d ~ correnteza infantil

Que horas são? Huum, não sei. Parece tarde já, mas essa tempestade, bom, me incomoda um pouco. Não fiz praticamente nada o dia inteiro, apenas fiquei deitada sobre minha cama, lendo alguns livros quaisquer sobre arte marciais, comi também muito pouco, na verdade não tem muito, apenas um pão que Eren trouxe a dois dias atrás... Eren, sinto sua falta, agora como chunin ele mal para em casa, sempre cumprindo alguma missão ou chamado de Amegakure, seu empenho e determinação me intriga, não consigo entender como alguém se entrega tanto a um vilarejo assim, mas bom, é sua liberdade e ele deve exerce-la como desejar.

Escuto algo... são batidas? Será Eren? Não, ele não bateria, ele sabe que a porta não tem tranca e apenas entraria gritando que tinha chegado, quem pode ser? Me levantei com certa preguiça, indo até a porta enquanto carregava comigo minha espada de madeira, não era comum crimes pela comunidade, mas não podia esperar menos. Era apenas um carteiro.

Ele me entregou um envelope do centro militar, era endereçado para mim, talvez fosse uma dessas obrigações ninjas que tinha que cumprir agora como genin, abri e confirmei minhas expectativas, era uma missão, crianças que se perderam na chuva, bom, pelo menos era um pedido nobre, teria orgulho de cumpri-lo.

Vesti meu casaco comum e segui ao local indicado, era perto da minha casa e já sabia bem como funcionava aquele terreno, se não fosse o medo bobo das crianças nem mesmo precisaria sair, não tinha perigo em atravessar aquele lamaçal.

Cheguei até o lugar o mais rápido que conseguia, eram três crianças, estavam por debaixo de um prédio e a tempestade tinha inundado a tudo, a pressão da correnteza era grande, talvez tinha sido uma boa pedirem por ajuda, alguns adultos observavam preocupado, uma mulher caia aos prantos, possivelmente era uma das mães. Agi rápido, a população era refém do medo, e o medo era o maior inimigo da liberdade.

Manipulei o chakra em meus pés e facilmente atravessei a correnteza, levando uma criança de cada vez para cada lado. Me viam como uma heroína, mas não era —— Tomem cuidado, não tentem atravessar a correnteza, é perigoso. Mas treinem, entrem na academia ninja e um dia poderão salvar outras crianças, como fiz hoje. —— disse, fingindo agir como uma ninja dedicada, quem sabe algum deles ali me vissem como exemplo para algo, talvez algum deles até mesmo tivesse a facilidade que tive para chegar aquele ponto.

Bom, não importa, apenas retornaria para minha casa e desfrutaria do restante do pão.

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