[TRAMA - EVENTO] Chuunin Shiken

A evolução faz parte da jornada de um shinobi. Por mais turbulenta e demorada que seja, o esforço e as conquistas de um ninja representavam o quão digno ele estava de receber o título de Chuunin. A mudança do título era um ritual aguardado por todos, até mesmo pelos mais velhos que apreciavam o crescimento das novas gerações e amavam contemplar as intensas disputas dos seus filhos e filhas, mantendo a tensão de quando e onde seriam anunciados o início do tão honrado Chuunin Shiken. Em tão pouco tempo o mundo parecia ter virado de cabeça para baixo. A morte do Shodaime Hokage parecia afetar todas as nações ninjas, desde as mais pobres fundadas em meio a grãos de areias e pedaços de rocha, até mesmo as mais belas escondidas entre as névoas em seu arquipélago. A ascensão do Tirano Kyoma movia boatos por todos os países, abria discussões sobre a real situação da Folha e o quão confiável e segura estava o tratado de paz com Kirigakure no Sato. As cartas trocadas pelos diversos Daimyos espalhavam os boatos pelas aldeias, Kirigakure e Konohagakure estavam a poucos passos de iniciarem o derramar de sangue. Em pouco, até mesmo os subterrâneos de Otogakure e a chuvosa Amegakure estavam a par da situação, claramente defendidas pelos lideres que apoiam seus aliados. Em um comunicado, o mensageiro de Amegakure jurava apoio político e militar quando Kirigakure chamasse, e o mesmo acontecia com o líder do subterrâneo de Otogakure.

A tensão se espalhava entre todos os clãs de todos os países. Os julgados traidores de Konoha viviam sobre a mentira de não estarem sobre ameaça constante, sendo um acordo geral entre todos os líderes o de não revelar a seus membros os acontecimentos de dias atrás, onde um espião havia sido executado pelo Líder do Esquadrão Shi e atual Líder do Clã Uchiha. Kirigakure vivia sobre a dúvida das ações do Clã Kaguya, suas verdadeiras intenções após a morte do último líder eram incertas e Christa Yurei dormia e acordava em alerta. Em meio aos boatos espalhados, a faísca daqueles que não pertenciam aos grandes clãs surgiam em conversas de bares, visões revolucionárias sobre o próprio vilarejo, histórias que juravam aventuras repletas de tesouros. De fato o movimento rebelde começava a se tornar um fator conhecido, mesmo que seus possíveis membros estivessem ocultos dos olhos populares e políticos.

Do outro lado do mundo, a preocupação com a estabilidade de Konoha e Kirigakure vinha acompanhada da histórica reunião entre os Daimyo, levantando as prioridades mundiais para além dos conflitos. A tensão entre o Fogo e a Água eram nítidas na mesa, mas aquele que ditava o rumo do encontro parecia fazê-lo com pulso firme, carregando o símbolo do País do Ferro. As montanhas gélidas haviam sido sorteadas como sede para o respeitado evento de graduação, atendendo as necessidades do momento vivido como uma oportunidade de paz entre os vilarejos, como uma oportunidade se unificar as forças em orgulho a nova geração de shinobis que nascia do espírito de cada país.

Em pouca conversa, foi proclamada a Abertura do Chuunin Shiken. As caravanas partiam do Ferro para as respectivas vilas, adornadas com enfeites do país que se orgulhavam da poderosa força samurai, carregando o maior símbolo dos guerreiros em suas caravanas: as katanas. Foram precisos dias para que a notícia se espalhasse pelo globo, dias para que os representantes do Ferro adentrarem os Quatro Gabinetes. Estavam abertas as inscrições para o Chuunin Shiken do Ferro.