[Treino] Em busca da percepção

[Treino] Em busca da percepçãoSáb Jun 27, 2020 9:18 pm

Uma missão não oficial estava para ser decretada pela elite da Chuva e somente um Genin deveria ser encarregado de tal. Procuraram por milhares de nomes sendo que somente um deles chamou a atenção devida. — Hisagi, Hisagi Hatake — murmurou um deles, apontando para a figura do jovem de cabelos esbranquiçados. — Ele parece ser o mais inteligente diante desses moleques mimados. — complementou o outro, levantando da cadeira por consequência e sinalizando na direção de um mascarado que fazia, pelo visto, a segurança da porta. O mascarado aproximou-se em passos lentos, chegando a exatos um metro de distância do homem da elite. — Leve estas instruções ao Genin Hisagi Hatake. Provável que vá encontra-lo em sua casa, na periferia do vilarejo, apartamento 2 B-1. — as informações foram recitadas e o mascarado, consentindo com a cabeça, sumiu aos olhos treinados dos dois homens da elite, utilizando uma técnica de cintilação corpórea. O sobretudo enegrecido entrava em contato com as gotículas de chuva que não cansavam de cair conforme se postava em direção à periferia, utilizando a mesma velocidade de outrora. Não tardou em chegar no prédio, de frente à porta do apartamento B-1. Duas batidas secas foram suficientes para receber uma resposta vinda de dentro do cômodo. — Já vou. — a voz feminina ecoou, galgando aos ouvidos do mascarado. A porta faz seu barulho característico de madeira velha e a jovem fitou o homem dos pés à cabeça. — Procuro por Hisagi. — foram as únicas palavras do sujeito, em tom sério o suficiente para faze-la correr na direção de seu irmão.

— Irmão... — ela me chamava do outro lado do cômodo, com sua voz ofegante, como se fosse um assunto importante. Estava no meio do meu treino de percepção, aonde jogava uma bola pequena, amarela, na direção da parede com extrema força e buscando que rebatesse e voltasse. Independente da direção que iria voltar, tentava perceber sua trajetória e intercepta-la com as ambas as minhas mãos. Assim se sucedeu todo o treino antes de ser interrompido por Lizz. — No meio do treino, Lizz? — indaguei-a, com olhos repreensivos. Antes que ela pudesse se justificar, continuei. — Sabe que preciso me concentrar, principalmente nos treinos. O Chunin Shiken esta prestes a começar, preciso treinar para alcançar meu ápice. Nossa família precisa... — tentei finalizar, mas, os olhos azulados dela me repreenderam de imediato. Calei-me. — É um mascarado. Ele procura por você, seu idiota. Babaca... — disse, por fim, sussurrando conforme buscava o corredor estreito do pequeno apartamento. Consenti com a cabeça, soltando um singelo sorriso, amarelo, de canto de boca. Vagarosamente, movi-me pelo mesmo corredor estreito, indo em direção à sala-cozinha. Fitei o homem mascarado, portanto um sobretudo enegrecido e, nas mãos, ao que tudo indicava, um pergaminho. A bandana da Chuva fazia-se presente no bíceps direito dele, quebrando qualquer pensamento sobre ser um invasor ou algo do gênero. — Pode falar, senhor. — levei minha destra até a boca do estômago, inclinando meu corpo como forma de respeito ao superior. Me aproximei mais dele, ficando a exatos três metros da porta, esperando pelas instruções do homem.

O mascarado sorriu por dentro da mascara. Via ali, na sua frente, o futuro da Chuva, com o corpo completamente exausto de tanto treinar. — Você foi requisitado para uma missão não oficial. A elite precisa que fique de olho em um homem chamado Jyuu. Ele é suspeito de traficar as crianças da Chuva para outros vilarejos. Precisamos que fique atento atento em todos os movimentos do suspeito e, de forma alguma, aja precipitadamente. Queremos informações cruciais e apenas isso. Não banque o herói, afinal, você não é um. — as palavras dele eram contundentes e fazia com que o jovem Hisagi recuasse um pouco, mostrando o semblante de desdenho perante à missão. — Leve essa missão a sério, moleque. Várias famílias dependem da resolução desse caso. Gostaria que sua irmã fosse raptada por um verme igual Jyuu? — serviu como um golpe direto ao estômago do Hatake, pensando em como seria caótico ter sua irmã raptada e levada à outra vilarejo, sabe se-la para quais fins. Consentiu, por fim, com a cabeça, servindo como gatilho perfeito para que o mascarado desse lugar à uma complexa cortina de fumaça que se dissipava aos poucos, mostrando que não estava mais parado frente a porta. O pergaminho em mãos encontrava-se no chão e, por sua vez, Hisagi se aproximou, pegando-o com ambas as mãos para uma posterior leitura. Lizz se aproximou, puxando as mangas longas de seu irmão, pretendendo chamar a atenção dele. Olhou em direção a própria irmão, levando a destra sobre os fios loiros da criança, visando acalma-la.

''Sua missão começa amanhã. Trate de documentar todos os passos de Jyuu, para onde vai, de onde vem e com quem fala. Tudo, absolutamente tudo é de extrema importância para o resultado final da missão. Ele trabalha na mercearia do Sr. Fukasa, das dez da manhã até às cinco da tarde. Boa sorte, jovem.''

Ri ao término da leitura. É engraçado a forma com que os da elite tratam suas jóias no papel, mas, em ações, são os piores ratos desse esgoto a céu aberto que é Amegakure. — Vou finalizar meu treinamento, Lizz. Não se preocupe, eu mesmo irei matar esse verme. — proferi, caminhando vagarosamente de encontro à meu quarto, aonde continuaria com o treino de precisão. Dentro do pequeno quarto, meu cubículo pessoal, peguei a mesma bolinha de outrora, arremessando mais uma vez, utilizando minha máxima força no movimento. A bola voou em direção à parede, chocando-se contra ela e, por consequência, indo de encontro à outra parede. Antes que conseguisse colidir contra a outra parede, levei minha mão, tendo total percepção da trajetória que ela iria fazer, interceptando a bolinha. — Fico cada vez melhor nisso aqui. Consigo ler os movimentos da bolinha com precisão. — sorri, arqueando a destra para cima, buscando lançar uma vez mais a bolinha. O processo foi o mesmo, durante horas e mais horas até ser atrapalhado por minha mãe. — Já são onze horas da noite, Hisagi. Eu e sua irmã precisamos descansar. — gritou do outro cômodo. Era o sinal perfeito para finalizar o treinamento. — Desculpe, mãe. Vou parar agora. — proferi, com um sorriso de orelha a orelha, fitando as maras nas paredes provindas do atrito entre elas e a bolinha. — Se ela ver isso aqui, certeza que vou morrer. — sussurrei.

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoSáb Jun 27, 2020 10:16 pm

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoSáb Jul 04, 2020 5:17 pm

A noite consumiu sua mente e junto dela, os pensamentos mais sombrios acerca de Jyuu, o procurado. Imaginar o que ele fazia raptando as crianças, criava certo repúdio em seu âmago mais profundo. O estômago estava embrulhado e sequer o cheiro familiar da rāmen, utilizando a típica massa japonesa, junto de um caldo feito com galinha e especiarias da Chuva, que estava sendo preparado por sua mãe, foi suficiente para abrir a apetite. Estava estático, fitando as paredes marcadas pelo treino de percepção, rangendo os próprios dentes, demonstrando o ódio que sentia pelo principal alvo da missão de investigação. Em imaginar que crianças da mesma idade que sua irmã estavam sofrendo nas mãos desse monstro só serviu para um propósito; traçar um plano visando a coleta de informações. Sorriu, tentando idealizar o sucesso e prevendo as próprias mãos sobre o pescoço dele, apertando-o com todas as forças possíveis. Será uma cena para guardar na memória. Pensou, levando a destra sobre os fios esbranquiçados no topo da cabeça, bagunçando o que já estava bagunçado. O rápido movimento de levantar da cama foi feito de imediato ao término do simples movimento com a mão. Andou vagarosamente, buscando o acesso mais rápido do cômodo. Ao chegar no estreito corredor, visualizou tanto sua irmã quanto sua mãe sentadas, jantando juntas, desfrutando de um dos poucos momentos de paz que tinham ali. Desde o sumiço de seu pai, tudo se tornou mais conturbado e, desde moleque, teve de assumir as responsabilidades como homem da casa. Por mais que se porte como um adolescente rebelde, que não liga para nada além de si próprio, ali estava a razão pela qual lutava diariamente, sem hesitar em nada. Viu o semblante de preocupação estampado na face de sua mãe e, pode visualizar também, a pureza de sua irmã em não entender o momento crítico que teria de passar.

A mãe olhou sua cria mais velha com o olhar decidido, sabendo em seu interior de que Hisagi estava pronto para sair em missão, uma que era suficientemente relevante para mudar o semblante de seu filho. Com um simples gesto, consentiu com a cabeça, olhando fixamente na direção dele, sendo suficiente para reconforta-lo e depositar as esperanças no jovem. Seguiu adiante, soltando um singelo sorriso, amarelo, em direção à sua irmã que, por mais que soubesse do que se tratava, não entendia o perigo que o irmão estará correndo. Não tardou em acessar a porta, movendo a maçaneta de ferro em um movimento único, leve, evitando quebrar algo que já estava. A madeira maciça rangeu, evocando um singelo, mas perturbador, barulho. Por fim, pode ver a chuva pairar sobre os prédios do vilarejo, como se estivesse abraçando e reconfortando-os. Servia como um rito de passagem e, devolvendo as graças dos céus, abraçou as gotículas de chuva com seu manto enegrecido. Estava coberto quase que completamente, deixando até mesmo o rosto oculto pelo próprio tecido. Suspirou de forma lenta, sentindo os pulmões encherem de ar. A noite já havia consumido o vilarejo e, apesar de ter um pequeno plano em mente, não sabia por onde começar. — Vou transformar minha aparência utilizando do Henge no Jutsu, mas, pra isso, preciso me portar como uma criança, além de ter a sorte de ser encontrado pelo Jyuu. Merda... odeio trabalhar com o fator sorte. — murmurou, em oitavo tom, levando a canhota sobre um dos bolsos do sobretudo. De lá, retirou o maço de cigarro responsável por sustentar o próprio vício. O trago tardou, mas chegou limpando o próprio interior. Por fim, soltou o fumo de forma demorada, sentindo-o preencher cada parte do próprio rosto.

Como uma sombra, moveu-se por entre as vielas da Chuva, ocultando-se na escuridão. Movia-se como um verdadeiro profissional, apesar da baixa patente, utilizando dos elementos do ambiente como forma de passar despercebido. — Se ele rapta crianças, com certeza age na parte periférica do vilarejo, aonde os alvos se tornam inúmeros e completamente vulneráveis. — traçou uma linha de raciocínio que se mostrou bastante fundamentada, com as poucas informações que havia recebido e coletado do Anbu de outrora. Sua atenção perpetuou durante todo o caminho, tentando fitar qualquer vestígio que pudesse leva-lo até o criminoso. De frente ao maior prédio da periferia, suspirou uma vez mais, realizando o ultimo trago no cigarro recém acendido e jogando a bituca ao solo, esfregando com a sola do pé destro. Acumulou uma ínfima parcela do próprio chakra nos solados, suficiente para iniciar o movimento. Com um membro inferior após o outro, se deu inicio à escalada do maior prédio, chegando ao topo após alguns minutos de esforço. Do alto, conseguia analisar todas as vielas próximas, como também, boa parte do centro comercial que, em sua visão, seria o outro ponto de maior facilidade para Jyuu cometer seus crimes repugnantes. — Daqui algumas horas os comerciantes vão abrir suas tendas de alimentos, dos mais variados. Ali, diversas crianças pobres ajudam suas famílias e, portanto, deve ser uma boa área para Jyuu trabalhar... esse nojento... — o ódio foi suficiente para desferir um soco, seco, na estátua de gargalo a poucos centímetros de distância. Não criou avarias à estátua, porém, foi suficiente para fazer o molde da orelha cair ao solo. Apesar da demonstração de fraqueza, logo se recompôs, mantendo a calma e decidindo por analisar a situação, como estava fazendo. A passagem de tempo, representada pelo Sol se deu de forma gradativa, apesar de boa parte oculta pelas nuvens carregadas de chuva.

Os raios solares, pelo menos alguns, invadiram o vilarejo e junto deles o alerta de Hisagi. As pequenas tendas estavam armadas, os comerciantes faziam-se presente mais ao sudeste de onde estava, mas, perto o suficiente para ter total percepção do que acontecia. — Essa é a melhor hora para ele agir. — sussurrou, tentando abranger sua percepção ao máximo, cobrindo uma área extensa com os olhos, buscando por atitudes suspeitas. Próximo da viela principal que se sucede ao centro comercial, um homem, encapuzado, alto e de aparente pele pálida se aproximou de forma estranho, no mínimo. Parecia fugir de algo ou alguém, ou até mesmo se escondendo de possíveis observações. Seguiu o alvo com os olhos, fitando todos os movimentos dele. Viu o mesmo se aproximar de uma garota, aparentando ter por cerca de seus quatorze anos, o que já anulava a informação de Jyuu só raptar crianças. Continuou observando o homem, que, próximo da garota, utilizou algum pano embebedado por uma espécie de líquido, suficiente para, ao contato com o nariz dela, faze-la apagar. por fim, arrostou a garota pelo mesmo beco, sumindo por consequência. — Maldito. — explanou aos ventos, realizando um salto, visando o solo. — Preciso me manter calmo. Vou usar essa garota como isca, infelizmente, mas irei seguir esse homem. — por fim, pensou, minimizando as próprias emoções e seguindo em direção à ultima viela em que viu o alvo.

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Ficha do Personagem, aonde pode encontrar tanto as vestes quanto a descrição física e psicológica do mesmo.

Trata-se de uma série em que farei os treinos de percepção, HP e Chakra do meu personagem. Esse post, com mais de 1k de palavras, refere-se ao treino semanal em Percepção (2 PdA's). Acredito que o real propósito de analisar e perceber a situação, de diferentes formas com que foram expostas na narração, seja suficiente para fundamentar o treinamento.

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoSáb Jul 04, 2020 5:28 pm

@ap

ora ora parece que temos um xerox holmes

Re: [Treino] Em busca da percepçãoSáb Jul 04, 2020 7:19 pm

Segui-lo foi uma tarefa um tanto quanto complexa. Parecia experiente no que fazia e, a todo instante, tentava olhar para trás ou para os lados buscando localizar algum possível perseguidor. Hisagi, apesar de novo e com pouca experiência, mostrou habilidade circunstancial, transformando o próprio corpo, utilizando a técnica básica ''Henge no Jutsu''. Sua aparência, agora, era de um velho, carregando uma bengala que na verdade, tratava-se de Arashi, a própria espada. Conseguiu seguir Jyuu até certo ponto, quando, finalmente, o homem entrava no que parecia ser um galpão gigantesco, arrastando a garota pelos próprios cabelos. — Então é aqui. — pensou, analisando o local. Dois guardas, brutamontes de aparentemente dois metros ou mais de altura, fora os músculos, prostrados na porta principal do local seriam o real desafio do jovem. Precisava optar por uma aproximação sem chamar a devida atenção, então, lidar com aqueles homens, estava fora de cogitação. Buscou analisar o extenso armazém, vendo uma pequena entrada, se é que poderia ser chamada assim. — Esse buraco é grande o suficiente para que meu corpo passe. Estando lá dentro, preciso me infiltrar da melhor forma possível. — arquitetou, analisando uma vez mais os guardas. Eles seriam as novas vítimas de sua transformação.

Elevou a quantidade de chakra substancialmente, acumulando por meio de um único selo, juntando ambas as mãos com os dois indicadores para cima. A energia logo se espalhou em um fumo não muito denso, mas suficiente para mascarar a transformação. Seu corpo, que antes parecia com o de um velho possuidor de sérios problemas na coluna, virou um colosso, por assim dizer. Cheio de músculos, um bigode nada apreciativo e careca, sorriu, buscando o flanco dos guardas. Fitou a altura até o buraco e, consumindo mais uma parcela do próprio chakra, começou a subida até lá. Não tardou em chegar, agarrando-se pelo buraco e, com um movimento único, rápido o suficiente. Se viu no que parecia ser um sótão, cheio de móveis empilhados um encima do outro, alguns até mesmo protegidos por uma espécie de capa transparente. — Certo. Puta lugar estranho... agora preciso ir com cautela. — murmurou em oitavo tom, fitando a porta de madeira maciça do cômodo colossal. Levando a destra sobre os bolsos, pegou seu maço, acendendo um único tabaco e tragando-o. Serviria como um potencializador para pensar no que fazer já dentro do local. O fumo foi exteriorizado, representando uma nova ideia. — Vou me passar por esse guarda, assim como a estratégia original, porém, tentarei me aproximar de Jyuu. — pensou, levando a canhota ao queixo retangular.

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoSáb Jul 04, 2020 9:16 pm

Os passos do jovem foram vagarosos, com a máxima cautela exigida pela missão. O solo rangia conforme andava. As tábuas de madeira estavam claramente avariadas, podres e, quem sabe, poderiam causar algum tipo de acidente. Não foi o caso. Continuou sua busca minuciosa por Jyuu, entre os vários corredores do armazém. Todo cuidado era pouco e assim se manteve. Pode escutar, ao fundo, duas vozes potentes, além de alguns choros. Procurou a aproximação de forma lenta, cuidando para minimizar o máximo dos barulhos que pudesse. Estando próximo o suficiente para escutar de forma clara o assunto dos dois, escondeu-se, focado em descobrir mais. — Eles serão os próximos a entrarem na arena, Jyuu. Preparem os dois, coloque algumas armas enferrujadas na mãos deles e deixem que se matem em troca da própria vida. — as afirmações do homem que acompanhada, aparentemente, Jyuu, soavam como um soco no estômago de Hisagi, que sentia o baque no mesmo instante. Os murmurinhos de choro podiam ser escutados, também. Duas vozes doces, talvez de crianças. Então eles fazem uma espécie de rinha com crianças e adolescentes? Finalizou o pensamento, deixando o corredor, escondendo-se em uma espécie de banheiro, outro cômodo do local. Suspirou algumas vezes de forma descontrolada, mostrando no próprio semblante o problema em que havia se metido.

Não tardou em ser surpreendido por um movimento brusco na porta. Jyuu estava ali, a procura do jovem. — Vamos, guarda. Temos trabalho a fazer. — vociferou, fitando o corpo transformado de Hisagi. — Claro... sim senhor. — vociferou, ainda ofegante, seguindo os passos do bandido. Foram com cautela, acessando o andar debaixo. Ali, um hall gigantesco, com uma espécie de gaiola gigante ao centro e sangue espalhado por todo o local. Tentou manter o semblante, sem dar pistas de ser um intruso no meio de tudo aquilo. O caos estava instaurado. Tinha plateia, homens gordos e velhos, carecas, com notas de ryous em mãos. A plateia perfeita para uma rinha de crianças, pode deduzir por si só. — Por aqui, Genji. — Jyuu chamou, apontando para uma passagem ao flanco, com um extenso corredor cheio de celas e nelas, diversas crianças e jovens dentro. — Comece pela por esses dois. Quando tiverem prontos, me avise. — ordenou e Hisagi, transformado, seguiu sem hesitar. Abriu a primeira cela, fitando o semblante da jovem, acuada, no canto. Certificou de estar sozinho e aproximou-se. — Calma. — vociferou em baixo tom. — Estou aqui para ajudar vocês. Preciso que mantenham a calma. Vou tirar todos daqui, mas preciso de tempo. Ajam como se nada tivesse acontecido. — pediu, fitando uma das jovens que iria entrar em combate. — Vou assumir sua forma, usando meu Henge e me passarei por você no campo de batalha. — explicou, executando o selo característico do jutsu, se transformando em uma jovem de aparente quatorze anos, pele pálida e fios enegrecidos.

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoTer Jul 07, 2020 4:04 pm

Fitou a si próprio por entre alguns cacos de vidro do que pareciam fazer parte, no passado, de um longo espelho. Os corredores extensos levavam-no, permanecendo com uma aparência feminina, até a gaiola que seria parte crucial de sua missão. Sua adversária estava ao lado, tremendo, com medo do que aconteceria à sua própria vida após entrar no campo de batalha. Os passos vagarosos, temerários, seguiram-se em silêncio, vendo Jyuu de costas, sorrindo para tudo e todos, como se fosse uma espécie de apresentador daquele caos. Hisagi respirou fundo, duas vezes consecutivas, procurando limpar sua mente e focar no objetivo final. Se eu tiver que ataca-la, assim será. Ciente do que deveria ser feito, se prostrou próximo ao meio da arena enjaulada, fitando sua oponente com os olhos esverdeados provindos da transformação. Uma espécie de gongo soou e, com um grito de Jyuu, a luta se iniciava. Não sabia as regras, tão pouco se existiam, mas, ao mesmo tempo que não sabia, não poderia se dar ao luxo de ser atingido, afinal, causaria a anulação da transformação. Posicionou ambas as mãos afrente do corpo, com as palmas amostra na direção da oponente. Por mais que não soubesse muito sobre golpes corpo a corpo, tentaria revidar, apenas. A mulher correu na direção de Hisagi, totalmente despreparada, mostrando fortes indícios de que não estava pronta pra participar daquilo, ou sequer tinha qualquer experiência em lutas. A desvantagem estava nítida.

Respondeu os golpes dela com uma simples esquiva, levando o corpo para trás, ganhando mais distância do que ela poderia responder. Com a distância, acumulou uma ínfima quantia de energia sobre o próprio corpo, exalando-a em forma elemental do trovão, criando uma manipulação que viajou na direção da oponente, atingindo o corpo dela com força suficiente para lança-la à metros de distância. Bateu contra as grades de ferro, gerando um barulho ensurdecedor que logo foi abafado pelos gritos de incentivo vindos da plateia. Fitou Jyuu por meros instantes, suficientes para ver o semblante sádico dele. Parecia se divertir com aquilo tudo. O golpe foi suficiente para garantir o nocaute e, Hisagi, era dado como vencedor. Jyuu se aproximou, contente com o resultado do espetáculo. — Temos uma joia em meio ao lixo, pessoal. Vamos aplaudir. — carregado de sacarmos, ordenou que o vencedor, transformado, voltasse ao corredor fétido. Por sua vez, seguiu as ordens até certo ponto e, ao ver que não estava sendo seguido, procurou quebrar a transformação, se misturando ao público em seguida. Buscou a saída próxima, que estava guardada por homens colossais. — Espero que o senhor tenha se divertido e nos vemos na próxima quarta. Será uma luta do caralho. — disse um dos guardas, careca e barbudo, abrindo a porta de acesso ao lado de fora. Hisagi consentiu com a cabeça, agradecendo a informação com um simples sorriso.

Longe do armazém, fitou o céu carregado de nuvens enegrecidas. Suspirou, pensando no quão cruel são os homens responsáveis por tudo aquilo. Próximo de seu apartamento, prestes a amanhecer, voltou para casa, buscando um merecido descanso para voltar à investigativa mais além.

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Re: [Treino] Em busca da percepçãoTer Jul 07, 2020 5:10 pm

@ap

100 pontos de status obtido

Re: [Treino] Em busca da percepção