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[Dormitório] — Oto VI
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Amaterasu
Mestre
Dormitório
Shinobi Ascension
Os dormitórios preparados para receber os participantes do Chuunin Shiken são constituídos de duas beliches de concreto, acopladas nas paredes. Não há armários ou suíte, havendo um único banheiro para todo o vilarejo no final do corredor de cada andar. O chão é de madeira e, assim como em todo o prédio, o isolamento térmico é perfeito, permitindo que se aqueçam. Apesar do tamanho limitado, cada dormitório possui uma janela, dando vista para todo o festival preparado para recebe-los.
Vila : Sem vila
Mensagens : 241
Data de inscrição : 03/06/2020
Akihiro
Genin — Konoha
Em último caso, a guerra era a escolha. Ainda que os homens agarrassem a ideologia da brutalidade para desenvolver algo que achavam certo, nada superava a guerra interna que um homem batalhava consigo mesmo. Uma mente nublada era como uma arma atravessando o peito. Fria, incômoda, triste. Como se perder numa densa floresta, onde seus sentidos o enganam e não encontram uma saída. O desespero, talvez, fosse o maior inimigo da circuntância.
Apesar do frio, o clima que rondava nossa chegada era amigável. Meus olhos dançavam por todo o cenário, observando cada detalhe feito especialmente para aquele evento. Nunca havia visto algo de tal magnitude. Meus olhos brilhavam, como o de uma criança ao ganhar um presente. Já havia construido amizades, se assim posso dizer, ao longo do caminho. O que me trazia certa satisfação interna. Internamente, uma sensação de euforia tomava meu peito, enquanto caminhavamos rumo ao dormitório. O frio quase era ignorado, quase. A segurança não era feita por homens comuns. Suas vestes pareciam pesadas, como se estivessem prontos para combate, como a mesma armadura que o homem a nos acompanhar usava.
Atravessamos a feira, até um grande casebre. Recordei-me do orfanato, porém, os adornos eram diferentes. Melhor dizendo, o hotel possuía um luxo muito superior à nossa casa. Estavamos alocados no terceiro andar. Lá dentro o frio era menos intenso, mais suportável. De qualquer modo, era necessário que eu me aquecesse antes que morresse de hipotermia. Quarto 6. Me adiantei para que pudesse tirar as vestes molhadas. Adentrando o quarto, fui surpreendido com a quantidade de alimento que nos fora dado. Tirei a camisa e o short, sem me importar com quem pudesse me ver. Afobado comi alguns pedaços de carne e peguei um gole de chá, tentando me aquecer. Aquilo era melhor do que eu imaginava. Tomei o chá quase todo em um unico gole, ainda que descesse queimando a garganta, era melhor que o frio que estava sentindo.
Corri até a beliche superior do canto esquerdo e peguei a coberta, colocando-a sobre o corpo. Voltei ao prantos de comida, pegando mais um pouco de chá para me aquecer. Imaginando que não teria problemas com o frio, sentei-me no chão para tomar o chá. Inocencia, eu diria. A noite caiu com fulgor sobre nossos corpos. Lançou o frio como se fossem facas que cortavam o corpo. A escuridão parecia aumentar assim como o frio. Como se pudesse ouvir grunhidos, pensei estar ficando louco, por um breve momento. A neblina assentou sobre minha mente. Era como se tudo perdesse a cor, todos sumissem e a solidão tomasse conta. Aquele sentimento trazia um aperto no peito. Uma sensação de nostalgia.
Ascendeu aos meus ouvidos o som de correntes se arrastando pelo corredor. — O que está acontecendo aqui? — Aquilo era um ataque inimigo? Corri até minhas vestes jogadas no chão, pegando uma kunai, ainda que o cobertor estivesse sobre meu corpo. Se a cena não fosse tão assutadora, poderia ser cômica. Abri a porta, buscando alguém. Eu parecia estar sozinho, mas não totalmente. Uma silhueta sombria já estava frente à porta, o que me fez saltar para trás, caindo no chão. — Quem... — Perguntaria, se a resposta não fosse tão obvia. Meus olhos se arregalaram diante à figura identica à mim, porém, com características que se assemelhavam à de um cadáver.
O ser estava sério, não esboçava uma fagulha de reação, como se realmente estivesse morto. Me levantei rapidamente, naquele instante, o frio da minha alma era mais incômodo que o do quarto. Entrei em posição de combate, mas fui interrompido. — O que vai fazer? Me matar? — Aquelas palavras eram ainda mais frias, como se fizessem meu coração congelar. Engoli em seco, sem saber responder. O ser se aproximava devagar, mas suas palavras cravavam em meu peito. — Você não tem coragem de me matar. Você é fraco. Não dá valor a sua própria vida e acha que salvará a dos outros? Tolice. — A cada passo que ele dava, eu repetia para a direção oposta, tentando me afastar. Entretanto, aquelas palavras eram como se a escuridão tomasse meu corpo. — A Madre morreu por sua causa, você se lembra? E o que você fez? — Lágrimas escorreram de minha face, mas eu não conseguia esboçar qualquer reação. — Tem tanto medo da solidão que se torna esse ser patético, com esse sorriso tolo. Sorria agora. — Naquele momento, já não havia como eu me afastar mais, eu havia chegado na parede.
A figura arrastava o peso que carregava pelas correntes, se aproximando até tocar meus ombros. — Quem vai ser o próximo que você deixará morrer por sua ingenuidade? Você não aceita matar, então, merece morrer. Ninguém sentirá sua falta. Ninguém nem perceberá. Afinal, Kirigawa não é nem seu nome verdadeiro, não é? — Naquele momento, os sentimentos derramaram como um copo de vidro se estraçalhando no chão. Fechei os olhos com força, tentando acreditar que era um sonho. — Essa é a verdade, garoto. A sua verdade. — Aquela figura não sumia, suas mãos eram frias e pareciam apertar meus pulmões, fazendo-me respirar ofegante. — Me diga, quem é você? Ah, verdade... Você não é ninguem. — Num misto de emoções a raiva me tomou e bati na mão sobre meu ombro, saindo de perto da figura, agora, a olhava nos olhos, com seriedade. Independente quem fosse aquilo, não era eu. Não podia ser.
— Vamos, reaja. Me mate. Me faça sumir e continue vivendo essa vida medíocre. — Seu sorriso me causava angústia, era como se eu soubesse quem aquele era.
Eu respirei fundo, tentando me acalmar.
— Você não consegue, não é? E o que fará quando precisar fazer isso? Aonde a felicidade de viver vai te levar? Você devia ter morrido quando criança. — Eu não conseguia responder. Por quê? Ele estava... certo?
Não. Aquilo não era verdade. Sacudi a cabeça, tentando recobrar a consciencia. — Seu desgraçado. — Murmurei, indo até ele e segurando seu pescoço.
— Sim, faça. Ande. — O olhei com raiva, mas não consegui. Empurrei-o. — Sim. Você é fraco. Porque, no fundo, é solitário. Não sabe quem são seus pais e chora internamente todos os dias. Você é uma mentira. — Aquelas palavras me fizeram despertar. Um sorriso forçado apareceu na minha face.
— Isso é verdade. — Falei, cerrando os dentes com força. — Eu sou fraco, mas... — Ergui a face com seriedade e olhei nos olhos. — Mas eu não estou sozinho. Você é um exemplo disso não é? Se estou sozinho, o que você faz aqui? —
A imagem fúnebre de minha pessoa gargalhou. — Isso. Minta pra si mesmo. — Não. Pensei.
— Não, quem está mentindo aqui é você. A Madre... — Meus olhos tremularam e quase caí em lagrimas mais uma vez, mas contive-as. — Ela morreu por minha culpa, mas, eu nunca quis isso. —
— Está vendo? Você não sabe a sua própria verdade. —
Aquela figura era desconcertante. Fechei os olhos firmemente, mais uma vez. A imagem da Madre sendo morta por aquele homem, bem na minha frente, veio à tona. Entretanto, logo em seguida, pude sentir as mão dela tocarem as minhas, como ela fazia quando ia dar um conselho. Me vi uma criança e senti sua mão tocar meu rosto.
— É por isso... — Abri novamente os olhos, determinado a dar um fim naquela conversa. — Não vou me esquecer disso. — Minha respiração estava ofegante e eu falava rápido. — O verdadeiro dom do ser humano está na compaixão pelo próximo. Isso que me faz continuar. — Aquela, era uma frase que a Madre me falava, quando eu era criança.
Minha figura tentou falar, mas eu a interrompi. — Eu nunca estive sozinho e isso me dá forças pra caminhar todos os dias. A Madre, as irmãs, o Mestre Yama... as crianças... — Fechei os olhos firmemente, eu sentia raiva. — Se você não pode entender isso, então... — Cerrei os dentes mais uma vez e um grito saiu. — Não passará de um ser vazio. Um covarde que sente pena de si mesmo. — Ainda de olhos fechados, cerrei os punhos e o ergui. — Eu não posso falhar por isso. Eu não vou deixar ninguém me tirar isso. —
[...]
Apesar do frio, o clima que rondava nossa chegada era amigável. Meus olhos dançavam por todo o cenário, observando cada detalhe feito especialmente para aquele evento. Nunca havia visto algo de tal magnitude. Meus olhos brilhavam, como o de uma criança ao ganhar um presente. Já havia construido amizades, se assim posso dizer, ao longo do caminho. O que me trazia certa satisfação interna. Internamente, uma sensação de euforia tomava meu peito, enquanto caminhavamos rumo ao dormitório. O frio quase era ignorado, quase. A segurança não era feita por homens comuns. Suas vestes pareciam pesadas, como se estivessem prontos para combate, como a mesma armadura que o homem a nos acompanhar usava.
Atravessamos a feira, até um grande casebre. Recordei-me do orfanato, porém, os adornos eram diferentes. Melhor dizendo, o hotel possuía um luxo muito superior à nossa casa. Estavamos alocados no terceiro andar. Lá dentro o frio era menos intenso, mais suportável. De qualquer modo, era necessário que eu me aquecesse antes que morresse de hipotermia. Quarto 6. Me adiantei para que pudesse tirar as vestes molhadas. Adentrando o quarto, fui surpreendido com a quantidade de alimento que nos fora dado. Tirei a camisa e o short, sem me importar com quem pudesse me ver. Afobado comi alguns pedaços de carne e peguei um gole de chá, tentando me aquecer. Aquilo era melhor do que eu imaginava. Tomei o chá quase todo em um unico gole, ainda que descesse queimando a garganta, era melhor que o frio que estava sentindo.
Corri até a beliche superior do canto esquerdo e peguei a coberta, colocando-a sobre o corpo. Voltei ao prantos de comida, pegando mais um pouco de chá para me aquecer. Imaginando que não teria problemas com o frio, sentei-me no chão para tomar o chá. Inocencia, eu diria. A noite caiu com fulgor sobre nossos corpos. Lançou o frio como se fossem facas que cortavam o corpo. A escuridão parecia aumentar assim como o frio. Como se pudesse ouvir grunhidos, pensei estar ficando louco, por um breve momento. A neblina assentou sobre minha mente. Era como se tudo perdesse a cor, todos sumissem e a solidão tomasse conta. Aquele sentimento trazia um aperto no peito. Uma sensação de nostalgia.
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Ascendeu aos meus ouvidos o som de correntes se arrastando pelo corredor. — O que está acontecendo aqui? — Aquilo era um ataque inimigo? Corri até minhas vestes jogadas no chão, pegando uma kunai, ainda que o cobertor estivesse sobre meu corpo. Se a cena não fosse tão assutadora, poderia ser cômica. Abri a porta, buscando alguém. Eu parecia estar sozinho, mas não totalmente. Uma silhueta sombria já estava frente à porta, o que me fez saltar para trás, caindo no chão. — Quem... — Perguntaria, se a resposta não fosse tão obvia. Meus olhos se arregalaram diante à figura identica à mim, porém, com características que se assemelhavam à de um cadáver.
O ser estava sério, não esboçava uma fagulha de reação, como se realmente estivesse morto. Me levantei rapidamente, naquele instante, o frio da minha alma era mais incômodo que o do quarto. Entrei em posição de combate, mas fui interrompido. — O que vai fazer? Me matar? — Aquelas palavras eram ainda mais frias, como se fizessem meu coração congelar. Engoli em seco, sem saber responder. O ser se aproximava devagar, mas suas palavras cravavam em meu peito. — Você não tem coragem de me matar. Você é fraco. Não dá valor a sua própria vida e acha que salvará a dos outros? Tolice. — A cada passo que ele dava, eu repetia para a direção oposta, tentando me afastar. Entretanto, aquelas palavras eram como se a escuridão tomasse meu corpo. — A Madre morreu por sua causa, você se lembra? E o que você fez? — Lágrimas escorreram de minha face, mas eu não conseguia esboçar qualquer reação. — Tem tanto medo da solidão que se torna esse ser patético, com esse sorriso tolo. Sorria agora. — Naquele momento, já não havia como eu me afastar mais, eu havia chegado na parede.
A figura arrastava o peso que carregava pelas correntes, se aproximando até tocar meus ombros. — Quem vai ser o próximo que você deixará morrer por sua ingenuidade? Você não aceita matar, então, merece morrer. Ninguém sentirá sua falta. Ninguém nem perceberá. Afinal, Kirigawa não é nem seu nome verdadeiro, não é? — Naquele momento, os sentimentos derramaram como um copo de vidro se estraçalhando no chão. Fechei os olhos com força, tentando acreditar que era um sonho. — Essa é a verdade, garoto. A sua verdade. — Aquela figura não sumia, suas mãos eram frias e pareciam apertar meus pulmões, fazendo-me respirar ofegante. — Me diga, quem é você? Ah, verdade... Você não é ninguem. — Num misto de emoções a raiva me tomou e bati na mão sobre meu ombro, saindo de perto da figura, agora, a olhava nos olhos, com seriedade. Independente quem fosse aquilo, não era eu. Não podia ser.
— Vamos, reaja. Me mate. Me faça sumir e continue vivendo essa vida medíocre. — Seu sorriso me causava angústia, era como se eu soubesse quem aquele era.
Eu respirei fundo, tentando me acalmar.
— Você não consegue, não é? E o que fará quando precisar fazer isso? Aonde a felicidade de viver vai te levar? Você devia ter morrido quando criança. — Eu não conseguia responder. Por quê? Ele estava... certo?
Não. Aquilo não era verdade. Sacudi a cabeça, tentando recobrar a consciencia. — Seu desgraçado. — Murmurei, indo até ele e segurando seu pescoço.
— Sim, faça. Ande. — O olhei com raiva, mas não consegui. Empurrei-o. — Sim. Você é fraco. Porque, no fundo, é solitário. Não sabe quem são seus pais e chora internamente todos os dias. Você é uma mentira. — Aquelas palavras me fizeram despertar. Um sorriso forçado apareceu na minha face.
— Isso é verdade. — Falei, cerrando os dentes com força. — Eu sou fraco, mas... — Ergui a face com seriedade e olhei nos olhos. — Mas eu não estou sozinho. Você é um exemplo disso não é? Se estou sozinho, o que você faz aqui? —
A imagem fúnebre de minha pessoa gargalhou. — Isso. Minta pra si mesmo. — Não. Pensei.
— Não, quem está mentindo aqui é você. A Madre... — Meus olhos tremularam e quase caí em lagrimas mais uma vez, mas contive-as. — Ela morreu por minha culpa, mas, eu nunca quis isso. —
— Está vendo? Você não sabe a sua própria verdade. —
Aquela figura era desconcertante. Fechei os olhos firmemente, mais uma vez. A imagem da Madre sendo morta por aquele homem, bem na minha frente, veio à tona. Entretanto, logo em seguida, pude sentir as mão dela tocarem as minhas, como ela fazia quando ia dar um conselho. Me vi uma criança e senti sua mão tocar meu rosto.
— É por isso... — Abri novamente os olhos, determinado a dar um fim naquela conversa. — Não vou me esquecer disso. — Minha respiração estava ofegante e eu falava rápido. — O verdadeiro dom do ser humano está na compaixão pelo próximo. Isso que me faz continuar. — Aquela, era uma frase que a Madre me falava, quando eu era criança.
Minha figura tentou falar, mas eu a interrompi. — Eu nunca estive sozinho e isso me dá forças pra caminhar todos os dias. A Madre, as irmãs, o Mestre Yama... as crianças... — Fechei os olhos firmemente, eu sentia raiva. — Se você não pode entender isso, então... — Cerrei os dentes mais uma vez e um grito saiu. — Não passará de um ser vazio. Um covarde que sente pena de si mesmo. — Ainda de olhos fechados, cerrei os punhos e o ergui. — Eu não posso falhar por isso. Eu não vou deixar ninguém me tirar isso. —
500 HP
300 CH
ST: 00/04
300 CH
ST: 00/04
- Considerações Importantes:
- - Roupas e aparência idênticas a descrição na ficha.
- Time 4 = Gama, Sortudo e Kirigawa
- OUTROS:
- Bolsa de armas 15/15:
- - Kunai - 3/3
- Shuriken 2/2
- Kibaku 10/5
- Kōsen: 5m/5
Vila : Sem vila
Mensagens : 493
Data de inscrição : 23/05/2020
Akihiro
Genin — Konoha
Meus olhos se abriram. Estava sentado como antes, com o chá entre as pernas. A coberta sobre o corpo e as roupas ainda no chão. Meus aliados também dormiam. Havia sido um pesadelo? Tudo havia sido tão real que, por um momento, eu havia pensado que estava louco. Que tipo de epifania havia sido aquela?
Peguei o copo com chá e me levantei, segurando para que a coberta não saisse do corpo. Enchi mais um pouco o copo e passei a mão na testa. Eu estava suando. Andei até as roupas que estavam no chão e as coloquei sobre a estrutura de madeira da beliche vazia, eu precisava espairecer a mente. Colocar a roupa molhada não era uma boa ideia, teria de sair com a coberta no corpo ou somente de cueca. Era obvia a melhor opção. Sai do quarto com o copo de chá em mãos e fechando as abas da coberta na frente do corpo, para que não fosse possível ver que estava sem vestes.
O corredor estava vazio. Silencioso. Respirei fundo, bufando e tomando um gole de chá quente. — Que dia... — Exclamei à mim mesmo num murmurio. Coçando a cabeça, parti em direção à janela do corredor. Parei em frente à mesma, observando a paisagem do lado de fora. Havia muita coisa que eu tinha de pensar. Aquele pesadelo poderia ser um aviso de algo que parecia surgir.
Peguei o copo com chá e me levantei, segurando para que a coberta não saisse do corpo. Enchi mais um pouco o copo e passei a mão na testa. Eu estava suando. Andei até as roupas que estavam no chão e as coloquei sobre a estrutura de madeira da beliche vazia, eu precisava espairecer a mente. Colocar a roupa molhada não era uma boa ideia, teria de sair com a coberta no corpo ou somente de cueca. Era obvia a melhor opção. Sai do quarto com o copo de chá em mãos e fechando as abas da coberta na frente do corpo, para que não fosse possível ver que estava sem vestes.
O corredor estava vazio. Silencioso. Respirei fundo, bufando e tomando um gole de chá quente. — Que dia... — Exclamei à mim mesmo num murmurio. Coçando a cabeça, parti em direção à janela do corredor. Parei em frente à mesma, observando a paisagem do lado de fora. Havia muita coisa que eu tinha de pensar. Aquele pesadelo poderia ser um aviso de algo que parecia surgir.
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Gama
Chūnin — Oto
Enfim a viagem parecia ter chegado ao fim. O corpo do rapaz estava acabado, podia seguramente dizer que nunca havia caminhado tanto em sua vida. Seus músculos doíam por causa do frio escruciante, e sua mente estava exausta. Tudo o que o rapaz desejava no momento era uma cama aquecida. "...O exame mal começou e já estou quase morto.", pensou, ofegante, "Ainda com todo aquele treinamento... parece que meu corpo ainda está muito fraco.".
O grupo subiu uma elevação e foi recebido por uma gama de construções edificadas unicamente para o evento. Kaito sentiu-se um pouco desconfortável. Nunca gostou de ser o centro das atenções, por isso, ver toda essa estrutura construída para a sua chegada o fazia se sentir um pouco inseguro.
Quando o prédio dos dormitórios entrou na linha de visão do garoto, soltou um suspiro gelado. "...Enfim... descanso.". Os vilarejos seriam distribuídos por andares, sendo Otogakure associada ao terceiro. Kaito sentia ansiedade. Conforme subia as escadas, um pensamento invadiu sua mente: ...Todos os quatro grandes vilarejos estavam reunidos em uma só construção. Se parasse para racionalizar essa ideia, era algo surreal. Um evento de escala mundial, unindo diversas partes do mundo em um único alojamento. "...Eu realmente estou à altura de algo assim?", pensou, olhando para a palma da mão.
ー Aaahhh...! ー Exclamou, espreguiçando-se na beliche do quarto. Deitou-se abaixo de Kirigawa, enrolando-se nas cobertas. Já havia tirado as roupas molhadas e secado-se com um pequeno pano. Sabia que o País do Ferro era um lugar frio, por isso trouxe algumas mudas de inverno. Um suéter branco, com um casaco e uma calça roxa. Não gostava muito de roupas coloridas, mas foi o que conseguiu achar nos poucos dias que teve antes do evento.
A sensação de estar embalado em duas camadas de roupa e um lençol grosso era como estar no céu. Principalmente após horas de chuva e neve que teve que aguentar. ー Kirigawa-san, Dio-san... Enfim chegamos, não é? ー Disse, reflexivo. Toda a ambientação à sua volta preenchia a sua mente com pensamentos sobre o exame. A ficha havia finalmente caído, já não estava mais em casa, tampouco em outro vilarejo. Estava em outro país. Um lugar gélido no outro lado do mundo, cercado de militares e ninjas extremamente fortes. Ninjas que talvez nunca teria outra oportunidade de conhecer. ー Me pergunto... o que nos espera daqui pra frente.
O tempo passou, Kaito havia caído no sono instantaneamente. Seu corpo estava nas últimas, por isso acabou dormindo como uma pedra. Os ventos gelados batiam contra a janela, fazendo gemidos agudos que mais pareciam espíritos. Dormir tão próximo da superfície já era uma experiência que não tinha há muito tempo, mas somada a um frio como esse... não fosse o seu corpo exausto, talvez estivesse com os olhos pregados, sem conseguir se acalmar.
Foi quando se levantou da cama abruptamente. Não entendera muito bem a princípio, mas quando seus sentidos se recobraram pôde ouvir o som periódico de passos e de correntes de arrastando pelo corredor. Seu cérebro o mandou se preparar, podia ser um inimigo, uma emboscada. No entanto, seu corpo não se moveu. Seu espírito estava enfraquecido, era como se sua força de vontade tivesse sido drenada. Sentia-se vazio, como se não valesse a pena tentar resistir. "...O que... ta acontecendo...?".
Rapidamente sua respiração ficou irregular. Viu-se suando frio por dentro do suéter. ー Kirigawa, Dio-san, estão aí? ー Perguntou, com voz baixa, mas não houve resposta. "...Estão dormindo? Mesmo com esse barulho?", pensou. Com um pouco de dificuldade, levou a cabeça para fora da beliche para averiguar, e para a sua surpresa, Dio não estava na cama, tampouco Kirigawa. Ambos haviam sumido, estava sozinho no quarto. "...Saíram? Não, fomos instruídos a ficar no quarto... Dio é uma coisa, mas não creio que Kirigawa tenha desrespeitado uma ordem.".
Em meio a essa situação bizarra, o medo finalmente começou a atingir o rapaz. O que diabos estava acontecendo? Nada se encaixava... os sons no corredor, a ausência dos seus companheiros. "...Será uma ilusão?", indagou. Era uma ideia sensata, talvez a única que fizesse sentido. "...Tenho que aplicar dor ao meu corpo... rápido.". Dito isso, mordeu o lábio com força. Uma linha de sangue se estendeu pelo queixo, pingando no lençol. Para a sua surpresa, nada. Seus amigos não haviam voltado, e os sons macabros de corrente continuavam.
Foi quando a porta enfim se abriu. Kaito não tinha forças para pegar uma kunai, por isso apenas arrastou-se pela cama até bater de costas na parede. Quando a figura finalmente se revelou, o ninja ficou boquiaberto, sem reação. Afinal, de todas as pessoas que poderiam entrar por aquela porta, havia uma cuja entrada era proibida pela própria lógica e razão. "...Ele... sou eu?".
A criatura era idêntica a Kaito, porém seus cabelos estavam desarrumados, seus olhos vidrados e alertas, como as de um viciado. Seus músculos eram debilitados, como os do rapaz, mas em um nível muito mais elevado, parecia que já estava com um pé na cova. Suas roupas eram negras, como as que o genin usava normalmente, mas estavam adornadas de sangue. E na sua perna jazia uma corrente presa a uma bola de metal, o que dificultava sua movimentação. Uma visão grotesca, o suficiente para levar um homem à loucura. Era como se estivesse se olhando no espelho, mas apenas suas falhas estavam sendo refletidas.
ー ...Que diabos... está acontecendo? ー Indagou com uma voz fraca e trêmula. Aquilo fora mais do que o suficiente para desestabilizar o seu corpo. Suas pernas tremiam, e sua visão estava turva. Não fosse as incontáveis vezes que passou por experiências bizarras, talvez já tivesse desmaiado. ー Isso é uma ilusão, não é? ー Perguntou, tentando manter a calma. Entre cada frase respirava fundo. Em momentos como esse sabia que a última coisa que deveria fazer era perder o controle dos seus pensamentos.
A figura lentamente aproximava-se dele. Foi quando enfim abriu a boca para respondê-lo. ー Você é patético. ー Disse, seco. O garoto não respondeu, não sabia o que responder. ー Encolhido na cama, morrendo de medo. Por que não deita e morre de uma vez?
Kaito rangeu os dentes. Não era como se não tivesse consciência do que estava fazendo. Tinha plena noção de que parecia uma criança covarde, abrigando-se no canto da sua cama, e esperando que o monstro fosse embora se esperasse tempo o suficiente. Mas ainda assim... o que poderia fazer? Diante de uma situação como essa, o que alguém como ele poderia fazer?
ー ...Por que veio aqui? O que diabos você quer comigo? ー A cópia abaixou a cabeça. Seu semblante foi tomado pela raiva. Uma raiva gritante. Era como se essa última pergunta o tivesse ofendido profundamente. Foi quando em um piscar de olhos, Kaito viu-se a poucos centímetros do homem, que agora estava colado nele, na cama. ー ...Você acha que eu queria estar aqui? Seu merda. ー Disse, transtornado. Um rancor genuíno. As palavras que estavam sendo proferidas provavelmente estavam entaladas dentro do ser por muito tempo. ー Eu tive que vir porque você é um completo inútil.
O rapaz não tinha mais espaço para recuar. Estava encurralado, por isso, da mesma forma como animais atacam por desespero quando se veem sem saída, o garoto retrucou instintivamente as falas da criatura. "...Mantenha a calma... mantenha a calma... Isso não tem como ser real. Não tem como não ser uma ilusão. Em momentos como esse... você tem que manter-se racional.", pensou, como um mantra. Repetiu essa ideia em sua mente diversas vezes até que soltou grito em resposta. ー Você NÃO é real...!
O grupo subiu uma elevação e foi recebido por uma gama de construções edificadas unicamente para o evento. Kaito sentiu-se um pouco desconfortável. Nunca gostou de ser o centro das atenções, por isso, ver toda essa estrutura construída para a sua chegada o fazia se sentir um pouco inseguro.
Quando o prédio dos dormitórios entrou na linha de visão do garoto, soltou um suspiro gelado. "...Enfim... descanso.". Os vilarejos seriam distribuídos por andares, sendo Otogakure associada ao terceiro. Kaito sentia ansiedade. Conforme subia as escadas, um pensamento invadiu sua mente: ...Todos os quatro grandes vilarejos estavam reunidos em uma só construção. Se parasse para racionalizar essa ideia, era algo surreal. Um evento de escala mundial, unindo diversas partes do mundo em um único alojamento. "...Eu realmente estou à altura de algo assim?", pensou, olhando para a palma da mão.
[...]
ー Aaahhh...! ー Exclamou, espreguiçando-se na beliche do quarto. Deitou-se abaixo de Kirigawa, enrolando-se nas cobertas. Já havia tirado as roupas molhadas e secado-se com um pequeno pano. Sabia que o País do Ferro era um lugar frio, por isso trouxe algumas mudas de inverno. Um suéter branco, com um casaco e uma calça roxa. Não gostava muito de roupas coloridas, mas foi o que conseguiu achar nos poucos dias que teve antes do evento.
A sensação de estar embalado em duas camadas de roupa e um lençol grosso era como estar no céu. Principalmente após horas de chuva e neve que teve que aguentar. ー Kirigawa-san, Dio-san... Enfim chegamos, não é? ー Disse, reflexivo. Toda a ambientação à sua volta preenchia a sua mente com pensamentos sobre o exame. A ficha havia finalmente caído, já não estava mais em casa, tampouco em outro vilarejo. Estava em outro país. Um lugar gélido no outro lado do mundo, cercado de militares e ninjas extremamente fortes. Ninjas que talvez nunca teria outra oportunidade de conhecer. ー Me pergunto... o que nos espera daqui pra frente.
[...]
O tempo passou, Kaito havia caído no sono instantaneamente. Seu corpo estava nas últimas, por isso acabou dormindo como uma pedra. Os ventos gelados batiam contra a janela, fazendo gemidos agudos que mais pareciam espíritos. Dormir tão próximo da superfície já era uma experiência que não tinha há muito tempo, mas somada a um frio como esse... não fosse o seu corpo exausto, talvez estivesse com os olhos pregados, sem conseguir se acalmar.
Foi quando se levantou da cama abruptamente. Não entendera muito bem a princípio, mas quando seus sentidos se recobraram pôde ouvir o som periódico de passos e de correntes de arrastando pelo corredor. Seu cérebro o mandou se preparar, podia ser um inimigo, uma emboscada. No entanto, seu corpo não se moveu. Seu espírito estava enfraquecido, era como se sua força de vontade tivesse sido drenada. Sentia-se vazio, como se não valesse a pena tentar resistir. "...O que... ta acontecendo...?".
Rapidamente sua respiração ficou irregular. Viu-se suando frio por dentro do suéter. ー Kirigawa, Dio-san, estão aí? ー Perguntou, com voz baixa, mas não houve resposta. "...Estão dormindo? Mesmo com esse barulho?", pensou. Com um pouco de dificuldade, levou a cabeça para fora da beliche para averiguar, e para a sua surpresa, Dio não estava na cama, tampouco Kirigawa. Ambos haviam sumido, estava sozinho no quarto. "...Saíram? Não, fomos instruídos a ficar no quarto... Dio é uma coisa, mas não creio que Kirigawa tenha desrespeitado uma ordem.".
Em meio a essa situação bizarra, o medo finalmente começou a atingir o rapaz. O que diabos estava acontecendo? Nada se encaixava... os sons no corredor, a ausência dos seus companheiros. "...Será uma ilusão?", indagou. Era uma ideia sensata, talvez a única que fizesse sentido. "...Tenho que aplicar dor ao meu corpo... rápido.". Dito isso, mordeu o lábio com força. Uma linha de sangue se estendeu pelo queixo, pingando no lençol. Para a sua surpresa, nada. Seus amigos não haviam voltado, e os sons macabros de corrente continuavam.
Foi quando a porta enfim se abriu. Kaito não tinha forças para pegar uma kunai, por isso apenas arrastou-se pela cama até bater de costas na parede. Quando a figura finalmente se revelou, o ninja ficou boquiaberto, sem reação. Afinal, de todas as pessoas que poderiam entrar por aquela porta, havia uma cuja entrada era proibida pela própria lógica e razão. "...Ele... sou eu?".
A criatura era idêntica a Kaito, porém seus cabelos estavam desarrumados, seus olhos vidrados e alertas, como as de um viciado. Seus músculos eram debilitados, como os do rapaz, mas em um nível muito mais elevado, parecia que já estava com um pé na cova. Suas roupas eram negras, como as que o genin usava normalmente, mas estavam adornadas de sangue. E na sua perna jazia uma corrente presa a uma bola de metal, o que dificultava sua movimentação. Uma visão grotesca, o suficiente para levar um homem à loucura. Era como se estivesse se olhando no espelho, mas apenas suas falhas estavam sendo refletidas.
ー ...Que diabos... está acontecendo? ー Indagou com uma voz fraca e trêmula. Aquilo fora mais do que o suficiente para desestabilizar o seu corpo. Suas pernas tremiam, e sua visão estava turva. Não fosse as incontáveis vezes que passou por experiências bizarras, talvez já tivesse desmaiado. ー Isso é uma ilusão, não é? ー Perguntou, tentando manter a calma. Entre cada frase respirava fundo. Em momentos como esse sabia que a última coisa que deveria fazer era perder o controle dos seus pensamentos.
A figura lentamente aproximava-se dele. Foi quando enfim abriu a boca para respondê-lo. ー Você é patético. ー Disse, seco. O garoto não respondeu, não sabia o que responder. ー Encolhido na cama, morrendo de medo. Por que não deita e morre de uma vez?
Kaito rangeu os dentes. Não era como se não tivesse consciência do que estava fazendo. Tinha plena noção de que parecia uma criança covarde, abrigando-se no canto da sua cama, e esperando que o monstro fosse embora se esperasse tempo o suficiente. Mas ainda assim... o que poderia fazer? Diante de uma situação como essa, o que alguém como ele poderia fazer?
ー ...Por que veio aqui? O que diabos você quer comigo? ー A cópia abaixou a cabeça. Seu semblante foi tomado pela raiva. Uma raiva gritante. Era como se essa última pergunta o tivesse ofendido profundamente. Foi quando em um piscar de olhos, Kaito viu-se a poucos centímetros do homem, que agora estava colado nele, na cama. ー ...Você acha que eu queria estar aqui? Seu merda. ー Disse, transtornado. Um rancor genuíno. As palavras que estavam sendo proferidas provavelmente estavam entaladas dentro do ser por muito tempo. ー Eu tive que vir porque você é um completo inútil.
O rapaz não tinha mais espaço para recuar. Estava encurralado, por isso, da mesma forma como animais atacam por desespero quando se veem sem saída, o garoto retrucou instintivamente as falas da criatura. "...Mantenha a calma... mantenha a calma... Isso não tem como ser real. Não tem como não ser uma ilusão. Em momentos como esse... você tem que manter-se racional.", pensou, como um mantra. Repetiu essa ideia em sua mente diversas vezes até que soltou grito em resposta. ー Você NÃO é real...!
- Consideracoes:
- Aparência. Vestimentas. Bolsa de armas amarrada na cintura e a bandana do vilarejo no pescoço.
Time: Eu, Dio (@Sortudo) e Senju Kirigawa (@Kirigawa).- Equipamentos:
- Main (15/20 Espaços):
- Kibaku Fuuda x14 [07]
- Hikaridama x2 [02]
- Kemuridama x1 [01]
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Gama
Chūnin — Oto
Você NÃO é real! ー Gritou por instinto, sem entender muito bem o propósito. Não era como se um grito fosse fazer com que tudo aquilo terminasse. Foi uma ação de sobrevivência, sem qualquer pensamento por trás. Por isso, sequer se surpreendeu quando abriu o olho e viu a figura ainda à sua frente.
ー Não adianta. ー Disse o homem. ー ...Desta vez você não vai poder escapar dos seus problemas.
"...Escapar?", pensou. Ele estava... escapando dos problemas? Era isso que trouxe a criatura para cá? Não podia ser isso. A última coisa que fazia era tentar escapar dos problemas. Na verdade, era o completo oposto. O garoto caçava os problemas, estava incansavelmente buscando novos problemas, novas maneiras de ultrapassar seus limites. Não era isso que tem o movido durante todos esses anos? Não fosse essa busca... já teria desistido dessa estrada há muito tempo atrás.
ー Eu sei o que você está pensando. ー Retrucou. Os olhos de Kaito se arregalaram. ー ..."Eu não fujo dos meus problemas", não é? É atrás disso que você tem escondido durante tanto tempo... ー Botando uma mão no rosto, a cópia a grunhiu de frustração. ー É por isso que você perdeu miseravelmente para aquele garoto no acampamento.
"Ren...!", recordou-se. Levou a mão no bolso. A moeda ainda estava ali. Uma lembrança do seu fracasso. Kaito fechou os olhos, frustrado. Mas abriu-os instantes depois com o som da palma do homem batendo na parede. ー Você se orgulha... por estar sempre arriscando sua vida, não é? ー Indagou a figura. A resposta era óbvia, o garoto tinha certeza de que ambos sabiam o que seria proferido em seguida. Por isso, sequer deu o trabalho de responder. O homem, perante ao silêncio do garoto, continuou: ー Então me diga... quantas vezes você já a arriscou?
Foi uma pergunta simples. Tudo o que precisava fazer era dar-lhe um exemplo. Tinha mais de cinco anos de experiência, não? Aquilo era pra ser algo simples de ser respondido. Sempre teve a certeza de ter arriscado sua vida nas ruas todos os dias, de ter levado o seu corpo e mente ao limite. Mas agora que a questão era posta na sua frente, sem distrações, de alguma forma não conseguia pensar em nada.
"...Não é possível...", pensou, "Será que eu realmente... nunca arrisquei minha vida antes? Será que eu estive sempre tão seguro assim?". Procurando desesperadamente uma memória, as imagens de sua infância corriam pela sua cabeça. Durante seu tempo como apostador... havia arrumado brigas com diversas gangues, mais vezes do que poderia contar. Apanhou na rua, foi enxotado de cassinos, foi à falência diversas vezes. ...Mas aquilo realmente era o suficiente para matá-lo? Quantas vezes não fora poupado de agressões por ser uma criança? ...Quantas vezes não lhe foi oferecido alimento e água... quando estava passando por necessidades? ...O ambiente em que cresceu... era duro, de fato. Mas ele realmente cruzava a linha sagrada... a linha que separava a vida da morte?
ー Você teve uma chance. ー Disse o homem, acordando o garoto do seu transe mental. Kaito lembrou-se na mesma hora... Taysuke. E Matsudo. Aquele era o único momento... em que poderia ter arriscado sua vida de verdade. Era a sua chance de sentir aquilo que já deveria ter sentido há muito tempo. Mas... ー Mas você não teve coragem, não é? ー Continuou. ー No momento chave... você ficou paralisado. Não conseguiu fazer nada. E deixou que pessoas mais fortes o fizessem por você.
Fechou os olhos. ...Não podia negar nada. Ainda que seu orgulho estivesse sendo feito em pedaços... tudo o que estava sendo proferido... era a mais pura verdade. Quanto mais pensava no assunto, mais tinha certeza de que o ambiente em que viveu... não era nada comparado ao que achava que fosse. Todos os riscos que pensou ter corrido, não passavam de ilusões na sua mente de criança. Ilusões que criara para si mesmo, para que pensasse estar cumprindo seu propósito.
ー Foram 6 anos. Você teve 6 anos para fazer algo com a sua vida. ー Disse o homem. ー FOI PRA ISSO QUE VOCÊ ABANDONOU AQUELE VELHO DE MERDA?
A última frase atingiu o rapaz como um raio. Uma corrente elétrica que ativou todo o seu corpo de uma só vez. ...Se não chegou sequer nesse nível durante toda a sua vida, por que fugiu de casa em primeiro lugar? Por que abandonou seu próprio pai, tão confiante de que havia entrado o caminho certo, se sequer conseguiu encontrá-lo ainda? Rangeu os destes. De repente, viu-se chorando. Era uma realidade. Talvez tivesse acabado de desperdiçar toda a sua vida até então.
"Kh...!", abriu os olhos, desesperado. Foi quando sua visão foi agraciada com a ponta de uma kunai. A milímetros de sua pupila. ー ...Se quiser parar de ser um merda... então está na hora de mudar.
O garoto estava instável, mas aquilo foi tão inusitado que conseguiu recuperar seus sentidos. Podia sentir o frio da lâmina no seu olho direito. O rapaz já sabia do que isso se tratava. ー ...Uma aposta, não é?
A figura acenou com a cabeça. ー ...Você disse que isso é uma ilusão. Então ponha a mão no fogo. ー Continuou. ー Se estiver certo, nada acontecerá. Se estiver errado... a lâmina irá perfurar seu crânio.
Uma proposta insana, totalmente sem sentido. Não ganharia nada se estivesse certo, e perderia tudo se estivesse errado. Nenhum homem em sã consciência aceitaria um acordo como esse. Mas... ainda assim, era exatamente o que o garoto precisava. Aquela figura estava certa. Se não fosse capaz disso, não poderia dizer para si mesmo que estava vivendo de verdade. Se não fosse capaz disso... De que serviu tudo o que passou no vilarejo? De que serviu... ter abandonado seu pai?
ー Merda... ー Murmurou, engolindo o choro. ー Eu realmente... sou patético. Algo assim... eu nem deveria precisar pensar para aceitar. ー Afirmou. ー Trate de segurar bem essa kunai. ー Disse, encarando o homem. Seus olhos mudaram. Estavam exalando uma determinação que nunca sentiu antes. Uma motivação genuína, diferente de vícios, adrenalina. Desta vez era o seu coração que clamava por isso. As convicções dentro do seu ser... faziam-no tomar essa decisão.
Foi quando exclamou com todas as forças, enquanto atirava-se contra a lâmina. O momento durou frações de segundo, mas dentro da sua cabeça pareciam minutos. Um instante que determinaria se viveria à sua maneira, ou se sua vida acabaria ali mesmo.
De repente, sua visão se enegreceu.
ー Não adianta. ー Disse o homem. ー ...Desta vez você não vai poder escapar dos seus problemas.
"...Escapar?", pensou. Ele estava... escapando dos problemas? Era isso que trouxe a criatura para cá? Não podia ser isso. A última coisa que fazia era tentar escapar dos problemas. Na verdade, era o completo oposto. O garoto caçava os problemas, estava incansavelmente buscando novos problemas, novas maneiras de ultrapassar seus limites. Não era isso que tem o movido durante todos esses anos? Não fosse essa busca... já teria desistido dessa estrada há muito tempo atrás.
ー Eu sei o que você está pensando. ー Retrucou. Os olhos de Kaito se arregalaram. ー ..."Eu não fujo dos meus problemas", não é? É atrás disso que você tem escondido durante tanto tempo... ー Botando uma mão no rosto, a cópia a grunhiu de frustração. ー É por isso que você perdeu miseravelmente para aquele garoto no acampamento.
"Ren...!", recordou-se. Levou a mão no bolso. A moeda ainda estava ali. Uma lembrança do seu fracasso. Kaito fechou os olhos, frustrado. Mas abriu-os instantes depois com o som da palma do homem batendo na parede. ー Você se orgulha... por estar sempre arriscando sua vida, não é? ー Indagou a figura. A resposta era óbvia, o garoto tinha certeza de que ambos sabiam o que seria proferido em seguida. Por isso, sequer deu o trabalho de responder. O homem, perante ao silêncio do garoto, continuou: ー Então me diga... quantas vezes você já a arriscou?
Foi uma pergunta simples. Tudo o que precisava fazer era dar-lhe um exemplo. Tinha mais de cinco anos de experiência, não? Aquilo era pra ser algo simples de ser respondido. Sempre teve a certeza de ter arriscado sua vida nas ruas todos os dias, de ter levado o seu corpo e mente ao limite. Mas agora que a questão era posta na sua frente, sem distrações, de alguma forma não conseguia pensar em nada.
"...Não é possível...", pensou, "Será que eu realmente... nunca arrisquei minha vida antes? Será que eu estive sempre tão seguro assim?". Procurando desesperadamente uma memória, as imagens de sua infância corriam pela sua cabeça. Durante seu tempo como apostador... havia arrumado brigas com diversas gangues, mais vezes do que poderia contar. Apanhou na rua, foi enxotado de cassinos, foi à falência diversas vezes. ...Mas aquilo realmente era o suficiente para matá-lo? Quantas vezes não fora poupado de agressões por ser uma criança? ...Quantas vezes não lhe foi oferecido alimento e água... quando estava passando por necessidades? ...O ambiente em que cresceu... era duro, de fato. Mas ele realmente cruzava a linha sagrada... a linha que separava a vida da morte?
ー Você teve uma chance. ー Disse o homem, acordando o garoto do seu transe mental. Kaito lembrou-se na mesma hora... Taysuke. E Matsudo. Aquele era o único momento... em que poderia ter arriscado sua vida de verdade. Era a sua chance de sentir aquilo que já deveria ter sentido há muito tempo. Mas... ー Mas você não teve coragem, não é? ー Continuou. ー No momento chave... você ficou paralisado. Não conseguiu fazer nada. E deixou que pessoas mais fortes o fizessem por você.
Fechou os olhos. ...Não podia negar nada. Ainda que seu orgulho estivesse sendo feito em pedaços... tudo o que estava sendo proferido... era a mais pura verdade. Quanto mais pensava no assunto, mais tinha certeza de que o ambiente em que viveu... não era nada comparado ao que achava que fosse. Todos os riscos que pensou ter corrido, não passavam de ilusões na sua mente de criança. Ilusões que criara para si mesmo, para que pensasse estar cumprindo seu propósito.
ー Foram 6 anos. Você teve 6 anos para fazer algo com a sua vida. ー Disse o homem. ー FOI PRA ISSO QUE VOCÊ ABANDONOU AQUELE VELHO DE MERDA?
A última frase atingiu o rapaz como um raio. Uma corrente elétrica que ativou todo o seu corpo de uma só vez. ...Se não chegou sequer nesse nível durante toda a sua vida, por que fugiu de casa em primeiro lugar? Por que abandonou seu próprio pai, tão confiante de que havia entrado o caminho certo, se sequer conseguiu encontrá-lo ainda? Rangeu os destes. De repente, viu-se chorando. Era uma realidade. Talvez tivesse acabado de desperdiçar toda a sua vida até então.
"Kh...!", abriu os olhos, desesperado. Foi quando sua visão foi agraciada com a ponta de uma kunai. A milímetros de sua pupila. ー ...Se quiser parar de ser um merda... então está na hora de mudar.
O garoto estava instável, mas aquilo foi tão inusitado que conseguiu recuperar seus sentidos. Podia sentir o frio da lâmina no seu olho direito. O rapaz já sabia do que isso se tratava. ー ...Uma aposta, não é?
A figura acenou com a cabeça. ー ...Você disse que isso é uma ilusão. Então ponha a mão no fogo. ー Continuou. ー Se estiver certo, nada acontecerá. Se estiver errado... a lâmina irá perfurar seu crânio.
Uma proposta insana, totalmente sem sentido. Não ganharia nada se estivesse certo, e perderia tudo se estivesse errado. Nenhum homem em sã consciência aceitaria um acordo como esse. Mas... ainda assim, era exatamente o que o garoto precisava. Aquela figura estava certa. Se não fosse capaz disso, não poderia dizer para si mesmo que estava vivendo de verdade. Se não fosse capaz disso... De que serviu tudo o que passou no vilarejo? De que serviu... ter abandonado seu pai?
ー Merda... ー Murmurou, engolindo o choro. ー Eu realmente... sou patético. Algo assim... eu nem deveria precisar pensar para aceitar. ー Afirmou. ー Trate de segurar bem essa kunai. ー Disse, encarando o homem. Seus olhos mudaram. Estavam exalando uma determinação que nunca sentiu antes. Uma motivação genuína, diferente de vícios, adrenalina. Desta vez era o seu coração que clamava por isso. As convicções dentro do seu ser... faziam-no tomar essa decisão.
Foi quando exclamou com todas as forças, enquanto atirava-se contra a lâmina. O momento durou frações de segundo, mas dentro da sua cabeça pareciam minutos. Um instante que determinaria se viveria à sua maneira, ou se sua vida acabaria ali mesmo.
De repente, sua visão se enegreceu.
[...]
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Gama
Chūnin — Oto
ー Kaito, algum dia... quero que você assuma esta loja em meu lugar. ー Uma voz grossa e rasgada invadiu os ouvidos do menino, que martelava algumas placas de madeira na oficina. ー Sabe disso, não?
Acenando com a cabeça, respondeu. ー Eu sei, pai.
O homem reagiu com um sorriso, este parcialmente escondido atrás de seu enorme bigode. Voltando a martelar, continuou. ー Eu sei que o trabalho na oficina não é fácil... mas quero que saiba que estou orgulhoso por ter se esforçado por tanto tempo. ー Disse. ー Se quiser parar por hoje, pode descansar lá dentro.
O velho esperou alguns segundos, mas as marteladas não cessaram. Foi quando olhou para baixo e seu olhar se cruzou com o do filho, que ainda estava parado ao seu lado.
ー ...Pai. A vida... é realmente só isso?
Surpreso, retrucou. ー O que quer dizer, Kaito?
ー Todos os dias... trabalhando sem parar, construindo as mesmas coisas... Ganhando o mesmo dinheiro. Vivendo na mesma casa. ー A voz do menino era hesitante. Diante de seu pai, que depositara tantas esperanças nele, questionamentos como esse eram difíceis de dizer. ー É realmente só isso que eu vou fazer... até ficar velho?
Por alguns instantes, viu-se sem palavras. Seu garoto sequer havia se tornado um adulto, e ainda assim essas perguntas estavam surgindo em sua mente. ー ...Kaito. ー Começou, com um tom sério. ー Você já deve saber... que o País da Água não passa de uma pequena manchinha no mapa do mundo. ー Continuou. Entre as palavras, encaixavam-se algumas marteladas que desferia nas placas. ー Mas saiba que esse mundo... por mais misterioso que seja... é cruel. Muito mais cruel do que você consiga imaginar.
Olhou para o céu em uma pausa reflexiva, e então continuou. ー A verdadeira felicidade da vida... estão nas pequenas coisas. São elas que dão sentido ao trabalho duro. Ver o sorriso no rosto das pessoas após o serviço, ver um tronco de árvore se transformar em uma obra de arte... ver um filho crescer. Isso já é suficiente para um homem. Aqueles que se arriscam nesse mundo de guerras... morrem cedo, sozinhos. Não é um bom lugar para se viver.
Os olhos do garoto, por mais tocante que fossem as palavras do pai, expressavam nada além de confusão. ー Mas pai... Como você pode saber isso... se nunca tentou? ー Disse. Os olhos do velho se arregalaram. ー Se tantas pessoas estão lá fora lutando, arriscando suas vidas... é porque tem que haver um sentido, não é? ...Algo que vá além... disso. Que vá além de trabalhar... e dormir.
O homem ficou por algum tempo sem reação. Passou alguns segundos imerso em pensamentos, até que deu um suspiro. ー Essas palavras... me lembram um pouco da sua mãe. ー Disse. ー Kaito, você ainda é muito novo. Não entende como as coisas funcionam. ー Continuou, com uma expressão de preocupação. ー Um dia você vai concordar comigo. Um dia... você vai entender o que realmente importa na vida. ...Agora, vá descansar um pouco, por favor. ー O garoto acenou com a cabeça, um pouco frustrado. No fim, ao menos nesse dia, o assunto morreu ali.
"...São boas memórias.", pensou. Sua visão estava preta. "...Pelo menos eu finalmente cheguei a uma resposta.". A este ponto, não sabia se estava vivo, ou morto. Tudo o que restava a ele era esperar, até que essa dúvida fosse sanada.
Acenando com a cabeça, respondeu. ー Eu sei, pai.
O homem reagiu com um sorriso, este parcialmente escondido atrás de seu enorme bigode. Voltando a martelar, continuou. ー Eu sei que o trabalho na oficina não é fácil... mas quero que saiba que estou orgulhoso por ter se esforçado por tanto tempo. ー Disse. ー Se quiser parar por hoje, pode descansar lá dentro.
O velho esperou alguns segundos, mas as marteladas não cessaram. Foi quando olhou para baixo e seu olhar se cruzou com o do filho, que ainda estava parado ao seu lado.
ー ...Pai. A vida... é realmente só isso?
Surpreso, retrucou. ー O que quer dizer, Kaito?
ー Todos os dias... trabalhando sem parar, construindo as mesmas coisas... Ganhando o mesmo dinheiro. Vivendo na mesma casa. ー A voz do menino era hesitante. Diante de seu pai, que depositara tantas esperanças nele, questionamentos como esse eram difíceis de dizer. ー É realmente só isso que eu vou fazer... até ficar velho?
Por alguns instantes, viu-se sem palavras. Seu garoto sequer havia se tornado um adulto, e ainda assim essas perguntas estavam surgindo em sua mente. ー ...Kaito. ー Começou, com um tom sério. ー Você já deve saber... que o País da Água não passa de uma pequena manchinha no mapa do mundo. ー Continuou. Entre as palavras, encaixavam-se algumas marteladas que desferia nas placas. ー Mas saiba que esse mundo... por mais misterioso que seja... é cruel. Muito mais cruel do que você consiga imaginar.
Olhou para o céu em uma pausa reflexiva, e então continuou. ー A verdadeira felicidade da vida... estão nas pequenas coisas. São elas que dão sentido ao trabalho duro. Ver o sorriso no rosto das pessoas após o serviço, ver um tronco de árvore se transformar em uma obra de arte... ver um filho crescer. Isso já é suficiente para um homem. Aqueles que se arriscam nesse mundo de guerras... morrem cedo, sozinhos. Não é um bom lugar para se viver.
Os olhos do garoto, por mais tocante que fossem as palavras do pai, expressavam nada além de confusão. ー Mas pai... Como você pode saber isso... se nunca tentou? ー Disse. Os olhos do velho se arregalaram. ー Se tantas pessoas estão lá fora lutando, arriscando suas vidas... é porque tem que haver um sentido, não é? ...Algo que vá além... disso. Que vá além de trabalhar... e dormir.
O homem ficou por algum tempo sem reação. Passou alguns segundos imerso em pensamentos, até que deu um suspiro. ー Essas palavras... me lembram um pouco da sua mãe. ー Disse. ー Kaito, você ainda é muito novo. Não entende como as coisas funcionam. ー Continuou, com uma expressão de preocupação. ー Um dia você vai concordar comigo. Um dia... você vai entender o que realmente importa na vida. ...Agora, vá descansar um pouco, por favor. ー O garoto acenou com a cabeça, um pouco frustrado. No fim, ao menos nesse dia, o assunto morreu ali.
[...]
"...São boas memórias.", pensou. Sua visão estava preta. "...Pelo menos eu finalmente cheguei a uma resposta.". A este ponto, não sabia se estava vivo, ou morto. Tudo o que restava a ele era esperar, até que essa dúvida fosse sanada.
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Kaito pulou da cama como um míssil. Demorou um bom tempo até entender o que acabara de acontecer. O que diabos havia sido aquilo? Olhou para cima... Dio ainda estava deitado. Kirigawa havia saído. ...Então foi tudo um sonho?
Foi quando olhou para si. Estava suando frio, sua respiração estava ofegante. Mesmo tendo dormido tanto tempo, ainda estava cansado. Não foi um sonho. Não tinha como ser. Aquilo, de alguma forma, foi real. Não sabia ao certo se se tratava de uma ilusão, ou outra coisa completamente inusitada, mas não foi um sonho. De jeito nenhum.
Sentou-se na cama, pensativo. Alguma coisa dentro de si havia mudado. O nervosismo que sentira durante toda a viagem havia passado. Estava calmo, porém alerta. Era como se o seu corpo inteiro estivesse preparado para o que quer que viesse. "...Estar pronto... para arriscar a própria vida.", pensou, "Acho que finalmente entendi o que faltava dentro de mim.".
O rapaz levantou-se, com um pouco de dificuldades. Precisava de um pouco de ar, senão acabaria desmaiando. Com isso, caminhou até a janela do corredor.
Foi quando olhou para si. Estava suando frio, sua respiração estava ofegante. Mesmo tendo dormido tanto tempo, ainda estava cansado. Não foi um sonho. Não tinha como ser. Aquilo, de alguma forma, foi real. Não sabia ao certo se se tratava de uma ilusão, ou outra coisa completamente inusitada, mas não foi um sonho. De jeito nenhum.
Sentou-se na cama, pensativo. Alguma coisa dentro de si havia mudado. O nervosismo que sentira durante toda a viagem havia passado. Estava calmo, porém alerta. Era como se o seu corpo inteiro estivesse preparado para o que quer que viesse. "...Estar pronto... para arriscar a própria vida.", pensou, "Acho que finalmente entendi o que faltava dentro de mim.".
O rapaz levantou-se, com um pouco de dificuldades. Precisava de um pouco de ar, senão acabaria desmaiando. Com isso, caminhou até a janela do corredor.
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Sortudo
Jōnin — Kiri
Pesadelo
私は声のない歌手です。足のないダンサー。
S
eguindo o instrutor do país do Ferro, Dio estava finalmente iniciando seus passos no caminho de ascensão na carreira ninja. Melhor que isso, ele estava chegando cada vez mais no momento de se apresentar para todos. O lugar, frio, mas com sua beleza, exalava ao garoto um ar de tranquilidade. Logo, prosseguiram por uma feira, onde tudo parecia animado, o evento Chunnin realmente tinha esse efeito no local escolhido para recebê-lo. Por toda a extensão do caminho em que utilizavam para chegar em seus quartos, os samurais patrulhavam com severidade e mantinham olhar firme sobre todos eles. Isso fascinou o garoto, assim como ele, os samurais também utilizavam de máscaras, que escondem seus verdadeiros sentimentos e suas identidades. - Seria incrível…. ARRANCAR UMA EMOÇÃO DELES! - o menino pensava, enquanto seu peito se enchia de ânimo, querendo muito poder lutar com algum deles em algum momento.
Chegando em um grande hotel, um prédio enorme de 4 andares, Dio teria que dividir seu descanso com os 2 integrantes do seu grupo. Isso não o animava, já que poderia ser um pouco temperamental com o espaço, pouco gostava de ficar preso em um lugar fechado, ainda mais pequeno e tendo que dividi-lo com mais duas pessoas. Entretanto, esse era o jeito dele poder continuar no torneio e, pouco importava para ele, no final das contas, já que estava suficientemente cansado para não ligar tanto para isso. Os corredores de concreto faziam um ótimo isolamento, mas o deixavam desconfortável, lembrando-o dos momentos em que esteve preso e isolado. Onde ele gritava, mas ninguém respondia.
Entrando no quarto, beliches aguardavam os ninjas, duas de cada lado, presas nas paredes do cômodo. Da mesma forma, pratos quentes estavam esperando cada um deles para que pudessem repor o que a viagem lhes havia tomado. Porém, antes que sequer pudesse fazer algo, Kirigawa já se metia pra dentro do quarto, tomando parte da comida e se acomodando na beliche superior. Ao mesmo tempo, Kaito se deitava na cama abaixo da dele e se encobria com os lençóis dela. A reação afobada de Kirigawa, em logo comer e se jogar na cama, tirando suas roupas, o deixava irritado. Ver que ele era desleixado assim o fez pensar que talvez poderia acabar acontecendo cenários assim durante sua performance, em seu combate. Se isso sequer acontecesse, talvez nem Dio saberia dizer o que ele faria.
Ajeitando suas coisas na cama superior direita, retirando as botas úmidas e tentando se aquecer um pouco, ele sabia que poderia acabar doente se não fizesse nada a respeito. Por isso, comeria um pouco da comida quente, ao mesmo tempo que tomaria do chá que lhes foi providenciado. Colocaria toda a roupa que estivesse um pouco ou totalmente molhada para secar estendida em alguma aba de sua cama. Assim, também poderia perceber a janela que estava ao seu lado, dando-lhe uma vista boa do território que estava no Ferro.
[...]
Imediatamente após olhar para o lugar, passando mais tempo do que o normal, admirando a vista e a composição nevada que a região possuía, ao mesmo tempo que ela se encostava no metal rígido das armaduras dos samurais, Dio se perdia em seus pensamentos e detalhes que poderia observar com seus olhos. As ordens diziam que ele precisava esperar ali até que a noite passasse e que lhe chamassem de volta, pelo menos foi isso que tinha entendido. Para o seu pesar, a janela passava a ser recoberta por uma camada fina de neve, que ofuscava um pouco a visão que poderia ter por ela. Isso o fazia recuar para o quarto e olhar as camas. De repente, seus companheiros não estavam mais no lugar, com ele, e sua respiração emanava uma fumaça causada pela diminuição da temperatura. Seu corpo expressava frio e sentia que o lugar não era tão acolhedor quanto parecia, que não era tão protegido assim.
Com isso, a luz do quarto ia se esvaindo, ao mesmo tempo que o calor também passava a esmaecer. Dio tentou subir em sua cama e se encobrir com o cobertor, mas não adiantava. - Onde eles…. foram? Por que me sinto…. tão… triste? - toda a felicidade que lhe restava, oriunda de seus pensamentos maníacos e excitações com sua ilusão de performar passavam a desaparecer. Por um momento, ele podia se sentir completamente vazio. Passos um pouco distantes no corredor com o quarto poderia ser ouvido, correntes batiam no chão duro do lugar, a medida que passavam a serem ouvidas com maior intensidade. Ele sentia que estava sendo caçado, que algo estava vindo até sua direção.
Ao piscar, tinha certeza que estava completamente sozinho, nenhum de seus colegas estava perto, nem mesmo podia sentir que qualquer pessoa estaria sequer naquele hotel. A escuridão tomava mais de seus olhos, e, sentido que a porta estava a se abrir, ele pensou. - Como?!... Quando?!... Não há ninguém?!! - e, finalmente revelando a criatura que estava atrás dos barulhos que ouvia, a porta se mexia. Para a incrível surpresa de Dio, não havia ninguém ali, e, imediatamente depois dessa cena, a escuridão tomaria totalmente a visão do garoto, deixando-o isolado em uma espécie de noite sem fim, onde poderia apenas sentir a presença de si mesmo, nem mesmo objetos.
Mexendo sua perna, perceberia que, desta vez, correntes lhe prendiam aos pés, que roupas sujas e rasgadas cobriam seu corpo, que estava preso, novamente. - NÃO!! NÃO PODE SER!! - ele gritava, mas sem resultados, nem mesmo podia ouvir sua própria voz, apenas seus pensamentos, estava completamente esquecido, apagado. - DE NOVO…. E-EU NÃO…. - sua mente se enlouquecia, para ele estar daquela forma somente representava a si mesmo acorrentado, limitado. Uma memória de seu antigo passado, das torturas que sofreu, sem ter ajuda, amigos, muito menos uma resposta do mundo. Sentia como se tivesse sido deixado de lado por tudo e por todos, a sofrer calado, sem que uma única alma pudesse vê-lo. - MINHA PRESENÇA… MINHAS IDEIAS…. MINHA…. - seus pensamentos tomavam mil direções, de forma inesperada e feroz, aumentando ainda a mais a sensação de escuridão em seu peito, mas voltavam a um único pensamento, o mesmo que o fez sobreviver durante todos esses anos. Aquele que o havia resgatado do nada e lhe dado um propósito. Que por tantas vezes tinha o feito amadurecer e ser forte, dando-lhe a motivação para seguir em frente. - VIDA!!.... EU… SEREI OUVIDO!! - dessa maneira, todas as forças que repousavam em seu corpo contorceriam as amarras escuras e o fariam tentar escapar daquele destino, daquelas correntes.
Focando sua mente, tentando acalmar seu desespero e retornar à índole que lhe assegurou tanto sucesso em sua vida, em sua mente, o menino portanto respiraria fundo e, diria, saindo em sua voz. - Eu sou… sou um escravo dessa paixão... a beleza… a arte… a pureza, que este mundo… PRECISA… ver!... Que precisa... SENTIR! - e, tentaria abrir seus olhos, em busca de enxergar algo além do fracasso, de seu maior medo, que, ao invés de ser a morte, era a de uma morte sem emoção, de um esquecimento sem impacto. De uma vida sem a vontade de se viver.
- Off:
Aparência - pouco se muda do linkado, somente retirando por completo a parte de metal no ombro, e a máscara (que ele guardaria em sua bolsa ninja nas costas de sua cintura). Usava a bandana de sua aldeia enfaixada na sua perna direita.
Time 4: — Kaito; Dio; Senju Kirigawa
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• Kemuridama x3 [03]
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• Zoketsugan x4 [01]
• Makibishi x4 [01]
• Shuriken x3 [03]
• Hyoryogan x4 [01]
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The show, never ends!
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Gama
Chūnin — Oto
"...Já é de manhã?", olhando pela janela, Kaito vislumbrou o dia raiando. As manhãs no País do Ferro eram diferentes. O brilho da neve trazia um conforto à sua mente, e ao mesmo tempo exalava melancolia. Não se importaria de acordar todos os dias vendo este céu.
Virou-se de lado. "...Eu não consegui dormir direito.", pensou, "As imagens de tudo o que aconteceu... têm brotado na minha cabeça constantemente.". O garoto pôs-se a pensar. Tão pouco tempo havia passado, mas tantas coisas haviam acontecido. ...Ren, Kirigawa, Dio, Kijin. Já conhecera tantos ninjas incríveis, e teve sua oportunidade de confrontá-los de frente. Se contasse isso ao seu eu de meses atrás, não conseguiria acreditar.
"...Bom, não adianta ficar contemplando o passado. Ainda há muito adiante.". Balançando a cabeça e dando uns tapinhas na bochecha, o garoto se lançou da cama, aterrissando de pé no chão do quarto. ー Kirigawa-san! Dio-san! Acordem! ー Exclamou, com muito entusiasmo. O dia mal havia começado, o sol sequer se mostrara por completo no céu, mas Kaito não queria perder tempo. Ou, melhor, não conseguia. Seu corpo estava agitado, precisava fazer alguma coisa, senão acabaria enlouquecendo.
ー Acho que já chegou mais do que na hora de nos conhecermos melhor como um time. ー Disse. ー E acredito que a melhor maneira de vermos isso é em uma luta. ー Terminou, esperando as reações de ambos os companheiros.
Dito isso, caminhou até a porta, direcionando-se ao campo de treinamento. ー Estarei esperando vocês daqui a meia hora. Não se atrasem.
Virou-se de lado. "...Eu não consegui dormir direito.", pensou, "As imagens de tudo o que aconteceu... têm brotado na minha cabeça constantemente.". O garoto pôs-se a pensar. Tão pouco tempo havia passado, mas tantas coisas haviam acontecido. ...Ren, Kirigawa, Dio, Kijin. Já conhecera tantos ninjas incríveis, e teve sua oportunidade de confrontá-los de frente. Se contasse isso ao seu eu de meses atrás, não conseguiria acreditar.
"...Bom, não adianta ficar contemplando o passado. Ainda há muito adiante.". Balançando a cabeça e dando uns tapinhas na bochecha, o garoto se lançou da cama, aterrissando de pé no chão do quarto. ー Kirigawa-san! Dio-san! Acordem! ー Exclamou, com muito entusiasmo. O dia mal havia começado, o sol sequer se mostrara por completo no céu, mas Kaito não queria perder tempo. Ou, melhor, não conseguia. Seu corpo estava agitado, precisava fazer alguma coisa, senão acabaria enlouquecendo.
ー Acho que já chegou mais do que na hora de nos conhecermos melhor como um time. ー Disse. ー E acredito que a melhor maneira de vermos isso é em uma luta. ー Terminou, esperando as reações de ambos os companheiros.
Dito isso, caminhou até a porta, direcionando-se ao campo de treinamento. ー Estarei esperando vocês daqui a meia hora. Não se atrasem.
- Considerações:
- Aparência & Vestimentas. Bolsa de armas amarrada na cintura e a bandana do vilarejo no pescoço. Saindo do tópico.
Time: Eu, Dio (@Sortudo) e Senju Kirigawa (@Kirigawa).- Equipamentos:
- Main (15/20 Espaços):
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- Hikaridama x2 [02]
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- Zoketsugan x2 [0.5]
- Hyoryogan x2 [0.5]
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Akihiro
Genin — Konoha
A noite fora inquieta. Escura. Aquela sensação não sumiria do peito tão facilmente, nem que eu dormisse dez noites, talvez sumisse. Aquecido sob a coberta, teria dormido facilmente. Entretanto, aquela noite fora diferente. Vasculhei minha mente durante um bom tempo até que conseguisse me acalmar, tirando um sono ainda mais curto que os rotineiros. Acordei e ainda era escuro, mas não consegui dormir, a apreensão e devaneios sobre tudo que acontecia pareciam invadir minha mente. Nem mesmo me levantei, como de costume. Fiquei deitado, olhando o teto durante um longo tempo.
O que será que aconteceria? Havia a possibilidade de eu morrer ali, certo? Não conhecia aquelas pessoas e, sei bem, que do que uma pessoa pode ser capaz. Respirei fundo, fechando os olhos, nessa hora, o sol ainda começava seu trajeto rumo ao cume dos céus. A voz de Kaito fora a primeira a soar. Pelo jeito, ele havia acordado cedo, afinal, não era possível que estivesse sonhando novamente. Talvez, aquilo fosse uma ilusão. Um teste. Ainda que não fosse bom pensar assim, era melhor do que me deixar a mercê de minha própria mente, pensando que a qualquer momento eu poderia enlouquecer.
Sentei na cama, ainda de cueca. — Já estou acordado. — Não havia animação em minha voz, nem mesmo sonolência, era algo diferente. Estava pensativo demais. Pulei da cama, indo em direção às vestes que estavam secando. Elas estavam geladas, mas não estavam mais molhadas. Torce-las havia sido uma boa ideia. Coloquei as vestes enquanto ouvia Kaito falar. As roupas sobre o corpo me fizeram despertar, dessa vez, saindo do transe que estava. Não podia me dar ao luxo de me imergir dentro dos próprios pensamentos, eu precisava estar totalmente focado. Respirei fundo, bufando na expiração. — Estarei lá. Só preciso comprar uma roupa de frio. — Olhei para vez o que Dio fazia e, então, vasculhei minha bolsa de armas. A quantidade de dinheiro que tinha trazido era pouca, mas acreditava que conseguiria comprar alguma coisa com aquilo, nem que fosse uma veste usada.
Colocando a pedra de meu cordão acima da camisa, sai do quarto, avisando quem ali estivesse. — Vou passar na Loja. Te encontro lá. — Abri a porta e corri pelos corredores, queria aquecer meu corpo e além de tudo, acordar verdadeiramente. Aquele demônio interno não me venceria. Aquilo havia acabado.
O que será que aconteceria? Havia a possibilidade de eu morrer ali, certo? Não conhecia aquelas pessoas e, sei bem, que do que uma pessoa pode ser capaz. Respirei fundo, fechando os olhos, nessa hora, o sol ainda começava seu trajeto rumo ao cume dos céus. A voz de Kaito fora a primeira a soar. Pelo jeito, ele havia acordado cedo, afinal, não era possível que estivesse sonhando novamente. Talvez, aquilo fosse uma ilusão. Um teste. Ainda que não fosse bom pensar assim, era melhor do que me deixar a mercê de minha própria mente, pensando que a qualquer momento eu poderia enlouquecer.
Sentei na cama, ainda de cueca. — Já estou acordado. — Não havia animação em minha voz, nem mesmo sonolência, era algo diferente. Estava pensativo demais. Pulei da cama, indo em direção às vestes que estavam secando. Elas estavam geladas, mas não estavam mais molhadas. Torce-las havia sido uma boa ideia. Coloquei as vestes enquanto ouvia Kaito falar. As roupas sobre o corpo me fizeram despertar, dessa vez, saindo do transe que estava. Não podia me dar ao luxo de me imergir dentro dos próprios pensamentos, eu precisava estar totalmente focado. Respirei fundo, bufando na expiração. — Estarei lá. Só preciso comprar uma roupa de frio. — Olhei para vez o que Dio fazia e, então, vasculhei minha bolsa de armas. A quantidade de dinheiro que tinha trazido era pouca, mas acreditava que conseguiria comprar alguma coisa com aquilo, nem que fosse uma veste usada.
Colocando a pedra de meu cordão acima da camisa, sai do quarto, avisando quem ali estivesse. — Vou passar na Loja. Te encontro lá. — Abri a porta e corri pelos corredores, queria aquecer meu corpo e além de tudo, acordar verdadeiramente. Aquele demônio interno não me venceria. Aquilo havia acabado.
500 HP
300 CH
ST: 00/04
300 CH
ST: 00/04
- Considerações Importantes:
- - Roupas e aparência idênticas a descrição na ficha.
- Time 4 = Gama, Sortudo e Kirigawa
- OUTROS:
- Bolsa de armas 15/15:
- - Kunai - 3/3
- Shuriken 2/2
- Kibaku 10/5
- Kōsen: 5m/5
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Sortudo
Jōnin — Kiri
preparar
私は声のない歌手です。足のないダンサー。
A
cordando de um pesadelo, seus olhos conseguiam enchergar uma luz crescendo bem ao longe na escuridão que lhe encobria. Como um flash, seus olhos se fecharam novamente, pelo efeito da luminosidade extrema que resurgiu naquele momento. Luzes de holofotes cobriam sua reentrada no mundo real, enquanto óperas cantavam com vozes reluzentes perante sua grande e triunfante recém chegada, tudo, claramente, uma própria ilusão de sua cabeça. Abrindo-os enfim, Dio poderia ver que estava em seu quarto, junto de seus colegas, que se preparavam para descansar depois de um longo dia. Ele havia passado muito tempo ali, disso podia ter certeza. - Parece que… Eu venci… - suas pernas estavam cansadas de terem que sustentá-lo pelo período inteiro que ficou em transe, o que lhe fez ter a reação imediata de deitar-se em sua cama. Mesmo tendo passado o tempo “em coma” sentia-se extremamente cansado de ter lidado com o que quer que fosse que havia afetado sua mente. - Um genjutsu, talvez? - somente podia especular o que tinha acontecido com ele. Fazia bastante sentido, mas também pensava que poderia ter sido tudo apenas um pesadelo. - Vejo que… estão aqui… - Ambos pareciam igualmente cansados e preparados para dormir para o dia seguinte. Seguindo-os fez o mesmo, deixando as roupas secando e se cobrindo em sua cama.
[...]
Acordando pelo barulho no quarto, Dio sentiria-se bem por ter descansado, se não fosse pela repentina voz de Kaito, ordenando-os a acordar. Ele, particularmente, ficou irritado com aquilo, ninguém podia comandar suas ações, a menos que ele assim quisesse, e Kaito não tinha o menor respeito de Dio para conseguir isso. Devido a isso, sua reação não seria menos do que violenta. Levantando-se imediatamente da cama e agarrando o garoto pelo pescoço com uma das mãos, Dio exclamaria - Escuta… Kaito… Não vá achando que… por sermos um time… você tem a voz aqui… Não pense que pode… CONTROLAR! - a situação era subitamente tensa entre os dois - a minha… arte. - e assim soltaria o menino. Ele não tinha o desejo de machucá-lo mas deixar claro que suas ordens eram mais para sugestões, em sua visão. E que, para fazê-lo segui-las, devia ganhar o seu respeito e, caso entrassem no caminho de seu real propósito, seriam tratadas como inferiores e atropeladas pela sua vontade.
Vestindo suas roupas, que lhe protegiam suficientemente contra o frio, ainda mais agora que estariam secas, ele diria - Mas acho que está mesmo… na hora! AHAHAHAHAHAHA!! - com uma gargalhada áspera e incoerente com a situação entre os dois, de forma repentina, para Dio, o clima se transformava em uma piada, em um momento de concordância entre ele e Kaito. Realmente, ninguém podia entender o que se passava em sua cabeça. Logo após, o garoto que havia ameaçado tentava ir sozinho ao campo, antes deles dois. - Espere… vou com você… Imagino que minha companhia seja… bem agradável!! Dividir um tempo… JUNTOS! - rindo, ele se recusava a deixar Kaito ir sozinho, e tentaria o seguir de qualquer forma. Quanto a Kirigawa, Dio pouco se importava, mas aceitava que ele iria aparecer depois, com roupas mais adequadas.
- Off:
- falei com gama e ele deixou eu agir com essa ação no personagem dele, segurando seu pescoço.
Aparência - pouco se muda do linkado, somente retirando por completo a parte de metal no ombro, e a máscara (que ele guardaria em sua bolsa ninja nas costas de sua cintura). Usava a bandana de sua aldeia enfaixada na sua perna direita.
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Akihiro
Genin — Konoha
[...]
Não podia deixar de pensar o que meu mestre provavelmente diria ao me ver naquele estado. Talvez, se eu tivesse entendido desde cedo, seus ensinamentos enigmáticos, não estaria naquela situação. Não que eu tivesse quaisquer problema com seus ensinamentos, pelo contrário. Tudo que eu havia aprendido até ali, por obra de uma concepção maior, não podia se recolher em conceitos subjetivos que, por vezes, se tornam tão vagos. Pensar que as palavras que eu carregava na mente, como as memórias de diversos ensinamentos e experiências, na verdade, não passavam de um dedo rapidamente apontado na direção correta. Isso causava calafrios.
Não era isso que você chamava de amadurecer, certo? Me lembro que quando você queria dizer que eu estava ficando mais velho, você sempre disse a palavra crescer. E quando eu vislumbrava, realmente, algum ensinamento, você dizia que eu amadureci. Você sempre foi bom com palavras, mestre. Por vezes, isso até me irritava, o quão facilmente você transitava entre elas, como se não fossem nada, enquanto eu sempre fiquei estagnado nesses mesmos conceitos. Não conseguiria me livrar deles e você diria que eu estava fazendo isso de propósito, mas não percebia. Foi isso que fiz naquela floresta, mestre? Eu sabia, certo?
[...]
O silêncio do dormitório parecia contrastar com o barulho da minha mente. Eu podia ouvir apenas meus passos, pesados como nunca. Solitário vaguei até o quarto, sem a companhia de uma única alma viva. Abri a porta que rangiu durante o movimento. O quarto estava vazio e intocável. Exatamente como havia sido deixado.
"As pessoas tendem a evitar ficar em silêncio, pois elas temem conhecer a si mesmas."
Bufei ao lembrar dessa frase dita por você, mestre. Sabe, sozinho nunca havia conseguido me conhecer, mestre. Eu havia lhe dito isso algumas vezes, certo? Talvez não chegue a dar certo, mas naquele momento, eu realmente me lembrei que meditar costumava me acalmar quando era menor. Provavelmente, você me colocava pra meditar justamente pra acalmar minha personalidade, não é? Acabei soltando um sorriso de canto, ao me lembrar de como você brincava com isso. Tão calmo e ao mesmo tempo tinha um humor aguçado.
Aquele mesmo canto me trazia recordações ruins. "Conhecer a si mesmo.". Citei mentalmente ao recordar que havia me encontrado com minha própria imagem, sentando ali, naquele mesmo lugar. Cruzei as pernas, ficando na posição de lótus. Ajeitei a coluna, o mais ereto possível. Aquele era um momento de ritual, como havia sido ensinado para mim. Respirei fundo, colocando os dedos da mão direita logo abaixo dos dedos da mão esquerda, com as palmas viradas para cima e os polegares se tocando levemente.
[...]
"Pode-se dizer que eu me conheci, certo?" Realmente, em silêncio os pensamentos pareciam aflorar como nunca.
"Acho que superestimei demais aquele encontro.". Sim, aquilo realmente começava a me tranquilizar. Podia sentir meu peito estufar e se esvaziar. O frio entrando por minhas narinas e, em seguida, o calor saindo por elas.
"Por minha culpa, duas pessoas morreram.". Ainda sim, as memórias não eram tão fáceis de se controlar.
"É quase impossível seguir seus conselhos, Mestre Yama.". Eu sabia o que ele diria se estivesse ali.
"Não existe nada dentro e nada fora, tudo ocupa a mesma existência." Isso me trazia tristeza.
"Como eu poderia aceitar que tudo aquilo faz parte de mim?". A dor. Todo aquele ódio. Como eu poderia aceitar que aquilo existe?
"O bem só pode ser conhecido graças ao mal e o mal só pode ser conhecido graças ao bem.". Eu cita-lo me fazia me sentir melhor, mestre.
"Isso é aquilo de já saber?". Mas você sabe que nunca foi facil manter uma linha de pensamento, certo?
"Estou feliz com isso.". Então, porque me sentia triste, logo em seguida?
"Eu não preciso esquecer nada. Chega de tentar entender. Eu não preciso."
[...]
Aquilo havia feito sentido, mestre. Por um momento, pude perceber a verdade por trás da minha própria mente. Todas aquelas emoções não podiam afetar a verdade que habitava em mim. Os erros eram irreais, assim como a morte que você tanto falava. Quando a Madre morreu, você foi o que mais sofreu e o único que não sofreu nada. Você manteve a memória dela intacta em nossas mentes. Você manteve ela viva. O que eu podia pensar sobre isso? Não tinha o oque pensar. Na verdade, aquilo tudo que vinha à mente, era como uma superfície bem fina. Era como o gelo que congelava a parte superficial da água. Era algo que se quebrava fácil, então, o que restava?
Sim. Era isso.
Nem mesmo o silêncio restava. Talvez fosse por isso que facilmente, algo tentava preencher aquele vazio. Seja as memórias, arrependimentos, dores. Eles já ocupavam aquele espaço, então, não havia como esquece-los. Não havia motivos pra esquece-los. Eu poderia estar errado, mas esquece-los era mata-los mais uma vez. Aquela experiência, tudo o que havia ocorrido até ali, não tinha um real culpado. Eu era tão culpado tanto, ao mesmo tempo que, nãohavia culpa à se designar. Talvez, fosse isso que você chamava de controle emocional, certo? Agora eu podia entender melhor. Provavelmente, no fim, não mudaria nada. Eu nunca entenderia tudo isso se não tivesse experienciado aquilo por mim mesmo. No fim, o que valeu a pena foi a própria experiencia, ela que me fez amadurecer, não o que restou dela. Memórias.
Eu podia sentir as mesmas coisas daquele momento. Dor; Medo; Raiva; Cansaço. Era como se eu pudesse viver tudo novamente. Engraçado, mas aquilo não parecia me afetar como antes. O que havia mudado até ali? "Zazen". A principal porta espiritual. Agora eu entendia. Nunca havia sido questão de controle, mas o contrário. Abster-se. Deixar.
Pelo menos, naquele momento, eu podia sentir a tranquilidade.
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- Treinamento de Inteligencia = 1 PdA
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Gama
Chūnin — Oto
Foi uma caminhada longa até o dormitório. Ao menos, Kaito sentiu como se fosse. Seu corpo ainda estava exausto depois da longa noite do exame. Suas roupas de inverno foram completamente arrasadas na floresta, por isso acabou tendo que retornar para suas roupas usuais. Uma calça e camiseta pretas, com a bandana amarrada no pescoço. Seu ombro e seu braço esquerdo estavam enfaixados. Foram as duas regiões onde sofreu cortes da espada flamejante. Estava com queimaduras recentes, mas não eram tão graves, por isso ainda conseguia se mexer relativamente bem.
Subiu as escadas até o terceiro andar, e em seguida abriu a porta do dormitório. ー Kirigawa-sa-- ! ー Exclamou assim que adentrou o quarto, mas interrompeu-se ao ver o companheiro em siêncio. Em uma posição de lótus, olhos fechados... estava meditando. Talvez tivesse acabado de destruir a sua concentração ao entrar abruptamente assim. Um pouco arrependido, pôs-se a sentar na cama, ao lado dele, em silêncio.
Esperou ele terminar, e assim que o mesmo abriu os olhos, o recebeu com um sorriso vitorioso. Mesmo sem dizer uma palavra, a mensagem daquele sorriso era clara como a neve: eles haviam vencido. Não foi uma vitória fácil, e os custos não foram baixos, mas venceram. Estavam agora na última fase no exame, juntos.
Parando para pensar em tudo o que já passaram desde o início dessa jornada, Kaito percebia a empatia enorme que desenvolveu pelo Senju. Ele não o via mais como um mero companheiro de time. Era um amigo. Já riram juntos, já arriscaram a vida juntos, e agora venceram juntos. Era mais do que suficiente para a relação dos dois atingir outro patamar.
ー Kirigawa-san... as coisas a partir de agora devem ficar bem mais complicadas. ー Disse o genin, olhando para o chão. Seus braços estavam apoiados nos joelhos e seu semblante estava pensativo. ー ...Eu parei para pensar durante esse tempo, mas não consegui concluir nada sobre o desaparecimento de Dio.
Pausou um pouco para pensar, e então continuou. ー Se ele tivesse sido removido do exame, com certeza teríamos recebido um comunicado. E se fosse um imprevisto externo, a mesma coisa. ...Se houvesse inimigos no território, ao menos a movimentação estaria mais agitada. ...Mas não percebo nada. ー Disse, com um tom de preocupação. Era uma situação estranha, no mínimo suspeita. Por mais que o garoto tentasse, ele não conseguia ligar os pontos. ー Eu acho que essa história vai mais fundo do que aparenta.
Dito isso, o rapaz se levantou e foi até a janela, olhando a paisagem. Ficou por um tempo sem dizer nada.
ー ...A próxima fase vai ser um combate direto. ー Disse. ー Eu já tive a oportunidade de medir a força de alguns participantes... E eu te garanto que são fortes. Talvez muito mais fortes do que aquele espadachim que enfrentamos. ー Na sua cabeça, breves memórias da sua luta contra Kijin e de seu encontro com Ren surgiam. Foram ambos dois ninjas com os quais interagiu por pouquíssimo tempo, mas ainda assim deixaram uma marca na sua cabeça. Se ele, ou talvez Kirigawa pegassem algum deles na terceira fase... não tinha ideia de qual seria o resultado.
ー O que pretende fazer daqui pra frente? ー Perguntou, ainda virado para a janela.
Subiu as escadas até o terceiro andar, e em seguida abriu a porta do dormitório. ー Kirigawa-sa-- ! ー Exclamou assim que adentrou o quarto, mas interrompeu-se ao ver o companheiro em siêncio. Em uma posição de lótus, olhos fechados... estava meditando. Talvez tivesse acabado de destruir a sua concentração ao entrar abruptamente assim. Um pouco arrependido, pôs-se a sentar na cama, ao lado dele, em silêncio.
Esperou ele terminar, e assim que o mesmo abriu os olhos, o recebeu com um sorriso vitorioso. Mesmo sem dizer uma palavra, a mensagem daquele sorriso era clara como a neve: eles haviam vencido. Não foi uma vitória fácil, e os custos não foram baixos, mas venceram. Estavam agora na última fase no exame, juntos.
Parando para pensar em tudo o que já passaram desde o início dessa jornada, Kaito percebia a empatia enorme que desenvolveu pelo Senju. Ele não o via mais como um mero companheiro de time. Era um amigo. Já riram juntos, já arriscaram a vida juntos, e agora venceram juntos. Era mais do que suficiente para a relação dos dois atingir outro patamar.
ー Kirigawa-san... as coisas a partir de agora devem ficar bem mais complicadas. ー Disse o genin, olhando para o chão. Seus braços estavam apoiados nos joelhos e seu semblante estava pensativo. ー ...Eu parei para pensar durante esse tempo, mas não consegui concluir nada sobre o desaparecimento de Dio.
Pausou um pouco para pensar, e então continuou. ー Se ele tivesse sido removido do exame, com certeza teríamos recebido um comunicado. E se fosse um imprevisto externo, a mesma coisa. ...Se houvesse inimigos no território, ao menos a movimentação estaria mais agitada. ...Mas não percebo nada. ー Disse, com um tom de preocupação. Era uma situação estranha, no mínimo suspeita. Por mais que o garoto tentasse, ele não conseguia ligar os pontos. ー Eu acho que essa história vai mais fundo do que aparenta.
Dito isso, o rapaz se levantou e foi até a janela, olhando a paisagem. Ficou por um tempo sem dizer nada.
ー ...A próxima fase vai ser um combate direto. ー Disse. ー Eu já tive a oportunidade de medir a força de alguns participantes... E eu te garanto que são fortes. Talvez muito mais fortes do que aquele espadachim que enfrentamos. ー Na sua cabeça, breves memórias da sua luta contra Kijin e de seu encontro com Ren surgiam. Foram ambos dois ninjas com os quais interagiu por pouquíssimo tempo, mas ainda assim deixaram uma marca na sua cabeça. Se ele, ou talvez Kirigawa pegassem algum deles na terceira fase... não tinha ideia de qual seria o resultado.
ー O que pretende fazer daqui pra frente? ー Perguntou, ainda virado para a janela.
- Considerações:
- Aparência & Vestimentas. Bolsa de armas amarrada na cintura e a bandana do vilarejo no pescoço.
Time: Eu e Senju Kirigawa (@Kirigawa).- Equipamentos:
- Main (20/20 Espaços):
- Kibaku Fuuda x14 [07]
- Hikaridama x4 [04]
- Kemuridama x1 [01]
- Zoketsugan x2 [0.5]
- Hyoryogan x2 [0.5]
- Kunai x6 [06]
Ointment (塗り薬, Nurigusuri) [01]
Qualidade: Comum
Efeitos: Recupera ferimentos medianos pra baixo, podendo ser utilizado uma vez a cada tópico. É importante frisar que o remédio não recupera a vitalidade do player, mas, ainda assim, serve como um bom agente contra sangramentos e afins.
Descrição: Este é um creme de cura usado para curar feridas. Hinata dá um pouco da pomada para Naruto e Kiba, embora Kiba tenha dito para guardar um pouco para si mesma, para curar suas feridas após a batalha durante os Exames Chūnin.
Nota: A cada utilização, será necessário realizar um roleplay de um único turno, com 500 palavras mínimas, reabastecendo o remédio, seja por meio do Hospital do Vilarejo ou aonde bem entender (é importante destacar que o plot precisa fazer sentido para tal).
- Jutsus Utilizados:
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Akihiro
Genin — Konoha
[...]
O silêncio interno tomava conta de maneira sutil e leve. Diferente do silêncio externo, não era algo incômodo ou mesmo perceptível além da própria presença. Acompanhado pelo som dos ventos que batiam contra a janela, meus ouvidos atentaram-se aos passos que eram dados no corredor. Um de meus olhos se entreabriram e a voz de Kaito se deu logo em seguida. Não havia sequer pensado em quem poderia ser, mas não seria demais dizer que pressentia que era meu amigo.
Ele logo percebeu que eu tentava me concentrar, mas não havia motivos para me manter naquele estado por muito tempo. Eu também tinha de lidar com o mundo que se expandia ao redor. Fechei os olhos mais uma vez e respirei fundo, unindo a palma das mãos na altura do peito. Quando abri os olhos, lá estava Kaito com um grande sorriso. Gargalhei silenciosamente, sorrindo de volta. Ao mesmo passo, eu me levantava devagar. Kaito trouxe seriedade à conversa, logo em seguida.
Realmente, as coisas não seriam mais fáceis a partir dali, mas algo parecia me dizer para não me preocupar e talvez eu devesse dizer isso para Kaito. Não, preferi manter o silêncio e ouvi-lo falar. Ele confirmou que algo havia passado despercebido aos meus olhos. Na verdade, algo eu havia esquecido por egoísmo e até mesmo falta de consideração. Recostado sobre a cômoda frente as camas, observei o chão, levando a mão direita até o queixo, pensativo e por um momento, refletindo sobre as situações ainda que as palavras não invadissem minha mente.
Não obtive resposta, nem mesmo procurei leva-las à Kaito. Não era dificil chegar às conclusões que eu estava chegando, então, apenas mantive o silêncio, de algum modo, eu sabia que Kaito ainda tinha palavras à dizer, podia perceber no modo como ele agia. Levei às mãos até a cômoda, ainda recostado na mesma, me apoiei e virei o rosto para o teto e então, ouvi atentamente as palavras de Kaito. No fim, a pergunta.
Fechei os olhos, respirando fundo. Eu realmente havia amadurecido bastante até ali. Um sorriso apareceu no canto da minha face. — Ainda não pensei sobre isso. — Ainda que parecesse uma resposta um tanto quanto vazia, era a verdade. E naquele momento, parei para pensar no assunto, por alguns curtos instantes. — Creio que tenham nos dado esses dias para nos recuperarmos e possivelmente treinar um pouco. — Fora o que havia conseguido assimilar em tão pouco tempo. Empurrei meu corpo para frente e caminhei até o lado de Kaito, observando a paisagem por um instante.
O silêncio trouxe palavras à minha boca. — Já não somos os mesmos de quando chegamos aqui. — A paisagem trazia clareza à meus pensamentos, ao mesmo tempo, um sorriso de felicidade à minha face. Foi então que me virei para Kaito, tocando seu ombro com leveza, pois pude perceber seus ferimentos. — Quanto à Dio, não se preocupe... — Ainda sorria para o amigo, buscando-lhe olhar nos olhos. — Ele sem dúvidas era o mais forte entre nós e se algo aconteceu com ele, nós descobriremos de uma maneira ou outra. — Minhas palavras eram sinceras. Eu realmente tinha esperanças de que nosso aliado estava bem e mesmo que por um momento minha mente pensasse outra coisa, eu sabia que aquilo não ficaria obscuro para sempre. Uma hora, a verdade viria à tona.
[...]
Minha face se virou novamente para paisagem e agora toquei a faixa do ferimento com a mesma mão que tocava o ombro de Kaito anteriormente. Eu realmente tinha muita coisa pra pensar e se fossem outros dias, eu buscaria dize-las sem pensar duas vezes mas, agora, eu já não sentia toda aquela euforia. Ainda sim, me sentia em paz. — Nós amadurecemos muito desde o primeiro dia. — As palavras eram ditas para Kaito mas também para mim mesmo. — Acho que estamos preparados pro que o futuro nos reservou. — Aquelas palavras me faziam sorrir mais uma vez. Eu não sentia preocupação ou medo. Na verdade, tudo que vinha à minha mente era a tranquilidade dos meus pensamentos. O silêncio que meu mestre tanto falava...
500 HP
300 CH
ST: 00/04
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ST: 00/04
- Considerações Importantes:
- - Roupas e aparência idênticas a descrição na ficha.
- Time 4 = Gama e Kirigawa
- OUTROS:
- Bolsa de armas 11/15:
- - Kunai - 1/1
- Shuriken 0/2
- Kibaku 6/3
- Kōsen: 5m/5
Vila : Sem vila
Mensagens : 493
Data de inscrição : 23/05/2020
Gama
Chūnin — Oto
Kaito ouvia as palavras do companheiro enquanto olhava pela janela. Alguma coisa na voz do Senju havia mudado. Ao menos, o genin tinha essa impressão. Seu tom estava contido, mais calmo, como se ele tivesse resolvido seus conflitos interiores. O rapaz riu internamente. Era uma dicotomia interessante, a dos dois. Enquanto Kaito expulsara seus males na força bruta, o Senju parecia ter amadurecido através da reflexão e da paz.
ー De fato... amadurecemos. ー Disse, pensando no que o amigo acabara de falar. Estavam eles realmente prontos para o que o futuro reservava? Kaito não tinha essa mesma confiança. Ao menos, não agora. Ainda que tivessem melhorado desde o início do exame, não era como se os outros participantes também não estivessem treinando.
Mas no fim, garantia completa não era algo possível de se alcançar. Não importa o quão fortes eles estejam, a derrota sempre estará visível no horizonte. ...Em outras palavras, sempre haverá um risco. E diante de todo risco se esconde, na essência, uma aposta. Kaito riu, olhando para Kirigawa. ー Kirigawa-san, você sabe que provavelmente vamos ter que nos enfrentar nessa última fase, não é? ー Disse ele. ー Que tal apostarmos para ver quem ganha? Quem perder paga o almoço do vencedor por um mês.
Ambos sabiam muito bem que havia a chance de um dos dois ser eliminado antes de isso acontecer, mas a maneira como estava falando... era nítido que além da aposta jazia uma promessa de que ele não perderia. Ao menos, até enfrentá-lo no torneio. Se Kirigawa aceitasse a oferta, ao mesmo tempo também estaria prometendo não perder até que esse embate acontecesse.
ー Bom... é melhor eu ir andando. ー Disse. ー Tem muita coisa que ainda preciso fazer antes dessa última fase.
O garoto caminhou até a entrada do quarto e abriu a porta. Seu destino seria o campo de treinamento, no mesmo local onde treinaram da primeira vez. Havia algo que queria testar. ...Antes de sair, no entanto, viraria-se uma última vez para Kirigawa. Não diria nada, apenas olharia para ele por um tempo. E em seguida fecharia a porta e seguiria seu caminho.
ー De fato... amadurecemos. ー Disse, pensando no que o amigo acabara de falar. Estavam eles realmente prontos para o que o futuro reservava? Kaito não tinha essa mesma confiança. Ao menos, não agora. Ainda que tivessem melhorado desde o início do exame, não era como se os outros participantes também não estivessem treinando.
Mas no fim, garantia completa não era algo possível de se alcançar. Não importa o quão fortes eles estejam, a derrota sempre estará visível no horizonte. ...Em outras palavras, sempre haverá um risco. E diante de todo risco se esconde, na essência, uma aposta. Kaito riu, olhando para Kirigawa. ー Kirigawa-san, você sabe que provavelmente vamos ter que nos enfrentar nessa última fase, não é? ー Disse ele. ー Que tal apostarmos para ver quem ganha? Quem perder paga o almoço do vencedor por um mês.
Ambos sabiam muito bem que havia a chance de um dos dois ser eliminado antes de isso acontecer, mas a maneira como estava falando... era nítido que além da aposta jazia uma promessa de que ele não perderia. Ao menos, até enfrentá-lo no torneio. Se Kirigawa aceitasse a oferta, ao mesmo tempo também estaria prometendo não perder até que esse embate acontecesse.
[...]
ー Bom... é melhor eu ir andando. ー Disse. ー Tem muita coisa que ainda preciso fazer antes dessa última fase.
O garoto caminhou até a entrada do quarto e abriu a porta. Seu destino seria o campo de treinamento, no mesmo local onde treinaram da primeira vez. Havia algo que queria testar. ...Antes de sair, no entanto, viraria-se uma última vez para Kirigawa. Não diria nada, apenas olharia para ele por um tempo. E em seguida fecharia a porta e seguiria seu caminho.
- Considerações:
- Aparência & Vestimentas. Bolsa de armas amarrada na cintura e a bandana do vilarejo no pescoço. Braço e ombro esquerdos enfaixados.
Saindo do tópico.
Time: Eu e Senju Kirigawa (@Kirigawa).- Equipamentos:
- Main (20/20 Espaços):
- Kibaku Fuuda x14 [07]
- Hikaridama x4 [04]
- Kemuridama x1 [01]
- Zoketsugan x2 [0.5]
- Hyoryogan x2 [0.5]
- Kunai x6 [06]
Ointment (塗り薬, Nurigusuri) [01]
Qualidade: Comum
Efeitos: Recupera ferimentos medianos pra baixo, podendo ser utilizado uma vez a cada tópico. É importante frisar que o remédio não recupera a vitalidade do player, mas, ainda assim, serve como um bom agente contra sangramentos e afins.
Descrição: Este é um creme de cura usado para curar feridas. Hinata dá um pouco da pomada para Naruto e Kiba, embora Kiba tenha dito para guardar um pouco para si mesma, para curar suas feridas após a batalha durante os Exames Chūnin.
Nota: A cada utilização, será necessário realizar um roleplay de um único turno, com 500 palavras mínimas, reabastecendo o remédio, seja por meio do Hospital do Vilarejo ou aonde bem entender (é importante destacar que o plot precisa fazer sentido para tal).
- Jutsus Utilizados:
Vila : Sem vila
Mensagens : 222
Data de inscrição : 23/05/2020
Akihiro
Genin — Konoha
[...]
Kaito não parecia estar tão confiante e, de fato, se eu fosse usar tal conceito, eu também não poderia dizer que estava. Na realidade, o que eu sentia era despreocupação. Ainda haviam possibilidades que eu nem sequer havia cogitado ou pensado profundamente. Não que eu não pudesse ou mesmo não quisesse, mas não via real necessidade. Não havia real necessidade naquele momento. Eu só queria um tempo para mim mesmo. As possibilidades não passavam de possibilidades e, naquele instante, a única que realmente importava era o exato momento. Meus olhos se fecharam diante à luz que invadia pelo vidro turvo graças ao frio.
Foi então que, diante o silêncio, Kaito falou mais uma vez. Ele parecia ter pensado nas possibilidades. Uma delas era a de nos enfrentarmos. Era algo distante para mim. Quatro longos dias de distância. Entretanto, o ouvi e ao abrir meus olhos eu sorri de volta. Não apenas por simpatia, mas por ver sua reação diante àquela possibilidade. Andei até a cama e então, enquanto subia na beliche, ouvi sua proposta. Eu gargalhei em silêncio e me deitei. — Eu realmente não me dou bem com apostas que envolvem dinheiro. — Não que a aposta em si me desagradasse, na real, eu entendia um significado para ela. Aquelas palavras foram apenas uma brincadeira, apesar da veracidade no fato de dinheiro ser uma espécie de problema em minha vida. Porém, não havia uma real preocupação acerca do assunto. — Mas tudo bem. Se nos enfrentarmos... — Sentei na cama, buscando olhar diretamente para Kaito. — Não irei lutar pra perder. — As palavras deixavam claras que eu havia entendido o real motivo da aposta. Ainda que, para mim, a aposta em si não representasse muita coisa, o fato já me trazia certo ânimo. Daríamos tudo de nós mesmos.
Voltei a repousar deitado, buscando descansar o corpo. Ergui as mãos em despedida para Kaito. Meu corpo ainda apresentava certo cansaço da noite anterior e, na realidade, eu não havia dormido nada bem. Fechando os olhos, busquei adormecer um pouco.
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