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[Treinamento] Resistência de um sangue marcado
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Akihiro
Genin — Konoha
775/775 HP | 850/850 CH | 01/06 ST
Resistência de uma mente marcada em sangue: Terror.
As memórias da guerra eram guardadas como os demais traumas, no fundo de uma mente conturbada e repleta de pensamentos confusos. As cargas emocionais, redirecionadas aos sonhos em um sono profundo, traziam cenas de fogo e lâminas que cintilavam junto aos gritos. Como se corresse descontrolado por todo cenário de guerra, ouviu uma estrondosa explosão e o susto lhe acordou.
O colchão jogado num pequeno galpão, lotado de tralhas e odor de ferrugem. Sentou na cama, recém acordado, estava suado e com a respiração ofegante. Sentia seu coração palpitar rapidamente, sua visão estava turva, pelo sono ou pela experiência dos sonhos. Estendeu a mão próxima ao peito, trêmula olhou como quem tentasse distinguir a realidade. Estava realmente acordado?
O sol invadia as partes quebradas das janelas cobertas de jornal e papel. O galpão era um local abandonado, onde Ryuzaki havia se abrigado ainda garoto. Era o mais próximo que ele podia chamar de casa.
Rangidos no portão de metal o fez olhar assustado na direção. O som da janela sacudindo se uniu a melodia e sentiu um terror psicológico tomar sua cabeça. Não conseguiu se levantar, apenas seus olhos seguiam os rumos que a melodia ambiente acontecia. Sentiu um arrepio no corpo ao ouvir um som alto começar a ser nítido. Um som oculto que ia emergindo em seus ouvidos até que se tornasse uma balbúrdia distante. Era o som das ruas. Finalmente havia distinguido.
Ryuzaki havia participado da guerra contra os cultistas no dia anterior. A tentativa de ignorar os acontecimentos lhe fazia lançar qualquer pensamento acerca disso para o fundo de sua cabeça. Dizia não ligar para o desfecho, mas no fim, tinha pensamentos que incapacitavam o esquecimento.
Se levantou com dificuldade, sentindo o corpo tremer com a tentativa de se apoiar no chão com as mãos e finalmente se ver em pé. Sua cabeça doía, sentiu-se incapaz de curar a dor que o assolava. Levou as mãos a cabeça, em vão. A dor permaneceu. Agora, no entanto, sua respiração já havia normalizado e seu corpo já não tremia como antes. Ainda sim, seus pensamentos eram nebulosos e quase ilegíveis.
— Você não é nada além de um peão mesmo. — Uma voz distante visitou sua mente, mas logo sumiu. Não soube distinguir quem era o autor, mas sentiu um aperto de pânico que voltou. Sentiu vontade de bater em sua própria cabeça. Fincar uma espada em seu peito para que aquela sensação sumisse.
— Me perdoe… — Uma voz feminina o acalmou. Maternal e caridosa, pareceu afagar os pensamentos mais profundos de Ryuzaki. Inconstante, estava atônito, escorado com uma das mãos na parede. Suava frio e seus olhos piscavam rapidamente, tentando assimilar a realidade. Um tanto quanto desequilibrado, caminhou até a pia para lavar a face, mas tropeçou na bolsa que estava no chão. O som de ferro batendo, deslizou pelo chão de cimento, chamando sua atenção. Quando olhou, viu a arma que havia recebido ao fim da guerra.
— Então não foi um sonho. — Dessa vez, pensou com suas próprias palavras. Ao menos, assim sentiu. Suas memórias se clarearam e recordou os sentimentos da noite passada. Havia dormido um dia inteiro? Sentiu-se pesado e quente quando se deitou. Havia tido febre? Poderia ter morrido que sequer seria lembrado por outros.
— Mas está vivo. — Ele mesmo falava mentalmente. Uma auto-afirmação.
Agachou-se e recolheu suas armas, colocando-as na bolsa. Dessa vez, deixou a espada no galpão e saiu. As ruas estavam repletas. A brisa suave da manhã lhe trouxe uma sensação de tranquilidade. Aquilo era paz? Se perguntou, quando enfim começou a caminhar entre os demais.
Resistência de uma mente marcada em sangue: Fruto.
Sentiu que a presença fantasmagórica que exalava no passado, agora havia sido sobreposta por um falso reconhecimento heróico. Podia sentir os olhares que se direcionavam a ele, ainda que não observasse diretamente. Seguiu ignorando os comentários, ao passo que finalmente se viu sozinho na área de treinamento. A sensação de frescor era ainda mais vívida ali. A brisa, mais uma vez, beijou sua face e Ryuzaki inspirou profundamente, sentindo o afago do vento. Seus olhos se fecharam por um instante e, finalmente, sentiu os pensamentos se afastarem para um prazer suave lhe visitar.
Caminhou até às margens do campo, onde a floresta era mais densa, graças à quantidade de árvores. Aquele lugar era um nostálgico templo em que Ryuzaki sentia uma conexão com o próprio passado. Uma conexão diferente daquelas que costumava ter.
O silêncio ruidoso, onde apenas o som das folhas balançando com o vento era ouvido, trazia uma tranquilidade ímpar. Uma tranquilidade que sua própria mente recusava abalar.
O Nara agachou-se frente a uma árvore e tocou uma das raízes. — Esse lugar realmente é acolhedor… — Os murmúrios de sua voz eram tão suaves quanto o próprio vento. — Acho que entendo porquê criar raízes aqui. — Era uma empatia natural sentir que aquele local era um alicerce da vida. Onde o próprio impossível perdia as limitações.
Quando criança, tinha um fascínio pela natureza do mundo. Entretanto, após sua internação, essa contemplação havia se tornado cinza, na maior parte do tempo.
— O que você quer aqui? — Uma voz potente surgiu do silêncio. Ameaçadora, fez o rapaz se levantar rapidamente. Ele olhou ao redor, mas não encontrou nenhuma figura. Suas mãos puxaram a arma recebida na guerra e colocando-as entre os dedos, o Nara correu os olhos com atenção. Novamente, a mesma voz desconhecida correu em seus ouvidos.
— Mostre o que você é capaz. — Lançada a frase como um desafio, Ryuzaki sentiu um fervor aumentar em seu peito.
Dessa vez, imaginou uma sombra humana à sua frente. Ciente de ser um fruto de sua imaginação, sentiu um sorriso sair durante um suspiro. Fechou os olhos, concentrando-se na forma de seu "inimigo" e, quando abriu-os, era como se pudesse vê-lo nitidamente. Fruto de sua imaginação. Fruto de seu desejo em tornar-se mais forte.
Resistência de uma mente marcada em sangue: Reflexos.
Os movimentos de Ryuzaki foram executados como se estivesse frente a um verdadeiro inimigo. Seu corpo pendeu para frente e sua perna se estendeu junto ao mesmo, iniciando a corrida. Os punhos de aço em suas mãos tinham as lâminas direcionadas para trás, apontada as costas do portador. O primeiro golpe foi usando os próprios punhos da arma. Um soco na altura do peito utilizando a destra. A sombra reagiu rapidamente, agachou e em seguida jogou o ombro esquerdo na direção do peito do Nara. O movimento, no entanto, foi seguido por Ryuzaki e sua postura permitiu que jogasse o ombro antagonista para o lado, fazendo o ombro da sombra raspar seu peito, tendo seu golpe evitado.
A obscura silhueta aproveitou o impulso para deixar o peito cair na direção do solo, apoiando ambas as mãos no chão. A perna traseira veio junto ao giro executado, visando a costela de Ryuzaki. O rapaz ajeitou o corpo rapidamente, dando um passo para trás, ajustou a postura de todo seu corpo. O punho livre do Nara desceu em direção ao golpe inimigo, retribuindo a investida na direção da canela da perna usada no próprio chute. O impacto do contato fez sua perna recuar bruscamente, assim como as mãos de Ryuzaki, e a força do golpe retirou parte do equilíbrio da perna base do inimigo que ainda tocava o chão. O instante foi suficiente para o Nara arrastar seu pé esquerdo no calcanhar inimigo, tirando-lhe a base das pernas. Aproveitando o instante, as mãos do Nara foram de encontro à traseira do corpo de seu oponente, usando os braços e ombros para lançar o inimigo para frente, distanciando-o.
A sombra rolou pelo solo, ajeitando a postura até que seus pés finalmente tocaram o chão. Girando em seu próprio eixo, ele se virou novamente na direção de Ryuzaki, saltando em sua direção. O Nara evitou a queda inimiga sobre si, jogando o corpo para trás, num único mortal. Ao tocar o chão, aproveitou da flexão de seus joelhos para se impulsionar de volta ao inimigo. Com a arma em punho, utilizou da lâmina para tentar cortar a silhueta num movimento horizonte da destra. A sombra, no entanto, esticou suas costas para trás, deixando a lâmina passar frente ao seu rosto mas evitando o contato. O posicionamento defensivo, dessa vez, foi usado como abertura para um segundo golpe de Ryuzaki. O Nara aproveitou o impulso do movimento anterior para girar e voltar com a mesma mão do primeiro golpe, dessa vez, um soco de cima para baixo, visando a face de seu inimigo.
Antes que executasse o golpe, a perna direita da sombra foi de encontro ao ombro do Nara, bloqueando a tentativa. O toque dos pés inimigos em seu ombro, o empurrou para trás mas também permitiu que ele usasse a mesma mão para segurar sua perna, puxando o corpo do vulto em sua direção. Agora, sua mão livre era usada para golpear. Aproveitando o peso inimigo, ele ajustou sua postura para frente, junto ao punho que voltava. De cima para baixo, com o mesmo alvo de antes, a face inimiga, sua mão golpeou.
O soco carregou a silhueta junto ao movimento até que o choque com o solo aumentasse o impacto. A poeira subiu e, em poucos segundos, se esvaiu com o vento. A sombra não jazia no chão abaixo do golpe. Ela já se posicionava novamente, frente seu oponente. O silêncio reinou entre ambos. O inimigo não possuía face, mas o Nara demonstrava nítida seriedade em seu semblante.
Resistência de uma mente marcada em sangue: Limites.
Ryuzaki sentia a necessidade de fazer melhor. Em seu âmago, um amargo de limitação sobre suas habilidades, criava uma sensação de impotência e raiva. Era como se aquela sombra chacoalhasse tal sentimento, ainda que não demonstrasse qualquer vida ou emoção própria.
O Nara não apresentava postura de batalha, mas seu corpo manteve-se ereto. O avanço seguinte foi daquele vulto, dessa vez, sua velocidade desfez sua própria forma física e Ryuzaki teve dificuldades para acompanhá-lo. Uma breve linha trouxe-o a visão do oponente sendo que, o resto, foi pura dedução do rapaz.
Antes que dispusesse de um combate direto, Ryuzaki saltou. Abrindo os braços e pernas olhou para baixo ao estar no ar. Seu peito e barrigas direcionadas para baixo permitiram a visão superior do movimento inimigo. A sombra arrastou-se junto abaixo de Ryuzaki e subiu. O Nara juntou os punhos frente ao corpo e os antebraços cruzados em xis criaram uma defesa na altura do peito. O golpe, no entanto, atingiu sua barriga. Havia imaginado tal possibilidade. O contato entre ambos se tornou a base para os movimentos posteriores. Ryuzaki ignorou a dor e ambos os braços se abriram rapidamente, cortando o ar a frente e, consequentemente, buscando seu inimigo. A sombra tentou se esgueirar no ar, mas um fio de aço havia se enrolado em seu corpo, no momento em que os braços do Nara haviam sido abertos. Ryuzaki usou os fios para puxar o inimigo, mudando o posicionamento. Agora a sombra estava mais alto que ele, enquanto o mesmo mantinha uma proximidade ínfima. Ainda no ar, ele aproximou o peito das costas do inimigo como uma sombra que o acompanhava. Em segundo momento, uma série de golpes usando a arma como aumento de força foi executado.
Um soco no estômago foi o último golpe que empurrava o inimigo contra o solo. Dessa vez, não havia escapatória.
Enganado estava. A sombra novamente surgiu, metros de distância. — Você me odeia? — Uma voz surgiu novamente.
Ryuzaki, no entanto, não sentiu medo ou raiva. Não havia importância. Sobreviveria independente dos demônios que lhe perseguissem.
A sombra estava em suas costas, ele pode sentir pelo frio que exalava. Agora, já não tinha certeza se era fruto de sua imaginação ou realidade.
— Quer me matar? — O demônio perguntou.
Não houve resposta. Ryuzaki manteve-se em silêncio até que sua arma era guardada na bolsa. Ignorante começou a caminhar para longe dali. Não importava quem era, o que importava era as batalhas futuras. Aquilo era pequeno demais. Sentia como se fosse uma gota em um oceano enorme de possibilidades.
— Sequer te conheço. — Murmurou a si mesmo, como resposta. Entretanto, não olhou para trás. Apenas continuou seu caminho.
[...]
- Considerações Importantes:
- - Roupas e aparência idênticas a descrição na ficha.
- Treinamento duplo para 2 PdAs em Taijutsu.
- OUTROS:
- Bolsa de armas 25/25:
Bolsa de Armas:
- Kunai - 2/2
- Shuriken 3/3
- Kibaku 10/5
- Kōsen: 5m/5
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- Pegaminho Pequeno 4/2:
- Pergaminho 1: 7 espaços — Kunais 3/3; Shurikens 2/2; Senbons 4/2
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Cerberus
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