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[Aventura] Sangue Inocente.
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Ragnarok
Mestre
01 - SANGUE INOCENTE
A paz parece ser um efeito imediato à guerra vencida, se assim podemos dizer. Os vitoriosos retornam aos seus lares, repletos da glória e imponência conquistadas as custas de sangue. O sangue de culpados pelo início da guerra. Aqueles que, moralmente falando, teriam de pagar pelos pecados causados ao mundo. Aqueles que ideologicamente ferem a existência de outros e, por consequência, devem sucumbir. Este podia ser um prólogo da situação em Kirigakure naquele dia. A noite, no entanto, já havia conquistado seu espaço. A glória havia permanecido num passado não tão distante, onde os restos de luto perduravam mais do que a própria sensação de vitória. Para alguns, é claro, as coisas eram diferentes.
O que não diferia a generalização era somente e unicamente o fato datado naquela noite fria. A névoa estava densa como sempre, os ventos cortantes dos mares infliltravam-se entre janelas e becos, como susurros que atravessavam as ruas. O silêncio reinava numa hora em que poucos permanecem acordados. O que eclodiu num caos súbito foi, possivelmente, a sensação de proteção. A explosão tomou dois quarteirões, de repente, apenas o estrodo era ouvido. Anunciando os gritos que se instalaram em seguida. Pelas ruas e janelas, era possível ver a fumaça ao longo das construções. Apenas uma pequena ala do vilarejo havia sido afetado. Um novo ataque dos cultistas? Ainda não havia respostas. Tudo que sobrava era um caos crescente e e que parecia domar as ruas em curiosos e dizeres de mal-agouro.
- Considerações:
- @Moonchild
- Gostaria de deixar claro logo inicialmente que, talvez, seja necessária a adaptação futura do número de posts, mas tentarei manter dentro de um limite de extensão pequeno. Não se preocupe quanto à isso, caso aconteça, irei lhe avisar. Apenas informo para que não seja súbita qualquer mudança.
- O primeiro post é de imersão. Narre onde estava durante o acontecimento, como reagiu e o que faria diante a situação. A partir daí, iremos desenvolvendo o plot.
- Qualquer coisa, pode me chamar no discord: Zeitgeist#1611
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Vila : Sem vila
Mensagens : 148
Data de inscrição : 23/05/2020
Moonchild
Tokubetsu Jōnin — Kiri
aventura: sangue inocente
A sensação de calmaria depois da batalha realmente era uma das melhores sensações que um shinobi poderia ter. Depois de tanto tempo (anos, eu diria) sem realmente sentir que estávamos avançando a causa da Névoa, sobretudo no que diz respeito a se reerguer depois do fatídico ataque Jashinita, enfim tínhamos algo para poder olhar e dizer "sim, nós estamos um passo mais perto". Perambulei pela vila depois de passar pelas barracas e assinalar que ainda estava vivo. Passeei pelos meus locais favoritos, sobretudo aquela torre que permitia uma visão ampla de todo o vilarejo. Eu sabia que meus pais deveriam estar angustiados pela falta de aviso de minha parte, afinal seria impossível eles não ficarem sabendo que os ninjas já tinham retornado, mas eu precisava daquele momento só com a minha própria companhia, algo que não consegui horas antes por estar acompanhado de Mizuko e Mikasa.
Por algumas horas, chorei sem que ninguém pudesse me ver. As imagens dos meus irmãos de vila caídos sem vida ao meu redor ainda estavam grudadas na minha mente e da minha própria maneira eu tive o meu luto por cada um deles. Ainda que eu estivesse triste pelas tantas vidas que encontram o seu fim, eu sabia que não podia simplesmente desonrá-los com pensamentos de que foi em vão. Todos nós sabíamos o que nos esperava no momento da convocação. Nós que não fugimos aceitamos o que o destino tinha nos reservado. Em memória de todas essas pessoas, eu enfim levantei e enxuguei os olhos. O sentimento de abatimento logo começou a dar lugar à sensação de felicidade. O que quer que viesse em seguida, nós agora tínhamos a força e a certeza de que poderíamos vencer se estivéssemos juntos.
Pela Névoa.
A noite já tinha caído quando eu finalmente atravessei o portão de entrada da minha residência e logo fui sufocado pelo abraço apertado de minha mãe. Ela repetiu por diversas vezes que sabia que eu não tinha morrido, mas eu sabia que as horas em que estive longe tinham sido uma tortura para ela. O meu pai, mais racional, apenas me cumprimentou com um sorriso e me permitiu que eu pudesse subir e tomar um banho. Atravessamos a noite comigo explicando tudo o que aconteceu. Eles sabiam que eu me entristecia sempre que um Névoa caía em combate, mas mantiveram-se orgulhosos de eu ter sido parte de algo tão importante. No fundo, eu também estava orgulhoso de mim mesmo. Só não tinha tido tempo para aceitar isso ainda.
Depois que eles subiram para dormir, eu ainda fiquei na sala apenas sentado no sofá olhando pela janela enquanto o movimento nas ruas diminuía gradativamente. Consegui me manter entretido observando algumas estrelas no céu, mas de repente aquilo cortou a minha concentração. Uma explosão daquelas dentro da vila estava longe de ser um bom sinal. Mais do que isso, porque foi justamente com uma explosão dessas que fomos obrigados a presenciar o horror anos atrás. Eu pensei já ter superado aquela situação, mas sentir o corpo todo tremer naquele momento apenas serviu para me lembrar do quão fraco eu fui daquela outra vez. O barulho estrondoso conseguiu desencadear algum tipo de trauma que eu sequer sabia possuir. Foi por isso que levei algum tempo entre ouvir a explosão e realmente me levantar pegando todos os meus equipamentos. Sem tempo para vestir meu "uniforme", sai apenas de bermuda e regata em direção à rua.
Ajustando minha bandana ao redor do pescoço, saltei pelos telhados para conseguir cortar caminho e então fui o mais rápido que pude na direção da fumaça que subia em direção ao céu. Em meus pensamentos, eu apenas conseguia pedir para que não fosse outra invasão. "Por favor, que eles não tenham escolhido revidar."
HP: 1200/1200 | CH: 1300/1300 | ST: 0/6
Ato Compulsório: 0/3
Por algumas horas, chorei sem que ninguém pudesse me ver. As imagens dos meus irmãos de vila caídos sem vida ao meu redor ainda estavam grudadas na minha mente e da minha própria maneira eu tive o meu luto por cada um deles. Ainda que eu estivesse triste pelas tantas vidas que encontram o seu fim, eu sabia que não podia simplesmente desonrá-los com pensamentos de que foi em vão. Todos nós sabíamos o que nos esperava no momento da convocação. Nós que não fugimos aceitamos o que o destino tinha nos reservado. Em memória de todas essas pessoas, eu enfim levantei e enxuguei os olhos. O sentimento de abatimento logo começou a dar lugar à sensação de felicidade. O que quer que viesse em seguida, nós agora tínhamos a força e a certeza de que poderíamos vencer se estivéssemos juntos.
Pela Névoa.
A noite já tinha caído quando eu finalmente atravessei o portão de entrada da minha residência e logo fui sufocado pelo abraço apertado de minha mãe. Ela repetiu por diversas vezes que sabia que eu não tinha morrido, mas eu sabia que as horas em que estive longe tinham sido uma tortura para ela. O meu pai, mais racional, apenas me cumprimentou com um sorriso e me permitiu que eu pudesse subir e tomar um banho. Atravessamos a noite comigo explicando tudo o que aconteceu. Eles sabiam que eu me entristecia sempre que um Névoa caía em combate, mas mantiveram-se orgulhosos de eu ter sido parte de algo tão importante. No fundo, eu também estava orgulhoso de mim mesmo. Só não tinha tido tempo para aceitar isso ainda.
Depois que eles subiram para dormir, eu ainda fiquei na sala apenas sentado no sofá olhando pela janela enquanto o movimento nas ruas diminuía gradativamente. Consegui me manter entretido observando algumas estrelas no céu, mas de repente aquilo cortou a minha concentração. Uma explosão daquelas dentro da vila estava longe de ser um bom sinal. Mais do que isso, porque foi justamente com uma explosão dessas que fomos obrigados a presenciar o horror anos atrás. Eu pensei já ter superado aquela situação, mas sentir o corpo todo tremer naquele momento apenas serviu para me lembrar do quão fraco eu fui daquela outra vez. O barulho estrondoso conseguiu desencadear algum tipo de trauma que eu sequer sabia possuir. Foi por isso que levei algum tempo entre ouvir a explosão e realmente me levantar pegando todos os meus equipamentos. Sem tempo para vestir meu "uniforme", sai apenas de bermuda e regata em direção à rua.
Ajustando minha bandana ao redor do pescoço, saltei pelos telhados para conseguir cortar caminho e então fui o mais rápido que pude na direção da fumaça que subia em direção ao céu. Em meus pensamentos, eu apenas conseguia pedir para que não fosse outra invasão. "Por favor, que eles não tenham escolhido revidar."
Ato Compulsório: 0/3
- considerações:
- jutsus utilizados:
Nenhum nesse turno.
- equipamentos:
Hip Pouch
- 3x Kunai [03]
- 1x Hikaridama [01]
- 1x Kemuridama [01]
- 4x Kibaku Fuuda [02]
- 3x Kosen [03]
Vila : Kirigakure
Mensagens : 81
Data de inscrição : 07/06/2020
Ragnarok
Mestre
Ragnarok escreveu: 02 - SANGUE INOCENTE
O fogo se espalhou por metros, as casas e comércios destruídos ainda serviam de combustível para as chamas que se espalhavam. De repente, era possível ouvir o silêncio das testemunhas que se aproximavam, olhando abismadas para aquela imensidão de fogo. Outros shinobis chegaram ao local, alguns deles, usuários de Suiton começavam a apagar as chamas até que elas se esvaissem por completo. O que havia acontecido? Era a pergunta. A extensão de destruição era grande, mas a calmaria que parecia tomar Kirigakura após o ocorrido, diferia do que havia acontecido na Era do Expurgo. Os sobreviventes eram retirados dos escombros, uma criança e dois adultos haviam sido encontrados vivos, mas a busca ainda acontecia. O Yamanaka estava diante de um acontecimento isolado, pelo que parecia. Em que poderia ajudar naquele momento?
- Considerações:
- @Moonchild
- Pode jogar o dado que achar conveniente.
- Link dos Lançamentos: https://shinobiascensionrpg.forumeiros.com/t1756-lancamento-sangue-inocente#16541
- Qualquer coisa, pode me chamar no discord: Zeitgeist#1611:copyright: Haymon Derrier para Lotus Graphics
Vila : Sem vila
Mensagens : 148
Data de inscrição : 23/05/2020
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