[Aprendizado e Treinos] O mestre do punho bêbado

HP: (300 • 300) CH: (300 • 300) ST: (0 • 2)

Três passos para a esquerda, três para a direita - podia ser algum tipo de mambo, e talvez até fosse, para alguns homens só existia uma dança: a dos punhos - joelho esticado suavemente à frente do tronco e então um cute girado à altura dos pés - Crack! - Parava tudo. Ainda me lembro do som. É, aquela merda foi algo sinistro. Por um instante, diante de meus olhos haviam dois reféns - Gezz, quanta responsabilidade - Limpava o suor da testa, me jogando para trás. Em Kiri não se faziam dias de sol, - talvez devesse viajar um pouco, tomar um bronzeado pra esquecer tudo isso - Com a mão rebuscava a cabaça. Era Sakê com seiva do bom, e nada melhor que um gole generoso após uma seção de treinos.

- Treinar? Eu? Quem diria - Os acontecimentos recentes na Ilha das Ostras me deixaram inquieto, foi contando com a astúcia de Inuji que podemos contornar a situação, entretanto, e se fosse ele o capturado? - Tenho calafrios só de lembrar - Meu corpo levantava subitamente só de ponderar o momento - Tenho sido preguiçoso a muitos anos, acho que um dia de treino pesado não iria fazer mal. -

- Fazia realmente algum tempo... - Me espreguiçava. Mesmo sob a supervisão de alguém como Hitokuchi-sensei rolava um jeito de cabular minhas obrigações - normalmente fingia estar meditando. - É, vamos pra valer nessa. Fechava os olhos e respirava fundo - são três metros de distância do alvo, o tronco de uma árvore - Um, dois passos, braços inclinados a altura do abdomem - concentração - braço esquerdo para frente, então dois passos rápidos para frente, junto de um golpe de punho cerrado na horizontal no tronco - na faixa de corpo - Mais um golpe, e depois mais um, e outro - e assim sucessivamente por vinte minutos inteiros - até que - Crack! - A casca da árvore finalmente se rompia aos poucos com a progressão de golpes, então continuava a desferi-los, até meus punhos ficarem cobertos de seiva, e então parava, ofegante. - Onde deixei mesmo? - Revirava a hip-pouch velha que carregava comigo em busca da cabaça novamente - Achei que você nunca fosse sangrar, você é mesmo durona! - Indagava a mim mesmo enquanto me aproximava novamente do tronco. Se tinha algo que respeitava, era uma velha árvore casca grossa. Uma capaz de colocar sua resistência a prova, necessitando de alguns bons golpes Interruptos antes de finalmente sangrar.

Inspecionava a superfície, a apalpando - É, talvez aqui - Desferia um único soco após encontrar - usando uma única polegada como espaçamento -  de maneira precisa como o bisturi de um cirurgião, e ao brandir o golpe, uma nova fissura na casca surgia - Crack! - Levava a cabaça em sua direção e então permitia a seiva cair dentro. Após encher metade do recipiente, o fechava de novo e chacoalhava - Uma receita antiga. Aprendi vendo meu avô na antiga casa das Sarutobi - Relembrava. A seiva não só acentuava o gosto da bebida, como também endurecia o punho e a resistência do guerreiro. - O que foi? Cada um tem seus métodos pessoais de treino, inclusive eu - É como eu sou, e um gole para comemorar isso, antes de recomeçar... - Afinal tenho um estoque inteiro de sake seivado para encher - Suspirava. Outras cinco árvores e outras cinco cabaças - Ainda havia bastante trabalho a ser feito. - Suspirava outra vez, buscando força em meio a preguiça. Quanto mais pensava sobre o que era ser um Shinobi, mais admirava meu pai e avô - Era dificil. - Juntava as coisas e voltava a caminhar pelo bosque como um vagabundo. Sabe-se lá deus o quão longe estava a próxima árvore dessas, precisava me apressar.