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[TREINO] De novo.
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Genin — Konoha
De novo.
— Por acaso isso tem alguma coisa a ver com a minha… Sede de sangue?
— O quê? É claro que não. Você é um Hoshigaki, não vou e nem quero te repreender por isso.
— Então por que eu não vou poder voltar para as missões?
— Eu vi sua luta contra aquele genin. Você pensou bem, lutou bem, e vencer. Porém, podia ter sido melhor. Portanto, seu treinamento irá requerer mais de você.
— Meu superior na academia falou que você caminhou mais rápido.
— E é por isso que você vai treinar mais antes de ir…
— Mas eu vou perder…
Pude perceber quando seu pé esquerdo ressoou um atrito forte contra a grama enquanto deslizava lateral. Felizmente, pude perceber: Aquela era uma formação simples, uma base mais aberta para não perder o equilíbrio enquanto realizasse um ataque, e, portanto, meus pés escorregaram exatamente na mesma direção. Quando seu punho chegou, e já estava preparado, suficientemente resistente para aparar o impacto do seu golpe contra meu antebraço vertical. Aquilo era uma declaração mais do que evidente que não haviam mais perguntas a serem feitas. Quando o outro golpe se fez na altura da minha face, pisei para trás e vi sua mão passar milímetros dos meus olhos. Não foi sorte ter conseguido, mas sim precisão: A esquiva curta me permitiu deslocar meu abdômen e ombro diagonalmente, golpeando seu pulso antes que ele finalizasse seu ataque.
Ele estranhou, de fato, mas continuou. Deus dois passos para trás para se reposicionar, para, praticamente, conseguir espaço e impulso para seu golpe seguinte: Um chute rodado e lateral, na altura da meu abdômen. Dessa vez, por incrível que possa parecer, e era realmente isso que queria, ao invés de tentar qualquer esquiva, simplesmente avance, jogando meu joelho, à frente da sua perna, rebatendo o golpe antes que ele terminasse, atacado antes de ser atacado. Ele conseguiu antever aquilo, segurando parte da sua força no golpe na perna, para evitar uma colisão ainda maior, e golpeando com seu punho esquerdo meu antebraço levantado. É claro que seu golpe tinha feito algum efeito, provocando bastante dor contra meu músculo do braço, porém… Pude perceber quando ele teve tocou com seu pé no chão e levantou, sentindo a dor, antes de retomar sua base.
Aqueles não foram movimentos convencionais. Não foram golpes na face, nem no estômago, nem no abdômen, nem nas pernas… O primeiro foi no pulso e o segundo no seu joelho. Pude ver a expressão confusa em sua face depois de ter sido acertado duas vezes seguidas. Confusa, sim, mas também, naquele traço fino a mais na lateral da sua testa, um pouco sofrida. O golpe tinha surtido efeito, afinal. Ele apenas respirou um pouco mais forte e deixou toda aquela tensão fluir através de um sorriso. De confusão e sofrimento a um tipo de felicidade branda e calma. Depois e agora, seus dentes saltados decretava o fim de sua mudança de humor… Maldição. Talvez não devesse ter feito aquilo.
[...]
— Você sabe quando conheci seu pai, não é mesmo?
— Sim, mãe, quando vocês tinham doze anos de idade, eram parceiros de time e todo o resto. Meu pai não cansa de conta a história...
— Exatamente. Mas ele não conta toda a história… Não conta a parte que eu derrotei ele.
— O quê? Você derrotou ele? Quando? Como?
— Nesse mesmo tempo. Seu pai pode ser um hoshigaki, mas eu sou…
[...]
— Esses golpes são completamente sem sentido.
— E é exatamente esse o ponto. Ninguém espera por um ataque no bíceps, nos dedos, no baço, ou no ouvido. Esse tempo em que eles demoram a entender onde realmente estão sendo atacados é o tempo que você ganha para obter um sucesso garantido. Você vai entender depois que dominar sua prática.
— E quando eu vou dominá-la?
— Depois de treinar tanto que só levantar seu braços será um desafio tremendo. Continue.
Ela pisou à frente porém não prosseguiu. Seu ombro esquerdo foi deslocado para trás naquele instante, trazendo-me instintivamente a ideia de que estava pegando impulso, movendo seu corpo para trás para mover a carga que estava por vir. Minha base, mente, e músculos estavam prontos para aparar o golpe que vinha… Mas ele não veio. Não aquele que calculei. Mas sim outro, com o braço da frente, mais fraco, porém, encostando nos meus olhos e fazendo-me saltar para trás com o susto. Se ela quisesse, talvez estivesse cego agora.
— Não veja, não crie planos, não se defenda do que não existe. Se prepare para tudo. — Diferentemente do meu pai, ela estava sorrindo enquanto me treinava. Estava feliz. Não havia também dores causadas por espancamentos ou treinos incessantes, nem machucados, nem cansaço, apenas conselhos, dicas, e derrotas inevitáveis. Porém, tudo aquilo já havia sido imposto a mim, e, portanto, resolvi utilizar aquilo ao meu favor. Sabia que minha mãe estava tentando me ajudar, mas, não parecia realmente ser capaz de me impor alguma crescimento. Afinal, sem dor, sem ganhos.
— Mãe, você sabe como é o treinamento do meu pai não é? Acho que isso aqui não vai me dar alguma vantagem real.
— Como assim?
— Bem, ele é um pouco mais rigoroso. E eu já sou um pouco acostumado a tudo… Isso.
— Mostre-me.
— Foi você quem pediu.
A estratégia era simples: Utilizaria o shushin em larga escala, movendo-me o mais rápido possível para surpreendê-la, ensaiando um golpe que deveria a acertar na altura do abdômen. Tudo seria feito de maneira mortal, do jeito que meu pai havia me ensinado, treinado, e lapidado. Porém, é claro, não colocaria nenhuma força no golpe, afinal, não pretendia machucar minha mãe.
Quando me movi, porém, ela deu dois passos à frente no momento de tudo. Maldição! A exclamação ressoou na minha cabeça quando minha mãe acertou em cheio seu músculo. Será que quebrei alguma costela dela? Tenho que chamar meu pai nesse… Ela estava parada à minha frente e sorrindo. — Esse é o treinamento árduo de seu pai? — Ainda sem entender o que aconteceu, voltei à minha posição inicial com um salto. — Por favor, Denkiuo, mova-se o mais rápido que conseguir.
E sumiu. Apareceu do meu lado e golpeou sem força minha costela. Sumiu novamente, provando-me um outro shushin para qualquer lado que não pudesse me alcançar. Apareceu do meu lado oposto, acertando uma cotovelada falsa na minha face. Comecei a utilizar vários shushin de maneira incessante, desordenada, apenas tentando me mover para um lugar que ela não antecipasse. Mas parecia não existir: Para onde fugisse ou esquivasse, um punho ou uma perna me golpeava. No fim, estava arfando, e, pelos meus cálculos, tinha sido atingido vinte e sete vezes sem qualquer chance de reação. Ela nem sequer suou.
— Como isso é possível?
— O quê? Fui eu que ensinei taijutsu pro seu pai. E agora vou ensinar para você. Agora que já deve ter entendido, vamos continuar…
[...]
Ele veio contra mim de maneira veloz, utilizando um movimento rápido, exigindo-me um outro em resposta. Ele era mais rápido do que eu, de fato, e me alcançaria… Se não tivesse se deparado com minha investida, completamente inesperada, completamente encoberta por um fuga ensaiada. Ele virou seus pés contra o chão e parou, fixou-os e pulou, fazendo com que eu atravessasse um vazio e fosse parar a alguns metros de distância. Seu sorriso ficou ainda mais largo.
Ele veio contra mim de novo, desta vez, zigue zagueando. Eu já não podia fugir, e, agora, não podia contra atacar, já que não conseguia prever onde estaria para o fazer. Bloquer? Não, ele era forte demais. Pense! Rugi mentalmente. Ou não. Deixei com que esse outro pensamento fluísse. E saltei contra uma imagem sua: Antes que pudesse chegar contra meu alvo, fixei meu pé e joelho e girei, em uma voadora a média altura, atacando também outra imagem sua. Não acertei nada, como era provável, mas pude ver quando ele parou seu movimento antes de completar, antes de tomar o posto onde havia sido atacado por mim. Eu havia previsto seu movimento? Ou só tinha dado sorte? Ou… Simplesmente agia. Atacando o que não devia ser atacado, forçando-o a atitudes e posições diferentes. Em um âmbito igualitário, não era como se estivesse ganhando, estivesse melhor, ou estivesse o pressionando: Não havia criado vantagem nenhuma. Porém, não éramos iguais: Ele era muito mais forte do que eu. Portanto, só de continuar de pé e trocando golpes já era um feito considerável.
— Então sua mãe começou a te treinar, não é mesmo? As habilidades dela são mesmo impressionantes…
— Ela derrotou você mesmo?
— Sim. A pergunta é, porém, quantas vezes?
— Como assim.
— Vou lhe mostrar.
Ele teceu cerca de quinze ou mais selos antes de seu chakra ser exalado de forma monstruosa: De repente, uma cascata de água começou a surgir, completamente feroz e avassaladora. Ou melhor, para aqueles que não estavam acostumados: Água era meu ambiente natural. Apenas presenciei enquanto tudo ficava azul, dos meus pés à cabeça, enxergando a água e através dela, esperando que aquilo passasse. Mas não passou: De repente, todo aquele maremoto pareceu se concentrar em uma cúpula ao nosso redor, exatamente como… Um oceano particular. — O que é isso?
— Isso é o que faz um Hoshigaki. — Mais um selo foi tecido enquanto ele sacava sua espada da bainha direita. A espada que nunca tinha refletir a luz do sol. Ele tinha um formato relativamente maior que uma katana normal, e era completamente cinza e escamada. Aquilo era capaz de cortar? O mais estranho, porém, veio em seguida: O metal, ou qualquer que seja o material de que tenha sido feita, começou a se retorcer, a se mover, a andar até seu braço, como se estivesse viva… E de repente, ela não estava mais lá. Ou estava: As feições do meu pai começaram a mudar, de um quase peixe, para um peixe completo. Sua face se alongou, com dentes protuberantes, e um olho mais afiado: Ele tinha virado um maldito tubarão martelo.
Pude ver ele assentindo com a cabeça, quase como se dissesse para me preparar, e, mesmo tendo o feito, não pude ver o que tinha me acertado na lateral do tórax. Senti o golpe como se um punho gigante tivesse acertado minha lateral, e girei meu corpo em consequência. Ele estava parado e flutuando, observando-me do outro lado. O quê? Será que… Não é possível. Que velocidade era aquela?
— Agora vou te ensinar outro tipo de taijutsu. — Ele sorri e mordeu, estalando os dentes. — Um que ensinei à sua mão quando lutamos pela segunda vez.
- Considerações:
- HP: Full - Escoriações básicas. MP: Full.
Treino para 3 PdA em Taijutsu. (x2 por causa do evento)
O total de palavras é 1775. Os dois treinos no presente totalizam mais de 1000 palavras, enquanto o flashback tá com alguma coisa acima de 500. O flashback tá com a letra um pouco mais clara. É nós.
Ficha: Aqui.
Vila : Sem vila
Mensagens : 175
Data de inscrição : 24/05/2020
Perséfone
Mestre
Status: Treinamento concluído. ✓
Recompensa: 3PdA em Taijutsu.
Observações: Não esqueça de solicitar os pontos adicionais referente ao evento: [ O Dobro ou Nada ].
Vila : Sem vila
Mensagens : 24
Data de inscrição : 12/06/2020
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