[TRAMA] Investigação: O Atentado em Amegakure!

Vila : Sem vila Mensagens : 34 Data de inscrição : 22/07/2020

O prédio destruído

Shinobi Ascension

A chegada programada dos Genins auxiliares era logo confirmada pelos guardas dos portões de Amegakure, que enfim permitiram sua passagem para dentro da aldeia. Atravessando o portão maciço na entrada da vila, que era o único caminho disponível a cidade, envolta em um grande “lago”, era lúcido dizer que as estruturas metálicas pareciam se estender até os céus, parecendo tocar a imensa massa cinza que cobria suas cabeças. Era um lugar, inicialmente, depressivo. Para os que ainda não estavam acostumados, aquele ambiente poderia parecer um pouco tenebroso e estranho. Entretanto, os moradores já sabiam conviver com aquele constante despejo de água sobre suas habitações e os interiores das construções refletiam uma atmosfera totalmente diferente.

Ainda na carruagem, os ninjas percorriam as estradas da aldeia, podendo observar toda a adaptação que precisava ser feita na infraestrutura devido ao despejo incessante de chuva. A cada passo poderiam ser vistas arruelas no chão, para drenar o excesso de água, assim como uma leve inclinação das ruas para direcionar a água para fora da cidade. Os telhados se estendiam o suficiente para dar uma certa cobertura aos pedestres, que mesmo assim se protegiam do temporal. Às vezes forte, algumas fracas, mas uma coisa era certa, a tempestade sempre era presente.

[...]

- Senhor…. Eles chegaram. - o ninja informava na frente do escritório de comando do superior de investigações de Amegakure.
- Muito bem, já estava na hora…. - suas preocupações resplandeciam sua essência, causando um reflexo nervoso em sua sobrancelha, que puxava involuntariamente. - Eu já falei com Kyoshi… Pedi sua ajuda com o caso. Querendo ou não, vamos precisar de alguém da nossa aldeia e mais experiente para concluir o caso junto deles. - Em suas mãos estavam os papéis com a ficha de cada um deles, da mesma forma antes de enviar as mensagens. Ele as fitava incessantemente, questionando cada detalhe dos enviados para a missão. - Enviamos a equipe médica para socorrer os feridos… Mas ainda não conseguimos investigar totalmente o lugar… Se não fossem todos aqueles destroços…. Malditos! - ele batia na mesa, um tanto frustrado por todas as vidas perdidas e por ainda estarem sem muitas respostas de quem tinha feito aquilo.

[...]

- Estamos quase chegando no local do ataque. O grande centro militar de Amegakure. - dizia Eugene, seus olhos admiravam as construções e ao longe o grande prédio. - Raramente teríamos a permissão de estar aqui. Não sei se por bem ou por mal mas... o Chunin Shiken é um dos grandes responsáveis por isso… - porém, em seguida exalava tristeza em sua face, com as sobrancelhas levemente arqueadas. - Pelo o que eu soube, eles tiveram vários feridos e mortos. E isso não é uma coisa feliz de se poder investigar…

A medida que se aproximavam, ao longe, uma figura encapuzada estava em pé, impedindo a travessia pelo caminho em meio a chuva. Ela observava a construção, com partes dos muros em pedaços, concreto e metal espalhados e a entrada queimada, ainda com duas marcas que lembravam figuras parecidas com corpos humanos. Com guarda chuvas disponíveis na carruagem, Takashi pegava um deles e dizia aos dois - Vamos… Tenho que apresentar vocês a uma pessoa. - Assim, todos saíram da proteção confortante do veículo para as ruas molhadas e seguiam em direção a figura no final da estrada.

- Vocês finalmente chegaram. - exclamava uma voz grossa, impactante e consoladora. Não como uma bronca, mas como um sinal de desafogo por enfim poder adentrar naquele mistério violento. - Sejam bem vindos, Genins de Kiri. Parece que Eugene fez um bom trabalho atravessando o resto do país com vocês.
- Mikasa, Ryugan… Este é Holmes… Hoshi Holmes. - ele suspirava enquanto apoiava a mão no ombro do homem, como se eles já tivessem uma amizade anterior e passados vividos. - Ele será o investigador Jonin auxiliar a vocês. Devo dizer que não os acompanharei mais, tenho outros tratados a realizar aqui em Ame. - suspirava, demonstrando clara preocupação com os dois - Cuidem-se.

Com sua aparência oculta, os dois novatos não poderiam ainda descrevê-lo, a única coisa visível era sua boca e nariz. O que havia acontecido no ataque finalmente se tornava claro para ambos, somente as marcas nas paredes do campo murado destruído demonstrava o incrível poder de ataque do inimigo, ao mesmo tempo que revelava a violência do que poderia ter acontecido. Por ainda estarem do lado de fora das grandes paredes de metal e concreto, ainda não haviam visto tudo que os aguardava. Assim, o homem imediatamente aclamava:

- Espero que possamos nos mover com cautela. Obedeçam ao meu comando assim como obedeceriam um oficial de Kiri, não temos total certeza do que nos espera lá dentro. - suas palavras eram pesadas e causavam certa influência nos dois, ele parecia ter muita facilidade em envolver as pessoas com as suas palavras. - Portanto, vamos, não temos tempo a perder.

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Vila : Sem vila Mensagens : 263 Data de inscrição : 07/05/2020

Chegar ao país da Chuva tornou-se uma tarefa chata, apesar de fácil e, talvez, por ser tão fácil, tornou-se tão monótona. Ryugan levou a destra sobre a boca, centímetros de distância, mascarando um singelo bocejo. Não foi duradouro, mas serviu como combustível para que o jovem tentasse, mesmo que com dificuldade, olhar por entre as janelas de madeira da carruagem, buscando analisar o que fosse possível, desde caminhos alternativos para fugas à analisar, com certo critério, as construções, vestimentas e comportamentos dos viventes da Chuva.

Após transpassar os colossais portões metálicos, a carruagem continuou seu rumo pelas vielas enegrecidas do vilarejo, algumas fétidas e outras, nem tanto. Foi então, que de súbito, o transporte parou e Takashi anunciou a chegada de todos. O jovem Yuki analisou o lugar, conforme descia da carruagem, buscando se desvencilhar do guarda-chuva. — Estou bem, sensei. — disse, direcionando-se ao Jonin, conforme procurou ficar, por meros segundos, o céu nublado do vilarejo. Por fim, prosseguiu, deixando que o Jonin tomasse a dianteira.

Não tardou em finalmente chegar ao local, ou pelo que tudo indicava, nos resquícios do que antes parecia ser um prédio gigantesco. As boas vindas se deram por uma voz estridente, impactante, de uma figura ainda mais marcante que qualquer arranha-céu. Por mais que tentasse, e muito, o jovem Ryugan mal conseguiu tirar conclusões de quem se tratava, ou se pelo menos era alguém confiável. Por mais que carregasse o nome da Chuva em seus atos, não era garantia de que pudesse confiar no sujeito, tão pouco acreditar no pronunciamento de Takashi.

Nos deixar com um desconhecido? Estamos fodidos... Tentou segurar o riso, fitando de relance a companheira de time. O jovem não estava na posição de questionar, tão pouco desistir da missão que mal havia começado. Algumas manchas enegrecidas, nas paredes do que restava, tomou um pouco a atenção do Yuki, levando-o a se questionar sobre quais os reais motivos de um atentado. Por mais que tentasse, mal conseguia entender aquilo, sequer tentar formar uma ideia de início. Precisava acumular mais indícios.

Calado, escutou as instruções do sujeito, consentindo com a cabeça e buscando entrar no prédio, ou pelo menos no que havia restado, deixando sempre o encarregado da Chuva com a dianteira. Os escombros de faziam ainda mais presentes do que do lado de fora, demonstrado a real tragédia que havia ocorrido nas terras chuvosas. Próximo a uma mancha enegrecida, pôs o joelho esquerdo sobre o empoeirado e arenoso solo, tentando verificar algum indicio, seja de pistas como rastros ou afins. Em contrapartida, utilizando uma habilidade passiva de sua linhagem, buscou diminuir um pouco da temperatura ambiente.

Ryugan — Ch: 300 l Hp: 300 l St: 0/3

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Vila : Sem vila Mensagens : 34 Data de inscrição : 22/07/2020

Caça as Pistas

Shinobi Ascension

Enquanto Mikasa permanecia calada e seguia o sujeito indicado por Takashi, Ryugan permanecia atento aos eventos que percorriam ao seu redor. Ele não demorou para seguir o Jonin até dentro do prédio. Pelo o que pode ver desde o início da construção, elas pareciam ter sido afetadas por alguma técnica relacionada ao Katon, por terem marcas carbonizadas, mas ainda era cedo para tomar muitas deduções. A medida que passaram pelo portão destruído e pelo campo cheio de destroços, seguiram para a escadaria da entrada.

Depois de terem chegado ao fim dos degraus, a primeira coisa que eles foram atentados a observar fora um símbolo estranho, marcado por uma “tinta” vermelha que cobria o chão. Seria ingênuo pensar em ser qualquer outra coisa se não sangue, depois de poderem ver um corpo estourado ao meio logo à poucos metros do símbolo. As partes separadas exalavam um aspecto queimado, sem ter como sair qualquer líquido, mas, caso investigassem melhor, poderiam ver um corte na parte superior, perto do pescoço e nos pulsos.

Ao ver aquilo, o Jonin logo comentou - Então é pior do que eu pensei… Realmente ele fez um homicídio em massa…. - retirando da sua jaqueta, pegou um caderno onde fez anotações anatômicas dos ferimentos e depois da imagem formada pelo componente avermelhado, além de ter tocado no corpo, checando seus bolsos, anatomia e tentando recriar sua possível posição antes do impacto com o ataque. - Quem sabe mais o que poderemos encontrar aqui… Jovens genins… Vamos!.. - ele influenciava os dois a seguirem para dentro do prédio, enquanto abria as portas, agora defeituosas, do centro.

Saindo da chuva, as condições de frio e umidade deveriam ser esperadas à subir e cair, mas, contrário ao que esperava, o perito de investigações se deparou com um súbito cair de temperatura. Ryugan, com sua Kekke Genkai elemental, mantinha controlada a região que se encontravam, espalhando-a pelo lugar. “Então ele realmente manipula o que se pode dizer de ‘gelo’? Excepcional!”. O inspetor havia sido informado de algumas características chave dos dois, assim como seus clãs, o que fez sua curiosidade bater mais forte para conhecer eles melhor.

Assim que entraram, ele também retirava seu capuz negro, revelando sua verdadeira aparência. Com cabelos espetados em um formato muito peculiar, praticamente único, eles formavam o que parecia lembrar uma estrela, junto com uma barba de costeleta e cavanhaque mal feitos. Era um pouco diferente do que se esperaria de um verdadeiro perito em investigações, com um ar mais bobo, porém bastante sério. Ele olhava para os dois, com seu rosto finalmente a mostras e dizia, - Pois bem, agora posso falar melhor com vocês de uma forma mais adequada. Como Takashi já havia mencionado, espero que possamos resolver bem esse caso. Prazer em conhecê-los… Mikasa e… Ryugan. Pelo o que pesquisei de vocês, acredito que tenhamos pouca dificuldade em resolver esse mistério. - ele seguia para uma reverência leve, inclinando a cabeça, e se virava para o cenário.

Dentro do salão após a porta, havia uma recepção, uma mesa redonda com dois postos de guarda em formato de pilares elevados, no canto esquerdo e direito nas paredes pedregosas. Em condições ideias tudo estaria em sua posição ideal, contudo, as estruturas estavam danificadas e uma parte do segundo andar do prédio caia sobre o primeiro, formando uma passagem, talvez um tanto insegura. Seguindo o primeiro andar, poderiam adentrar um grande corredor que se dividia em dois segmentos, com algumas salas vazias e bagunçadas, com restos de escritórios e papéis.

- Muito bem, acho que nossa investigação começa por aqui. - ele retirava alguns cadernos de dentro de sua bolsa oculta pela roupa e distribuía aos dois. - Precisamos começar a escrever tudo o que começarmos a ver, as formas, cadáveres, até mesmo ideias do que pode ter acontecido, para que então possamos gerar hipóteses do que aconteceu por aqui. - eram cadernos simples com papel totalmente branco e um lápis anexado. - Pelo visto, conseguimos acessar o segundo andar por aqui, apesar que possa haver uma escada mais pra frente, se não estiver destruída… - suspirando, ele sentia que seria uma tarefa delicada, mas devia confiar nos seus aliados de campo. - Muito bem, preciso que um de vocês vá ao segundo andar e veja o que pode descobrir. Eu vou para o corredor a esquerda e preciso de alguém para ir pelo outro. Acredito que não haja perigo de combate real por aqui… mas fiquem atentos aos seus arredores, nunca se sabe… Além do mais, poderemos cobrir mais áreas assim.

Com o pedido feito, o Jonin apenas esperaria a confirmação de um dos dois para prosseguir pelo seu caminho. Caso contrário, escolheria por ele mesmo, dando ordens aos dois, escolhendo Ryugan para subir e Mikasa para checar o segundo corredor.

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Diagrama dos cenários:

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Vila : Sem vila Mensagens : 38 Data de inscrição : 10/07/2020

心臓を捧げよ
Shinzou Wo Sasageyo

Permanecer calada me pareceu a melhor resposta para a apresentação dada pelo investigador, ele já me conhecia, possivelmente leu um histórico enorme de vários nadas relacionados as poucas missões porcas que tinha feito, talvez tenha lido meu desempenho escolar que é até chamativo, mas a academia ninja não preparava realmente ninguém para aquele tipo de missão, para a realidade, para a liberdade.

Os destroços chamativos logo tomaram toda minha atenção, não era uma ninja muito inteligente para aquele cenário atípico, mas começava a sentir meu corpo queimar com o sangue derramado em vão. Era injusto. Ninguém merecia morrer atoa. Eu não sou inteiramente contra a morte, no entanto a morte é uma espécie de fim, para todos, e prefiro que cada um escolha seu fim — mas, caso não possam escolher, que possam descansar sabendo que não foram em vão.

O homem parecia anotar tudo, se demostrava atencioso. Já aquele que me acompanhava era misterioso, ainda não tinha entendido a dele. Quanto mais avançávamos, mais senti meus sentidos se aguçarem, numa forma de alerta, começava a me preocupar e, no primeiro sinal de voz do investigador, tracei minha espada e segurei a bainha, não a puxando, tinha reagido inteiramente por instinto, mas conseguido me conter a tempo suficiente.

Não era do tipo que gostava de escrever, receber aquele caderninho me irritava, não teria como reagir rápido o suficiente a um ataque se estiver anotando sobre cadáveres explodidos na minha frente. Designado os caminhos, escolhi o segundo andar, não informando exatamente, apenas seguindo na direção informada —— Irei por aqui. —— anunciei.

Fui até a escada, o caderno sempre em mãos, mas me recusava a anotar algo se não fosse realmente necessário. Estava atenta, principalmente no trajeto onde a escada me levaria, estaria, sozinha, adentrando um território novo, jamais antes conhecido, se ali um inimigo me esperasse junto a ele minha sentença de morte me aguardaria.

HP [300/300] | CH [300/300] | ST [00/03]

Adendos:

Vila : Sem vila Mensagens : 263 Data de inscrição : 07/05/2020

O primeiro impacto que Ryugan sentia fora quando visualizou, próximo de si, um cargo, ou os restos do que um dia foi um humano. Claramente, tratava-se de um homicídio em massa, mas além disso, a crueldade exalada entre os pedaços do outrora, corpo. A maioria estava carbonizada, com toda certeza, mas ainda sim o investigador se prendeu a outros detalhes, anotando ao que tudo indicava em um pequeno caderno alguns detalhes daquilo. Suas palavras de alerta serviam para o jovem Yuki focar-se no todo ao seu redor e, de forma passiva, diminuindo a temperatura do ambiente, tornando o clima ainda mais gélido. Por fim, buscou uma kunai em sua hip-pouch, com a destra, como ultimo recurso caso a situação fugisse do controle. Seguiu, ainda com o Jonin na dianteira, visando ainda mais fundo do prédio, visualizando as defeituosas portas se abrirem.

Viu o investigador retirar o capuz, mostrando sua real aparência. Um homem um tanto quanto estranho, Ryugan pensava, segurando para não soltar um riso debochado. — Vamos desvendar quem fez isso com o seu povo, senhor. Pode ter certeza. — buscou passar tranquilidade ao homem, que tão pouco parecia precisar, mas sentia a necessidade de ajuda-lo moralmente. Inclinou-se da mesma forma que o anfitrião da Chuva, devolvendo a cordialidade. Voltando a focar n oque realmente interessa, Ryugan buscou fitar todo o grande hall, vendo diversas pilastras, uma mesa grande e alguns papeis, talvez remanescentes do atentado. A passagem resultante da explosão era o que mais chamava a sua atenção. Ademais, longos corredores faziam-se presente no que parecia ser o primeiro andar do prédio, ou do que havia restado dele.

Esticou a canhota na direção do pequeno caderno, segurando-o. Não era isso que esperava quando aceitou participar da missão, mas entendia a necessidade de documentar tudo. Viu a parceira da Névoa seguir por um caminho e, aceitando o único que sobrava, foi em direção ao corredor da direita, a passos lentos, tentando analisar tudo por ali. As paredes, apesar do grande impacto, permaneciam quase intactas, apesar de uma ou outra rachadura. A kunai permanecia em sua mão, assim como tentava, obviamente, ficar atento a tudo ao seu redor.

Ryugan — Ch: 300 l Hp: 300 l St: 0/3

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Vila : Sem vila Mensagens : 34 Data de inscrição : 22/07/2020

Caminhos traçados

Shinobi Ascension

Aos poucos parecia que todos estavam se adequando aquele ambiente pouco confortável, lembranças do que fora em outrora um centro militar organizado e operante. Aquele setor em que se localizavam pouco serviria para ser reaproveitado, antes de ser completamente reformado e limpo. Infelizmente, para ajudar na investigação do grupo, o governo de Amegakure ainda não havia mexido nos corpos nem em qualquer detalhe do espaço, o que faziam muitos familiares ficarem aflitos, de não poderem enterrar seus entes queridos falecidos no ataque. Ainda bem que a viagem dos genins havia sido mais rápida do que o normal, o que fazia chegarem poucos dias depois do ataque.

O investigador, aceitando as decisões de ambos as crianças, prosseguiu com Ryugan pelo primeiro andar. - Lembrem-se, não banquem de heróis… Essa mesa redonda servirá para nos encontrarmos de novo. Espero vocês daqui a uma hora. - seguiu pelo corredor esquerdo e desapareceu na escuridão causada pela destruição de algumas lâmpadas do lugar. A chuva externa, penetrava por algumas aberturas das paredes, e ambos os participantes poderiam a ouvir constantemente.

RYUGAN

O menino adentrava pela passagem na direita, em que poderia receber acesso à algumas salas de escritórios do centro militar. Como esperado, tudo por dentro estava completamente bagunçado, as mesas reviradas e armários abertos. Algumas das portas estavam bloqueadas pelos destroços, mas caso resolvesse entrar nas salas, teria por volta de 6 a sua disposição.

Nem todas possuíam pistas concretas do que havia acontecido por lá, mas haveria tempo suficiente para que ele investigasse cada uma delas. A mais importante, em que seus esforços dariam resultado, seria a quinta sala, divididas entre primeira, terceira e quinta para o lado esquerdo do corredor, e segunda, quarta e sexta para o direito. Nela, depois de abrir a porta, poderia ver mais uma vez o mesmo símbolo que tinha encontrado na entrada do prédio.

Ao mesmo tempo, haveria pelo menos até 4 corpos mutilados, alguns carbonizados e outros relativamente intactos. Aquela cena era degradante, mas representava algo muito importante para as respostas que procuravam naquele ataque. Assim que visse o cenário fétido e resolvesse adentrar na sala, poderia enxergar em volta dos cadáveres alguns papéis queimados, alguns menos que outros.

MIKASA

Resolvendo seguir instintivamente pelo segundo andar, imediatamente ao entrar pelo caminho seu destino a levava à uma atmosfera deplorável. Inúmeros destroços esmagavam os corpos de algumas pessoas daquela região ampla, que possuía somente uma porta de entrada. Não era plausível se dizer o que era realizado naquele lugar, devido a imensa mudança do conteúdo original do espaço, mas havia uma mesa, destruída na lateral de uma das paredes, com um mural inclinado, que possuía vários auto retratos de pessoas. Alguns dos desenhos estavam queimados, danificados, mas eram vários a ponto de ser possível identificar alguns rostos.

No meio do mural, uma extensão enorme do símbolo que havia visto na porta do centro militar se penetrava nos cartazes e envolvia a parede inteira. Era muito sangue, possivelmente várias vítimas deveriam ter sido utilizadas para fabricar coisa de tamanha magnitude. Em volta, era possível perceber que a maior parte dos corpos preservados estavam jogados e deixados perto daquele grande símbolo. Eles possuiam rastros vermelhos que convergiam para o mural, em um epicentro daquela “arte”, como se a junção dessas linhas indicasse a posição do artista que pintou o “quadro”.

Pela sala, a menina poderia ver até 8 à 9 falecidos, a contagem inclui aqueles totalmente carbonizados, representados por apenas restos de ossos, até aos que ainda estavam parcialmente preservados. Suas investigações pelo lugar poderiam descobrir um cadáver com a garganta cortada, seu sangue espalhado por toda a roupa e chão. Sua barriga deitada, com a cabeça virada ao mural. Seus olhos abertos, pareciam ter tido uma última visão antes da morte. Se ela resolvesse investigar, veria que aos papéis estaria uma carta escrita por ele, pouco antes da sala ser invadida.

“Eu nunca fui um bom pai… Dei pouca atenção a minha família, mas diga a eles que os amo.. Estamos tentando conter o invasor, mas estamos sozinhos… Não sei quanto tempo vamos aguentar, nunca vimos algo par…….”. As palavras se encerraram no meio da carta, ao que parecia não teria nem tido tempo de escrever o resto.

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Vila : Sem vila Mensagens : 38 Data de inscrição : 10/07/2020

心臓を捧げよ
Shinzou Wo Sasageyo

O lugar era, talvez, a cena mais diabólica e horripilante que já presenciei na minha vida. Respingos de sangue, corpos e ossos decoravam todo o território como se fossem projetados para estar ali, como se fosse já parte daquele cenário. A preservação do massacre, mesmo que útil para a investigação, era exaustivo quando todo o lugar parecia feder intensamente a sangue ressecado. Busquei o caderno, escrever parecia necessário diante tanta desgraça.

Meus olhos, ágeis como de uma água, caçavam cada canto e detalhe da sala que fosse possível explorar, tentava assimilar o local em que estava, mas somente conseguia enxergar mais morte e destruição indiferente a direção. Num canto, uma mesa quebrada juntamente a um mural de fotos, observei algumas, mas definitivamente não reconheceria ninguém, mas guardei todas as fotos que fossem possíveis recolher e anotei uma observação no relatório.

Talvez por culpa da aflição de ficar no meio de tanta morte, não notei tão cedo o enorme símbolo que cercava o mural, o mesmo que tinha visto anteriormente na porta do centro militar, era algo que se repetia, a morte acompanhava aquele símbolo, mas jamais antes teria o visto. Anotei mais uma observação. Parei, observando tudo novamente com mais delicadeza, não podia me permitir deixar passar algo novamente. Uma segunda revista me fez identificar um padrão, os corpos alinhados acompanhados de um rastro de sangue pareciam levar algum lugar, registrei no relatório, mas sem seguir pelo possível caminho.

Tinha um leque de cadáveres, e, talvez fosse útil anotar quantos cadáveres tinha em minha volta. Contei os que ainda estavam em pele, e chutei até dois carbonizados em ossos, chegando a somatório de oitos corpos, relatando, mas ressaltando o possível erro. Talvez um padrão nas mortes existisse, e, mesmo que nojento, resolvi violar os corpos mortos buscando entender como poderiam ter morrido.

A maioria tinha sido atingida pela explosão, alguns destroçados e desmembrado, mas, um em específico até mesmo mantinha os olhos abertos, talvez tivesse visto a morte diante de si, finalmente encontrando um descanso em paz, mesmo que sua liberdade de vida tivesse sido retirada, agora jazia em liberdade na morte. Curiosamente a ponta de um papel estava por debaixo de seus dedos, era uma carta, que nem mesmo tinha sido finalizada. A guardei, mesmo que não tivesse uma identificação, tentei gravar fielmente seu rosto e identificá-lo com as fotos recolhidas, se tivesse alguma semelhante iria anexar a carta, para posteriormente entregá-la a sua família.

Relatei as causas de morte e também o conteúdo da carta, seguindo adiante, pelo único caminho possível.

HP [300/300] | CH [300/300] | ST [00/03]

Adendos:

Vila : Sem vila Mensagens : 263 Data de inscrição : 07/05/2020

Finalmente, desde que saiu da Névoa, encontrava-se sozinho. Apesar do revés da missão e de toda situação que um terrorista, aparentemente causou ao vilarejo da Chuva, estava, pela primeira vez, feliz. O frio lhe abraçava como se fosse o afeto caloroso de uma mãe. Sua habilidade em diminuir a temperatura do ambiente estava fazendo efeito, sem dúvidas alguma e, por ser um conjurador do gelo, pouco se afetava com a queda brusca de temperatura. O corredor escuro, fétido e nebuloso mostrava para o jovem diversas salas dispostas tanto em sua esquerda quanto na direita. Por mais que os destroços impedisse uma fácil passagem, conseguia fitar, mesmo de longe, a bagunça; papeis revirados, mesas quebradas e de cabeça para baixo e, o principal, a falta de luz. — Vou ter que vasculhar entre os escombros e resquícios de caos, afim de achar alguma pista relevante. Que teve um atentado aqui todos já sabem, mas aquelas marcas nas paredes... nunca vi algo assim em toda a minha vida. — suspirou, fitando o ar sair em fumo, referente às baixas temperaturas. Antes de qualquer busca, levou a destra sobre os bolsos de seu enegrecido casaco, buscando um maço de cigarros da pior qualidade, como também um isqueiro metálico com o símbolo da Névoa talhada em ambas as faces do material. Não tardou em acender o cigarro, com um pouco de dificuldade com o fogo, mas nada que fosse lhe impedir de saciar o vício. A primeira tragada serviu para revigorar toda sua fé, enquanto procurou fitar as tantas salas ao seu redor.

Conseguiu contar, conforme o cigarro acabava, seis salas para serem acessadas, mesmo com alguns escombros atrapalhando a passagem. Começou pelo lado direito, forçando a porta e passando por entre duas vigas perpendiculares ao solo. Não tinha muito o que ser analisado, além de toda a bagunça presente no grandioso prédio. Apesar de não ser útil, pegou o bloquinho para iniciar as anotações. ''Sala 1, direita. Bastante bagunçada, mesas reviradas e papeis por todo o solo. Apesar de vários papeis, nenhum que chamasse minha atenção. Apenas relatórios sobre o nível militar do vilarejo, mas com dados bem básicos.'' Concluiu as anotações da primeira sala, saindo de lá, em busca da segunda sala, nesse caso, da esquerda. Parecia uma cópia da outra, com incontáveis papeis sobre o solo e mesas partidas ao meio. ''Sala 2, esquerda. Similar a primeira sala, vários papeis sobre o solo, mesas reviradas e partidas ao meio. Sobre os dados, bom, parecem o mais do mesmo. Informações básicas sobre o centro militar e seus ninjas.'' Seguiu. No decorrer das salas 3, direita, 4, esquerda e 5, direita, o que encontrava era mais do mesmo. Faltava, por fim, a ultima sala do corredor. A Sexta, como numerada por Ryugan, permanecia com a porta fechada. Um movimento simples com os braços foi suficiente para forçar a porta de madeira, abrindo-a. Ao contrário das outras, essa sim tinha pistas. Mais do que pistas, com certeza. O local macabro determinava um assassinato em massa.

Os corpos mutilados estavam próximos um do outro, totalizando quatro. Algumas partes carbonizadas, já outras, intactas, mostrando a ampla habilidade e versatilidade de quem quer que tenha feito aquilo. O símbolo se repetia, uma vez mais, sobre a parede próxima aos corpos. O cheiro fétido subiu, forçando o jovem à tapar o nariz com a destra, por alguns segundos, pensando no que fazer. Entrar na sala e vasculhar por pistas? Ou chamar o investigador da Chuva? Apesar do dilema, resolveu agir sozinho, como sua própria natureza determina. A cautela foi nítida e em cada vagaroso passo, pode sentir toda a aura que aquela cena macabra carregava. Próximo dos corpos, fitou algumas páginas rasgadas, diferentes das que haviam nas outras tantas salas. Logo levou o lápis sobre o papel do pequeno caderno, buscando por mais anotações. ''Sala 6, esquerda. Uma cena macabra, pra dizer o mínimo. O mesmo símbolo de outrora se faz presente, como também quatro corpos mutilados. Algumas partes carbonizadas, outras intactas. O que mais chamou minha atenção são os incontáveis papeis queimados, alguns menos que outros. Talvez o homem procurasse por alguma informação contida nesses papeis, ou não...'' Terminou a anotação, elevando o cenho, pensando se deveria voltar de encontro aos outros dois ou continuar vasculhando, em busca de outros detalhes na sala.

Ryugan — Ch: 300 l Hp: 300 l St: 0/3

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Vila : Sem vila Mensagens : 34 Data de inscrição : 22/07/2020

Pistas Obscuras

Shinobi Ascension

Tanto Mikasa quando Ryugan percebiam a verdade cruel do que foram selecionados para participar e investigar. Aquele ambiente, ainda recente, com certeza era angustiante, até mesmo para o inspetor Jounin que estava com eles. Ainda mais por se tratar de pessoas que, muito provavelmente, ele já poderia conhecer.

Todos os corpos que puderam anotar e observar possuíam marcas muito parecidas, se não idênticas, nos ferimentos, com a sensação de que haviam sido resultado de, talvez, papéis bomba? Não tinham certeza, mas poderia ser um bom palpite. Ambos ainda teriam que comparar seus dados para poder deduzir isso ou qualquer outra hipótese, mas era justamente por causa disso que Holmes havia lhes entregue os cadernos. Para que possam ser analisados padrões, caso existissem, e tentar-se juntar as peças daquele quebra cabeça.

RYUGAN

O horror era claro aos olhos do Yuki, aquela não era uma cena comum, com certeza havia sido ensaiada por alguém, reunindo as vítimas em um lugar unificado. Com seu caderno, ele registrava tudo sobre os papéis, pegando tanto o formato do símbolo padronizado, quanto os detalhes dos ferimentos das vítimas, a queima de arquivos e o ambiente pesado. A temperatura ao seu redor causava algumas partes da sala a congelarem, devido a presença de água entrando por algumas frestas e rachaduras com o exterior e a sua kekkei genkai.

Se não fosse por tudo que havia acontecido, aquele lugar poderia ser até confortável, mas o cheiro dos corpos e os destroços arruinariam qualquer sentimento bom. Na sala que se encontrava, apesar de sua calma e foco, não havia mais nada a ser encontrado além do que já havia visto. O menino até tentou achar alguma outra pista, mas a única coisa que poderia fazer a mais era sair da sala.

Talvez fosse um bom momento para voltar até a mesa marcada pelo inspetor, afinal, já havia recolhido dados importantes sobre o crime, além de que poderia possuir evidências suficientes para indicar que o invasor buscava algum conhecimento de dentro do centro militar. Não era apenas uma afronta ao governo de Amegakure, e sim um ataque de busca. Porém, também poderia seguir mais além, indo pelo corredor que ainda se encontrava, seguindo para o grande salão mais adiante. Nele, um cenário um tanto interessante poderia ser visto, uma grande quantidade de escombros estaria reunida no meio do local, formando uma espécie de pirâmide de base cônica um pouco deformada. Não haveriam nenhuma vítima a ser encontrada, inicialmente.

MIKASA

Aquele massacre evidenciava o caráter psicopata dos possíveis invasores que causaram aquele atentado. Sem misericórdia, haviam trucidado os ninjas do prédio de uma forma estranha, que poderia até ser considerada planejada, como se cada corpo estivesse ali para representar um propósito. As marcas, da mesma forma, pareciam representar algo a mais, e somente apareciam conforme os corpos eram descobertos. Mikasa, demonstrando claros sinais de desconforto perante aquela chacina, fazia o máximo para recolher as evidências, cada papel no mural e em anotar a atmosfera podre. Talvez nunca esperaria fazer algo do gênero como uma Genin, mas aquilo com certeza era uma missão muito fora do padrão.

Antes que pudesse sair da sala, depois de ter feito sua análise e prosseguido com os dados daquela investigação, seus olhos, talvez por sorte do destino, eram invadidos por um brilho leve e fino, entre dois dos corpos perto do mural. A medida que se aproximasse, poderia ver que era um papel completamente estranho, com inscrições douradas por toda a sua extensão. Sua aparência era completamente desconhecida e sua textura era abissalmente diferente de um papel comum. Quase que instintivamente, a garota o guardaria junto dos papéis do mural, e poderia o levar consigo.

Seguindo por aquele insalubre cômodo, Mikasa sentiu a necessidade de investigar mais o andar que lhe fora fornecido, adentrando pela única porta a sua vista. Ela poderia passar por um corredor relativamente escuro, com uma saída iluminada pela luz exterior ao prédio. Ao entrar no novo espaço, a sala era nitidamente sem saída, devido a escombros cobrirem suas outras entradas. Uma grande janela, com seus vidros quebrados, era a responsável por permitir que o céu cinza de Amegakure incidisse sua fraca luz pelo lugar. Não demoraria muito para que a menina visse que o rastro de sangue levava a mais um cadáver.

Diferente do normal, seus braços estavam completamente amputados, não parecendo haver vestígio deles ao redor da sala, apenas pedaços de carne e incinerações, por volta do seu corpo. Ele encarava a porta pela qual a menina havia passado e isso logo a chamaria atenção. Escrito em vermelho, percorrendo toda a parede por qual ela havia adentrado, haveria a seguinte frase:

“Somos todos pecadores e devemos pagar pelos nossos erros diante de seu olhar.”

Apesar de parecer estar chegando em alguma mais esclarecedora e profunda sobre o caso, além de somente marcas e mortes, aquela afirmação era a porta para mais inúmeras perguntas sem resposta. Ao que parecia, não havia mais nada que pudesse fazer, se não voltar por onde começou. A garota havia chegado no fim dos caminhos disponíveis pelo segundo andar e não parecia ter mais nada a agregar em sua inquirição.

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Já estava na hora de sair daquela sala fétida e amaldiçoada pela natureza sórdida dos humanos, ou seja lá o que tivesse proporcionado tanta dor ao povo da Chuva. Antes que aquele cheiro embrulhasse de vez o estomago do Yuki, buscou a mesma passagem de outrora, passando pela porta recém arrombada e algumas vigas em perpendicular ao solo. Se esgueirou entre os objetos à sua frente, suspirando firme ao fim, batendo com ambas as mãos sobre os panos das vestes, tirando um pouco da poeira que havia se apropriado delas, principalmente da calça. — Tenho boas pistas, mas nenhuma delas é suficiente para ajudar na causa. Preciso de mais... mas como? — sussurrou em oitavo tom, buscando recursos para que sua empreitada em busca de mais pistas continuasse, ao invés de somente voltar ao local determinado pelo investigador da Chuva, com tão pouca informação à disposição.

Moveu a cabeça pra direita e, em poucos segundos, pra esquerda, estando no meio do corredor, virado para as paredes, não tão maciças assim, de lá. Pode perceber, com não muita dificuldade, mais um acesso ao longo do longo corredor. — Vou procurar por mais pistas. O Jounin que se foda. — da mesma forma de outrora, sussurrou, caminhando a passos lentos na direção do inesperado. As paredes, ao decorrer do caminho, pareciam permanecer sólidas, apesar dos pesares. O mal cheiro permanecia, com menas intensidade, mas servia para lembrar Ryugan a cada segundo daquela cena infernal. Ao fim do corredor, uma passagem podia ser vista, como também uma espécie de salão. A escuridão não deixava que o jovem conseguisse ver muito dali, sem entrar de fato no novo cômodo, mas conseguia ver um amontoado de construtos no centro, como uma pilha de lixo, mas gigantesca. Sem hesitar, com um passo após o outro, entrou.

Ryugan — Ch: 300 l Hp: 300 l St: 0/3

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Saída Bloqueada

Shinobi Ascension

Ignorando os acordos propostos pelo Jonin de Amegakure, Ryugan não hesitava em tentar encontrar mais respostas para as assíncronas perguntas que surgiam naquele lugar. Depois de ter visto o massacre de corpos na última sala do corredor, o garoto decidiu progredir ainda mais pela parte escura, que chegava em um grande salão. Com seus primeiros passos, ele adentrava no espaço amplo e límpido, que possuía iluminação oriunda de algumas janelas da parede dianteira, por volta 1 metro e meio acima do chão. A sala em si possuía um telhado alto e piso de madeira, com tábuas longas se estendendo do começo ao fim.

De repente, atrás do menino uma sombra familiar apareceu, com um rosto preocupado e cabelo espetado, ela corria na direção do rapaz. - Ryugan!! Não se mexa!!! Este lugar está cheio de…. - mas antes que o inspetor pudesse alcançá-lo, correndo para tentar puxar o menino de lá, uma explosão repentina estourou o teto da porta. Ao que parecia o garoto não havia percebido as armadilhas e acabou se expondo a um verdadeiro perigo. A bomba detonou controladamente, perto de uma fragilidade do concreto, fazendo boa parte da parede desmoronar e fazendo impacto suficiente para enviá-lo poucos metros ao chão.

A última coisa que pode ver, antes do impacto, foi a face frustrada e aflita do investigador Holmes, a medida que a entrada se fechava. Apesar de ter sido forte, ela não foi suficiente para lhe causar algum dano significativo, talvez alguma pequena dor decorrente do empurrão, mas nada tão sério. Em meio aquilo, acabava caindo de frente para uma grossa e grande linha curvada vermelha, que se encontrava cercando os destroços. Se gastasse algum tempo andando por volta daquela bagunça, poderia perceber que era o mesmo símbolo anterior, só que em um escala absolutamente maior. Agora, estando presente no seu interior, poderia também notar nas paredes uma grande sentença escrita com sangue. Caso olhasse pelas paredes, seguindo as primeiras palavras, teria a completa resposta:

“Fiat voluntas Dei,

As cordas do destino se entrelaçam, somente ele pode ser o juiz de nossos pecados. A sua vontade nos dá a vida ou a morte.”

Dentro da sala, não havia nada a mais além do descrito, se não por uma entrada ao final do grande salão. Ao fim, poderia ouvir um barulho estranho vindo de dentro dos escombros que estavam com ele. A medida que se aproximasse, teria a estranha sensação de algo estava preso pelo interior do concreto, já que esse som parecia ser muito similar a uma respiração. Qualquer que fossem os fatos, pelo menos haviam algumas certezas, não conseguia voltar e precisava achar alguma outra forma de sair dali.

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O fato de tudo conspirar ao redor e ajudar o jovem, porém inexperiente Ryugan em sua busca incessante por pistas de quem ou o que realizou tal massacre, antecediam o pior, com toda certeza. Antes mesma do pior, pode ver uma simples fonte de luz provinda das incontáveis, mas talvez nem tantas, janelas que circundem o grandioso salão. As tábuas de madeiras rangeram conforme o jovem prosseguiu com alguns passos, sendo interrompido, primeiramente, com uma sombra. Seguida dela, uma voz potente, servindo de aviso para algo inevitável. O som estrondoso foi a primeira coisa sentida e, após, uma grande pressão em seu próprio corpo. Sequer lembra como parou ali, metros à frente do ocorrido, mas sentia, tanto ao respirar quanto ao tentar levantar do solo uma dor imensurável próxima ao peito. — Merda... — resmungou aos quatro ventos, socando a madeira de forma impensada. Sequer sentiu dor na mão, afinal, seu tórax estava latejando e chamando muito mais atenção do que qualquer outra coisa.

A forma com que havia caído em uma armadilha tão simples servia como gatilho e, após alguns longos minutos tentando recobrar as forças, pode perceber logo à suave frente algo gravado sobre as tábuas de madeira, similar as outras diversas marcas dispostas em locais aleatórios do prédio. O movimento de levantar foi demorado, como se a dor ainda se fizesse presente. Aquela linha grossa chamava, com toda certeza, sua atenção, capaz até mesmo de força-lo a perseguir o círculo. Pode notar, ao completar o círculo, que sim, fazia parte de um mesmo símbolo, porém, em maior escala. Próximo dali, tentando buscar por novas armadilhas, pode visualizar algumas escrituras sobre as grossas paredes do salão. As cordas do destino se entrelaçam, somente ele pode ser o juiz de nossos pecados. A sua vontade nos dá a vida ou a morte.. — Que porra é essa, senhor? — indagou aos ventos, tentando buscar por alguma ajuda vinda de Holmes. Por mais que precisasse da ajuda dele, não o esperaria.

Percorrendo os olhos sobre as escrituras, uma vez mais, pode notar ao final delas uma espécie de entrada, ao final do grandioso salão. — De novo não. — sussurrou, buscando analisar as paredes próximas à entrada, tentando evitar qualquer repetição do que havia ocorrido anteriormente. Por fim, após alguns minutos, seguiu pela entrada e, conforme escutava seus próprios passos, foi pego de surpresa por um som diferente. Próximo do que parecia ser novos escombros, aproximou-se, notando o aumento do som, de forma progressiva. — Holmes... acho que tem uma pessoa presa nesses escombros. — gritou, em busca de um novo auxílio. Em meio à busca, tentou aproximar a orelha esquerda dos escombros, na tentativa de identificar o que de fato era aquele som abafado, similar a respiração.

Ryugan — Ch: 300 l Hp: 300 l St: 0/3

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O refém

Shinobi Ascension

A sua curiosidade enfim dava frutos ao rapaz, que acabava preso do outro lado da porta em destroços, em um ponto de crucial evidência. As marcas na parede eram verdadeiramente confusas, se não fosse lidas por Mikasa, que já havia tido um encontro inicial. Poderia parecer algum tipo de versículo, talvez sentença, de algo além de um mero assassino. Mesmo que ainda não soubesse, seria de extrema importância a reunião desses acontecimentos, pois todos eles indicariam uma concordância inquestionável com o causador daquele ataque.

Vendo as marcas no chão, Ryugan se moveu com cautela enquanto percebia do que tudo se tratava. Seus passos demonstravam precaução com a sala, afinal ainda poderiam ter armadilhas espalhadas pelo lugar. Certamente, aquela não seria a última. Ao que parecia, pela extensão do chão revestido de uma madeira escura, não haviam mais explosivos naquele ambiente, apesar de sempre ser bom deixar a sua guarda alta. Ele se movia em direção a porta, sua única saída daquele enclausurado “caixão” tenebroso, mas algo havia chamado sua atenção. Um som do centro dos destroços reunidos no meio da sala acabava por surpreendê-lo, a medida que resolvia investigar.

O garoto chamava por Holmes, mas, infelizmente, não havia sinais dele naquela sala, aquilo poderia ser somente resultado de uma afirmativa, o decaimento dos escombros foi tão repentino que o impossibilitou de prosseguir com ele. Era de se torcer que o inspetor não tivesse sido ferido ou esmagado naquele processo, se não fosse pelo aparecimento de um ser peculiar no ombro direito do rapaz. Ele não o havia percebido, somente depois de ter chamado pelo nome do Jonin de Amegakure que essa criatura pequena aproveitaria o momento para dizer - Para a sua má sorte, ele não conseguiu entrar…. - as orelhas e corpo peludo do animal eram complementadas por roupas pequenas e uma bandana em sua cabeça. Um rato. - Mas eu consegui. - ele não esperava que o rapaz não se assustasse com a situação, afinal não é muito agradável ter roedor falante em seu corpo, mas não se surpreenderia se permanecesse sério a missão. Afinal, era um ninja treinado e deveria ser capaz de lidar com devidas invocações.

Imediatamente saltando do rapaz para dentro do concreto amontoado, a criatura diria antes de submergir pelas fendas pequenas dos materiais. - Sou Watson…. Parceiro de Holmes. Você tem muita sorte, moleque, se ele não tivesse me invocado enquanto vocês se separaram, para investigar as cenas, não teria dado tempo dele te empurrar do explosivo. - aquela cara peluda parecia indicar que o havia socorrido no acontecimento, o que de fato era verdade. Antes que explodisse, o animal ninja que acompanhava o inspetor teve tempo suficiente para saltar dele e dar um leve impulso no rapaz, algo que pode ter sido responsável por poupar a sua vida devido a imprudência do garoto.

[...]

Depois de alguns minutos, o rato emergia daquele monte de sólido e caótico, com esfregando seus pelos a medida que a poeira saia de seu corpo. - Era como ele havia deduzido…. Garot… digo?... - influenciava Ryugan a dizer o seu nome, mas prosseguia com a sua análise do que estava preso dentro daqueles destroços. - Enfim, Holmes e eu havíamos investigado os salões ao lado… quando descobrimos uma carta de um dos sobreviventes ao ataque…. - a expressão no rosto de Watson mudava completamente, parecia que seus maiores temores realmente estavam afluindo naquele cenário. - É exatamente como descrito, isto, rapaz, é a obra do terrorista que atacou esse lugar.

O animal então, aproveitava a aproximação do genin para saltar de volta em cima de sua roupa e subir em cima de seu ombro, quer ele gostasse ou não. - Dentro desse pedregulho está uma vítima do ataque, ela ainda está viva, mas muito enfraquecida. Devemos ser rápidos, não sei por quanto tempo ela aguentará ficar nessas condições. - Enfim o desconhecido era revelado, mas o que será que Ryugan fará?

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Re: [TRAMA] Investigação: O Atentado em Amegakure!