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o alvo,
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Bardo
Chūnin — Konoha
|クソ野郎
"cuidado com as shurikens!",
Carregava comigo, ainda que de forma desajeitada como quando insistimos em segurar várias sacolas de uma só vez, baldes cheios de kunais e mais alguns alvos de madeira pintados com marcações circulares para serem alvejados durante o exercício cujo qual minha ajuda havia sido solicitada em forma de missão. Aquele era o meu primeiro passo na jornada como um shinobi oficialmente formado, mas estar novamente dentro daqueles muros da academia era inegavelmente reconfortante. Claro, certamente eu havia esperado algo mais emocionante, mas quem sabe estivesse finalmente tentando aprender com o que me fosse oferecido e aproveitar o que eu pudesse da atividade. Afinal, dessa vez eu estaria ao lado dos professores e embora não chegasse ao menos próximo de toda experiência dos Jōnin que lecionavam na Academia de Konohagakure possuíam, ao menos eu não estaria sendo o avaliado - não diretamente -, o que seria uma experiência totalmente nova.
A área de treinamento no interior da academia era um espaço arejado e arborizado quase que de forma estratégica para que os alvos pudessem ficar em uma boa distância uns dos outros. As lascas nos troncos sinalizavam que muitas gerações já haviam treinado ali. Passeei com o indicador através de uma fenda na árvore e não pude deixar de pensar quantas histórias viveram aqueles que deixaram essas marcas. Quantos se foram em guerras, quantos alcançaram glórias inestimáveis e quantos se perderam no tortuoso caminho que é ser um ninja? Pensar sobre isso me fazia refletir sobre meu próprio caminho, contudo no momento tudo que eu precisava fazer era arrumar com perfeição o ambiente para que o treinamento dos alunos mais novos fosse um sucesso.
Coloquei alguns alvos escondidos entre as folhas secas das copas das árvores do outono que abraçava o vilarejo, mais difíceis de serem acertados, apenas para o caso de, quem sabe, algum aluno mais esperto tentar a sorte. Estoquei um prego no tronco e prendi, assim como um quadro, outro alvo nas costas de uma árvore. Logo, para acertá-lo o aluno precisaria alterar a rota de uma shuriken usando outra. Ora, não é assim tão difícil, é? Peguei uma curta distância e tentei um arremesso. Eu já havia feito aquilo milhares de vezes. Era versado na arte do shurikenjutsu e o movimento não era tão complexo àquela altura para mim. Talvez fosse até mesmo por isso que eu não estava tão disposto a reclamar do dia hoje: Quem sabe eu não tinha mesmo algo a oferecer para aqueles alunos, e sabendo que em breve eles serão meus aliados no campo de batalha não era uma má idéia querer ajudá-los com o que eu puder. Sendo assim, tão logo acomodei alguns bonecos de palha com alvos marcados em seus bustos no lugar, ouvi as vozes das crianças chegando para a lição.
Me lembro bem do que era aquela sensação: O dia de treinamento de shurikenjutsu ao ar livre era mesmo um dos melhores do mês. Graças a isso, entendia a euforia daquelas crianças que vez ou outra falavam todas juntas e em voz alta até serem repreendidas pelo sensei. Este que me cumprimentou e foi educado em sua abordagem, apesar de não ter sido meu professor durante meus estudos ali. Com um agradecimento cortês, solicitou também que eu ficasse para acompanhar os alunos e ajudar com o que fosse preciso. Acenei positivamente e encostei numa árvore enquanto via o Jōnin explicar alguns fundamentos de física e seus efeitos nas curvas. Algumas daquelas crianças me olhavam de soslaio e eu quase podia sentir admiração vindo delas, como se a bandana na minha coxa fosse um troféu que elas tanto almejavam.
“- Sim, vocês não perdem por esperar em sair da academia, pegarem suas bandanas e sair em aventura na… academia -”, pensei comigo mesmo, divertindo-me internamente enquanto os alunos faziam filas e começavam seu treino prático. Com a tranquilidade de não estar sendo testado, pude reparar em seus movimentos, no que faziam de certo e errado, no potencial de cada um e admirar quem havia treinado mais. Após um tempo, era fácil ter noção de quem era quem. Assim eram as turmas, com seus prodígios, tímidos, os que gostavam de aparecer e descolados. Eu? Bom… Eu sempre fui só o estranho que não merecia aqueles olhos brancos. O bastado…
Um tilintar diferente fez minha cabeça desanuviar-se de tais pensamentos. Tragado novamente para a realidade, reparei em uma garotinha que quase havia acertado uma shuriken justamente no ponto cego das costas da árvore, utilizando-se do arremesso de outra shuriken que a jogou para lá. Meus olhos se arregalaram e eu não pude deixar de notar a decepção em seus olhos por não conseguir, mas ela não parou de tentar. Me aproximei cuidadosamente para não atrapalhar ou ficar em frente a algum arremesso de outro aluno, então me agachei com um leve sorriso quando a cumprimentei.
- Isso foi muito bom - Não poderia deixar de dizer. Seu vestuário, diferente de muitos ali, não carregava nenhum brasão orgulhoso e ela ficou contente por ter sido elogiada por um shinobi formado (poder este que eu ainda não sabia que tinha), então continuei: - Posso te dar um conselho valioso? No arremesso duplo para mudança de direção, o segredo está todo na respiração. Quando você joga a primeira shuriken, concentre-se e arremesse enquanto inspira. Logo, arremessando a segunda, troque a respiração soltando tudo pela boca e veja que seu braço não perde o tempo no lançamento.
Eu nunca havia parado pra explicar aquilo a ninguém, mas tinha certeza de que isso havia me ajudado quando eu estava começando. Ela tentou mais duas ou três vezes até que finalmente acertou o alvo em cheio. Caramba, que sensação estranha era essa dentro do peito? Acho que é satisfação. Ao fim da aula, ela me deu uma pequena kunai feita de origami com o papel de seu caderno rosa. É, eu não podia negar, eu havia adorado minha primeira missão como shinobi.
終わり
HP: 300 | CH: 300 | Sta: 0/2
- Considerações:
missão rank D
Cuidado com as Shurikens!
Os alunos da academia são o futuro da vila, então por isso precisam do melhor treinamento possivel, e era isso que os professores tentavam fazer todos os dias. Para uma das aulas de Shurikenjutsu, você, apenas um genin, foi contratado para organizar todos os alvos de treinamento para ajudar os professores no prosseguimento da aula. Você como já se graduou também seria um ótimo exemplo para os alunos, então dê a eles um exemplo do que fazer naquela aula.
Vila : Konohagakure no Sato
Mensagens : 124
Data de inscrição : 20/07/2020
Xenomorph
Mestre
@Aprovado. Recompensa máxima.
"Quem diria? Um treino relaxante de shurikenjutsu acompanhando a turma aspirante a genin! Certamente fez um bom trabalho para sua aldeia!"
"Quem diria? Um treino relaxante de shurikenjutsu acompanhando a turma aspirante a genin! Certamente fez um bom trabalho para sua aldeia!"
- Feedback::
Então Bardo, gosto como você entrega boas descrições aos cenários e da forma que segue uma linearidade sem fazer o leitor se perder na quantidade de cenas que constrói. Em resumo, gostei da narração.
Entretanto, separei aqui, pontos que eu acho que você poderia usar para melhorar ainda mais a sua narração, para que possa ir evoluindo durante o fórum:
Primeiro, vi algumas repetições de palavras durante o seu texto, como por exemplo esse aqui - " Afinal, dessa vez eu estaria ao lado dos professores e embora não chegasse ao menos próximo de toda experiência dos Jōnin que lecionavam na Academia de Konohagakure possuíam, ao menos eu não estaria sendo o avaliado - não diretamente -, o que seria uma experiência totalmente nova." creio que poderia ter substituído a construção “ao menos” por outra similar, como “na pior das hipóteses” ou “no mínimo”.
Outra coisa que percebi em seu texto é a falta de algumas vírgulas, que eu sinto que podem ajudar a trazer uma leitura mais agradável, como nesses trechos - “contudo no momento tudo que eu precisava fazer”; “e sabendo que em breve eles serão meus aliados no campo de batalha não era uma má ideia querer ajudá-los” ; “Este que me cumprimentou e foi educado em sua abordagem, apesar de não ter sido meu professor”.
Onde poderiam ter sido reescritos assim: “contudo, no momento, tudo que eu precisava fazer”; “e, sabendo que em breve eles serão meus aliados no campo de batalha, não era uma má ideia querer ajudá-los”; “Este, que me cumprimentou e foi educado em sua abordagem, apesar de não ter sido meu professor”.
Um último ponto que gostaria de indicar é que, ao meu ver, na seguinte parte - “Tragado novamente para a realidade” - o verbo tragar não seria tão interessante nesse contexto, acredito eu que você deveria ter colocado o verbo trazer e o conjugado de forma a ficar - “Trazido novamente para a realidade” - para poder indicar que ele foi retornado a realidade.
Vila : Sem vila
Mensagens : 34
Data de inscrição : 22/07/2020
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