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[Longínqua] Bury a Friend
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Neptune
bury a friend
Fracasso. Medo. Tristeza. Abandono. Se você já sentiu tudo isso e mais um pouco e ainda está de pé, então você é um vencedor. Talvez possamos dizer o mesmo sobre Uchiha Ren, vindo de além dos frios portões de Otogakure. Vamos chegar mais perto e cada vez mais perto, apreciar seu desespero e deliciarmo-nos no sádico caminho escolhido para ele. Atente, para ele e não por ele. Como posso dizer? A vida é livro cruel demais para ser lido em voz alta.
Começaremos, então, por um cenário quase abstrato: corpos empilhados, o odor de sangue pungente corroendo suas narinas. Sem falar no silêncio ensurdecedor. Ah, esse em especial era horripilante. Então seguimos para o forte cheiro de putrefação, carniça e corvos dando cabo do que restou dos pobres shinobis do país do fogo.
Mas não nos apressemos: vamos apreciar os detalhes. Nosso protagonista ainda está longe de encontrar essa cena. Viajemos mais para longe das fronteiras do país do arroz, vamos para a vila do som em questão, para o subterrâneo onde o sol jamais há de tocar. Vivendo feito toupeiras, os habitantes seguem sua vida comum, trilhando seus caminhos tortos aqui e acolá. Dentre eles, sentado próximo à um antiquário, vemos Uchiha Ren absorto em pensamentos, perdido demais em hipóteses e agarrado demais ao dever de encontrar os membros perdidos de seu clã para prestar atenção no grupo que passava a frente. Uma mulher de cabelos longos e ruivos, um homem de cabelos escuros e com o rosto coberto de cicatrizes. O terceiro, por sua vez, exibia um sorriso sádico, rolando uma bandana de Konoha em suas mãos.
— Heeeh! Demos a sorte grande! Eles estavam quase mortos, né!? HAHAHA! — riu alto. Alto o suficiente para chamar a atenção do Uchiha. O que ele iria fazer cabia somente a ele. A mim, cabia apenas a opção de assistir.
Começaremos, então, por um cenário quase abstrato: corpos empilhados, o odor de sangue pungente corroendo suas narinas. Sem falar no silêncio ensurdecedor. Ah, esse em especial era horripilante. Então seguimos para o forte cheiro de putrefação, carniça e corvos dando cabo do que restou dos pobres shinobis do país do fogo.
Mas não nos apressemos: vamos apreciar os detalhes. Nosso protagonista ainda está longe de encontrar essa cena. Viajemos mais para longe das fronteiras do país do arroz, vamos para a vila do som em questão, para o subterrâneo onde o sol jamais há de tocar. Vivendo feito toupeiras, os habitantes seguem sua vida comum, trilhando seus caminhos tortos aqui e acolá. Dentre eles, sentado próximo à um antiquário, vemos Uchiha Ren absorto em pensamentos, perdido demais em hipóteses e agarrado demais ao dever de encontrar os membros perdidos de seu clã para prestar atenção no grupo que passava a frente. Uma mulher de cabelos longos e ruivos, um homem de cabelos escuros e com o rosto coberto de cicatrizes. O terceiro, por sua vez, exibia um sorriso sádico, rolando uma bandana de Konoha em suas mãos.
— Heeeh! Demos a sorte grande! Eles estavam quase mortos, né!? HAHAHA! — riu alto. Alto o suficiente para chamar a atenção do Uchiha. O que ele iria fazer cabia somente a ele. A mim, cabia apenas a opção de assistir.
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+ Tenha em mente que você está em Otogakure no momento, longe de casa.
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Urakami
Chūnin — Oto
Arco I, capítulo I — Kairos
Kairós (καιρός) o momento oportuno, certo ou supremo; a efêmera exatidão de um momento e lugar que cria a atmosfera oportuna para ações, palavras ou movimento.
Fracasso. Medo. Tristeza. Abandono. Eu fui amaldiçoado com estas coisas depois de muitas escolhas erradas que eu fiz ou eu estava destinado a acabar desta forma através das ações de uma mão invisível sempre presente sob minha cabeça? Eu sinto que, em Otogakure, todas as profecias morrem. O destino morre, junto dos sonhos e das esperanças. Eu não deveria estar vivo, mas acabei aqui. Várias outras pessoas por aqui parecem igualmente amaldiçoadas. Talvez por isso este local tenha sido construído embaixo da terra; estamos todos no purgatório, aguardando o julgamento de uma entidade igualmente amaldiçoada. Ou talvez, então, este seja o lugar que todos visitam quando têm pesadelos, e eu estava vivendo em um. Isto, sim, faz sentido. Justificaria todas as vezes que pisei no vidro, grampeei minha língua, enterrei um amigo e tentei desesperadamente despertar deste vívido inferno ou acabar comigo mesmo. Mas tudo isto ser um pesadelo seria generoso demais, é claro. Eu estava fadado a viver isto. E em silêncio. Afinal, vida é livro cruel demais para ser lido em voz alta.
[...]
Algo me removeu abruptamente de minha inércia de pensamentos. Isto acontecia, vez ou outra, em lugares movimentados, aqueles que me impeliam a ir cada vez mais fundo em meus pensamentos para me distanciar psicologicamente de tudo e todos que me rodeavam. O que também acontecia, vez ou outra, era uma palavra-chave se interconectar com o meu íntimo e rapidamente me tirar de minha linha de pensamento, plantando-me firmemente na crua realidade. Isto acontecia com algumas, poucas palavras; sangue. Vingança. Kyōka. Fogo. Uchiha. Este, contudo, foi um caso específico. Não uma palavra, mas uma imagem transmitida diretamente para meus olhos desligados da realidade. E eu ainda não sabia qual era esta imagem. Eu gostava daqui, desta loja de antiguidades. Tinha pouco movimento perto de si – como um talismã de azar –, e algo sobre itens outrora valiosos sempre me chamou a atenção, embora eu sempre me contentasse apenas em olhar a vitrine e não em entrar e conversar com alguém. Em Otogakure, onde não existe luz natural, geralmente dependemos de iluminação artificial proveniente de postes e fortes lâmpadas fosforescentes nos túneis. Uma destas lâmpadas acabou por iluminar um pequeno adorno de metal que, por fim, refletindo a luz, rasgou o meu rosto com o seu facho incandescente.
Meus olhos de serpente começaram a buscar a distração, mesmo que eu não soubesse exatamente por quê. Olhei para algumas janelas e não vi nada. Algumas bancadas de loja, e nada. Por fim, corri meus olhos para um pequeno grupo que transcorria os túneis não muito movimentados. Uma mulher e dois homens. Pareciam conversar sobre qualquer coisa fútil, estavam vestidos como quaisquer transeuntes e pareciam comuns o suficiente para que eu estivesse prestes a desistir deles quando vi o adereço que um de seus membros carregava. Levantei minhas sobrancelhas e semicerrei meus olhos em descrédito. Pus-me de pé instintivamente, como um gato faz ao ser estarrecido por algo que, em seus olhos, é perturbador ou chamativo. Eu não sabia exatamente o que eu deveria fazer a respeito disso, embora eu tivesse certeza de que tinha de fazer alguma coisa. O sorriso do homem, antes apenas um ninja qualquer, tornava-se agora doentio quando eu juntava as peças deste quadro deprimente. Na verdade, antes de tristeza, eu fui corrompido pela raiva. Não agora, mas anos atrás, na verdade. Ela sempre esteve dentro de mim, incandescente, e, agora, o fogo havia sido alimentado por aquela imagem. Eles escolheram o túnel errado para atravessarem contando as suas historinhas.
Otogakure era um local bem particular, e seguir alguém não é exatamente fácil dependendo dos túneis em que estiver. Ao invés de poder facilmente acessar telhados ou multidões, estávamos em poucos números nesta área da aldeia, e os lugares que me ofereciam abrigo de seus olhos eram escassos. Desta forma, eu poderia contar apenas com a distância e o fingimento; pus minhas mãos em meus bolsos, diminuí o meu passo para aumentar a distância entre nós e comecei a segui-los. O meu instinto inicial seria confrontá-los com uma adaga em seus pescoços, é claro, mas eu já passei do tempo de agir como um pirralho qualquer. E a minha missão em longo prazo precisaria que eu desenvolvesse um conjunto particular de habilidades, entre elas a paciência. E, desta forma, continuaríamos por alguns minutos. Eles iriam parar em algum lugar? Falar com mais alguém? Entregar esta bandana para um superior? Agora que eu havia me comprometido com os três lixos, eu precisaria responder várias perguntas enquanto os investigava se eu quisesse chegar ao fundo disto. Comecei a correr meus olhos pelos arredores; distribuía a minha atenção entre lojas, para parecer desavisado, olhos suspeitos, para me manter alerta e seguro, em minhas vítimas, para que eu não os perdesse, e nos túneis que nos avizinhavam, para que eu pudesse presumir para onde estavam indo. Eu era a águia e, eles, três camundongos.
- Considerações:
- A respeito de aparência e indumentárias: Esta é a minha aparência física, e estas são as minhas vestes. Hip pouch na coxa esquerda, com todos os equipamentos listados na ficha.
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Neptune
bury a friend
A bandana que rolava nas mãos esguias do terceiro, continha algumas manchas de sangue seco, marcadas difusamente no preto fosco do tecido. Sangue parecia alegrá-lo pela maneira com que deslizava o indicador por ele. Entretanto, não cabe a mim julgar: cada um externiza aquilo que já viveu, os traumas que guarda dentro de si. Os dois primeiros viam aquilo como algo comum, do cotidiano. Não era nada demais. Suas expressões pareciam no mínimo... Entediadas? — Cale a boca, Jiro. E guarde essa porcaria de uma vez. Mal ou bem, ainda somos ninjas de Oto, se formos acusados de assassinato tão abertamente as coisas podem ficar complicadas. — revirou os olhos. A maneira como ela agia, indicava ser a mais velha do grupo e Jiro o mais novo. Uma irmã mais velha dentro de uma família deturpada.
O grupo então entrou na cafeteria da senhora Aizawa. Conhecida por seu famoso café extra-forte na vila do som. Sentaram numa das mesas e atiraram sacolas e sacolas pelos lados. Alguns clientes se entreolhavam, desconfortáveis pelo cheiro forte vindo de suas pilhagens. Do lado de fora era possível avistar o grupo, pois sentaram-se próximos a vitrine. — Ei, o que vamos fazer com tudo isso? — indagou o homem das cicatrizes. — Hum, precisamos encontrar aquele homem primeiro. Depois levamos o resto e o que não queremos para o mercado. Sempre tem alguém disposto a comprar — disse a ruiva. — E você, Jiro, se livre dessas porcarias. Nada de guardar lembranças ou troféis. — o jovem baixou a cabeça e enfiou seu presente de volta na sacola — Tsss, Aoi, você sempre estraga toda diversão.
Minutos que pareciam durar uma eternidade se passaram, até que Aoi se levantou e bateu as mãos nas calças escuras — Comam rápido: temos de sair antes do anoitecer — os outros dois assentiram com as bocas cheias de comida. Ela então saiu porta afora, acendeu um cigarro e escorou-se num dos postes que iluminava a rua movimentada.
O grupo então entrou na cafeteria da senhora Aizawa. Conhecida por seu famoso café extra-forte na vila do som. Sentaram numa das mesas e atiraram sacolas e sacolas pelos lados. Alguns clientes se entreolhavam, desconfortáveis pelo cheiro forte vindo de suas pilhagens. Do lado de fora era possível avistar o grupo, pois sentaram-se próximos a vitrine. — Ei, o que vamos fazer com tudo isso? — indagou o homem das cicatrizes. — Hum, precisamos encontrar aquele homem primeiro. Depois levamos o resto e o que não queremos para o mercado. Sempre tem alguém disposto a comprar — disse a ruiva. — E você, Jiro, se livre dessas porcarias. Nada de guardar lembranças ou troféis. — o jovem baixou a cabeça e enfiou seu presente de volta na sacola — Tsss, Aoi, você sempre estraga toda diversão.
Minutos que pareciam durar uma eternidade se passaram, até que Aoi se levantou e bateu as mãos nas calças escuras — Comam rápido: temos de sair antes do anoitecer — os outros dois assentiram com as bocas cheias de comida. Ela então saiu porta afora, acendeu um cigarro e escorou-se num dos postes que iluminava a rua movimentada.
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Urakami
Chūnin — Oto
Presumivelmente fui capaz de me manter indetectável enquanto perseguia aquele grupo misterioso. Já estava o fazendo por algum tempo agora, mas, mesmo assim, não obtive nenhuma resposta para as perguntas importantes que pairavam sobre mim. Em determinado ponto do trajeto, pareciam conversar fervorosamente. Em outra parte do trajeto, eu considerava os túneis vazios o suficiente para que eu cogitasse abordá-los. Quem sabe, matando dois deles e questionando o único sobrevivente eu poderia obter alguma coisa. Mas não. Isto pareceria fácil demais, e geralmente o que é facilmente obtenível possui uma recompensa à altura; branda e irrelevante. O que eu preciso está muito acima disso, e, por isso, eu esperei pacientemente. Caminhei, parei em lojas quando um disfarce parecia necessário e nunca os perdi de vista. Pensando bem, isto poderia acabar mal para eles. Cada instante que eu perdia dedicando-os o meu tempo e minha atenção era um instante a mais que amadurecia meu ódio. É melhor que eles cheguem a algum lugar de uma vez.
E chegar a algum lugar foi exatamente o que eles fizeram; “cafeteria da Sra. Aizawa”. Cogitei que eles poderiam ter percebido que estavam sendo seguidos e entraram neste lugar para me despistar, mas não. Eles continuavam agindo da mesma forma de antes, tomando broncas da única mulher do bando. E eu fui cuidadoso o suficiente, eu acho. Dei alguns minutos para eles se acomodarem na cafeteria antes de eu julgar se teria de entrar ou não. Escolheram um lugar próximo das grandes janelas, de forma que qualquer pessoa na rua poderia vê-los. Eles não eram muito inteligentes. Assim, atravessei para o outro lado da rua, e, aproveitando a sua pouca movimentação, posicionei-me de costas para a cafeteria, observando-os através do reflexo da vitrine de uma lojinha de adoção de animais domésticos que julguei que seria o suficiente para me manter oculto de olhos estarrecidos de ladrões baratos. Comecei a pensar que, talvez, nem eles mesmos soubessem o peso daqueles itens que estavam carregando indevidamente.
Após alguns minutos – longos e demorados, uma vez que eu observava um bando de estranhos comerem – eles finalmente pareciam ter algum rumo. A mulher, evidentemente a pessoa mais dotada de iniciativa entre os três, começou as preparações para que eles partissem novamente. Cogitei sobre o que poderia estar acontecendo, neste meio tempo. Entrei na loja para evitar suspeitas, agora me prostrando diante de algum item que me deixava de frente para a vitrine, de frente para a única saída da cafeteria. Eles obviamente roubaram aquela bandana de algum lugar, e eu precisava saber da onde. Mas isto ainda não descartava a possibilidade de que eles tinham sido contratados para fazer algum tipo de limpa no lugar em que aquele item foi encontrado. Eu deveria descobrir o que estava acontecendo. Desta forma, mantive meus olhos alertas e prontos, alternando olhares entre o grupo e um pequeno filhote de gato preto que cambaleava para um lado e para o outro em seu pequeno cesto.
E chegar a algum lugar foi exatamente o que eles fizeram; “cafeteria da Sra. Aizawa”. Cogitei que eles poderiam ter percebido que estavam sendo seguidos e entraram neste lugar para me despistar, mas não. Eles continuavam agindo da mesma forma de antes, tomando broncas da única mulher do bando. E eu fui cuidadoso o suficiente, eu acho. Dei alguns minutos para eles se acomodarem na cafeteria antes de eu julgar se teria de entrar ou não. Escolheram um lugar próximo das grandes janelas, de forma que qualquer pessoa na rua poderia vê-los. Eles não eram muito inteligentes. Assim, atravessei para o outro lado da rua, e, aproveitando a sua pouca movimentação, posicionei-me de costas para a cafeteria, observando-os através do reflexo da vitrine de uma lojinha de adoção de animais domésticos que julguei que seria o suficiente para me manter oculto de olhos estarrecidos de ladrões baratos. Comecei a pensar que, talvez, nem eles mesmos soubessem o peso daqueles itens que estavam carregando indevidamente.
Após alguns minutos – longos e demorados, uma vez que eu observava um bando de estranhos comerem – eles finalmente pareciam ter algum rumo. A mulher, evidentemente a pessoa mais dotada de iniciativa entre os três, começou as preparações para que eles partissem novamente. Cogitei sobre o que poderia estar acontecendo, neste meio tempo. Entrei na loja para evitar suspeitas, agora me prostrando diante de algum item que me deixava de frente para a vitrine, de frente para a única saída da cafeteria. Eles obviamente roubaram aquela bandana de algum lugar, e eu precisava saber da onde. Mas isto ainda não descartava a possibilidade de que eles tinham sido contratados para fazer algum tipo de limpa no lugar em que aquele item foi encontrado. Eu deveria descobrir o que estava acontecendo. Desta forma, mantive meus olhos alertas e prontos, alternando olhares entre o grupo e um pequeno filhote de gato preto que cambaleava para um lado e para o outro em seu pequeno cesto.
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Dentre eles, a shinobi era a mais perceptiva. Seu jeito relaxado e barulhento era apenas uma fachada. Deu alguns passos em linha reta, se aproximando da loja de animais — Gatos são muito fofos, não é? — perguntou depois de soltar uma baforada de fumaça em direção ao Uchiha — Pena que são curiosos demais — deu de ombros — Como era mesmo? A curiosidade matou o gato, ou algo assim — os olhos da ruiva, também carmesins, fitaram os do jovem intensamente, praticamente sorrindo. Envolveu um braço sobre os ombros do rapaz, puxando-o para si. — Agora me diga, rapazinho: o que você quer e porque está seguindo a gente — sussurrou em seu ouvido. Ela poderia chamar os homens de dentro da cafeteria, mas seus companheiros eram espalhafatosos demais para lidar com aquela situação de maneira calma. Afinal, ele era uma criança, não?
— Sabe, se eu fosse você eu daria meia volta e — aproximou o cigarro aceso do olho direito do Uchiha. — Não é muito esperto seguir um grupo de ninjas mais velhos e provavelmente mais fortes que você.
— Sabe, se eu fosse você eu daria meia volta e — aproximou o cigarro aceso do olho direito do Uchiha. — Não é muito esperto seguir um grupo de ninjas mais velhos e provavelmente mais fortes que você.
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Urakami
Chūnin — Oto
Nossos olhos se cruzaram. Assim que isto aconteceu, inesperadamente retornei meus olhos para o meu objeto de distração, embora eu já estivesse esperando pelo pior. Embora minha mente tenha disparado, confabulando o que eu deveria fazer e como eu deveria agir e se estava ou não levantando suspeitas, não fui rápido o suficiente; “gatos são muito fofos, não é?”, entoou a voz feminina, ao meu lado. Arregalei meus olhos, e os direcionei para os dela. Minha mão esquerda imediatamente foi tensionada, pronta para ser mergulhada em minha bolsa de equipamentos e sair dela com algo que pudesse cortar o pescoço desta pessoa patética. Entretanto, isto não realmente me diria da onde vinha aquela bandana da Folha. Aos poucos, enquanto a mercenária persistia em cuspir palavras, permiti que meu corpo relaxasse. Rapidamente entreolhei os seus capangas, que não pareciam ter sido alarmados ainda. Se eu desejasse matá-la, o melhor momento seria agora. Entretanto, se ela pudesse me revelar algum tipo de informação, este também seria o momento mais oportuno. “Não é muito esperto seguir um grupo de ninjas mais velhos e provavelmente mais fortes que você”, concluiu a kunoichi. Contive-me para não sorrir. Ela havia permitido que a sua insegurança vazasse.
Agindo de maneira imperturbada, casualmente inclinei-me diante do pequeno cesto de gatos. Tinham alguns deles ali, uns quatro ou cinco. O silêncio após a pergunta da mulher de cabelos vermelhos havia se prolongado por um bom tempo agora, e eu o brandia como uma arma. Lentamente estendi meus braços, buscando o gato preto, o felino que mais me havia chamado a atenção. Repousei meus braços sob meu estômago, permitindo que o gatinho se deitasse sobre eles. Farejava minhas mãos, corria seus olhos de âmbar ao seu redor e tentava entender o que estava acontecendo. Meus olhos estavam completamente diferentes agora. Repousaram no gatinho por alguns segundos, antes de se voltarem para aquela que estava me inquirindo. Olhava-a com desprezo, e o gato, talvez me imitando, fitou-a também. — Você acha que três gatinhos assustados interrompem a sua fuga e dizem para a serpente que os caça: “Se eu fosse você, daria meia volta”? — Entoei. Não pisquei, não pestanejei nem movi um músculo. Os meus olhos – e os do pequeno felino que agora ocupava outro significado no subconsciente da mulher – já estavam dizendo o bastante. Ela era fraca. As suas ações e palavras haviam revelado tudo isto até aqui; e eu havia explorado sua vulnerabilidade aparente.
É claro que eu estava blefando tanto quanto ela, provavelmente. Não fazia ideia do quão hábil eles eram ou que tipos de lutadores se mostrariam ser. Entretanto, existem vários tipos de batalhas; aquelas que são travadas com fogo e armas, e aquelas que são travadas através dos olhos, das palavras, do intento. E, neste tipo de combate, ela havia se provado fraca. Era a mais eloquente do grupo, como eu havia me lembrado agora, e isto apenas complementava o que eu pensava até agora; insegura, barulhenta apenas para que fosse notada e reconhecida, ao invés de esquecida por ser fraca. Poderia estar enormemente errado, mas, de alguma forma, este pequeno diálogo havia me dado a confiança de que eu seria capaz de matar pelo menos dois deles até que pudesse exigir as informações que eu precisava. Estes túneis pareciam vazios o suficiente para isto. Mas, por enquanto, eu iria jogar o seu jogo. Eu precisaria ser forte e astuto em todos os sentidos caso eu realmente quisesse atingir o meu objetivo maior. Eu deveria mantê-lo sempre queimando dentro de mim; na vanguarda da minha mente, utilizando-o contra tudo e contra todos. E eles eram apenas mais algumas pedras em meu caminho que seriam chutadas para longe.
Agindo de maneira imperturbada, casualmente inclinei-me diante do pequeno cesto de gatos. Tinham alguns deles ali, uns quatro ou cinco. O silêncio após a pergunta da mulher de cabelos vermelhos havia se prolongado por um bom tempo agora, e eu o brandia como uma arma. Lentamente estendi meus braços, buscando o gato preto, o felino que mais me havia chamado a atenção. Repousei meus braços sob meu estômago, permitindo que o gatinho se deitasse sobre eles. Farejava minhas mãos, corria seus olhos de âmbar ao seu redor e tentava entender o que estava acontecendo. Meus olhos estavam completamente diferentes agora. Repousaram no gatinho por alguns segundos, antes de se voltarem para aquela que estava me inquirindo. Olhava-a com desprezo, e o gato, talvez me imitando, fitou-a também. — Você acha que três gatinhos assustados interrompem a sua fuga e dizem para a serpente que os caça: “Se eu fosse você, daria meia volta”? — Entoei. Não pisquei, não pestanejei nem movi um músculo. Os meus olhos – e os do pequeno felino que agora ocupava outro significado no subconsciente da mulher – já estavam dizendo o bastante. Ela era fraca. As suas ações e palavras haviam revelado tudo isto até aqui; e eu havia explorado sua vulnerabilidade aparente.
É claro que eu estava blefando tanto quanto ela, provavelmente. Não fazia ideia do quão hábil eles eram ou que tipos de lutadores se mostrariam ser. Entretanto, existem vários tipos de batalhas; aquelas que são travadas com fogo e armas, e aquelas que são travadas através dos olhos, das palavras, do intento. E, neste tipo de combate, ela havia se provado fraca. Era a mais eloquente do grupo, como eu havia me lembrado agora, e isto apenas complementava o que eu pensava até agora; insegura, barulhenta apenas para que fosse notada e reconhecida, ao invés de esquecida por ser fraca. Poderia estar enormemente errado, mas, de alguma forma, este pequeno diálogo havia me dado a confiança de que eu seria capaz de matar pelo menos dois deles até que pudesse exigir as informações que eu precisava. Estes túneis pareciam vazios o suficiente para isto. Mas, por enquanto, eu iria jogar o seu jogo. Eu precisaria ser forte e astuto em todos os sentidos caso eu realmente quisesse atingir o meu objetivo maior. Eu deveria mantê-lo sempre queimando dentro de mim; na vanguarda da minha mente, utilizando-o contra tudo e contra todos. E eles eram apenas mais algumas pedras em meu caminho que seriam chutadas para longe.
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