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[Solo] Tori — 鳥 — Pássaro
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Akihiro
Genin — Konoha
Tori — 鳥 — Pássaro
Kirigakure — Habitações
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Quem?
Quem, porventura, lembrará de meu nome quando eu estiver morto? Ainda que eu salve vidas e seja sábio, meu corpo apodrecendo sob a terra também colocará abaixo da lápide todo sentimento que um dia eu tenha inspirado? Coragem, medo, amor, fé, inspiração, ternura; quantos sentimentos terão sido enterrados com o mesmo passar do tempo que desvencilha-se de minhas mãos. Incapaz de capturar qualquer tipo de momento, senti-lo com toda avidez. Teria eu tomado esse medo como verdade? O medo do esquecimento; ser incapaz de mudar as coisas ao redor. Até onde seu nome ecoará no tempo, Ayako? Assim como eu, nosso legado terminará onde jaz nossos corpos? O destino que repousa sobre nossas ações é o mesmo de todos os homens, não é? Uma hora, o esquecimento. Ainda que eu carregue-a comigo por toda vida, não posso evitar que você tenha partido antes do mundo ver sua verdadeira face; o resplendor por trás da riqueza de um ser. Agora, eu, tento demonstrar ao mundo essa mesma face que se esconde por trás de cada pessoa, na esperança de que, talvez, isso não se repita com outro alguém.
Quão tolo sou?
— Por que não dorme, Ikki? — O velho Togoru havia se aproximado lentamente sob a escuridão dos corredores da casa. O quarto iluminado pela lamparina tinha diversos aparatos lançados ao chão, enquanto a marionete à minha frente era manipulada. Parei no momento em que ouvi sua voz. Agachado, sobre o chão gelado de madeira, Togoru ainda assim parecia baixo para mim. — Não se preocupe, Vô. — Falei, enquanto meus olhos voltavam-se para ele, inexpressivos, sem cansaço aparente ou qualquer emoção. Ele caminhou em silêncio; o som da bengala tamborilando no chão enquanto ele se distanciava.
Sim.
Já me disseram muitas vezes sobre frieza; falta de emoções. No fim, não posso entendê-los; talvez, por estarem certos ou por tolice de suas palavras. Não fazia diferença, enfim. Não era como se minha capacidade de adaptar-me socialmente fosse excepcional o suficiente para que eu imitasse expressões por simples conveniência. Não. Esse não era eu. — Está tudo bem. — A voz de Ayako surgiu em meus ouvidos quase como se eu fosse capaz de ouvi-la; seu abraço em meus ombros quase como se eu fosse capaz de senti-lo e, por um momento, parei minha mãos próximo a manivela superior da marionete. Estático, como se um fantasma houvesse passado pela sala.
Talvez, seja melhor dormir por hoje, o sono está começando a conturbar minha mente...
[...]
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Akihiro
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A brisa fria vinda do mar era úmida, suave na medida em que passava pela varanda daquela pequena casa de madeira localizada próximo ao cais. Era possível ver o mar ali, abaixo de nós, onde tocava a areia da praia que dava início ao vilarejo. O velho Togoru havia acabado de sair para pescar. — Ele anda preocupado com você. — Emi havia tomado a postura de irmã mais velha, após a morte de Ayako. Sentados na pequena passarela de madeira, eu podia sentir que suas palavras eram tão preocupadas quanto à preocupação a quem ela se referia. O silêncio, porém, fora minha resposta. Um graveto de madeira em mãos riscava um desenho imaginário no cais. — Você conseguiu o que lhe pedi? — Mudei de assunto, como se, de qualquer forma não fizesse sentido continuar naquela conversa sobre preocupação. Emi gargalhou silenciosamente, pude perceber que sua risada guardava certa decepção com o rumo; ainda que, de certo modo, ela já pudesse esperar que isso fosse acontecer.
— Serroy. — Ela falou, enquanto se levantava devagar. Seus cabelos negros balançaram diante a brisa, a espada em sua cintura servia de apoio para uma de suas mãos e o kimono em seu corpo era ajeitado pela outra. — Parece ser o único no vilarejo inteiro. — Sua voz era tranquila, mas ela não demonstrava quaisquer interesse genuíno em me passar aquelas informações. — Dizem que fica num laboratório ao norte do vilarejo. Foi o que consegui de informações. — Ela concluiu com os olhos distantes em direção ao mar ondulante a nossa frente. — É o suficiente. — Respondi, concentrado com o movimento que minha mão fazia no desenho imaginário que produzia sobre a madeira. Emi buscava minha face com os olhos, taciturna. — Você irá cumprir a promessa? — A pergunta veio quase em forma de reprimenda, como se de alguma forma ela estivesse impondo uma reposta imediata. — Sim. — Respondi, fria e diretamente.
O silêncio perdurou alguns segundos até que a jovem de cabelos negros cansasse de observar aquela paisagem sob uma quietude ensurdecedora. Ela caminhou sobre a madeira do cais, enquanto seus passos tamborilavam sobre a madeira. — Emi. — Seu caminhar fora interrompido pela voz de Ikki; seu rosto agora virado em direção às costas da mulher que não o olhava diretamente, sem resposta.
— Obrigado. — Disse, a resposta que recebera não fora em palavras e sequer chegara a qualquer um de seus sentidos; um sorriso. Um leve sorriso que percorrera o rosto da garota enquanto ela voltava a caminhar vagarosamente para longe dali.
[...]
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Os pés descalços caminhavam sob o silêncio daquelas ruas, tocando o chão de terra úmido que se escondia abaixo de uma névoa ofuscante. A quietude do lugar era ensurdecedora, como se um monstro houvesse feito morada por aquelas redondezas. Os olhos de Ootsuka Ikki caminhavam despreocupados, ainda que em seu âmago guardassem uma arisca atenção. As casas de pedra que ali se erguiam demonstravam uma maior fortaleza, diferente da madeira que era utilizada nas habitações ao leste. O som do mar era possível ser ouvido ao fundo, as ondas se quebrando contra as rochas. Pouco era visto, graças ao próprio nevoeiro que se estendia ao redor.
Silêncio.
Estendia-se pelas ruas uma quietude estranha. Passos galgaram pela rua, cortando como vulto a fumaça d'água, pisando sobre uma poça enquanto corria junto a uma risada estridente e ecoante que sumia em poucos segundos. O titeriteiro parou por um instante. Estático pôde ouvir o tintilar de metal e vozes sussurradas. O clima sombrio daquele local trazia uma atmosfera um tanto quanto desconfortável. Em sua face, o inexpressivo semblante ainda se mantinha guardando um olhar curioso que caminhava pelas paredes daquelas construções. Nada diferente até então. Voltará a caminhar em passos cautelosos, o olhar altivo reduzia seu foco ao caminho a frente quando um pequeno brilho reluziu dentre a fina camada de névoa. Acoplado a parede, uma espécie de dispositivo. Seus olhos analisaram de longe, precisamente acompanhando o equipamento construído por uma linha que transpassada junto ao fio pela rua, na altura de sua canela.
Uma espécie de armadilha.
Estava próximo; sabia disso. Transpôs o fio com um passo mais alto e caminhou por entre as últimas casas daquele lugar. Havia de ser num daqueles recintos que o homem se escondia. Para alguém que se dedicara em construir a primeira armadilha, era de se esperar que a segunda estivesse em algum lugar; provavelmente, onde ele estivesse. Não, isso era muito óbvio. Opção B: uma distração. Aquela segunda armadilha, bem posta frente a porta, acionada ao pisar cerca de dois metros sobre o chão à frente da entrada, era apenas uma distração. A resposta era justamente outra. A que estivesse mais fácil, talvez?
A porta entreaberta.
A ideia de que, de qualquer forma, a entrada não seria tão fácil havia surgido em minha mente. Aos passos em que minha mão tocou a porta e a abri, diante a escuridão, percebi o perigo que me espreitava. Me mantive ali, imóvel por alguns segundos, até que meus olhos se acostumassem com a falta de luminosidade. A forma do corredor fora se revelando lentamente até que o primeiro mecanismo se tornasse nítido. Um ressalto no chão, provavelmente um acionador para algo. Serroy havia feito o trabalho de criar o máximo de empecilhos para que o encontrassem.
Caminhei vagarosamente, desvencilhando-me da primeira armadilha. Os corredores estendiam-se por mais alguns metros; restava-me seguir. No instante, porém, em que o próximo passo fora dado, uma nuvem arroxeada tomou todo o local. — Veneno. — Pelo cheiro, tornava-se óbvio. A fragância parecia conhecida pelas minhas narinas, talvez, Kazumi? Um veneno paralisante. Coloquei um dos braços frente ao rosto, um movimento instintivo, já que meu próprio corpo faria questão de combater a substância. A medida que um novo caminhar ia se iniciando, uma voz ecoou pelos corredores.
— Parece que você é resistente mesmo. —
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Seus olhos caminharam lentamente pelo recinto, como se já soubesse que seria incapaz de encontrá-lo ali. — Eu só quero conversar. — Entoou, retirando as mãos da face enquanto caminhava por entre aquela nuvem. Seus passos e posturas eram tranquilos. — Se eu fosse você eu não faria isso. — Ikki parou de imediato. — Eu posso acioná-las manualmente e esse lugar está lotado de armadilhas. — A voz daquele homem soava estridente, quase como uma calota de gelo se formando na parte interna de seus ouvidos. — Além disso... — O som de um mecanismo disparando fora ouvido, os olhos de Ootsuka se viram rapidamente em direção ao barulho. Sua canhota agilmente se ergue em frente ao rosto, percebendo o lançador de kunais presente a alguns metros; fios de chakra se formaram numa dança cintilante, enquanto agarravam-se ao próprio equipamente. Ootsuka Ikki se afastava num salto enquanto seu braço se afastava horizontalmente, puxando os fios e alterando a direção do lançador.
— O veneno que você está inalando não é apenas a base de Kazumi. — A voz do homem era audível durante todos tais atos. — Mesmo que seja resistente a venenos, você morerrá em menos de uma hora. — As kunais lançadas pelo equipamento fincavam no chão distante do titeriteiro, seus olhos agilmente buscavam uma direção; uma saída. Fora quando, naquele momento, captara os pontos onde todas as armadilhas começavam a se localizar. Seus dedos tamborilando no ar moviam fios de chakra que começavam a se direcionar em diversas direções, desarmando cada um dos mecanismos localizados naquele ambiente.
No entanto...
— Não brinque comigo, garoto. — A voz estridente do homem ameaçadoramente soou, sem raiva, porém, repleta de um desprezo reconhecível. Naquele momento, o telhado acima de Ootsuka Ikki rachou num barulho retumbante. As rochas se desfizeram em direção ao seu corpo; seus pés, antes fixos no chão buscaram um movimento rápido para frente, mas o movimento instintivo não fora suficiente. Parte das pedras romperas sobre seus ombros, fazendo-o perder o equilíbrio. Os passos desajeitados se perderam do chão e o fizeram cair de costas no chão, deslizando alguns metros.
— Se você se mover, eu te mato. — Uma lâmina tocava seu pescoço. Ele não podia ver a face do cientista, mas podia deduzir, por sua voz, que ele falava sério. O fio da espada sequer tremulava e o vento saído de suas palavras era repleto de raiva, tal qual um touro enraivecido.
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- Habilidade Auxiliar: Cientista 04/10
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- Chakura no Ito
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Descrição: Chakura no Ito é uma técnica que normalmente é usada por manipuladores de marionetes que lhes permite controlar suas marionetes em batalha. Uma vez que estes fios são feitos de chakra muito concentrados, eles podem ser vistos por pessoas além do utilizador. Curiosamente, assim como puxar objetos em direção a ele com os fios, o usuário também pode "empurrar" objetos para longe dele, e até mesmo parar objetos em movimento como serras. O chakra também pode ser transferido através dos fios, para ativar algumas habilidades nas marionetes. Os fios de chakra também podem ser anexados a outros objetos, permitindo ao usuário controlar, ou pelo menos atrapalhar outras coisas. Em um exemplo, Kankurō usou os fios de chakra para fazer Naruto Uzumaki tropeçar quando eles se conheceram. Em outro, Chiyo usa os fios de chakra para controlar uma pessoa como se fosse uma marionete. Um usuário habilidoso pode suprimir o chakra ao ponto de que os fios se tornem invisíveis, como Chiyo fez com o Sōshūjin para esconder um fio para conectá-lo à cauda de ferro de Hiruko. Kankurō mostrou a habilidade de anexar seus fios de chakra para aqueles de outro usuário. Esta técnica é limitada a um fio principal por dedo para os seres humanos normais, mas o núcleo modificado de Sasori foi capaz de emitir fios suficientes para controlar mais de cem marionetes.
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Imóvel, meus olhos se mantinham fixos ao cômodo que se estendia à minha frente. Uma mesa, iluminada por uma lâmpada a pico, era tudo que eu podia ver. Meu braço e pernas relaxados e totalmente parados. O silêncio de uma rendição forçada. — O que você quer? — A voz do homem perguntou e pude ouvir o barulho de seus pés se mexerem, enquanto sua voz se tornava mais alta, como se ele se agachasse ainda mais. — Quero que me ensine. — Falei em tom de voz frio e direto, a resposta que recebi, porém, fora totalmente contrária; uma gargalhada estridente. — Hahahahhaha... um pupilo? Quem diria. — A lâmina foi retirada de meu pescoço e o homem pareceu se afastar. — Vire-se, garoto. — Ele disse, mas seu tom de voz não era sequer autoritário. Ainda assim, me sentei ao chão, virando-me em sua direção. A fisionomia que me deparei era deveras... normal. Um homem utilizando uma manto branco e óculos em sua face, o cabelo repartido e cortado linearmente, uma face até mesmo tranquila e pouco assustadora.
— Quem te mandou aqui? — Ele perguntou, guardando a kunai que segurava em suas mãos dentro do manto branco. — Eu fiz minhas pesquisas. — Fora a resposta que dei, olhando firmemente seus olhos. — Ohhhh... — Ele suspirou em surpresa, mas era nitida que a reação era uma pura encenação. — Quer dizer que fez uma pesquisa? — Falava enquanto caminhava para o cômodo que eu havia vislumbrado anteriormente. — E o que descobriu? — Sua voz ecoou lá de dentro. — Seu nome, sua localização e o fato de ser o único cientista de Kirigakure. — Falei em tom monótono e baixo. — O que? — Ele gritou lá de dentro, mostrando o rosto pela abertura que poderia ser chamada de porta. — Venha, garoto, não seja lento, venha. — Chamava-me com as mãos e a voz apressada.
A hostilidade de antes parecia ter sumido como fumaça.
Levantando vagarosamente, caminhei até a sala, enquanto batia em minhas roupas ainda sujas pela terra do chão. — O que você disse? — Meus olhos se ergueram, ainda que minha face se mantivesse baixa e tive um vislumbre rápido de uma agulha vindo em minha direção e perfurando meu ombro; não houve nada que eu pudesse fazer. — Seu nome, localização e que é o unico cientista de Kirigakure. — Aquilo provavelmente era o antídoto do veneno de antes. — O que que tem? — Ele perguntou, confuso; parecia ter se esquecido totalmente da pergunta que havia feito anteriormente. Sequer dei-me o trabalho de puxar o ar nos pulmões para responder, desviando meu olhar para aquela sala; repleta de equipamentos e uma bagunça; escura e silenciosa. — Isso que injetei em você- — Ele começou a falar, mas o interrompi. — Antídoto. — Entooei, ríspido como aço. — Exato. — Ele sentava-se diante um pequeno cilindro de vidro e diante um amontoado de papeis começava a misturar diversas substâncias. — Desculpe pela recepção é que estou, bem... — Suas mãos sacolejavam para todos os lados e era possível perceber alguns espasmos involuntários em seu dedão da mão esquerda. — Estou com algumas dívidas, sabe? — Ele perguntou. — Não. — Tal fora minha resposta, ainda que tivesse sido uma dessas chamadas retóricas. Ele, no entanto, ignorara minhas últimas palavras.
— Não o único. — Comentou, enquanto arrastava a cadeira de um lado para o outro no laboratório. — Simplesmente o melhor. —
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— Está pronto. — O homem entoou, levantando sobre a cabeça o tubo de ensaio que trazia consigo um líquido de coloração negra. — Ácido monofilico, capaz de corroer o próprio sangue quando em contato com tal substância. — Explicou, colocando a substância sobre uma base de metal que a segurava, vagarosamente cuidadoso.
Ikki observava silencioso, os olhos inexpressivos e a face suave e relaxada, seguiu com os olhos o Dr. Serroy que se movia pela sala com sua cadeira. — Você quer ser meu pupilo, certo? — Ele abriu um armário que se encontrava numa das extremidades do salão. — Não é como se fosse fácil, rapaz… — Comentava para si mesmo, enquanto apanhava maços e maços de papéis. — Não é como se eu tivesse me tornado cientista da noite pro dia, sabe? — Ele parecia mais focado em falar consigo mesmo do que com Ootsuka. A pilha de papéis sobre o colo do cientista só ia aumentando. — Talvez não consiga e desista no caminho. — Ele fechou o armário, voltando com cerca de 80cm de folhas de papéis. — Você tem duas semanas. — Jogou os papéis sobre a mesa, numa única montanha. Os olhos de Ikki sequer titubearam ou hesitaram. — E gostaria que fizesse isso aqui; quero analisá-lo durante esse tempo. — O homem expressava um sorriso contido em sua face, quase como uma brincadeira de mau gosto; talvez, uma tentativa de fazer o rapaz desistir.
Ootsuka não o respondeu. Caminhando até a montanha de papéis, começou a separá-los lentamente, como se folheasse cada um. Naquele momento, Serroy soltou uma gargalhada contida que se findou rapidamente. Os olhos de Ikki o observaram de soslaio, mas rapidamente voltaram a tarefa.
Poderia parecer tolice o que fazia, diante do tempo limite, afinal. No entanto, para Ootsuka era óbvia a primeira função que deveria executar. A separação por datas e organização da informação. A leitura frenética baseada em informações desconectadas não lhe traria qualquer tipo de fruto, afinal. Entender que a ideia se estendia além da leitura e sim no quesito absorção do conhecimento demonstrava que ele precisava, primeiro, organizar-se para a compreensão. Ainda que seu intelecto lhe favorecesse nesse quesito, de nada adiantariam estudos cujas informações estivessem fora de ordem e suas conexões falhas e, no fim, teria falhado na tarefa.
Naquele momento, já havia entendido o que Serroy buscava…
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- Habilidade Auxiliar: Cientista 06/10
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Kirigakure — Laboratório de Serroy
Kirigakure — Laboratório de Serroy
Os papéis eram ordenados em datas; do mais antigo para o mais novo sendo colocado no topo. A tarefa teria demorado cerca de trinta minutos para ser concluída. Os olhos de Serroy não mais recaiam sobre as atividades exercidas pelo rapaz que, agora, passava os olhos sobre a base de informações criadas pelo cientista durante todo aquele tempo. Havia percebido que os documentos não se limitavam à estudos feitos apenas por Serroy mas, também, compilados de livros e documentos encontrados por ele ao longo da jornada. A escrita, porém, era díficil de entender dado a grafia do escritor.
Os olhos fixos sobre as palavras em tinta, ainda que a luz fosse fraca; o pé direito tocando o chão, enquanto o joelho erguido era utilizado como apoio para um dos braços. A mão esquerda passava as páginas, uma à uma, silenciosamente atento à cada sílaba e informação que era adquirida. Manipulação de substâncias, conceito de interação, manipulação de dna e implantação, tudo aquilo parecia ser interessante demais e com uma precisão de detalhes impressionante. Ao fim, a dificuldade fora sendo perdida pela capacidade de interpretar as palavras e modo como a grafologia do escritor se dava. Ootsuka Ikki manteve seu foco durante aquela noite, o dia após aquele e o outro dia; e o outro dia. Três dias inteiros, manteve-se sentado naquele mesmo lugar enquanto Serroy executava suas funções normalmente; o único trabalho que o cientista pareceu se dar nesse tempo, fora o de deixar água e comida para o garoto sobre a mesa quando saia.
O conceito de manipulação de DNA e transplante, de longe, era o mais avançado que havia tocado naqueles documentos. A precisão das informações e o excesso de detalhes fazia com que Ikki tivesse que pausar a leitura algumas vezes. A implantação e associação, toda carga genética deveria ter algum tipo de compatibilidade para funcionamento e, no fim, entender cada funcionamento era complicado, mas não impossível. Ikki podia entender, sim, na teoria era fácil; mas e na prática?
— Chega de brincadeiras. — De pé, logo atrás da cadeira onde Serroy encontrava-se sentado, as palavras de Ikki eram ditas quase como num tom de ordem. — Me ensine. — O rapaz demonstrava certa monotonia em sua voz, mas era nítida a determinação que expressava em sua maneira de falar. De fato, em sua mente buscava o conhecimento com uma sede incessante, como se aqueles papéis houvessem aberto uma nova porta em sua cabeça. Ikki sabia que estava passos alhures do que almejava, mas isso não importava. — Tudo bem, tudo bem. — Serroy falou, quase como se estivesse se rendendo. O próprio cientista havia entendido, diante aquelas palavras que o rapaz já havia terminado sua tarefa e, acima disso, o potencial do jovem que estava a sua frente. No momento em que havia subestimado-o, havia deixado de ver uma possibilidade gigantesca que, agora, se tornava nítida: talvez, aquele fosse o jovem que iria lhe superar. — Vamos lá, Ootsuka Ikki. — O pesquisador se levantou, enquanto caminhava para uma porta até então intocada, ele a abria e adentravam a um corredor com luzes azuladas por onde o eco dos passos era possível de se ouvir.
— Agora lhe mostrarei o verdadeiro laboratório. —
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Kirigakure — Laboratório de Serroy
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Esses são corpos que recolhi. —
Capsulas repletas de um liquidos azulado dispendidas por todo salão, ligadas a tubulações que se conectavam aos corpos armazenados dentro do líquido. O barulho do maquinário funcionando e a mesa de cirurgia com uma espécie de pergaminho aberto sobre ela. Serroy demonstrava certo orgulho perceptível através da própria maneira como caminhava naquele salão; tocando o vidro das cápsulas, observando cada corpo como se uma obra-prima. — Isso é a manipulação de DNA na prática. — Ele se gabou, enquanto caminhava até a mesa de cirurgia.
— Você entendeu a teoria, garoto? —
Ele perguntou e sua voz parecia sádica; de algum modo ele parecia ter enlouquecido apenas com o fato de ter pisado naquele local. — Sim. — Respondi, enquanto o olhava. — Então faça. — Ele retirou diversos equipamentos cirurgicos de um pano e então se aproximou com um tubo e um olho dentro do mesmo. — Estou ficando cego, garoto. Preciso de olhos novos e não posso fazer essa cirurgia. — Por um momento, a surpresa percorreu minha expressão. Sem, de fato, acreditar no que estava sendo pedido, hesitei. Serroy, porém, já se preparava para o procedimento, deitando-se sobre a maca. — É uma cirurgia simples. Corte os vasos e depois suture-os. — Ele parecia animado, ainda que estivesse diante de um jovem inexperiente cuja capacidade cirurgica nunca havia superado os cortes de uma madeira ou a mistura de um veneno. — Confia tanto em mim? — Questionei seriamente. — Obviamente não, mas não enxergo um palmo além de minha face, dentro de pouco tempo estarei cego se não fizer isso, então não será diferente. — Ele caçoou, como se, de algum modo, aquilo fosse uma espécie de brincadeira. Era como se o homem não visse qualquer seriedade na situação que estava sendo imposta.
— Tudo bem. — Respondi.
Minha face mudou de expressão, dessa vez, a seriedade com que mantive firme meu semblante demonstrava que estava disposto a tentar; ainda que a falha fosse provável. Peguei a seringa que continha o anestésico me aproximando de sua veia para uma anestesia que o desacordaria. — Não, não. — Ele me impedira. — Eu quero ver. — Falou. O que sobrara para mim fora a aceitação, acenei positivamente mudando o local de injeção da anestesia. Dessa vez, buscava os musculos de sua face. Três aplicações seriam o suficiente para que os nervos daquela região ficassem atordoados. E então...
Alguns minutos para fazer efeito.
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Kirigakure — Laboratório de Serroy
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Minha mão segurava firmemente o bisturi. A luz incidia sobre a lâmina e a incisão. O laboratório estava em silêncio, onde apenas o ruído das máquinas e as respirações eram ouvidas. Olhos vidrados e fixos como aço. Apesar do aparente relaxamento, tinha de respirar profundamente. Qualquer pequeno erro poderia significar a falha; qualquer movimento em falso. Minhas mãos eram leves, instrumentos como sempre foram. A primeira parte já havia sido feita, a retirada do globo ocular. Era necessário drenar o sangue que escorria pelos vasos cortados. Era impossível mantê-los intactos. A pequena mangueira fazia o trabalho. Naquele momento, porém, a parte crucial.
A reestruturação.
Os nervos deveriam ser remendados de maneira perfeita para que pudessem cicatrizar corretamente, permitindo o funcionamento do orgão. Era necessário uma habilidade impar com os intrumentos. A cola de fibrina, derivada de um veneno de serpente servia muito bem para tal aspecto, porém, ainda havia necessidade de uma observação assídua. Uma gota de suor desceu por minha têmpora enquanto os nervos dançavam entre os instrumentos. Ainda que eu ignorasse o nervosismo a cada movimento, o leve tremor nas minhas mãos, naquele momento, tornou-se perceptível. — Você está indo bem, está quase terminando. — Serroy soltou, o tom de voz gentil e amigável. Provavelmente, aquele era o motivo dele querer permanecer acordado. Estar diante de minha determinação, ajudar-me e, naquele momento, suas palavras conseguiram atingir minha mente.
— Tudo bem. —
Os olhos focados e os sentidos atentos. As mãos haviam cessado o tremer. O correr do tempo parecia ágil, quase como se o relógio disparasse numa velocidade diferente. Havia se passado duas horas, quando aquela bandana fora colocada em volta dos olhos de Serroy. — Você deve- . — Ikki demonstrara preocupação em explicar o procedimento de cicatrização, porém, o cientista o interrompia. — Não precisa explicar. — O sorriso em seu rosto parecia esconder um mistério, uma espécie de brincadeira pessoal. — Parece que conseguiu, garoto. — Soltou, sentando-se sobre a mesa. Sua voz não guardava orgulho, gentileza ou qualquer tipo de emoção e, muito menos a espera de uma resposta.
— Parece... — Sussurrei.
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- Habilidade Auxiliar: Cientista 09/10
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Kirigakure — Ruas
Kirigakure — Ruas
Naquele caminho de volta era noite. Não soube dizer quanto tempo havia se passado; dois dias, três ou mais. Menos tempo do que eu havia imaginado. "Volte aqui quando precisar". Aquela voz retumbava ao fundo de minha cabeça, como se de algum modo eu pudesse ouvi-lo dize-la novamente. Aquele homem era... interessante, afinal. Um aspecto de loucura; um prisma de características indecifráveis. Poderia dizer, sem sombra de dúvidas, que algo nele era curioso. O olhar, talve? Não, não era isso.
De qualquer forma, o que restava era aquela sensação. Como se de algum modo estivesse faltando algo para continuar a caminhar. Ootsuka Ikki sabia, naquele momento, que havia subido mais um degrau naquela escada, porém, estava longe, muito longe do que almejava. Enquanto caminhava, maquinava os próximos passos em sua mente; os passos que lhe levariam rumo ao futuro. Precisava de um laboratório; acima disso, precisava de mais conhecimento, matéria prima para trabalho. O próximo passo parecia estreito e se aproximava lentamente, como um túnel e uma luz que reluzia ao fundo.
Ayako estaria orgulhosa?
Pensou, enquanto a névoa começava a se dissipar lentamente naquela parte do vilarejo. Talvez, não tenha certeza sobre isso. Não, ela certamente ficaria, não é? Respirara fundo, enquanto coçava sua nuca. Sua pele fina sentia algo incômodo na parte interna de sua camisa, como se algo estivesse grudado ali. Sua mão passou pelo tecido retirando um pequeno equipamento com uma luz verde. — O que é isso? — Seus olhos levemente se estreitaram, enquanto se perguntava. Provávelmente, Serroy tivesse implantado aquilo em algum momento.
Não importava.
Jogou para o lado aquele pequeno item, voltando a caminhar. Uma voz, ao longo dali, sorria.
— Doze minutos. —
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Akihiro
Genin — Konoha
Vila : Sem vila
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karisma
Mestre
Personagem: Ootsuka Ikki
Status: Aprovado
Considerações: Gosto que a narrativa além de ser consistente em todos os turnos, oferece uma introspecção interessante sobre o personagem, suas preocupações e questionamentos existenciais. A descrição das ações, sensações e ambiente ajudou a criar uma atmosfera de tensão e concentração. Parabéns!
Recompensa: Habilidade Auxiliar: Cientista
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