[MISSÃO RANK D- APENAS COISA DA MINHA CABEÇA...] - HYUGA HIROMU

Nome: Hyuga Hiromu
Ficha: https://shinobiascensionrpg.forumeiros.com/t247-fp-hyuga-hiromu
Missão Rank D: "Recém acusada pelo o novo Hokage, agora o clã Hyuuga enfrentava novos desafios dentro do vilarejo, tendo que lidar com a desaprovação e pressão popular que constantemente se revoltava contra o vilarejo. No entanto, para os meros ninjas os deveres não podiam parar, mas constantemente seriam boicotados. Os ninjas de nível mais baixo receberiam missões tediosas e chatas, enquanto os de níveis mais alto seriam enviados em missões mortais com o desejo que não retornassem. Hiromu, um simples genin Hyuga, lidaria com uma missão tediosa, cansativa e até mesmo irritante, seria escolhido a dedo para limpar cinco quarteirões de Konoha, tirando a poeira local e recolhendo todo o lixo que encontrasse pela frente."
 
Limpar ruas... limpar ruas... Eu trato todos do vilarejo com todo o respeito do mundo, ajo sempre com disciplina como minha mãe me ensinou, fui ensinado minha vida toda a ser um farol de otimismo, felicidade, e bondade para todos de Konohagakure, e é assim que me retribuem? Limpar ruas? Recolher lixo? Tirar poeira? Já não bastava eu ser descartado e abandonado por meu próprio clã por algo que não é culpa minha, agora eu vou ser desmerecido por meu próprio lar? Eu sei que todas as missões e funções da aldeia são importantes, inclusive a missão de limpar as ruas, mas isso certamente não é um posicionamento do Nidaime se ele escolhe um “membro” de um clã que ele não gosta para fazer isso. E pensar que esse cara foi escolhido pelo Shodaime Hokage. Logo esse cara. Eu não ligo que o Nidaime não tenha sido um Hyuga, mas logo esse cara? Foco, Hiromu, foco. Eu sei que essa tarefa é importante, então eu vou fazê-la. Vassoura, pá de lixo, e lixeira. 5 quarteirões. Vai ser chato, mas... pelo menos os habitantes comuns de Konohagakure sempre me tratam bem e fazem meu dia ficar melhor. Foco, Hiromu.
 
Vou começar pelo quarteirão da Academia Ninja, depois o do hospital, depois em frente às habitações, e por fim, a rua principal do centro comercial. Deixo a lixeira em pé, na calçada da rua, e começo a varrer a rua. Começo pelas bordas da faixada das ruas, que são pouco espaçosas e acabam acumulando muita poeira e lixo. Acho que nós aprendizes somos mais porcos do que parecemos. Vou recolhendo coisas como pedaços de hashi, pratos de plástico, copos, ataduras provavelmente usadas como curativos de ferida. O bom de tratar as pessoas comuns aqui com respeito é que, mesmo que o Nidaime não respeite você, essas pessoas sempre vão te agraciar com um cumprimento. “Bom dia, Hyuga Hiromu!”, e eu respondo igualmente. Rua principal tem mais poeira do que lixo, mas tem gente passando, então eu preciso tomar cuidado para não me esbarrar em ninguém. “Oi, gente, licença, desculpem.”, enquanto vou varrendo e catando a poeira, e a lixeira vai se enchendo e enchendo.
 
Após varrer todo o quarteirão da academia, recolho tudo e levo a lixeira até a frente do hospital, mantendo-a em pé. Repito o processo de começar pelas beiradas das ruas, já que são as que mais acumulam poeira e lixo. Recolho ataduras, frascos vazios de Gedokuyaku, restos de flores medicinais, e mais lixo comum como copos, restos de comida e hashi. Um dos enfermeiros chega para seu turno no hospital, e acena para mim, e eu aceno de volta. É bom perceber que as pessoas notam que eu existo, mesmo quando estou fazendo um trabalho que muitos, como o Nidaime, consideram instrumento de humilhação. Vou amontoando a poeira e sujeira das ruas e colocando-a na lixeira, e levo-a para as duas ruas principais das residências, e essas particularmente são minhas ruas favoritas. Eu não consigo ficar desgastado enquanto limpo as beiradas das ruas, porque sempre vem alguém me cumprimentar, perguntar como eu estou. O povo simples do vilarejo de Konoha é tão simpático e bondoso... isso alegra meu dia. É nessas horas que eu fico feliz pela forma que minha mãe me educou, apesar de tudo, porque ser bondoso tem suas maravilhosas consequências. Enquanto vou amontoando as sujeiras das duas ruas, as pessoas que passam, notam minha presença e jogam o lixo na minha lixeira ao invés de na rua. Talvez por respeito. Agradeço muito a esses moradores, eles deixaram meu dia mais calmo. Última parada: rua principal do centro comercial de Konohagakure. Aqui definitivamente é uma área que tem muita sujeira. Assim que chego, deixo a lixeira quase cheia em pé, e começo a varrer as calçadas. Muitas lojas e restaurantes ainda não estão abertos, então eu vou apenas varrendo a calçada e catando restos de comida, hashi, pratos, papéis, lenços, e vou retirando a sujeira. Minha coluna já está começando a irritar um pouco. Talvez seja hora de parar um pouco.
 
Sento na calçada da rua, com vassoura e pá de lixo ainda na mão e lixeira do meu lado, e começo a pensar sobre mim mesmo, meus amigos, e minha família. E percebo que estou com medo. Medo do que vai ser de minha vida. Se o Nidaime está disposto a me humilhar desse jeito devido a minhas origens, será que eu vou conseguir completar meu treinamento enquanto ele for o Hokage? Será que ele vai me manter em atividades como essa que, apesar de importantes, não contribuem para o meu treinamento, a fim de me impedir de conseguir ser um Ninja completo? Ele manda Uchihas da alta patente para missões extremamente perigosas, e muitos deles voltam mortos, o que impede que ele esteja fazendo isso conspirando contra mim, contra meu futuro? Talvez seja só coisa da minha cabeça.
 
Até que, para minha surpresa, Tagawa Yuji, dono do restaurante Mugen no Tabemono, me vê sentado na calçada. “Hiro! Como vai? Como vai sua mãe?”. Eu o vejo, e começamos a conversar. Ele percebe meu estresse, então me entrega, com um grande sorriso no rosto, um prato com hossomaki para eu comer. Eu desejo pagar, mas ele insiste que é "por conta da casa". O querido senhor Tagawa vai me contando e me dando conselhos sobre a vida no vilarejo, e a vida no geral. Impressionante, minha vida tem tomado e tomará um rumo completamente alheio ao que ele viveu, e mesmo assim ele tem algo a me ensinar. Eu aos poucos vou me levantando e continuando a limpar a rua enquanto converso com ele e conto pra ele sobre minhas ambições, frustrações, e o que estou fazendo limpando a rua, meus sentimentos com relação a minhas suspeitas de que o Nidaime não goste do clã Hyuga e não esteja agindo da melhor forma, e me mantenho retirando sujeiras, hashis, restos de comida, e me mantenho fazendo isso, até que ouço do querido senhor: “E você acha que o Nidaime está te sabotando?”. Isso interrompe todas as minhas ações, e me mantém inerte. Então não é coisa da minha cabeça... ele pode estar mesmo me sabotando... ele está me sabotando... a raiva começa a borbulhar dentro de mim, eu não vou conseguir ser um Ninja completo enquanto o Nidaime estiver em seu cargo... enquanto o Nidaime estiver vivo... me recomponho, e me despeço do querido senhor Tagawa, termino de varrer a última rua e recolher todo o lixo. Vou à academia, entrego meu material e todo o lixo para ser despojado, e me retiro do local.... não foi nenhuma sabotagem, isso foi uma missão importante e necessária para melhorar a vivência do meu vilarejo, não foi uma sabotagem... isso é apenas coisa da minha cabeça...