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[Training] The mind is the strength.
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Izawaga
Chūnin — Konoha
S h o g i
The mind is the strength
Palavras;2.037 - (explicação: dois treinos convencionais e um flashback simultâneo)
hp;400/400 ck;400/400 - st;4/4
The mind is the strength
Palavras;2.037 - (explicação: dois treinos convencionais e um flashback simultâneo)
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A Origem do Ódio
Minha saída do hospital foi precoce, confesso que minhas articulações estavam doloridas quase ao ponto de me fazer desistir de prosseguir com qualquer tipo de treinamento, mas ao mesmo tempo meu interior gritava por soluções, sabia que durante todo o exame eu havia feito escolhas e seguido por caminhos que não honravam minha inteligência, minhas habilidades, por mais que em determinados momentos eu tenha feita algumas manobras dignas de serem chamadas “jogadas de mestre”, eu não havia provado para mim mesmo minha capacidade.
Agora era hora de colocar todos os pingos nos I’s e consertar o que deveria ser consertado para que finalmente eu estivesse pronto para a próxima fase e talvez até mesmo me tornar um chunin.
O caminho era árduo, o aprendizado das ultimas etapas tinha que ser digerido por mim nesse meio tempo, não podia deixar passar nenhum detalhe se quer, deveria levar minha mente a todas as ordálias que passei e pensar como o “novo eu” lidaria com elas no presente.
Para essa missão seria necessário achar algum local um pouco mais calmo, fora da rota por onde as pessoas caminhavam, não sabia ao certo se nos campos de treinamento havia um local ideal para que eu pudesse sentar e me concentrar nas lembranças, planejar meus passos seguintes. Meu treinamento era mental e para não perder meu tempo, até mesmo em quanto caminhava em busca do local ideal eu iniciei um tipo de “transe” onde forçaria minha mente a voltar no inicio de toda aquela aventura.
“Logo pela manhã recebi uma carta de um dos empregados da família de Byron, nela haviam informações sobre a localização do ponto de partida para irmos ao pais do Ferro em busca do tão sonhado titulo de Chunin.
Eu não estava me sentindo bem... A raiva era predominante em minha mente, mas por que? Ah, claro! Minhas ultimas missões haviam me frustrado, criado uma atmosfera bastante negativa ao meu redor.
Minha primeira missão mais complexa era enfrentar um grupo de caçadores que atormentava os fazendeiros nos campos de arroz, esses caçadores estavam espantando e fazendo uma matança de cervos, usando os recursos dos animais para comercio ilegal — como se isso já não fosse o bastante eles ainda estavam se aproveitando das casas dos fazendeiros, usando de suas plantações e de seu alimento para ficar o máximo de tempo possível na caçada.
Oprimidos pelos caçadores o líder daquele acampamento pediu para que os ninjas de Otogakure resolvessem a situação.
Destinado a cumprir minha primeira missão eu fui com cede ao pote, botei os pés pelas mãos e no momento que vi os cervos serem mortos entrei em estado de pânico, a raiva era tamanha que em minha mente eu havia esquecido até mesmo de minhas habilidades ninja, encurralado por um grupo de caçadores fui coagido a voltar para a aldeia, a missão havia sido um completo fracasso e nossos oficiais tiveram que resolver a situação.
Já naquele momento me vi perdido, deslocado de minha tribo, sozinho em um mundo cruel onde não tinha espaço para erros, na vida do ninja ser preciso era tudo, não tinha tempo para falhar, apenas para agir, conquistar, lutar, vencer, concluir a missão e ser glorificado como um shinobi exemplar. “
Em meio aos meus devaneios minha consciência despertou e encontrei o lugar ideal para continuar com aquelas lembranças, era um tipo de casa para velhos que jogavam shojin mas por algum motivo não havia ninguém ali, parecia abandonada.
A casa era toda revestida de uma madeira grossa e impermeável, fazendo com que ali dentro o frio avassalador não fosse tão intenso quanto lá fora, além disso em cada uma das mesas espalhadas pelo salão havia uma vela apagada, pronta para ser acesa quando os jogadores iniciassem uma partida.
Antes de mais nada andei até a lareira e usei um isqueiro deixado ali com a finalidade de colocar fogo na lenha. Respirei um pouco da fumaça que levantava com o fogo, aquecendo meus pulmões, trazendo um pouco de vida para dentro do meu corpo.
Em seguida aqueci minhas mãos e antes de sentar-me numa das mesas eu voltei minha atenção para meu transe novamente.
“Minha segunda missão, aquela havia sido um sucesso, Ao menos para meus oficiais, claro que para mim não! Minha insatisfação era gigantesca, apesar de cumprir com oque me era ordenado eu me sentia na obrigação de fazer muito mais.
Minha missão era me infiltrar em um grupo de criminosos e passar uma mensagem da vila para um criminoso novato, protegido de Doi Masaharu, mas ali foi que descobri atividades bastante suspeitas vinda da milícia de Oto.
Ao que tudo indicava nossos oficiais tinham acordo com criminosos, e faziam vista grossa para crimes que ao meu ver eram inaceitáveis, hediondos. Doi Masaharu escravizava crianças, sabe-se lá se elas faziam apenas serviços domésticos ou se eram obrigadas a... bem, só de pensar nisso meu sangue ferve.
Aquela situação perpetua em minha mente desde então, e coloco a exterminação desse grupo de criminosos como um objetivo a ser cumprido quando terminar esse Exame.
O problema é que novamente, essa missão fez minha raiva crescer, fez com que eu ficasse cego em vários momentos, era isso.... Olhando para essas ocasiões percebo oque há de errado comigo. Eu estive cego o tempo inteiro, até o momento eu não dei nem cinquenta porcento do que sou capaz nesse exame.”
Após aquecer meu corpo na lareira eu caminhei até uma das mesas, me sentando de forma confortável e iniciando um jogo de xadrez — meu oponente era nada mais nada menos que meu próprio “eu”.
Comecei a movimentar as peças do meu lado, fazendo movimentos com cautela e sem pressa, já quando jogava pelo que deveria ser meu adversário, agia de forma raivosa e impulsiva. Percebi que a curto prazo, agir de forma impulsiva parecia ser mais eficiente...
“Byron, Nana e Eu, nos encontramos junto aos demais no portão da vila, a garota havia chego atrasada, de nós três ela com certeza era a que tinha um comportamento mais atípico, espontâneo talvez.
Desde inicio, o discurso de nosso Otogake me fez perder as estribeiras e me sentir ainda mais revoltado com a vila, como ele ousava colocar o nome “crianças” naquela frase de incentivo se por trás de nossas costas permitia que coisas terríveis acontecessem?
Partimos — no caminho o sol nos destruía lentamente, a falta dos raios no vilarejo fizeram com que perdessemos o costume de passar por temperaturas altas.
Já de inicio me vi bastante paranoico com coisas desnecessárias, como a comida e bebida oferecida pelos cozinheiros do pais do ferro. Mais uma vez a raiva fazia com que focasse minhas energias no que não me daria vantagem alguma.
A temperatura quente deixou de ser um problema quando Byron resolveu esfriar nossos corpos com sua técnica, a desconfiança da comida e bebida foi resolvida com o faro aguçado de Saburou.
Logo em seguida veio a temperatura do Pais do Ferro, nunca havia sentido tanto frio assim. Mais uma vez, a raiva havia me desviado do que era fundamental, pois porque diabos não preparei um agasalho para essa ocasião?
Fomos muito bem recebidos pelos samurais, o instrutor parecia ser alguém de virtudes e não de defeitos, me soou bastante sábio o tempo inteiro.
Mas eu mal pude perceber que seriamos testados assim que estivéssemos deitados no conforto de nossa cama no quarto. Porque naquele momento eu havia deixado minha cautela lá atrás, quando decidi por motivos odiosos desconfiar de coisas desnecessárias e agora, diante de um verdadeiro desafio eu me vi sendo imprudente.”
Meu inimigo no shojin fez jogadas estranhas mas que no fim das contas me custaram algumas peças importantes, felizmente para mim eu consegui dar a volta por cima me mantendo calmo e revidando da melhor maneira possível.
“Naquela noite fui confrontado por meus piores pesadelos, posto em um genjutsu eu me deixei levar por pensamentos destrutivos de vingança e ódio. Foi quando recordei de minha infância e do incêndio que veio a matar todos meus familiares, logo me recordei do lobo negro e em minha frente, naquela estalagem no pais do ferro eu me vi confrontado pela própria besta.
Seus dentes gigantescos e seus olhos violentos me intimidavam, me traziam lembranças das vezes que falhei comigo mesmo, da minha primeira missão e por ultimo — das crianças que abandonei... eu deveria ter tomado alguma atitude em respeito daquilo, o exame não deveria ter sido minha prioridade.
Encarei o lobo, enfrentei meus próprios demônios mas no caminho perdi minha essência, aquele genjutsu foi a cartada final para desestruturar toda minha mente.
Assim que acordei da ilusão vi meus companheiros conversando como se mal tivessem sentido aquela primeira etapa do exame, enquanto eu estava destruído por dentro. Meu ego abalado, a raiva em crescente, meus medos do passado voltando para me assombrar... tudo aquilo acumulava dentro de mim mas novamente, eu estava cego... Só agora, sentado sobre essa mesa jogando xadrez contra meu oponente mais forte eu posso ver isso.
Apesar de não ter sido bem sucedido naquela etapa ainda assim passei para a próxima, talvez fosse mais mérito do meu time doque meu.”
Todos os peões do meu inimigo haviam sido derrotados, agora haviam apenas os cavalos, as torres, o rei e a rainha. Enquanto eu havia perdido um cavalo, um bispo e uma torre, mas ainda tinha do meu lado do tabuleiro quatro peões.
“A etapa seguinte foi bastante confusa para mim, a “peste”, a tempestade e os infestados foram um problema e tanto para nosso time. Mas dessa vez agimos em conjunto e nos saimos bem como um time no geral.
Apesar de ter conseguido criar alguns planos para recuperar a relíquia, olhando de fora agora eu vejo o quanto poderia ter feito diferente.
Durante toda aquela etapa eu quis usar minha força, usei de minhas habilidades com taijutsu para enfrentar os infestados, para lutar contra o samurai e me pergunto o por que? Sabendo que minha maior qualidade é de longe ninjutsu, que sou herdeiro das habilidades do clã Nara e posso controlar as sombras... Acontece que todo meu percurso até aquele momento me fez esquecer quem eu era de verdade, ao ponto de fazer com que até mesmo minhas habilidades ficassem esquecidas.
No fim daquela etapa, deitado sobre a areia fria com meu corpo adormecido e minha consciência longe eu me vi mais uma vez enfrentando o lobo negro, aquele mesmo lobo do inicio do exame.
O lobo — aquela besta estava maior, com mais fome, mais forte, seus dentes estavam ainda mais afiados que anteriormente e seu bafo tinha o mesmo cheiro da terra do vilarejo infestado.
Agora eu entendo, todo esse tempo eu fui meu inimigo numero um, essa monstruosidade é nada mais nada menos que meu próprio eu, minha raiva que cresce, minha furia faz com que eu queira me ferir o máximo possível, faz com que eu queira ferir as outras pessoas e tudo isso para lembrar-me de que estou vivo, de que não morri no incêndio da floresta quando ainda era uma criança.”
Olhei para o tabuleiro, em minha frente vi um lobo negro com formas humanoides movimentar as peças do outro lado, ele estava furioso demais para enxergar os detalhes daquele jogo, sua fome por matar fez com que devorasse minhas peças mais importantes e deixasse meus peões para trás, mas no fiz os quatro chegaram do outro lado do tabuleiro e ganharam o poder equivalente a da “rainha”, criando uma emboscada contra o rei e finalmente chegando ao...
_ Xeque-mate, lobo. Eu sei que esteve comigo até aqui e agora entendo oque você quer, mas infelizmente não existe espaço para você dentro do meu ser, a minha força provem da mente e não do músculo. A partir de agora vou pensar antes de agir, calcular, programar... O sentimento que você me trás me afastou das minhas qualidades, desenvolveu uma outra parte importante dentro de mim, mas que mesmo sendo importante jamais deveria ter se tornado predominante. A inteligência vem primeiro, a força vem depois. Estou pronto para transcender.
Ao finalizar aquela partida me escorei na almofada atrás das minhas costas, a imagem do lobo desapareceu da minha frente, meus pensamentos estavam mais serenos e calmos agora, mas meu corpo ainda lutava para recuperar dos danos que eu mesmo havia infligido nele. Agora era descansar, esperar até a próxima etapa, diferente de todas as outras fases agora eu tinha certeza do que precisava ser feito.
- considerações:
- - Primeiramente peço desculpas por ter excedido as palavras do treino, mas esse "treino" vai um pouco além do que um simples "treino" de ganho de atributos, ele é um fechamento da lore do meu personagem e completa algumas lacunas da história dele. Esse treino vai ser colocado na minha ficha como resumo da minha participação do CS na parte da "história" do personagem.
- Espero que tenha sido compreendido que fiz meus dois treinos semanais de 500 palavras cada e mais o flashback - que esteve presente durante o treino inteiro.
- Classifico como treino de percepção pois vim seguindo os passos do meu personagem desde o inicio e prestando atenção para entender oque havia de errado com ele e o motivo do qual fez com que ele tivesse sido tão improdutivo em algumas partes do exame e tão produtivo em outras. ( todos os pontos ganhos no treino vão para percepção)
Fala / pensamentos/flashbacks
Vila : Sem vila
Mensagens : 206
Data de inscrição : 10/06/2020
Berserker
Treino Aprovado. Parabéns pela construção, ficou fera!
Vila : Sem vila
Mensagens : 58
Data de inscrição : 18/06/2020
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