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[Treino] Elitismo e Privilégio
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
Nos últimos dias, minha mente tem sido cada vez mais um antro de difícil acesso. Me vejo mais do que nunca preso em uma rotina, mas pela primeira vez consigo ficar contente com o caminho que tenho trilhado. Cada dia tem se tornado mais recompensador, o sentimento que sinto ao ver que agora consigo entender coisas que eram além de meu entendimento, ou quando percebo que fiz um percurso rotineiro em bem menos tempo do que fazia, só isso já é o suficiente para me motivar a continuar, a perseguir incansavelmente essa exaustão que me leva à cama todas noites. Mas eu ainda sinto que não é o suficiente, falta algo... Eu quero sentir aquela aceleração, a adrenalina, meu peito quase estourar enquanto todos voltam seus olhares para mim. Era disso que meu pai falava, e é isso que eu quero, mais do que tudo.
Hoje começo o dia de maneira costumeira, olhando para o teto de uma casa que não conheço. Quando resolvi me distanciar do orfanato em que fui alocado, tive que aprender muitas coisas importantes para sobreviver nas ruas do vilarejo. Eu me recusava a dormir em um ambiente frio, me recuso até hoje a ficar em um local onde qualquer adversidade pode vir a me infligir. Por isso, na primeira semana, eu tive a ideia de acompanhar os passos de ninjas seletos, anotei seus horários e aprendi suas rotinas, é assim que sobrevivo hoje em dia. Invadindo a casa de ninjas que estão trabalhando. Hoje eu estou na casa de uma mulher, não sei seu nome, mas ela não parece ser uma guarda nem nada do tipo, ela sai de casa em horários específicos, e eu aproveitei uma dessas brechas para tirar uma soneca de alguns minutos antes que ela voltasse.
Já havia descansado ali por tempo demais, porém ainda detinha de alguns minutos antes que a mulher voltasse para sua casa. Aproveitei para me alimentar com algum resto de comida que tivesse em sua geladeira, e após isso, fui até o seu quarto, retirando minha roupa e deixando-a espalhada pelo chão. Completamente nu, percebi minha ansiedade, meu corpo começava a responder a ausência de cafeína, a qual procurei imediatamente pelas vestes jogadas no chão. Quando encontrei, lancei a bala de café aos lábios e progressivamente à língua, deliciando-me com o sabor industrial. Do cômodo até o banheiro eram pouco mais de sete passos, e nesse caminho encontrei um espelho ao lado do guarda-roupa ao qual me redirecionei e contemplei o reflexo com todo seu resplendor.
— Kojirō, esses treinamentos realmente estão te fazendo bem! — Exclamei ao reflexo, com todo tom de narcisismo que me restava. Foi realmente surpreendente quando minha fala ocasionou aplausos, eu sou mais do que acostumado com eles, e me são mais do que bem-vindos, mas demorou alguns milésimos de segundos até que eu percebesse o que realmente estava acontecendo. Eu estava completamente fodido. Ambas minhas mãos se moveram quase que instantaneamente, ambas visando esconder as partes íntimas anteriores. Me virei com muito pesar, com o coração palpitando a cada nova ideia que se passava pela cabeça. Toda minha carreira tinha ido pro ralo.
— Você tem uma autoestima grande, né? Hahahah... O que você tá fazendo pelado no meu quarto, Kojirō-kun, certo? — A mulher perguntou, em tom mais do que adorável. Eu conseguia ver claramente o seu olhar, que percorria todo o meu corpo como um todo, era tão revoltante quanto desconfortável. Gaguejei, sem o que falar, realmente não havia desculpa que eu pudesse dar para amenizar aquela situação, eu poderia enganar ela? Eu poderia fugir dela? Claramente não, minha única arma restante é apelar para o órfão.
— Se-senhora... Me desculpa! — Abaixei a cabeça imediatamente, depois de mostrar olhos inocentes. — Eu sou um genin daqui da vila, eu sei que não devia ter invadido a sua casa, mas eu não tenho mais onde morar... Meus pais morreram defendendo a vila e eu não sei mais o que fazer...— Terminei, ainda de cabeça baixa, odiando cada momento daquela humilhação. Obviamente ela não vai cair nisso, eu vou ser levado para uma prisão ou algo do tipo, isso se o próprio hokage não cortar a minha cabeça por ser um retardado. O silêncio reinou no cômodo por alguns momentos, e eu não parava de imaginar diferentes formas que levariam ao meu fim.
— Eu sabia que lembrava desse nome! Kojirō! Fez uma missão com a Miyuki... Você é um pouco mais velho do que eu imaginava, um pouco mais pervertido também. Eu acabei de chegar, mas só vim pegar algumas coisas antes de voltar pro trabalho. Vista suas roupas, tome o banho se realmente precisar, e venha comigo. — Aquele mesmo tom dócil de anteriormente era o usado pela dona da casa, eu não tinha a mínima ideia do que ela queria dizer com isso, se ela queria me levar até os oficiais, ou se ela queria me humilhar em frente a uma multidão, de qualquer forma, eu vesti as mesmas roupas sujas que deixei no chão e a acompanhei. Não era uma boa hora para um banho.
Após uma caminhada realmente longa, eu a acompanhava a poucos passos de distância, observando a vizinhança, que se tornava cada vez mais elitista. Eventualmente ela parou frente a uma das casas, inevitavelmente senti frio na barriga, sem ter a mínima ideia do que pensar. Ela sinalizou para que eu a acompanhasse, o que eu fiz, mantendo minha cabeça baixa e o olhar vidrado nos pés. Que a sorte esteja ao meu favor.
Kojirō: HP 300/300 ▲ CH 300/300 ▲ ST 0/3
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DelRey
Tokubetsu Jōnin — Kiri
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Sua última noite de sonho não teria sido a mais confortável que teve em sua vida. Na verdade, se não fosse por sua mãe a menina estaria completamente apavorada até agora, mas graças aos braços maternais reconfortantes tinha conseguido voltar a dormir e agora despertava, mais tranquila, mas ainda abalada. Mesmo acordando um pouco mais tardio a governanta já estava pronta para agradar a menina, obviamente por ordem de sua mãe, mas Miyuki até que gostava dos agrados.Seu café foi servido a cama e, enquanto desfrutava de sua tigela de frutas favoritas seus cabelos eram suavemente penteados pela mulher —— A quanto tempo não fazemos isso? —— dizia a mulher, cantarolando uma canção que no passado ajudava Miyuki a dormir a noite. A menina apenas aproveitava aquele momento.
Dispensou-se de banho aquela manhã, estava um pouco mais frio que o habitual em seu quarto e por isso preferia ficar deitada em sua cama, enrolada aos lençóis enquanto lia alguns mangás novos que tinham chegado recentemente, no momento estava lendo sobre a história de uma shinobi extremamente forte que rodava o mundo em busca de informações sobre um vilão misterioso que podia controlar cobras e realizava experimentos científicos em humanos, era sua história favorita, talvez por culpa do protagonismo feminino, algo raro.
Não estava a fim de treinar naquele dia, mas não podia simplesmente recusar, isso preocuparia sua mãe mais que o necessário. Arrumou-se faltando alguns poucos minutos, a roupa prática de sempre, possuir mais de cinco modelos iguais ajudava a menina em seus treinos, mesmo que os serviçais garantissem que suas roupas sempre estivessem limpas.
—— Ela chegou. —— anunciou a governanta para a menina. Miyuki calmamente desceu os degraus da escada, sem muito ânimo, de longe, claramente preocupada, sua mãe lhe observava, com um certo aperto no coração. Miyuki costumava se dirigir diretamente para o quintal, mas, naquela ocasião especial, foi até a área de sua casa, receber pessoalmente a treinadora. Abriu delicadamente a porta e tentou esboçar um sorriso —— O.. —— tentou falar, mas parando de imediato ao ver que sua sensei não estava sozinha, mordeu a linguá ao ver que, o acompanhante de sua professora, era um estranho conhecido: Kojiro.
von Einzbern, Miyuki: HP 300/300 ❅ CH 300/300 ❅ ST 0/3
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
Os passos lentos que traçavam dentre o quintal até a porta da frente daquela mansão desconhecida eram agoniantes. Por diversas vezes pensei em perguntar onde estávamos, de quem era aquela casa, o que ela almejava me trazendo aqui, mas me mantive quieto, tinha que manter completamente aquela aparência inofensiva e inocente. Quando paramos frente a porta, ouvi o seu ranger delicado, a pessoa que a abriu chegou a tentar falar algo, mas logo interrompeu. Teria minha presença a causado surpresa? A curiosidade me venceu, e eu ergui a cabeça no mesmo instante, contemplando a presença de uma companheira não muito marcante. Expus um sorriso do canto da minha boca, sem entender absolutamente nada do que acontecia. Minha destra se moveu até a minha nuca, coçando a parte traseira de meu cabelo, ver aquela garota até que era confortante, pelo menos poderia agora ter alguém para comprovar que minha história era parcialmente verdadeira. Enquanto esperava o desenrolar daquele encontro para entender mais do que se passava, levei a minha canhota até o coldre de armas, de onde retirei um dos embrulhos esféricos, que protegiam as balas de café. Levei uma delas à boca, finalmente relaxado.
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- Nada
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DelRey
Tokubetsu Jōnin — Kiri
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Sua garganta ficou levemente seca em ver o garoto, já tinha o conhecido anteriormente, mas não planejava vê-lo tão cedo novamente. Mordia a língua por não saber o que fazer, o que falar, mas ao ver o sorriso desajeitado esboçado em seu rosto sentiu-se na obrigação de dizer algo —— Sejam bem-vindos! —— falou, fazendo uma leve reverência aos dois, os recepcionando como os serviçais costumam recepcionar os visitantes.Deu alguns passos para trás e virou-se de costa, seguindo até o quintal —— Imagino, se veio com a sensei, que iremos treinar junto por algum motivo, Kojiro-kun. —— disse, tentando soar o mais natural possível naquela situação, não esboçava nenhum ânimo, mas também nenhum desânimo diante a situação, sentia-se inteiramente neutra, só queria entender as motivações de sua sensei para trazê-lo sem aviso algum.
O menino vestia roupas muito mais comuns que o habitual naquele bairro, não que Miyuki ligasse, mas ela encarava levemente em dúvida, era algo novo, não entendia muito bem sobre sua sorte de viver em meio a uma família tão rica, na verdade, a inocente menina achava que todos viviam exatamente no mesmo luxo que ela, nunca se sentiu a mais por aquilo, mas também nunca demostrou muita humildade ou empatia, talvez nem soubesse o que era isso ainda.
—— Por que o trouxe? E o que iremos fazer, Yumi-sama? —— perguntou a menina, não notando nada demais em suas palavras.
von Einzbern, Miyuki: HP 300/300 ❅ CH 300/300 ❅ ST 0/3
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Observação: 20/20 no dado de timidez, dei liberdade para a menina, utilizando sua neutralidade como base.- Usados:
- Nadinha
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
O convite de entrada era tão surpreendente quanto o tanto que a garota falava. A cada segundo eu me encontrava mais perdido, não só pela imensidão do local, mas pela situação como um todo. Encarei o chão por boa parte do percurso, não só por seguir minha estratégia como também por certa vergonha. Pelos cômodos e corredores daquela mansão eu conseguia vivenciar cada mínimo detalhe do privilégio. O cheiro era arrebatador, tudo era muito limpo, eu conseguia sentir os meus pés sujarem o piso de madeira a cada passo que eu dava. Era mais do que óbvio para qualquer um que observasse que o meu lugar não era ali, estava extremamente destacado.
Durante o caminho até um cômodo específico, Miyuki falava sobre um certo treinamento, e implicava que eu faria parte daquilo. Encarei a mulher que me guiou, Yumi, por um mísero segundo, e esperei dela uma resposta. Aquele momento, pelo menos, era esclarecedor. Miyuki era realmente aquilo que pensei da última vez que nos encontramos, uma burguesa, e considerando sua falta de rédeas em conversar comigo agora, ela não estava apaixonada por mim... Infelizmente. Pensando bem, talvez ela apenas não se sinta confortável fora de sua zona de conforto, e por isso tenha ficado tão quieta... Erm... Sim, vou considerar que foi isso.
De qualquer forma, agora me vejo diante de um quintal muitas vezes maior do que qualquer casa em que já estive. Ergui finalmente o meu olhar e tive a oportunidade de inspecionar a genin que me guiava. Para minha surpresa, ela estava com a mesma roupa do dia em que nos encontramos, assim como eu. Apesar de ter tido vontade de falar diversas vezes, continuei com os lábios selados, pois no fundo eu ainda me perguntava se tinha permissão de falar naquele lugar.
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DelRey
Tokubetsu Jōnin — Kiri
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Miyuki era como um riacho, calma, tranquila e isolada em suas próprias águas, já Kojiro era como o mar, constante, as vezes muito animado, mas as vezes calmo e tranquilo. Os ninjas não dividiam muito em comum, e, para Kojiro quem sabe a visão sobre a garota só piorasse ao ver todo o luxo que ela usufruía, a comodidade de crescer entre gigantescos muros com tudo servido aos seus pés, já para Miyuki o menino era diferente do que estava acostumada, seu jeito, veste, falas, tudo parecia mais intenso, no início até a assustando. Yumi, no entanto, via essas diferenças como algo positivo para ambos, ver Kojiro ter que invadir outros lares para sobreviver era entristecedor para alguém que sonhava em cuidar e ensinar todas as crianças que pudesse em sua vida.Yumi parou e se sentou em meio a grama, dando uma leve risada ao encarar os dois genins tão tensos com toda a situação, era uma oportunidade única que ela estava oferecendo para que laços surgissem, mas sabia que não seria fácil confortar Miyuki e, para isso, que iria propor realmente um treinamento entre os dois ninjas, não um treinamento comum, mas sim um de resistência e confiança.
—— Sim, hoje vocês treinarão juntos. Eu encontrei Kojiro andando pelo bairro e o convidei para se juntar a gente, sem seus demais professores alguns certos exercícios ficam difícil de realizar sozinha e hoje estou me sentindo meio enjoada. —— explicou Yumi, colocando seu braço em sua nuca e sorrindo.
Miyuki estava surpresa com a explicação da sensei, era como se não acreditasse tanto na história contada, era meio estranho Kojiro está tão longe dos bairros principais de Konoha e a genin começava a se perguntar se ele também morava por ali, mas preferia não falar nada, poupando-se.
—— O treinamento de hoje será muito simples, mas vai requerer um trabalho em dupla excelente e uma boa resistência física. —— explicava Yumi, puxando sua bolsa para a frente e tirando de dentro dela uma corda de extensão média. —— Cada um pegue uma ponta. —— ordenou —— Cada um segurará uma ponta em uma direção e deverão puxa-la enquanto inclinam seu corpo para trás, caso um de vocês use mais força que o necessário puxará o outro e cairá, e, caso um de vocês não colabore com a força necessária cairá para trás. Deverão ficar aí até o fim do dia, se conhecendo se quiserem, será um longo treino. —— concluiu Yumi, levantando os braços enquanto bochechava, jogando o corpo para trás e se deitando na grama.
Miyuki foi a primeira a pegar a corda, segurando a ponta mais à direita, no entanto não estava muito confiante naquele treinamento, não conhecia direito Kojiro e deveria confiar nele para não bater de cara no chão? As constantes mordidas na língua lhe acalmavam, pelo menos de certo modo. Agora aguardava o menino se posicionar antes de puxar a corda.
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- Nadinha
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
A complacência de Yumi era desconcertante, aquela mulher claramente tramava algo que levaria à minha prisão, senão coisa pior. Sentada naquele gramado, com aquele sorriso idiota enquanto lançava ordens sobre um treinamento que eu nem mesmo aceitei fazer parte... Ela acha que me engana, essa maldita manipuladora. Todo instante em meio a sua explicação minha visão vagava pelo local, poderiam achar que eu estava abismado ou admirado, mas na verdade eu procurava por uma rota de fuga, caso meu plano desse errado. Mesmo em total desconfiança, senti-me levemente aliviado, ao perceber que a mais velha não contava a verdade sobre como havia me encontrado à minha nova companheira. Resolvi seguir suas instruções, pois querendo ou não, eu estava em suas mãos. Me joguei de cabeça na situação, relaxando os ombros e mostrando um semblante mais aceitável, simpático.
Fitei a corda que seria o objeto principal do treinamento, caminhando até a mesma e me posicionando frente a extremidade contrária à anfitriã. Meus olhos se moveram de forma arbitrária, analisaram cada centímetro do corpo de Miyuki, que não era muito diferente do meu, pelo menos não em questão de músculos e afins. Pronto para começar, minha mão direita foi de encontro ao coldre de armas, ligeira e claramente, pegando mais uma das balas de café e levando-a à boca. Em seguida, Dobrei os joelhos e agarrei a corda com ambas as mãos, levantando-me sem muito pesar logo em seguida. Cerrei os punhos e os levei frente à barriga, mirando meu olhar à garota, exibindo um sorriso e fechando ambos os olhos.
— Não vai me deixar cair, não é? Miyuki-chan? — Minha voz rouca, à beira da puberdade, impedia que a frase soasse tão encantadora como eu inicialmente queria que fosse. Abri meus olhos logo em seguida, desfazendo o sorriso e mirando-a diretamente aos olhos. Firmei ambas as luvas vermelhas nas mãos, enquanto o líquido expelido pela bala de café descia amargamente à garganta. Com feição inteiramente séria, ainda a encarando, sinalizava minha prontidão ao balançar minha cabeça uma única vez, em um gesto costumeiro para dizer sim. Os punhos cerraram ainda mais, minha perna direita prontamente foi movida para trás, como se eu estivesse pronto para recuar, mas estava apenas firmando meu corpo no chão. Nesse momento comecei a questionar a força que eu aplicaria no puxão inicial, e considerando que as ordens eram ficar ali pelo resto do dia, resolvi não tentar ultrapassar do que já sou capaz.
Assim que Miyuki alertasse sua prontidão, eu começaria a aplicar força na corda ao ponto que ela se esticasse completamente. Tentaria com isso medir minha força perante a dela e igualar, para que fosse mantido uma constante e dessa forma nenhum de nós dois seria arrastado. Infelizmente, para que isso funcionasse, teria que depender da garota para medir também a sua força, e se conseguisse, só então, eu começaria a me inclinar para trás, ainda relutante, pois sabia que confiança era uma coisa muito difícil de se pedir em uma situação como aquela.
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Observações: Primeiro post do treinamento de status. Treinando HP, Post 1; 498 Palavras.- Usados:
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DelRey
Tokubetsu Jōnin — Kiri
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Kojiro parecia ter gostado da ideia proposta, pelo menos era o que Miyuki achava ao ver o semblante do menino mudar completamente. Seu jeito menos intimidador e recuado passava maior confiança para a criança que facilmente se levava a crença de que realmente poderia confiar inteiramente no garoto, que ele teria força para lhe segurar e resistir. Miyuki também analisava o corpo físico do garoto, não era dos melhores, mas demostrava ser mais forte que ela, então a ninja imaginava que deveria usar toda sua força para conseguir se equiparar ao menino.Posicionou-se, deu uma leve puxadinha na corda e anunciou —— Vamos começar. —— disse timidamente jogando-se para trás no processo e logo após puxando a corda com toda força que tinha adquirido em seus treinamentos — o que não era muita —.
O inesperado aconteceu.
A força da garota demostrava-se sim superior ao ninja, quem sabe um descuido, mas no momento em que Miyuki utilizou toda sua força acabou puxando o menino para frente, se ele descuidasse definitivamente iria cair para trás, mas, naquele momento, quem tinha caído inteiramente para trás era Miyuki, batendo levemente a cabeça no chão.
Imediatamente os canais lagrimais encheram-se, de longe poderia ver o reflexo da menina com sua leve vontade de chorar, não era comum que aquilo acontecesse, mas o estado emocional de Miyuki não estava dos melhores naquele dia, no entanto a genin não iria simplesmente chorar em frente a sua visita inesperada e a sua sensei, tentou se levantar rapidamente e virar o rosto para o lado, usando seu braço para limpar as lagrimas —— Não chore! —— pensou a menina, dando uma ordem para si mesma.
Yumi tinha aberto o olho no momento em que Miyuki tinha dito que iria começar, ela sabia que algo como aquilo poderia acontecer, mesmo que não conhecesse as habilidades de Kojiro por completo teria visto o relatório da ultima missão, tinha ouvido falar de sua aptidão com outras habilidades, mas soube do murro bem dado que o menino levou. —— Uma dica: não confiem apenas um no outro, confiem em vocês mesmos. —— explicou a sensei.
As simples palavras da professora adentraram no ouvido da garota, Miyuki não podia se sentir insegura o tempo todo e ela sabia daquilo, ela sabia que muita coisa seria diferente se não tivesse tanto medo. A menina levantou a corda novamente e se posicionou —— Perdão Kojiro-kun, prometo que não irei puxar com tanta força novamente. —— disse a menina, com uma leve confiança.
Mais uma vez a menina iria voltar a puxar a corda, usando a força necessária, não apenas a concentrando em suas mãos, mas também no restante do corpo buscando manter a inclinação, a estabilidade nas pernas e a força de forma suficiente para que não caísse ou puxasse seu parceiro mais uma vez.
von Einzbern, Miyuki: HP 300/300 ❅ CH 300/300 ❅ ST 0/3
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Observação: Esse é meu segundo post do treinamento de status referente a HP. 02/03 - 469 palavras.- Usados:
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
Assim que estiquei a corda usando minha força regular, Miyuki já se jogava para trás e puxava o cabo com toda sua força. Inevitavelmente fui levado, pois não tinha força o suficiente para suportar todo o peso do corpo da garota. Dei três passos ágeis para frente enquanto a tensão da corda me atraía para o local onde a garota agora estava caída, porém bastou eu me equilibrar após ela soltar a corda para que conseguisse me manter de pé, mesmo que estivesse prestes a cair. Com a garota caída em minha frente claramente limpando as lágrimas de seu fracasso, larguei a corda imediatamente e lancei meu olhar à sensei, pois queria ver sua reação, mas ela não fazia absolutamente nada. Ainda sentada no gramado, lançava dicas para o sucesso daquele exercício, nada mirabolante ou que eu já não tivesse pensado, mas talvez aquilo fosse inspirador para Miyuki.
Suspirei, incrédulo que aquele exercício tão fácil seria tão difícil. Após ver que estava tudo bem, dei de ombros e me afastei, pegando a corda do chão e firmando ambas minhas mãos nela novamente. Estava pronto para continuar. — Você é mais forte que eu, Miyuki-chan. Se você começar a puxar a corda ela vai tender para o seu lado, se você lançar todo o seu corpo para trás enquanto eu ainda estiver aplicando força, você vai me arrastar com você e iremos cair. A real forma como iremos realizar isso é dependendo do peso do nosso corpo para nos equilibrar, e não só a força. Vou começar a puxar e aumentar gradativamente a força, você tenta exercer apenas o necessário para neutralizar a força que eu aplicar, certo? Depois disso nós podemos começar a nos inclinar. — Expliquei em voz alta dessa vez, embora já tivesse pensado nisso anteriormente. É tão comum para mim fazer as coisas sozinho que em momentos como esse, eu sempre falho em me comunicar, em explicar exatamente o que eu vou fazer.
O primeiro movimento foi dado, por minha parte, esticando a corda até que ela ficasse completamente erguida, acima do chão. Evitaria um puxão inicial, para que não ferisse as mãos da garota nem mesmo a derrubasse no chão enquanto ainda despreparada. Nesse momento acenei com a cabeça para ela, sinalizando que iria começar a aumentar gradativamente minha força e, eventualmente, começaria a me inclinar para trás, se ela tivesse sucesso em nulificar sem nos derrubar. Meus pés seriam alinhados quase que perfeitamente para manter a firmeza no chão, enquanto ajudavam a me concentrar em manter meu corpo ereto e linear, visto que poderia contar com eles para evitar me inclinar. A partir daí, eu comecei a adentrar um cenário perigoso caso eu viesse a cair, visto que minha cabeça e coluna estavam em péssimas posições. — Eu estou bem aqui, e você, Miyuki-chan!? — Perguntei às cegas, com o olhar voltado para o céu.
Kojirō: HP 300/300 ▲ CH 300/300 ▲ ST 0/3
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Observações: Segundo post do treinamento de status. Treinando HP, Post 1; 480 Palavras.- Usados:
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DelRey
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A longa explicação de Kojiro servia como um certo incentivo para que Miyuki não erasse de fato daquela vez, parecia que o garoto tinha de fato se entregado a tarefa enquanto a ninja ainda não tinha entendido o verdadeiro objetivo dela. Em meio aquele verão, no meio de um quintal aberto, o sol começava a demostrar aos poucos sua maçante força, para alguém de pele tão sensível quem sabe aquela tarefa deixasse certas marcas.Acenou com a cabeça ao ouvir a explicação do garoto e voltou a se posicionar, preparando-se para o movimento do menino enquanto estabilizava seus pés para servirem como base para seu corpo, auxiliando quando toda a força do garoto foi imposta sobre as delicadas mãos da menina que firmemente conseguiu segura-lo e estabilizar levemente a corda.
De pouco em pouco Miyuki começava a inclinar seu corpo para trás, inclinando seu corpo num ângulo em que não pesasse tanto, mas que também não exercesse muita força sobre a corda. A posição não era tão favorável, dependendo dos minutos ou horas que ficariam ali a coisa começaria a ficar complicada, o sol estava começando a queimar o rosto da garota e todo seu corpo estava começando a ficar suado, principalmente suas mãos enquanto tentava manter em segurança a estabilidade da corda.
Yumi reparou que os ninjas tinham conseguido realizar seu treinamento, ou melhor, tinham conseguido começá-lo. Levantou-se e começou a observar ambos os ninjas, sabia que o clima não ajudaria em nada, mas queria ver até que pontos eles iriam aguentar, até que pontos eles manteriam a confiança no outro sabendo logo suas mãos começariam a deslizar.
Miyuki não queria cair de novo, naquele ângulo quem sabe uma queda até machucasse seu braço, no entanto estava começando a ficar saturada de sua fraqueza em excesso, não queria fracassar até num mero treinamento em dupla. Sabia que um pouco de chakra ajudaria em tudo, mas sua sensei não tinha dito nada se era ou não permitido usar, a ninja inspirou e respirou, mordendo a ponta da linguá, mantendo a calma naquela situação. Seu corpo também começava a dar um sinal de leve cansaço, seus braços pareciam começar a fraquejar, suas costas já davam sinal de uma noite mal dormida e, como se já não bastasse nas mãos, seus pés começavam a suar também.
Toda aquela situação provocava um certo nervosismo e impaciência em Miyuki, o que acabava com despertar um certo sentimento estranho, um frio em sua barriga — e em volta dela —. O que antes estava queimando, agora parecia apenas uma leve brisa gelada, os envoltas também sentiriam levemente aquilo, mesmo que ninguém pudesse entender.
von Einzbern, Miyuki: HP 300/300 ❅ CH 300/300 ❅ ST 0/3
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Observação: Esse é meu terceiro post do treinamento de status referente a HP. 03/03 - 432 palavras. O poder Yuki dela despertou levemente como já aconteceu em outros RP, baixando levemente a temperatura.
Explicando o treino: Estamos usando praticamente todo o corpo nessa tarefa boba enquanto ficamos estagnados em meio ao sol, aumentando nossa resistência e tolerância no geral o que poderia nos retornar como mais HP, que pode facilmente ser interpretado como resistência também.- Usados:
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
O sol que ardia em todo seu resplendor era realmente um grande inconveniente durante aquele treinamento, porém algo irritava ainda mais Kojiro, e isso era a dor que sentia em seus calcanhares. Aquela posição estranha forçava demais de seus pés, e com aquela angulação, fazia com que os calcanhares se comprimissem de maneira certamente não saudável. O pescoço começava a doer também, contava os segundos para que aquele treinamento acabasse e pudesse descansar os músculos de seu corpo, que eram a todo momento colocados à prova. Por sorte era de costume que andasse com aquele par de luvas, que me salvavam perante o longo tempo que ficaria ali, segurando aquela robusta corda. Enfim, tudo isso ainda era suportável com o sabor de café que restava pelos cantos da boca, que eu deleitava suavemente já temendo seu descabido fim.
Uma coisa que aprendi com os últimos dias é que dor muito provavelmente significa evolução. Cada treinamento que fiz junto com aqueles outros genins no campo de treinamento, nenhum deles foi confortável ou divertido, tudo o que me deixará mais forte é consequentemente maçante e desgastante. Embora ainda nutra diversas dúvidas sobre as reais intenções de Yumi e toda essa situação, eu começo a desenvolver certo apreço pela mulher, por ter me forçado a algo que realmente me trará proveito no futuro. Agora, para isso funcionar... Eu vou ter que ficar aqui por bem mais tempo do que eu esperava. Inevitavelmente começo a me preocupar com a garota do outro lado da corda, ela já mostrou sua fragilidade diversas vezes durante nossos dois encontros, e talvez não esteja tão preparada mentalmente quanto eu.
— Miyuki, como você tá? As minhas mãos estão começando a formigar, e meus pés estão implorando por ajuda... Mas eu to longe de cansar. Na verdade isso é até um pouco libertador... — Expus minha preocupação, sem mostrar meus reais motivos. Agora que já tinha mergulhado no treinamento, tinha que fazer com perfeição, e isso exigia a colaboração da pirralha. Meu novo objetivo aqui se tornou impressionar aquela mulher, Yumi, que me arrastou até aqui só para ajudar ela em um treinamento idiota. Eu espero que ela me pague no final... Mesmo que apenas não me denunciar pro Hokage já seja o suficiente.
Gradativamente consegui sentir as gotículas de suor que escorriam pelo meu rosto sob o sol se tornarem geladas. Não era algo tão grotesco, mas chegava a ser perceptível, quem sabe uma frente fria estivesse a caminho, mesmo que o céu limpo não demonstrasse isso. Me recuso a ser o tipo de pessoa que conversa sobre o clima quando não há mais assuntos com pessoas pouco conhecidas, então evitei falar qualquer coisa sobre isso, de qualquer forma, o calor diminuir era aliviador.
Kojirō: HP 300/300 ▲ CH 300/300 ▲ ST 0/3
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Observações: Terceiro post do treinamento de status. Treinando HP, Post 3; 456 Palavras.- Usados:
- Nada
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Løner
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DelRey
Tokubetsu Jōnin — Kiri
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Não estava fácil para Miyuki se manter, mas por nenhum momento em sua cabeça passava a ideia de desistir, ela queria continuar e, ao ouvir o questionamento de Kojiro ela sentiu-se ainda mais incentivada a continuar —— Estou bem! —— exclamou, não apenas para o menino, mas também para Yumi que se divertia com um sorriso pairando sobre o rosto, não era um de orgulho, era mais para um sorriso irônico, como se ainda estivesse planejando algo mais.—— Não é muito fácil, mas conseguimos manter Kojiro-kun! —— disse Miyuki, ainda soando meio tímida, mas de uma forma mais liberta, era como se aquele treino realmente estivesse a ajudando a se entender levemente com o garoto. A onda fria naquela hora auxiliava ambos a se manter, no entanto, assim que Yumi a notou o sorriso deixou seu rosto.
Levantou-se subitamente e disse com seriedade —— Chega! Vocês foram ótimos. —— disse a professora, ordenando para que os genins parassem, ela já tinha sentido aquela frieza antes e agora, encarava severamente Miyuki, desconfiada de algo.
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Observação: Esse é meu terceiro post do treinamento de status referente a HP. 03/03 - 432 palavras. O poder Yuki dela despertou levemente como já aconteceu em outros RP, baixando levemente a temperatura.
Explicando o treino: Estamos usando praticamente todo o corpo nessa tarefa boba enquanto ficamos estagnados em meio ao sol, aumentando nossa resistência e tolerância no geral o que poderia nos retornar como mais HP, que pode facilmente ser interpretado como resistência também.- Usados:
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FJÖLA
Chūnin — Konoha
O que era para ser um treinamento duradouro e maçante se tornou extremamente rápido. Yumi encerrava a atividade às pressas, como se seus planos tivessem sido frustrados por algo maior, pelo menos era essa a impressão que passava. A mulher não demorou para que me agradecesse por estar ali e pedir para que eu me retirasse, o que me deixou bastante feliz. Saber que não seria punido pelo o que fiz tirou um peso de meus ombros, porém ao mesmo tempo diversas questões se afloraram. Devia eu continuar invadindo a casa de estranhos? Ou teria ela me dado uma espécie de ultimato? Teria que pensar nisso mais tarde, já que agora, tinha que me despedir e voltar para o centro do vilarejo.
— Até mais, Miyuki-chan. Da próxima vez eu te mostro minhas verdadeiras habilidades! Hahah... — Disse, com pequenas gotículas de suor gelado escorrendo pelo rosto, dando meia volta e me retirando do local.
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DelRey
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Miyuki não tinha entendido a reação de Yumi, mas estava aliviada do fim do treinamento, caso continuasse realmente a menina não sabia se aguentaria. Tentou estabilizar seu corpo mantendo um pouco de força, ajudando também Kojiro a se ajeitar, evitando que ambos caíssem. A menina encarou suas mãos, podia ver as marcas vermelhas, não estava usando luva e aquilo deixaria certas marcas, mas nada que não pudesse resolver rapidamente com ajuda de sua governanta.Ouviu a despedida de Kojiro e respondeu com um sorriso tímido, baixando um pouco a cabeça —— Até a próxima... —— disse, observando Kojiro e Yumi partirem.
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