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[One-Post] The Animals
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Akihiro
Genin — Konoha
Alguns animais domésticos começaram a desaparecer em Otogakure. Até agora não se sabe exatamente o que aconteceu com todos eles, mas apenas os gatos foram afetados. Os relatos contam que os animais sumiam durante as madrugadas e que muitos donos permitiam a saída dos felinos para andar a noite. Contudo, todos voltavam e dessa vez isso não ocorreu. Alguns moradores e mercadores ouviram miados assustados e doloridos. É possível que os gatos estão sendo capturados por algum louco contrabandista, investigue com urgência.
A noite e teu nebuloso silêncio que irrompia pela escuridão era quase que uma ordem de manifesto para pensamentos indesejáveis. Ainda que a busca pelo autoconhecimento trouxesse algum tipo de autocontrole emocional, lidar com as emoções e pensamentos é como tentar barrar uma correnteza com uma pequena barra de aço.
Os rabiscos que eram feitos, abaixo da pequena luminária de mesa, eram uma maneira de distrair os pensamentos e acontecimentos que começavam a fazer parte da minha vida cotidiana; uma mudança mais rápida do que havia imaginado. Não era tarde, entretanto, minha mãe já havia ido para cama, buscando acordar cedo na manhã seguinte. Sozinho, decidi buscar algo que distraísse minha mente, entretanto, não era tão fácil sumir com certos diálogos mentais, ainda que eu não me sentisse, realmente, incomodado com eles.
O que interrompeu o misto de tranquilidade e alvoroço, foram duas leves batidas e o barulho de uma carta transpassando pelo vão inferior da porta. Como estava na sala tudo quieto, o som ecoou quase como um retumbante trovão cortando os céus. Olhei em direção ao corredor que dava para o quarto de minha mãe, rangendo os dentes na esperança dela não ter acordado. Poucos segundos e nada; abençoadamente ela parecia continuar à dormir. Levantei-me e fui até a porta, de passos leves, tentava não fazer o piso ranger muito alto, porém, certos momentos era quase impossível impedir.
Ali estava a carta, jogada sobre o tapete frente à porta. Agachei-me para pegar o envelope e o abri naquela posição, ainda que não fosse tão confortável ficar muito tempo assim. Mais uma missão. Dessa vez, não senti felicidade ou euforia e sim apreensão. Depois da conversa que havia tido com o Senhor Matsuda, certo medo havia tomado minha vida cotidiana. Realmente, eu não imaginava que meu apreço pela vida era tão grande. De qualquer modo, havia algo a ser resolvido e, mesmo que não parecesse urgente, decidi dar continuidade naquele exato momento. Tomei minhas vestes e as vesti, armando-me com o possível para que não tivesse minha movimentação sobreposta ao peso do armamento.
Parti pela janela que se encontrava com as ruas, aos saltos busquei um ponto de observação. Meus olhos fitaram um poste, a reação imediata foi buscar o topo do mesmo, para então iniciar os trabalhos. A tarefa era identificar a causa e o destino de uma série de felinos desaparecidos; a carta dizia haver indícios de uma pessoa envolvida. Não seria fácil encontrar os animais desaparecidos, então, o primeiro ato seria encontrar um animal ainda presente no vilarejo e, talvez assim, eu tivesse alguma pista. Olhei ao redor, mas nada me sobressaiu aos olhos. Aquele ponto não seria suficiente.
Mantive uma constante movimentação pelos postes, para uma observação privilegiada, assim, acabei encontrando um felino de coloração preta que partia em direção à algum lugar. Ele era rápido, porém, algo me chamou atenção. Indo em direção ao lado de fora do vilarejo, ele parecia estar correndo atrás de algo. Mantive certa distância do mesmo, tentando evitar assusta-lo. A questão principal foi o fato dele ter me percebido, mas não ter sequer esboçado reação diante minha presença. Ele parecia determinado a encontrar o que estava buscando.
Após alguns segundos, entre a floresta que percorri na perseguição ao gato, um cheiro forte começou a se destacar. O felino havia me levado diretamente à uma armadilha feita com iscas de peixe colocadas numa espécie de tigela gigante. Havia outros gatos ali, antes da chegada do mesmo. Novamente, mantive distância, observando dentre as folhas e galhos, o desenrolar da situação. Por força do acaso, uma armadilha se acionou rapidamente, agarrando as patas traseiras dos quatro gatos e os puxando para cima. Meus olhos quase saltaram da face, entretanto, eu deveria manter certa discrição; pelo menos, naquele momento.
Nada aconteceu durante longos segundos, até que da escuridão um homem apareceu diante à luz do luar. Ele parecia se esconder no lado norte da armadilha, suas vestes eram o que mais chamava atenção, era feita de pele de animal. Ele pegou uma faca e se aproximou do primeiro felino. Numa mistura de desespero e raiva, saquei uma shuriken e a lancei em sua direção. Apesar disso, a arma viajou poucos metros até perder força e começar a decair em direção ao solo. O barulho do aço batendo no chão foi suficiente para chamar a atenção do inimigo, entretanto, não parecia algo favorável naquela situação. O homem rapidamente olhos em minha direção e, mesmo que eu rapidamente me escondesse atrás da arvore, percebi que ele havia me visto.
Passos firmes ecoaram em minha direção e tudo que pude fazer foi sair de trás da arvore, visando ter uma visão de frente contra o oponente. Quando apareci, a shuriken lançada anteriormente passou rente à minha face, rasgando a pele da bochecha. Por um instante, a dor me causou medo. O que se sucedeu foi a percepção de que o homem se aproximava cada vez mais, então, era necessária uma reação rápida. Respirei fundo, trazendo o foco à minha mente, enquanto executava a movimentação seguinte. Saltei para cima, agarrando um galho da arvore que estava ao meu lado; meu tronco e pernas gangorrearam rapidamente para que um impulso forte o suficiente me permitisse subir na arvore. Usei do mesmo impulso para que eu caísse de pé no tronco e conseguisse pegar uma kunai, lançando-a em direção ao inimigo; dessa vez, próximo o suficiente.
Preocupado com o breque que teve de executar, o homem percebeu a arma um pouco tarde e quase que pôs seu braço como alvo. O que lhe salvou fora a própria freada que permitiu um desequilíbrio benéfico, fazendo seu ombro ir para frente. Ele tocou o chão com a mão e saltou em minha direção. Nesse instante, meus olhos se arregalaram numa busca rápida por saída. Tudo que via era o homem se aproximar e então, a única saída se revelar. Talvez, por falta de foco, só encontrei fuga na direção do próprio inimigo e, assim, o fiz. Entretanto, usei o tronco principal da arvore como encalço para que meu corpo girasse e me fizesse ficar de ponta cabeça. O homem passou direto por meu corpo e rapidamente virou a face em busca de uma visão minha; rapidamente, reagi agarrando suas vestes e fiz com que o peso da minha queda o puxasse junto à mim até o solo.
A queda do homem fora mais brusca, graças à falta de aviso. Ainda que eu não soubesse sobre medicina, o modo como seus pés tocaram o chão, fizeram com que ele torcesse o tornozelo e ficasse inviável de se mover com total potencial. Caído, ele se levantava com dificuldade, o que me deu tempo de sacar uma kunai e rende-lo ao toca-la em seu pescoço. Ele parecia cansado. Olhei para seu tornozelo e rapidamente percebi que ele ainda conseguia tocar o chão, apesar de não poder usa-lo de apoio. Meu semblante exprimiu a seriedade de meus pensamentos e, então, ordenei. — Anda, você consegue ir até a vila. — Não estávamos muito longe, mas seria uma viagem árdua para alguém machucado. O homem resmungou, na busca de enganar-me, porém, a leitura de suas micro expressões foram suficientes para que percebesse sua mentira mal lavada.
Após algumas palavras ameaçadoras, o homem foi levado até o vilarejo e escoltado por ninjas que faziam o monitoramento noturno. O que me liberou para voltar para casa. Aquela vida parecia ter surpresas que eu jamais imaginaria. Homens mortos, homens cruéis; tudo aquilo parecia uma anormalidade de um mundo que eu desconhecia, ainda que não totalmente. A volta para casa fora desconcertante e, talvez, a estadia nela fosse ainda pior. O que me preocupava era que eu não havia sentido medo durante a luta; na verdade, eu havia sentido felicidade. Seria esse o indicador de que eu estava sendo corrompido pela maldade? Eu iria me tornar tão cruel quanto aqueles homens? As perguntas pareciam surgir como provação às minhas próprias ideologias, quase como se eu houvesse perdido minha própria identidade. Enfim, aquilo era ser um shinobi?
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