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[Chegada] ─ O "eu" do passado
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Urakami
Chūnin — Oto
だけど…もし仮に僕を主役にひとつ作品を書くとすれば…
それはきっと悲劇だ。
赫子
Ao longo da viagem, a neve finalmente se derreteu. Desapareceu do chão, das folhas das árvores, das rodas da carruagem, de seu teto e do casaco do homem que a conduzia. Pensei em meus companheiros, distantes de mim, o que eles estariam fazendo agora e onde estariam. Mesmo tendo ficado tanto tempo no hospital, eu ainda era um dos primeiros a partir; não fui autorizado a participar da última fase do exame, embora tenha recebido minha graduação. Disseram-me que meu corpo não estava em condições para lutar devido às grandes quantidades de carne humana que havia ingerido. Entretanto, eu pude perceber em seus olhares que isto não era tudo, é claro. Eles não iriam me dizer que não confiavam em mim o suficiente para me colocar em combate novamente, correndo o risco de me ver perder o controle e causar danos irreparáveis a mais alguém. Fazia tempo desde que eu não recebia os olhares que os doutores haviam me dado. Eram os mesmos olhos do homem da névoa. Temor. Era interessante alguém como eu emanar algo tão ameaçador. Pensei sobre isso durante uma boa parte da viagem. Em como utilizar isto, junto das outras coisas que aprendi, para corrigir este mundo. Forcei-me a estes pensamentos para não me obcecar com as várias perguntas que eu tinha sobre Arthuria neste momento.
Finalmente pus meus pés no chão de minha terra natal mais uma vez, e senti a superfície macia debaixo de mim. Olhei para ela por alguns instantes, observando a grama dançando de acordo com o vento e a proximidade de meus pés com o solo. Levantei minha cabeça logo em seguida, olhando para a entrada do complexo de túneis que compunham o meu vilarejo, fitando-a com outros olhos agora. Com memórias novas que alimentam um forte objetivo; muito diferente do rapaz irresoluto que partiu para o exame e esteve prestes a falhar nele várias vezes por causa disto. Não obstante, eu também reconhecia que deveria fortalecer meu corpo e minha mente para que eu pudesse transformar a minha visão em uma realidade. Os meus treinamentos não poderiam parar nem por um momento. Precisarei de ajuda, também. Vivi injustiças suficientes para entender que uma única gota de água não pode criar chuva. E eu já tinha algumas pessoas em mente que poderia tentar persuadir. Enfim, existem muitos pensamentos e possibilidades que confabulei enquanto dançava em meu assento de acordo com os solavancos de minha diligência. Demais para serem mencionados aqui. E, mesmo que eu pudesse listar todos, preferiria permitir que as minhas ações falassem por mim.
Removi as minhas sandálias, carregando-as em minha mão ao longo do percurso para que eu pudesse sentir o chão macio, há muito não tocado por meus pés, em meu caminho de volta para casa. Espero que Hinami esteja bem. E espero que Sohaku tenha morrido.
[...]
Finalmente pus meus pés no chão de minha terra natal mais uma vez, e senti a superfície macia debaixo de mim. Olhei para ela por alguns instantes, observando a grama dançando de acordo com o vento e a proximidade de meus pés com o solo. Levantei minha cabeça logo em seguida, olhando para a entrada do complexo de túneis que compunham o meu vilarejo, fitando-a com outros olhos agora. Com memórias novas que alimentam um forte objetivo; muito diferente do rapaz irresoluto que partiu para o exame e esteve prestes a falhar nele várias vezes por causa disto. Não obstante, eu também reconhecia que deveria fortalecer meu corpo e minha mente para que eu pudesse transformar a minha visão em uma realidade. Os meus treinamentos não poderiam parar nem por um momento. Precisarei de ajuda, também. Vivi injustiças suficientes para entender que uma única gota de água não pode criar chuva. E eu já tinha algumas pessoas em mente que poderia tentar persuadir. Enfim, existem muitos pensamentos e possibilidades que confabulei enquanto dançava em meu assento de acordo com os solavancos de minha diligência. Demais para serem mencionados aqui. E, mesmo que eu pudesse listar todos, preferiria permitir que as minhas ações falassem por mim.
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