Últimos assuntos
[TREINO] Até o fim.
Página 1 de 1 • Compartilhe
s4rk
Genin — Konoha
Até o fim.
Já fazia algum tempo que não estive em alguma missão. Os combates no campo de treinamento ficavam cada vez mais intensos, cada vez mais sérios, cada vez mais complexos. Pude perceber, em algum momento, que haviam jounnins assistindo quase tudo de uma longa distância, observando com olhos analíticos e apáticos enquanto, quase sempre, escreviam algo seus pequenos cadernos. Estávamos sendo medidos, avaliados, e empurrados até nosso limite. Por um instante, perguntei-me, por que não poderia ser como um ninja qualquer? Exercer missões menores, ter um cargo mediano, e cumprir deveres mais mundanos? Por que tinha que estar ali, lutando contra outros gennins, para testar meus poderes, para formar um time de elite? A resposta vinha de maneira mais do que óbvia, na realidade: Eu tinha sido treinado e moldado para aquilo. Não é como se pudesse lutar contra o destino, de fato. Portanto, apenas assenti quando meu nome foi novamente chamado.
[...]
Aquele dia, estávamos em uma outra arena: Era um campo mais aberto, sem presença de árvores, com pequenas pedras ao longo da superfície plana. Havia também um lago lateral, com quase cinco corpos de diâmetro. Agradeci ao meu maldito instinto, que parecia observar tudo aquilo quase que inconscientemente, traçando rotas imaginárias que seguiam a um inimigo que também sequer existia.
O segundo nome foi chamado, trazendo, finalmente, meu inimigo a vista. — Lutem!
Ele começou atacando, vindo em minha direção de maneira... Bastante infantil. Sua corrida não era veloz, nem confusa, nem precisa, e parecia nem ter um alvo correto. Havia um sorriso moderado em sua face, apesar de tudo, que destoava ainda mais com a situação: Como ele tinha chego até aqui se movendo daquele jeito? E por que sorria, diante tamanho desafio? Quando ele se aproximou, esquivei lateralmente, deixando minha perna na sua frente e vendo-o rolar sobre as pedras.
Ele rapidamente se levantou, parecendo ignorar por completo qualquer possível dor que tivesse sentido. O maldito ainda sorria. Só naquele momento, tentando entender o que acontecia, foi que reparei que ele tinha quase três palmos a mais de altura, e quase dois de largura. Bem, conclui, aquilo parecia indicar alguma coisa. E ele avançou de novo.
Novamente, tive uma esquiva fácil, mas, dessa vez, tentei se mais contundente nos meus movimentos: Assumindo uma posição diagonal, agredi a lateral da sua caixa torácica, vendo-o se retorcer. Ele nem sequer ensaiou uma guarda, e isso, por si só, foi um convite à minha consciência: Acertei-lhe um poderoso golpe na face, fazendo-o voar alguns metros para trás. Ele não demorou a se levantar, ainda sorrindo, mesmo que sangrando. O que parecia indicação, agora, fazia-se completamente como afirmação: Havia algum tipo de técnica que alterava sua constituição, resistência, ou resiliência, afinal, por mais que recebesse golpes, ele continuava inteiro.
Bem, meu corpo pareceu propor uma resolução rápida à minha mente, que buscava incessantemente por uma estratégia: Vou combater sua resistência com minha força. Vou testar seu limite. Vou usar todo meu poder sem qualquer deliberação. E sem perceber, um sorriso predatório e Hoshigaki fora estampado em minha face.
[...]
Meu pai literalmente sumiu da minha vista e agrediu meu pescoço. O golpe foi inesperado, porém, soube que não havia sido tão forte. Estranhei aquele comportamento inicial, porém, imediatamente, ergui algum tipo de guarda. Ele sumiu de novo e acertou a lateral do meu ombro, causando um espasmo involuntário pelo meu bíceps, tríceps, cotovelo e antebraço. Porém, ainda assim, não foi o golpe mais forte que havia recebido ao longo de vários treinamentos.
— Por que, mestre? — Arrisquei-me com uma pergunta.
— Hoje não há nenhuma estratégia. Será eu contra você. É claro que esse não é um ambiente contra qual você não pode lutar, por isso, vou golpeá-lo de maneira mais branda. Porém, não precise fazer o mesmo. Veremos o quanto você consegue me causar danos... Se é que isso possível.
Novamente ele sumiu, porém, desta vez, sumi junto com ele, usando meu shushin para me distanciar alguns metros. Não houve chances de defesa, ou esquiva, ou bloqueio, ele apensa me seguiu tão rápido quanto antes e acertou meu outro ombro. Os golpes não eram fortes, de fato, mas começava a me incomodar. Não adiantava eu tentar me esquivar, ele era muito, completamente e definitivamente, mais rápido do que eu. Porém... Não adiantava eu tentar esquivar. Quando ele veio de novo, aceitei o golpe, e contra-ataquei: Senti meu ombro ser agredido de novo, porém senti quando minha mão encontrou seus músculos do abdômen. Os nós dos meus dedos estalaram e queimaram, como se tivesse socando um bloco de concreto. Porém, ainda assim, fiquei feliz: Ao menos, tinha atacado.
— Então, enfim, começamos.
Demorei três golpes para entender que eu não podia desviar dele e que ele também não desviaria de mim. Era uma troca completa de danos.
Tive novamente o pescoço golpeado e senti minha veia arder, mas consegui revidar com um chute contra seu joelho. Porém, maldição, minha canela pareceu explodir contra um pedaço de árvore. Latejava carne e osso, como se meu golpe tivesse sido contra mim. Um golpe contra a lateral da minha coxa, não tão forte, como esperava, permitindo-me ainda ter uma base para um cotovelada bastante agressiva, contra seu queixo...
... Ele recebeu o golpe e pisou para trás, respirando, cuspindo sangue, mais ainda inteiro. Por um instante, fique completamente desnorteado com sua resistência: Aquele movimento havia sido um golpe catastrófico, contra sua face, a queima-roupa, completamente impulsionado e sem a repreensão básica de temer um contra golpe. Ele... Ele ainda estava de pé. E veio em minha direção.
Meu ombro esquerdo parecia um pouco dormente agora, e, portanto, golpeei com o braço direito, acertando sua face novamente, porém, de maneira mais direta e menos contundente quanto a cotovelada. Ele atacou de novo, no mesmo ombro, acabando por completo com qualquer tentativa daquele lado. Naquele instante, percebi que sua cabeça estava um pouco mais inclinada para trás do que deveria. Ele não queria outro golpe na face, então, e, desta forma, deixava-me claro que estava causando algum dano, finalmente. Acertei a lateral do seu tórax.
E fui golpeado. E golpeei. Durante uma longa e interminável tarde.
[...]
Acertei um golpe bem em cima do seu pulmão, sentindo meus dedos quase atravessarem seus músculos, e pisei para trás, ganhando espaço para um chute giratório, com a perna trocada, para que pudesse acertar o mesmo órgão que tinha acabado de alvejar. Ele aceitou - ou não teve capacidade para se defender - todos os golpes, e pisou para o lado, respirando mais forte dessa vez. Ele estava cedendo? Precisava de mais impacto.
Eu tinha energia ainda suficiente para receber um golpe, e, portanto, quando ele veio em minha direção, deixei com que acertasse um golpe na costela. Percebi, aliás, que ele se assustou quando conseguiu me golpear: Sua ofensiva era realmente parca. Mas, desta forma, aproveitando a proximidade minha e dele, passei meu corpo lateralmente, colocando meu braço sobre seu pescoço e forçando-o para baixo, acertando-lhe uma joelhada completamente desproporcional contra sua face completa.
Naquele momento, quase pude sentir o predador que havia em mim, quase deixei com que se soltasse, e me tornasse o monstro que meu pai havia comentando em algumas histórias. Porém, só por um momento, afinal, meu inimigo pareceu levantar, cuspir mais sangue, e esboçar um sorriso forte, determinado e doentio. Por mais agressivo que tivesse sido, não tinha sido o tanto necessário. Não existia predador.
Percebi, agora, que estava arfando. O problema, essencialmente, era que bater também por temo indeterminado também cansava. Será que esse era seu maldito plano? Enquanto eu lutava contra sua resistência, ele lutava contra minha força? Ele queria me derrubar por cansaço?]
Bem, então que seja.
Desta vez, eu que avancei contra ele. Desviei do seu primeiro soco horizontal pisando para trás, e passando para dentro da sua guarda para lhe acertar um gancho no tórax. Pisei lateral, desviando de um jeb, e agredi o outro lado do seu tórax. Ele tonteou, ou hesitou, ou não teve reação suficiente, tornando-se um lavo fácil para mais dois ganchos repetidos. Pisei dois passos para trás, saindo de um cruzado ébrio, e chutei sua coxa esquerda. Ele perdeu parte do equilíbrio, mas usou isso - pensando ou não - para jogar seu corpo a frente em um soco potente. Mas lento: Desviei para o lado, deixando minha perna, como tinha feito no começo, mas agora chutando em seguido suas costas e o vendo desabar no chão com seu peso somado ao meu impulso.
Ele levantou, arfando.
Eu o encarei, arfando.
E prossegui. Nessa altura, ele não se preocupava mais em esquivar ou bloquear, ou, pelo menos, nada que apresentasse qualquer dificuldade para mim: Acertei um chute na mesma coxa de antes, e o vi fraquejar, dobrar o joelho, e trocar o peso da sua base. Aproveitei aquilo para ameaçar um golpe do outro lado, e ele, juvenil, alterou o peso de novo, permitindo que eu chutasse a perna alvejada novamente. Neste momento, ele cedeu completamente, mas não só isso, seu peso pendia para aquele lado... Acertei um cruzado jogando ainda mais ali. Quando estava desabando, girei meu corpo e o agredi, de maneira contrária ao seu movimento, como uma cotovelada rodada monstruosa. Senti o barulho de osso contra osso, senti meu cotovelo latejar...
... Senti minha vista ficar turva. Senti uma tontura crescente, meu pulmão queimar, e senti quando minha face foi ao chão logo depois dele, também, desabar.
- Considerações:
- HP: Desmaiado. MP: Full.
Treino para 1 PdA em percepção e 2 PdA em Dano Físico, respectivamente. (x2 pelo evento)
O total de palavras é 1560. Os dois treinos no presente totalizam 1050 palavras, enquanto o flashback tá com 510. O flashback tá com a letra um pouco mais clara. É nós.
Ficha: Aqui.
Vila : Sem vila
Mensagens : 175
Data de inscrição : 24/05/2020
Løner
Aprovado
- Considerações:
Num geral acabou por ser um treino padrão de combate fisico, o que deixou a desejar um pouco na criatividade, mas ainda vi algum valor na forma como colocou o flashback como um ensinamento para o treino atual. Apenas alguns adendos... Vi alguns erros de ter comido uma palavra, ou um "]" surgido do nada, uns erros que uma revisão poderia ter retirado... Também é bom cuidar da repetição de palavras que acaba deixando a leitura um pouco cansativa. Não sou nenhum prof de português e to longe disso, então encare como um toque que te dou.
Ps.: Fica atento ao número de palavras.
Recompensa 1pda Percepção; 2 pda Dano Fisico. [Dobrado pelo evento]
Vila : Sem vila
Mensagens : 167
Data de inscrição : 19/06/2020
Tópicos semelhantes
» [Treino Flashback] O treino árduo de selos de mãos
» [Treino]
» [Treino]
» [TREINO] Permaneça.
» [Treino] 漢
» [Treino]
» [Treino]
» [TREINO] Permaneça.
» [Treino] 漢
Página 1 de 1
|
|
Dom Out 15, 2023 5:34 pm por Rhaenys Uchiha
» [Retomada] As chuvas de libertação
Sex Jul 07, 2023 7:51 pm por Myrddin
» [Retomada] O Som de uma Folha - Time Hyakume
Sex Jul 07, 2023 6:02 pm por Wings Of Freedom
» [Lançamentos] O Som de uma Folha - Toyama
Qui Jul 06, 2023 8:05 pm por Game Master
» [Retomada] O Som de uma Folha - Time Toyama
Qui Jul 06, 2023 7:59 pm por trashscoria
» [Lançamentos] O Som de uma Folha - Hyakume
Seg Jul 03, 2023 2:18 pm por Game Master
» [MF] Yutaka
Dom Jul 02, 2023 5:47 pm por Game Master
» Organização de Clãs; Kekkei Genkais & Habilidades Iniciais
Dom Jul 02, 2023 5:41 pm por Game Master
» Organização de Aparência
Dom Jul 02, 2023 5:39 pm por Game Master
» [D] Ryouma
Dom Jul 02, 2023 10:39 am por Game Master
» Pedidos de Avaliação
Dom Jul 02, 2023 10:37 am por Game Master