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flare
Chūnin — Kiri
Mesmo sabendo que as áreas abertas de Otogakure eram uma parte comum e acessível a todos eu me sentia deslocado estando ao ar livre. Talvez fosse uma certa ânsia que carregava comigo há algum tempo, em razão dos pensamentos de revolução e da fúria contida em diversas palavras que, apesar de desejar bradar aos ventos, guardava para mim.
Aquele episódio em específico fugia do usual. Um de meus professores do tempo da academia havia tirado seu dia para acompanhar o progresso de seus ex-alunos. Para minha infelicidade ele me pegou enquanto eu voltava de uma ronda, cruzando uma espécie de ponte feita às pressas após a anterior ter cedido, ela ligava duas vias de acesso aos túneis subterrâneos. Ia para casa, mas acabei fazendo um desvio até a parte superior da vila, onde o fluxo de pessoas era um pouco diferente — sempre enxergara o setor subterrâneo como uma parte morta, milimetricamente organizada para assegurar seu funcionamento; o nível acima, porém, gozava da luz do dia e isso é explicação suficiente.
Lembrava-me com clareza daquele professor, pois ele tendia a me dar fortes golpes nos ombros ou nas costelas sempre que eu não atendia suas expectativas. Pelo semblante em seu rosto hoje não seria diferente. “Que quer de mim?”, falei quando chegamos a uma clareira comumente utilizada para práticas. Me respondeu que acompanharia meu progresso, deixando a entender que aquela atividade seria algo recorrente dali em diante.
Sentou-se na grama, fechando os olhos, numa posição meditativa. “Deixei de ensinar-lhe isso durante a academia. Sente-se.” Sentei-me, imitando ele. Quando fechei os olhos senti o impacto da madeira em minhas costelas. “Ai.” Gemi, surpreendido. O homem estava ao meu lado, olhos fechados como os meus, e então não estava mais. Agora sua sombra assomava sobre mim, lançando uma escuridão que me amedrontava. Começou a me passar instruções do que fazer. Achei tudo muito desnecessário logo que percebi que fim tinha o treinamento. Meu domínio sobre as técnicas e como executá-las era satisfatório e considerando que eu não passava de um genin, modéstia à parte, meu desempenho estava algumas patentes acima. Mesmo assim, fechei os olhos e mantive a respiração como num fluxo, continua, repetindo aquele padrão por alguns minutos até que minha mente adentrou um estado de transe.
Outra pontada de dor me atingiu, dessa vez na nuca. Abri os olhos para fitá-lo, tentando entender o motivo do golpe — embora o sadismo fosse recorrente sempre existia um motivo por trás. Naquele caso, explicou-me, eu teria de manter a concentração e usar da dor para manter o foco. Achei tudo muito absurdo mas logo consegui alcançar o transe uma segunda vez. A dor permeava pelo tronco, formando uma espécie de ponte entre a nuca e as costela, seguindo num caminho de dor de um ponto ao outro. O incômodo atrapalhava em muito minha respiração, mas o chakra permanecia inerte, como que suspenso dentro do corpo, imóvel. Que bem me fazia treinar o chakra sem movê-lo eu não sabia, mas o fiz mesmo assim. Minha atenção se dividia entre a dor, a concentração, a suspensão do chakra em suas vias e a iminência do próximo golpe. Fiquei longos minutos — cinco ou seis, na verdade, mas me pareceram muito mais — alternando minha atenção entre esses pontos, mas mais dedicado a manter o chakra imperturbável que todo o resto.
Saber executar uma técnica e saber executá-la com perfeição eram coisas diferentes me explicou ele. Ainda de olhos fechados, me preparei para o golpe seguinte, que não veio. Quando relaxei minha guarda finalmente fui atingido, dessa vez no ombro direito. Vacilei um instante, oscilando o fluxo da energia, descontinuando toda a serenidade que domava o corpo. Ele se virou e foi embora, partindo se me dizer os frutos daquele treinamento.
Fiquei pensamento naquilo quando voltei para casa, encarando o teto com as costas atiradas na cama. Certamente tinha fortalecido meu Ninjutsu, mas as dores permaneceriam por longos dias até que amainassem e ainda assim me deixariam vergões avermelhados pelo corpo.
Hp: 300. Ck: 300. Cansaço: 0/2 turnos.
Treinamento Flashback de Ninjutsu. 666 palavras.
Aquele episódio em específico fugia do usual. Um de meus professores do tempo da academia havia tirado seu dia para acompanhar o progresso de seus ex-alunos. Para minha infelicidade ele me pegou enquanto eu voltava de uma ronda, cruzando uma espécie de ponte feita às pressas após a anterior ter cedido, ela ligava duas vias de acesso aos túneis subterrâneos. Ia para casa, mas acabei fazendo um desvio até a parte superior da vila, onde o fluxo de pessoas era um pouco diferente — sempre enxergara o setor subterrâneo como uma parte morta, milimetricamente organizada para assegurar seu funcionamento; o nível acima, porém, gozava da luz do dia e isso é explicação suficiente.
Lembrava-me com clareza daquele professor, pois ele tendia a me dar fortes golpes nos ombros ou nas costelas sempre que eu não atendia suas expectativas. Pelo semblante em seu rosto hoje não seria diferente. “Que quer de mim?”, falei quando chegamos a uma clareira comumente utilizada para práticas. Me respondeu que acompanharia meu progresso, deixando a entender que aquela atividade seria algo recorrente dali em diante.
Sentou-se na grama, fechando os olhos, numa posição meditativa. “Deixei de ensinar-lhe isso durante a academia. Sente-se.” Sentei-me, imitando ele. Quando fechei os olhos senti o impacto da madeira em minhas costelas. “Ai.” Gemi, surpreendido. O homem estava ao meu lado, olhos fechados como os meus, e então não estava mais. Agora sua sombra assomava sobre mim, lançando uma escuridão que me amedrontava. Começou a me passar instruções do que fazer. Achei tudo muito desnecessário logo que percebi que fim tinha o treinamento. Meu domínio sobre as técnicas e como executá-las era satisfatório e considerando que eu não passava de um genin, modéstia à parte, meu desempenho estava algumas patentes acima. Mesmo assim, fechei os olhos e mantive a respiração como num fluxo, continua, repetindo aquele padrão por alguns minutos até que minha mente adentrou um estado de transe.
Outra pontada de dor me atingiu, dessa vez na nuca. Abri os olhos para fitá-lo, tentando entender o motivo do golpe — embora o sadismo fosse recorrente sempre existia um motivo por trás. Naquele caso, explicou-me, eu teria de manter a concentração e usar da dor para manter o foco. Achei tudo muito absurdo mas logo consegui alcançar o transe uma segunda vez. A dor permeava pelo tronco, formando uma espécie de ponte entre a nuca e as costela, seguindo num caminho de dor de um ponto ao outro. O incômodo atrapalhava em muito minha respiração, mas o chakra permanecia inerte, como que suspenso dentro do corpo, imóvel. Que bem me fazia treinar o chakra sem movê-lo eu não sabia, mas o fiz mesmo assim. Minha atenção se dividia entre a dor, a concentração, a suspensão do chakra em suas vias e a iminência do próximo golpe. Fiquei longos minutos — cinco ou seis, na verdade, mas me pareceram muito mais — alternando minha atenção entre esses pontos, mas mais dedicado a manter o chakra imperturbável que todo o resto.
Saber executar uma técnica e saber executá-la com perfeição eram coisas diferentes me explicou ele. Ainda de olhos fechados, me preparei para o golpe seguinte, que não veio. Quando relaxei minha guarda finalmente fui atingido, dessa vez no ombro direito. Vacilei um instante, oscilando o fluxo da energia, descontinuando toda a serenidade que domava o corpo. Ele se virou e foi embora, partindo se me dizer os frutos daquele treinamento.
Fiquei pensamento naquilo quando voltei para casa, encarando o teto com as costas atiradas na cama. Certamente tinha fortalecido meu Ninjutsu, mas as dores permaneceriam por longos dias até que amainassem e ainda assim me deixariam vergões avermelhados pelo corpo.
Hp: 300. Ck: 300. Cansaço: 0/2 turnos.
Treinamento Flashback de Ninjutsu. 666 palavras.
Vila : gakure
Mensagens : 95
Data de inscrição : 23/05/2020
Løner
Aprovado
- Considerações:
666 palavraa Ok samara.
Realmente foi um treino sádico, mas fez muito sentido o motivo do espancamento, gostei bastante da ideia.
Recompensas: +1 PdA em Ninjutsu.
Vila : Sem vila
Mensagens : 167
Data de inscrição : 19/06/2020
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