[Aventura] Jogo das Sombras

O raiar do dia invadia a residência da família de Hiruzen, passos inquietantes denunciavam a presença de uma pessoa apressada subindo as escadas, os olhos do garoto se abriam lentamente conforme sua mão descia na escrivaninha onde havia uma kunai escondida, a porta se abriu e em uníssono o garoto sumia em um vulto silencioso grudando-se ao teto com os pés, a pessoa que invadiu seu quarto se aproximava da janela, abrindo-a. A luz reluziu revelando ser sua mãe, confusa, pois o filho não estava em sua cama. - Tsc. Eu me lembro de ter dito para me chamar antes de entrar, mãe. - Ele revelou sua presença, descendo do teto e com sutileza escondendo o item bélico entre as vestes sem que sua mãe percebesse. - Filho, chegou uma carta para você, como sua graduação foi recente, eu queria te entregar pessoalmente. - Os olhos percorreram o papel com o selo da Força Militar de Konoha, indiferente, entreolhou uma silhueta passando sobre o quarto volvendo a visão para sua mãe. - Entendo, obrigado, mãe. Keiko não está em casa? - Por mais indelicado e sombrio que parecesse, sua família era importante, primeiro, a preocupação ao perceber que seu irmão mais novo não estava em casa, depois suas obrigações.

A conversa fluiu e sua mãe lhe contou que Keiko havia saído para treinar com seus primos, a presença outrora que Hiruzen percebeu era de seu pai saindo para trabalhar, aparentemente, ele não sabia de nada sobre essa missão, e convenhamos, para o Uchiha era melhor assim. - Mãe, vou indo, avise para Keiko que provavelmente ficarei alguns dias fora, cuide dele por mim. - Os olhos eram gentis quando em contato com sua mãe, ao contrário disso, quando voltados para o problema que iria encarar inexpressivos e sombrios. Com suas vestes tradicionais Uchihas e apetrechos bélicos espalhados pelos coldres e bolsa armamentista, seguiu para o portão conforme solicitado pela carta, encostou-se com o tronco na entrada e esperou indiferente segundas ordens.

Equipamentos:

Analisava Ahari dos pés à cabeça, assentindo para o responsável da missão. Entreolhou Kyioko e Matsuda, inexpressivo. - Olá. - Seco e direto, demonstrava sua intenção naquela momento, o silêncio pleno, ignorando Matsuda à respeito de sua pergunta. O vasto caminho parecia que seria duradouro e irritante, essa cena se repetia novamente, um time de jovens Gennins felizes, se deparando com o desconhecido inestimável que cedo ou tarde, mostraria suas garras ceifando a vida de um ou de todos, seu passado o perseguia novamente, mas, dessa vez, não se importaria com o desnecessário e iria tentar criar laços o menos possível, inclusive, sua personalidade já permite que isso seja difícil de se executar.


Suspirou diante a metade do caminho, Matsuda era entusiasmado até demais, parecia que o verdadeiro objetivo da missão foi ocultado para o jovem e com a pouca análise ao observar o jeito de Kyioko se portar, entendia que aquele sorriso dócil era um disfarce para sua ansiedade, com isso, concluiu que talvez, até mesmo Ahari desconfiava de algo do gênero, se não, o próprio arquiteto dessa façanha.

- Ahari-san. Conforme o relatório que recebemos, se o problema está sendo uma rota comercial, não deveríamos planejar algum plano de contenção ou reconhecimento prévio? - Hiruzen sabia utilizar o tom e as conotações de autoridade de forma invejosa, para não questionar a autoridade do responsável da missão e muito menos se mostrar mais sábio, ao observar o Jounnin, começava sua investigação pessoal e, conclusão dos palpites que se criou conforme avançava para o leste da vila. Conforme indagava o superior, retirava por de dentro das vestes um plástico com um resíduo, abrindo-a e, consequentemente, consumindo o doce que acabará de pegar, certos vícios se mantém até mesmo para os de mais intelecto, aproveitou dessa oportunidade para dar um à Matsuda e Kyioko, seu objetivo não era agradá-los, mas, sim, fazê-los ficarem em silêncio por um breve momento, enquanto volvia sua atenção para Ahari conforme terminava seu questionamento.

Cons:

Equipamentos:

Os olhos do Uchiha se afiaram como lâminas assassinas após o ímpeto de Ahari e suas ordens, em poucos segundos de sua concordância, o quarteto se tornou um tripleto em um lugar que um dia foi um cenário agradável. - Ordens são ordens, não? - Virou-se em direção a rota designada pelo jounin, guiado os outros jovens adiante, o caminhar era calmo e analítico, alguma batalha passou por essas bandas e por conta do cheiro e da condição atual da grama era revelado que tudo isso aconteceu faz pouco tempo, intrigante.

Conforme avançava em direção ao Vilarejo, observou com mais atenção as expressões de Matsuda, de algum modo, aquele modo inocente de agir lembrava seu pequeno irmão, mas, esses momentos eram o que Hiruzen mais odiava, ele sabia que no fundo isso era um meio afetivo e, mesmo sabendo que se necessário tivesse que sacrificar um deles, ele teria de ser imparcial, no entanto, era uma possibilidade e toda possibilidade Hiruzen gostava de manter na balança, maldita mente.

O silêncio emergiu dos três, por sorte do destino o cenário ajudava nesse quesito, à alguns metros dali era possível enxergar a entrada da remota e pacata vila que estranhamente passou por mal bocados ao julgar a aparência de sua rota principal, enquanto se aproximava questionamentos surgiam, se é uma rota comercial considerada útil e valiosa, porque a demora para enviar ninjas para cá? A tragédia já havia acontecido, não havia guarnições competentes, ou um grupo que nem mesmo Konoha esperava, surpreendeu a todos levando à esse deplorável resultado, as mãos se acomodavam por entre as vestes, deixando o braço canhoto apoiado na fresta do kimono e o livre por de dentro, relaxado. - É aqui. - Pensou, olhando ao redor com uma visão analítica e desconfiada. Matsuda e Kyioko se observassem só que de soslaio, poderiam enxergar a imagem de Hiruzen com uma seriedade inquietante e intimidadora.

Cons:

Equipamentos:

Na medida em que avançava para o vilarejo a primeira incógnita era o silêncio e abstinência de humanos, embora, parecia que minutos antes o lugar estava com movimento ao julgar os comércios abertos, os olhos percorriam por todos os cantos enquanto captavam informações, no epicentro daquele recinto os três paravam em um silêncio que era interrompido pela garota e em seguida pelo garoto. - Estranho, não sinto nenhuma presença, mas há vestígios de que pessoas estiveram aqui, um genjutsu? - Ignorava os genins se focando em seus próprios pensamentos, seus olhos ao piscar brevemente se tornavam um carmesim que reluzia perante ao vilarejo e por onde a visão enxergava. - Sharingan! - Exclamou em pensamentos, tentando capturar fontes de chakra que pudessem indicar que aquilo era um genjutsu ou, detalhes que olhos comuns não pudessem. - Matsuda e Kyioko, façam uma dupla e com cautela, procurem se há alguém entre nós pelas casas ou comércios, seguirei por este caminho, se encontrarem alguém suspeito, gritem ou voltem em silêncio para me notificar. - Seu tom de voz exalava confiança e embora direto e frio, era o suficiente para fazer os jovens entenderem. A intuição o guiava para uma solitária casa com um trágico cenário, o barulho da água e da madeira tostando em sincronia com a visão descendo até o cadáver de um idoso, por uma breve análise era evidente que o sangue era fresco, e, isso chamou a atenção para a dupla que outrora mandou vagar sozinhos por aí, antes de partir em busca dos jovens, tentou procurar quaisquer outros vestígios que pudessem entregar alguma pista do que poderia ter ocorrido de verdade, além de um assassinato banal, o Sharingan reluzia a cada revirada fulminante com os olhos por entre a casa.

Os pensamentos voltados com a suspeita em Ahari emergiam novamente, em um futuro encontro, uma hostilidade já era planejada, enquanto terminava de vasculhar a casa do cadáver, ainda não tirou da cabeça a ideia de um genjutsu ou de um plano muito bem arquitetado, no fim das contas, confiava plenamente nas informações que pudesse garantir com a ajuda de sua Kekkei Genkai, enquanto depositava só por um ínfimo momento a fé em Matsuda e Kyioko para que pudessem lidar com o reconhecimento em segurança.

Cons:

Sharingan:

Equipamentos:

O cintilar escarlate previamente alertava os sentidos do Uchiha, embora a sensação estranha outrora, a possibilidade de uma distração pífia estava nos planos de Hiruzen, para isso o Sharingan foi ativado antes de entrar na casa, com um salto para o teto tentava se esquivar do cadáver ambulante previamente visualizado pelo Sharingan, outra presença se revelava, essa quieta e mortífera, quando o Uchiha saltou para se esquivar uma névoa de chakra se espalhou pelo recinto da casa captando e interferindo todo o chakra que ela pudesse entrar em contato, no entanto, quando se deu conta uma pressão em seu pescoço o pressionava com voracidade, fazendo-o cair no teto e o impossibilitando de se mover enquanto uma névoa invadia sua narina deixando cada vez mais sua visão turva, o debate de seu corpo era natural e mesmo assim, não havia sentimentalismo naquilo se deixar cair em uma situação dessa só era mais um fruto de sua incapacidade e o Mundo cruel estava lhe punindo por ter sido insolente e incapaz, no fim, estava tudo bem, mesmo que, no fundo sabia que aquilo estava se tornando uma morte patética, as visões de seu comodismo incessantemente pairavam sobre sua mente todas as vezes que recusou treinar com seu pai, as rigorosas broncas e os duros sermões, tudo estava fazendo sentido agora, Hiruzen foi ignorante e astucioso demais em acreditar no poder de sua mente para tudo, provavelmente se fosse morrer neste instante, em suas costas outras duas iriam ocorrer, e mesmo assim, nenhum sentimento emergiu de sua feição, além do desespero genuíno do corpo de debatendo para tentar se desvencilhar de seu algoz e parar de inalar aquela névoa hóstil. - S-se certifique de me matar, ca-a-so eu não morra, a sua será terrivelmente doloro-s-! - O veneno fez efeito e meio paralisado, o Uchiha perdia sua consciência com seus olhos escarlates perdendo sua cor volvendo para o preto, e sua feição inexpressiva desacordada.

Cons:

Jutsus Utilizados:

Equipamentos:

A consciência o alertava de um despertar repentino só que lento, aos poucos a realidade voltava e a primeira percepção fora acorrentado que, previamente a própria mente ignorava o fato, era do espaço em que se localizava, o suor frio escorria quando se deu conta do que de fato estava acontecendo, suas mãos que pouco se moviam por conta das correntes balançavam de um lado para o outro, mais abaixo, seus pés raspavam o assoalho em desespero rangendo um barulho incomodante que resultava nos dentes se debatendo e uma sensação caótica, por fim, a cabeça se remexia pensando naquele espaço se fechando mais e mais. - M-merda, que merda! - O introvertido e quieto Uchiha, exclamando o medo sem pestanejar, essa sensação se sentindo dentro de um cubo que fechava cada vez mais, era excruciante como os genjutsus que aplicava em suas vítimas, no final, ele merecia, em sua mente e linha de pensamento o pior havia acontecido com Matsuda e Kyioko. -AAAAAAAAAAAA! ME-ME TIREM DAQUI! - Se lamentava e clamava por ajuda externa, era o que podia fazer, o medo era maior do que sua determinação, infelizmente.

A porta se abriu e consigo junto da escuridão um reluzir escarlate puro, uma voz indagava, os pensamentos aturdidos se desesperavam, quando, de repente, sua mente aos poucos voltava à realidade, o motivo? A voz sem hostilidade, uma voz que parecia querer entender a razão de ter que fazer isso com um desconhecido. - Quem sou eu? - Pensou em voz alta. - Uchiha Hiruzen. - Os olhos se arregalavam e a apresentação se tornou o menor de seus problemas. - E aqueles genins?! - O suor de suas madeixas respingavam conforme tentava enxergar o rosto e os olhos daquele que o subjugava de uma forma gentil? - Sou um chunnin da Vila da Folha, viemos para cá para entender a situação dessa rota comercial... - Quando se deu conta, estava entregando informações de mais, estava difícil distinguir realidade do medo, optou pelo silêncio repentino, enquanto tentava se recuperar da perda da sanidade.

Cons:

Equipamentos:

Os olhos acompanhavam a silhueta do sequestrador e permaneciam inquietos, conforme ele se movimentava e revelava uma personalidade gentil, os sentidos de Hiruzen aos poucos voltavam daquele desespero, ele respirou devagar e quando sentiu o ar esbravejar nos pulmões sua linha de raciocínio dava sentido as coisas, na verdade, após ver o rosto daquele homem percebeu que estava lidando com um psicopata sádico, o pior seria que ambos tivessem mortos e por isso, o seu rosto inexpressivo voltava diante a situação, não havia mais sentimentos. O silêncio era a resposta para todos os questionamentos daquele homem, seus passos revelavam uma luz novamente e dela, Kyioko saia ferida e perdida, seus olhos viam apenas o desespero e o mal do Mundo, por um momento um fio de esperança traçou o coração do jovem que, era cortado após saber da morte de Matsuda, aquele jovem era inocente e lembrava seu irmão caçula.

- Quer saber de uma coisa interessante? Desde em que pisei nesse vilarejo eu previ a morte daquele moleque. - Sua voz não era mais tremula e mesmo que imóvel seus olhos refletiam a frieza de seu âmago, o Sharingan reluziu enquanto sua cabeça estava apontada para o chão, o homem misterioso era meticuloso e impiedoso a única razão da menina estar com vida foi para esse momento, no fim, nem isso mais importava.

- A única coisa que você precisa saber é que hoje será o último dia em que você pôde agradar o seu Deus. - Em uníssono ao fim da frase, levantava a cabeça e mirava os olhos sanguinários do algoz, tentando induzi-lo em uma profunda e dolorosa ilusão utilizando a deturpação de sua mente para o caminho de seu ente mais querido, caso Hiruzen tivesse sucesso na submissão de seu inimigo, criaria uma imagem reversa daquela situação, onde alguém importante de seu passado estivesse na situação de Kyioko e o mesmo imponente sobre uma cadeira acorrentado; - Genjutsu Sharingan! - Proclamou com braveza, caso o homem fosse pego na ilusão, o Uchiha dava ordens diretas para Kyioko o soltar daquela prisão de correntes, a adrenalina era viciante e caso fosse solto, mataria seu vício consumindo outro doce.

Cons:

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Os olhos carmesim ressoavam uma realidade alternativa onde Hiruzen se apegou em uma ilusão de vitória, quando se deu conta, o espaço ao seu redor estava se encurtando mais, sua percepção estava dobrada, mas apenas no foco no que estava se fechando, um ambiente quadrado que, a cada respiração se encurtava, o cenário mudava para um vermelho vivo; sangue. Sua mente não entendia a razão daquilo, o que estava acontecendo? Outra falha deplorável, onde seu algoz havia o lido como um livro, de repente, um mar escarlate descia do ambiente que se fechava, mais, mais e mais. -A AAAAAAAA-AAAAAA! - Na realidade, mesmo se o efeito fosse paralisá-lo genuinamente seu corpo se contorcia bruscamente como se tivesse tendo uma convulsão a repulsa sobre o medo do ambiente fechado dava calafrios, seu corpo se sentia vazio e seu desespero exposto, as vozes de sua mãe e pai e, seu maior medo, a segurança de seu irmão mais novo, sua voz ecoou pedindo socorro e foi quando tudo desmoronou, as lágrimas caindo e derramando sua honra e virtude, implorando por misericórdia. -N-NÃO MACHUQUE-O! DEIXE O KEIKO FORA DISSO, ME MATE NO LUGAR DELE! - Havia desistido, o semblante inexpressivo e sem vida, na verdade se revelava sentimental e melancólico, a visão que estava tendo se borrava por um instante, a voz de Kyioko anunciando a morte de Matsuda e a indiferença que Hiruzen teve, as memórias se juntavam em uma fragmentação dolorosa, se afogando no mar de sangue e sentindo-se pressionado contra a parede, um forte batimento cardíaco respondia sua feição de se redimir.

A última gota de lágrima que escorreu pelo rosto, mostraram uma nova visão cintilar dividindo uma vírgula enegrecida em duas sobre as pupilas dos olhos que refletem o céu e a terra, Sharingan Nee Sohmas. Com a cabeça cabisbaixa, seus olhos percebiam que aquilo era uma ilusão e uma das fortes, parecia ser um outro Dojutsu ao julgar as visões que estavam tendo, a ativação de seu novo nível lhe deu mais sensibilidade à ilusão de seu adversário, respondendo na mesma moeda, na medida de um contra-ataque, uma ilusão que revertia o céu e a terra sobre caia no misterioso homem, caso o mesmo fosse pego enxergaria tudo de cabeça para baixo e, quando notasse com mais cautela, estaria no epicentro de um lugar obscuro refletindo seu maior medo em uma visão distorcida que ecoava pela eternidade daquele espaço ilusório, cintilando sobre sua audição cada vez mais alto. Na realidade, Hiruzen se remexia para tentar se soltar das amarras e verificava se Kyioko ainda estava com vida, como também, se seu algoz estaria sobre efeito de sua ilusão.

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Outrora um homem vazio e frio, agora um shinobi que se reergueu pelo medo de perder entes queridos, pessoas sem importância, um garoto astuto e sensato. No epicentro da ilusão de seu adversário, os olhos carmesins entreolhavam cada canto daquele cômodo e aos poucos entendia que se passava de uma ilusão, não obstante, o Uchiha sorriu de canto e, utilizou de sua maior força para aos poucos superar seus demônios; as memórias de seu irmão sorrindo e descobrindo os prazeres da vida, a felicidade genuína de uma criança acertando o centro de um alvo pela primeira vez, saboreando a vitória e a recompensa pelo seu esforço, Hiruzen queria viver mais desses momentos que, para ele, sempre foi negado por conta de seu pai. Embora ainda haja calafrios quanto à um ambiente fechado, se mostrou frio igualmente se mostra para os outros, naquele momento não teria que temer mais a nada, ou a garota iria perecer por sua ingenuidade. - Suas ilusões não vão me afetar mais. - Afirmou, vislumbrando de antemão uma cena da espada do algoz se aproximando do busto, era tarde demais, embora naturalmente tentou se afastar com um salto, o corte pegou seu peito em cheio respingando sangue pelo metal e pelo cenário, na verdade, Hiruzen levou esse ferimento como uma punição por sua incapacidade em proteger Matsuda.

- Argh! - Grunhiu enquanto com velocidade terminava selos de mãos convertendo seu chakra que subia dos pulmões até a boca em katon e deliberando quatro projéteis que viajam como mísseis na direção do espadachim, o quarteto de fogo representando dragões iam em uma velocidade exacerbada em posições omnidirecional restringindo suas chances de escapar com destreza física, quando enxergou uma possibilidade abusando da percepção do Sharingan, o Uchiha com uma outra ilusão, em uníssono ao último projétil flamejante, liberou uma escuridão tenebrosa que visava cegar e aturdir os sentidos do Chinoike, em uma movimentação sábia e determinada, correu na direção de Kyioko agarrando-a por entre os braços e saltando para fora do recinto, puxando uma kunai em mãos, caso o algoz não tenha sido finalizado, ofegante e com um ferimento de corte profundo no busto.

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Analisava o estado da garota nos braços, deixando seu corpo sobre uma mesa de madeira entre os comércios, enquanto esperava com atenção um contra-ataque do assassino com uma kunai rodopiando na mão, o corte escorria sangue e aos poucos a respiração de Hiruzen se tornava ofegante, mas a adrenalina daquele momento não o fez tombar. A demora era nítida e talvez, o homem havia sido derrotado só com aquilo, embora, com maestria executou um perfeito jutsu de fogo no seu mais alto nível, dando ênfase ao sangue que escorre nas veias. - Acabou? - Surpreso e estranho, o garoto abaixou um pouco a guarda enquanto analisava o local com seu Sharingan evoluído em busca de pistas minuciosas na esperança de se precaver caso seja obra de outra ilusão e, se fosse, dessa vez não iria ceder ou deixar ser enganado.

- !! - A silhueta de Ahari era revelada previamente pelos olhos escarlates que cintilavam com uma ferocidade encarando os olhos do Jounnin, uma fúria era representada pela expressão de Hiruzen que, não media esforços para abafar sua ira e muito menos esconder a raiva que estava do quatro olhos. - Uma pergunta bem contraditória ao ver nosso estado, não acha? - Entreolhou Kyioko machucada na mesa volvendo a visão para Ahari. - Estranhamente havia um local no subterrâneo dessa casa com o cadáver de Matsuda. - Quando percebeu que tudo havia sumido tentou analisar a possibilidade do Chinoike ter escondido as provas ou pistas de seu chakra com uma ilusão, no entanto, ainda confuso se Matsuda realmente estava morto. - Você não acha que para um Jounnin, você foi negligente demais confiando em apenas um Chunnin para proteger duas crianças? Inclusive, não se aproxime, não confio em seu jeito desleixado e muito menos dessa sua preocupação medíocre. - Os olhos cheios de raiva nutriam uma verdadeira intenção assassina quando em contato com pupila de Ahari, fazendo-o interpretar como uma verdadeira ameaça.

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