movimento durante um bom tempo, disciplinaria o seu corpo enfraquecido. Ensinaria-o a aguentar pancadas de verdade, e se recuperar após isso. "...Não posso me abalar com trivialidades como dor, ou cansaço.", pensou, "Se eu realmente perder pra essas coisas, eu nunca vou vencer de ninguém.".
Passou-se um total de duas horas desde que começou a treinar. Mais tempo do que conseguiria fazer durante seu período no vilarejo. O garoto viu-se acabado, caído de costas para a árvore, sentado no chão. Estava ofegante, e ainda que estivesse no frio cortante do Ferro, seu corpo estava completamente suado. A este ponto suas canelas e punhos estavam sangrando.
"...Acho que exagerei.", pensou, "...É melhor voltar para o dormitório, por agora.". Tentou levantar, mas acabou cambaleando e caindo de novo para o chão. Tomou um tempo para recuperar o fôlego, e então tentou mais uma vez, conseguindo. A partir daí, caminhou a passos curtos de volta para o dormitório. De certa forma, hoje foi um dia extremamente produtivo, ainda que o rapaz não tenha se dado conta.
Olhou para o céu. Havia se passado somente dois dias, mas ainda assim tanta coisa já tinha acontecido. Primeiro de tudo, seus dois companheiros de equipe. Não podia ter pedido por um par mais excêntrico. Os dois eram quase opostos, um lutava para proteger o que amava, e outro lutava por amor. Sem contar aquela força descomunal... seu estômago ainda doía depois de levar dois socos em cheio. "...Ao menos... Com um time desse posso dizer que estou em boas mãos.", pensou, rindo internamente.
Em seguida havia Ren, o garoto misterioso. Não sabia muito sobre ele, e quanto mais pensava sobre isso menos sentia que conseguiria descobrir. Tudo o que sabia era que o garoto foi esperto o suficiente para derrotá-lo em seu próprio jogo, completamente. E além disso, possuía alguma habilidade especial... provavelmente de nascença, que ainda não tinha conhecimento. Talvez de todos os ninjas presentes naquele exame, Ren fosse o que mais tinha vontade de aprender sobre.
Por último, Kijin. O brigão da aldeia da névoa. Já se perguntou se ele era o rapaz com o soco mais forte de todo o exame... claro, até sentir o de Dio na pele. Mas ao menos continuava como o número dois, o que ainda era uma posição incrível. Além disso, não apenas tinha essa força descomunal, mas também aquele misterioso poder. Jamais vira algo assim antes, uma pessoa que controlava os ossos de dentro do seu corpo.
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A caminhada durou um bom tempo. Quase trinta minutos. Andava a passos curtos, não estava com pressa. Pôde ver o andar dos turistas preenchendo a área do exame, havia muitos, mais do que estava esperando. Alguns vinham falar com ele, mas rapidamente arrumava um jeito de escapar da conversa. Não era com eles que estava interessado em falar.
Continuou viagem até parar nos fundos do prédio de hospedagem, ao pé de uma árvore. "...", olhou para o topo. "...Se ao menos meu corpo fosse mais forte...", pensou, "...Se ao menos eu não fosse tão fraco...". Abaixou a cabeça, rangendo os dentes. Ele nunca sentiu algo assim no vilarejo. Nunca sentiu a vontade de crescer, de se fortalecer. Para ele, ter um corpo magro e fraco já era o suficiente. Tudo o que precisava para sobreviver era a sua cabeça. Mas agora a história havia mudado, todas as pessoas à sua volta pareciam super-humanos. Comparados a ele, era como se sequer pudesse ser chamado de ninja.
Ele precisava mudar isso. Ele queria mudar isso. Queria ter a resistência para aguentar os socos daquelas pessoas. "...Droga...!". Desferiu um soco na árvore. Foi um soco inconsciente, como se tivesse tentando extravasar toda a sua raiva. Por um instante apenas seguiu o fluxo, sentiu o impacto daquele soco, e aquilo o acalmou, ainda que um pouco. Foi quando, pasmo, olhou para a palma da mão. "...Não doeu.", pensou, "...Não doeu nem um pouco.".
Por um bom tempo, o garoto ficou parado, surpreso. Aquele soco... foi desferido com toda a sua força, e ainda assim ele não sentiu dor alguma. Se olhasse para o seu eu de semanas atrás, aquilo seria algo impossível, impensável. Um soco apenas já seria o suficiente para fazê-lo cair no chão de agonia. "...Eu estou... melhorando.", disse para si mesmo, ainda incrédulo com essa afirmação. Era verdade, esse era um fato que havia esquecido depois de ver tantas pessoas mais fortes que ele. Ele estava melhorando. Ele estava ficando mais forte.
O garoto deu um sorriso. "...Heh, refletir. O que que eu to fazendo?", olhou para a palma da mão, confiante, "Não tenho tempo pra essas coisas. ...Logo vou ter que lutar contra essas pessoas pra valer.".
Deu mais um soco na árvore. Não doeu. Um terceiro soco. A mesma coisa. Continuou desferindo-os, um atrás do outro. Vez ou outra, um chute. Era a mesma lógica do seu treinamento anterior no vilarejo. A cada golpe que dava, pequenas fraturas e cortes ocorriam no seu corpo. Sejam eles nos músculos dos ombros, das coxas, ou os ossos e pele dos punhos, ou das canelas. Seu corpo inteiro sofria pequenas feridas a cada ataque que dava naquele tronco de árvore. Mas ao mesmo tempo, as feridas eram tão minúsculas que seu corpo conseguia se auto-regenerar no intervalo de tempo entre os golpes.
Daí que estava a ideia de alterar entre socos e chutes. Entre todo soco haveria um chute, e entre todo chute haveria um soco. Dessa maneira, o intervalo de tempo entre os impactos dos braços e das pernas era prolongado, dando tempo do corpo se reparar antes do próximo ataque. Era essa a sua estrategia. Repetiria esse movimento durante um bom tempo, disciplinaria o seu corpo enfraquecido. Ensinaria-o a aguentar pancadas de verdade, e se recuperar após isso. "...Não posso me abalar com trivialidades como dor, ou cansaço.", pensou, "Se eu realmente perder pra essas coisas, eu nunca vou vencer de ninguém.".
[...]
Passou-se um total de duas horas desde que começou a treinar. Mais tempo do que conseguiria fazer durante seu período no vilarejo. O garoto viu-se acabado, caído de costas para a árvore, sentado no chão. Estava ofegante, e ainda que estivesse no frio cortante do Ferro, seu corpo estava completamente suado. A este ponto suas canelas e punhos estavam sangrando.
"...Acho que exagerei.", pensou, "...É melhor voltar para o dormitório, por agora.". Tentou levantar, mas acabou cambaleando e caindo de novo para o chão. Tomou um tempo para recuperar o fôlego, e então tentou mais uma vez, conseguindo. A partir daí, caminhou a passos curtos de volta para o dormitório. De certa forma, hoje foi um dia extremamente produtivo, ainda que o rapaz não tenha se dado conta.
- Considerações:
- Aparência & Vestimentas. Bolsa de armas amarrada na cintura e a bandana do vilarejo no pescoço. Treino de 2 PdA em autocura, 1003 palavras.
Time: Eu, Dio (@Sortudo) e Senju Kirigawa (@Kirigawa).- Equipamentos:
- Main (15/20 Espaços):
- Kibaku Fuuda x14 [07]
- Hikaridama x2 [02]
- Kemuridama x1 [01]
- Zoketsugan x2 [0.5]
- Hyoryogan x2 [0.5]
- Kunai x4 [04]
- Jutsus Utilizados:
Vila : Sem vila
Mensagens : 222
Data de inscrição : 23/05/2020
Løner
Aprovado
- Considerações:
Gostei da forma como usou os acontecimentos que acabaram de rolar. Boa sacadamostra como enriquece o personagem essas roleplays
Recompensas: 2PdA Auto-Cura
Vila : Sem vila
Mensagens : 167
Data de inscrição : 19/06/2020
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