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[Aventura] Aprendizados e Evoluções
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Sandman
Mestre
As mãos leves de Tenshike apanharam as hastes da janela de metal, puxando-as de encontro. — Aqui estão os papéis que me pediu. — A moça era alta e de ancas largas, debruçava-se sobre a mesa deixando ali os objetos que trazia consigo. O homem retornava ao seu assento. — Ah! O garoto da Kikuchi vem vê-lo ao início da tarde. — As lentes miravam os papéis em suas mãos. — Tudo bem! Assim que ele chegar traga-o até aqui. —
O corpo clínico de Konoha era excepcional, sua prontidão e eficacia no atendimento e primeiros socorros levou à fama do local. Tenshike era o mais novo cirurgião do lugar, especialista em ferimentos de combate e julgado pela maioria da elite médica, senhores com seus contraditórios charutos em salas luxuosas, pela sua idade -mas nunca por faltar com a força de vontade-. Receber o filho de uma funcionária tão qualificada quanto Kikuchi era uma dívida, orienta-lo ao corredor onde se apanha a mão das almas e a puxa dos braços da morte? Apenas um bônus.
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- Encontre Tenshike no hospital para iniciar a aventura. Você já possuía este encontro marcado, evento este orquestrado pela sua mãe.
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Nosvit
Genin — Konoha
Aprendizados e Evoluções
Eu revirava por entre os lençóis. A luz da lua entrava pela janela e atingia o meu rosto. Não era por conta da luz da lua cheia que eu não conseguia dormir, mas sim pelo evento que haveria amanhã. Mais cedo se deixou enganar falando que se fechasse os olhos e deitasse que estaria bem e dormiria. Não era verdade, mas seria melhor que tentasse de qualquer forma. Agora estava de olhos abertos esperando que o escuro tornasse dia.
Tudo isso por conta da reunião com um dos médicos colega de sua mãe. A mesma havia arranjado aquilo dizendo: “Você não pode aprender comigo, você precisa conhecer e entender outras visões, se quiser se tornar um bom ninja médico”. Também era verdade que o número de cirurgias da mulher havia aumentado e com o garoto tornando-se um genin, isso acabou diminuindo o tempo que os dois tinham juntos. Mas preferia que não tivesse que passar por tanto nervoso. Minha barriga começava a roncar, não de fome. Era um reflexo, toda vez que sentia-se ansioso sua barriga revoltava-se. Mas tinha uma forma de combatê-la.
Puxei o futon para longe da luz que vinha da janela aquilo ia me ajudar a não me dispersar. Sentava nele mais uma vez, dessa vez não me deitei. Cruzava minhas pernas em posição de lótus, mas não a fazia de forma tensa, mas relaxada. Minhas mãos repousavam no meu quadril e então endireitando a coluna eu inspirava, segurava o ar pelo máximo de tempo possível e depois expirava. Me concentrava apenas no ato de respirar, clarear minha mente com meditação tinha tido efeitos surpreendentes antes e por isso sempre o fazia. Não demorou para que os efeitos viessem, e seu corpo relaxasse e por fim…
Acordei no dia seguinte, eram meio dia e vinte e cinco. Meu encontro com Tenshike-sama era exatamente às uma. Eu tinha trinta e cinco minutos para chegar ao hospital. Pulei da cama sem arrumar o meu futon, coisa que eu sabia que minha mãe iria brigar comigo no fim do dia. Tomei o banho mais rápido da minha vida, desci as escada, comi o arroz que meu pai tinha feito para mim numa velocidade imensa.
— Você não pode comer tão rápido, vai ter… — Mas antes que ele terminasse a frase eu já me levantava.
— IDEKIBÃSU — Falava ainda com a boca feira de arroz, saindo pela porta.
— Itterasshai! — O homem respondeu de dentro da casa tirando o avental de cozinha e colocando seu avental de ferreiro.
Corria por entre as ruas de konoha em direção ao hospital. Esperava chegar a tempo, por isso cortei alguns caminhos por becos e em alguns lugares até pulava casas, com cuidado para não estragar o teto de nenhuma. Todo o esforço deu certo, cheguei à recepção do hospital e o relógio marcava doze e cinquenta e sete. Enquanto eu tentava recuperar o fôlego a recepcionista me perguntava o que eu tinha vindo fazer ali, se esperava encontrar minha mãe.
— Eu vim me encontrar com o Sr. Ten… — Uma mulher alta me interrompia assim que eu ia explicar o porquê de estar ali.
— Keishiro. Como vai? Tenshike está a sua espera. — Ela se aproximava.
— Eu... só... preciso… — Respirava fundo a cada palavra. Depois de alguns segundos minha respiração estabilizou. — Estou melhor. Vamos.
Segui a mulher bem de perto, sabia como era o procedimento no hospital de konoha, já havia vindo ao local para entregar mensagens a minha mãe, entre outras coisas. Eu precisava ficar perto da pessoa responsável para que eu não atrapalhasse nenhum procedimento de emergência que ocorresse no local. Não demorou muito para que a mulher Abrisse uma das porta e me sinalizasse para entrar.
Dentro da sala havia um homem moreno, de olhos penetrantes e sérios. Talvez tenha visto o homem alguma vez em suas visitas anteriores ao hospital, mas não tinha tanta certeza assim. Eu fazia uma reverência leve abaixando a cabeça e um pouco das minhas costas, me apresentando para o homem logo depois.
— Boa tarde, Tenshike-Sama. — Eu falava ao homem me levantando logo depois esperando pelo homem.
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Sandman
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— É muito bom finalmente conhecê-lo Keishiro! — O homem estendeu sua mão para cumprimentar o garoto; o jaleco esticou-se sob a vista do jovem, dando-lhe um vislumbre de futuro e presente. — Venha, pode se sentar. — A educação de Tenshike era algo admirável, e com a destra direcionou o genin até uma poltrona posta afrente de sua mesa. Sentou-se do lado oposto, apoiou os braços sobre o tampo de madeira e com as costas pálidas da mão ignorou os papéis. — Sua mãe falou muito bem de você. Me diga, o que lhe trouxe até aqui hoje? — Aquela pergunta era muito mais filosófica do que parecia, e pretendia retirar do garoto informações motivadoras e que incitassem no próprio cirurgião a vontade ímpar de guia-lo.
Ser um Shinobi era a questão naquela sala de pouco luxo e muita informação. Tenshike havia se afastado do campo havia algum tempo e sua preocupação momentânea pairava somente sobre o atual status militar do garoto. — É perigoso lá fora, eu sei na prática. — Ele desviou o olhar. — Por mais que não pareça. — Era genuinamente altruísta, porém, traumas passados delegavam seu presente. — O que lhe motiva a estar em combate, numa posição onde você após sair daqui hoje, será a chave fundamental da sua equipe? —
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Nosvit
Genin — Konoha
Aprendizados e Evoluções
O homem me cumprimentava de volta e estendia sua mão. Eu a segurei de forma firme e dei um leve balanço. observava a sala com um pouco mais de atenção e percebia que era um pouco escassa de decoração, a sala de minha mãe tinham mais fotos e retratos, mas como ele me confirmava que não tínhamos nos conhecido antes. Presumi que Tenshike tivesse chegado a posição a pouco tempo.
Uma pilha de documentos estava em cima da mesa mostrando a quantidade de trabalho que tinha. Me sentia até um pouco mal de roubar-lhe um pouco de tempo. O homem me apontou a poltrona onde eu podia me sentar e ele foi para o outro lado da mesa, onde se sentou em sua cadeira também. Iniciava a conversa falando que minha mãe havia falado bem de mim e me fazendo uma pergunta, que eu respondia de forma simples
— Bem, se já conversou com a minha mãe sobre mim, deve estar sabendo da minha aproximação com o lado médico e como ela vem me ajudando com isso. Bem… nos últimos tempos algumas coisas aconteceram, minha mãe está cobrindo parte dos horários de outra médica, que está de licença. E eu me graduando como gennin, nossos horários não são mais compatíveis. E foi por isso que ela conversou com o senhor não é mesmo? — Bem não era só isso. — E como minha mãe me falou, que eu deveria estudar sob a tutela de outras pessoas, para entender e estudar as diferentes formas de abordagem da medicina. — A última parte saia um pouco mecânica, não podia negar, mas apesar de ser verdade, roubou o discurso de sua mãe o que poderia fazer?
Ele se mantinha em silêncio por um tempo, talvez analisando minha resposta, ou eu como um todo, mas logo depois ele voltava a falar. Me explicava que também sabia como era a vida em campo de um ninja médico e sabia que não era fácil. Ao contrário do que algumas pessoas faziam parecer. ele desviava o olhar, parecia que Tenshike relembrava momentos de sua vida como ninja enquanto estava ali. Não o atrapalhei, apenas me fiz mais confortável na poltrona, e não demorou muito para ele me lançar outro questionamento.
— Eu quero ser um ninja médico como minha mãe foi. — Parecia uma resposta simples e sem conteúdo que uma criança fala quando sua professora da pré-academia. E por muito tempo foi sim, Keishiro achou que essa resposta bastava, mas depois entendeu que os outros não entendiam o que queria dizer com aquilo e aprendeu a argumentar. Meu pé direito levantava ficando na ponta dos dedos e minha perna começava a balançar. Sinal de nervoso e estresse. Colocava minha mão no joelho e abaixava o pé, seguindo com a resposta.
— Minha mãe sempre foi muito altruísta, colocando a vida dos outros a frente da dela. Além de ser inteligente e astuta para conseguir o melhor e mais rápido resultado pros pacientes. Tudo isso estando na linha de frente, socorrendo primeiro, para que a pessoa tivesse a chance de sobreviver. — Agora que eu tinha explicado poderia seguir. — Eu posso proteger não só as pessoas a minha volta como muito mais que elas, tanto pelas minhas habilidades médicas quanto pela minha força e do meu time. — Era isso, não tinha mais o que dizer, os olhos do Tenshike-sama pareciam me perfurar, mas eu tinha terminado, era a minha resposta completa.
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Sandman
Mestre
A relação de Keishiro com sua figura materna era um tanto interessante a ser analisada, e Tenshike atentava-se àquilo naquele momento. Ia além do tradicional respeito oriental, ele a admirava além do vínculo evolutivo e geracional proposto naquela relação. "Como imaginava!" Ele via nas falas do garoto uma reciproca muito verdadeira ao que sempre escutava vindo de sua mãe. Era belo e o cirurgião admirava uma relação tão próxima e bem estabelecida. — Certo, certo... — Ele riu e então sorriu. — Você certamente tem a força de vontade necessária. Mas e o estômago? —
O homem guiava poucos passos a frente o genin. Seus corpos vagavam pelos corredores frios e reservados apenas para médicos; a quantidade de branco transbordava os olhos, beirava o brilho da cegueira. — Vou leva-lo até nosso necrotério. Temos uma taxa de mortalidade diária que beira o zero semanal, no entanto, temos alguns mostruários bem interessantes. Aposto que sua mãe nunca o levou até lá.— Suas mãos repousavam nos bolsos do jaleco enquanto os olhos fitavam a paisagem pela janela.
— Aqui está! — O necrotério possuía diversas gavetas na câmera refrigerada onde ambos estavam naquele momento. Em meio à fumaça oriunda do choque térmico, que levantava-se leve e incomoda por toda a parte, a gaveta foi puxada com cuidado. — E então, o que me diz? — O corpo ali dentro havia sido preservado devido à raridade do óbito. A pele havia necrosado por inteira até a altura da cintura, onde de súbito passava do roxo enegrecido para o pálido mórbido.
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Você tem total liberdade de interação; faça perguntas, ande pelo ambiente, considere coisas plausíveis e coerentes. Se divirta!
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Nosvit
Genin — Konoha
Aprendizados e Evoluções
Eu respondia as perguntas e via aos poucos um pequeno sorriso se formando e quando terminei. Ele ria um pouco e depois sorria, eu não sabia se era bom ou ruim. O homem então falava que eu tinha a força de vontade e eu abria um pequeno sorriso também. O homem levantava e circulava a mesa fazendo um gesto para que eu o acompanhasse. Eu levantava e ele parava e me falava que eu tinha a força de vontade necessária, mas queria saber se eu tinha o estômago. Olhando para o lado de fora o homem revelava que iria me levar ao necrotério.
— Ok… — Eu seguia o homem enquanto ele andava por entre os corredores do hospital. Eu seguia o homem da mesma forma que tinha segui a mulher de antes, de perto, tentando não ficar no caminho de qualquer pessoa ou procedimento. Enquanto isso um grupo de pessoas passava com uma maca, um homem estava fazendo massagem cardíaca no paciente enquanto falava para as pessoas correrem para a sala de operação enquanto suas mãos brilhavam em verde. Provavelmente estava performando algum jutsu médico para manter o paciente vivo.
A movimentação tomava a atenção dos dois enquanto a maca descia pelo corredor. Depois de um tempo ele voltava a fazer o caminho até o necrotério. Pensei em fazer alguma pergunta sobre o evento que havia ocorrido, mas me calei, não era o momento. poderia voltar a perguntá-lo depois que voltassem. Agora seguia pelos corredores brancos e limpos do hospital de konoha. Quando avistamos pela porta onde tinha a sinalização do necrotério. Algumas perguntas povoavam minha mente e a primeira saia sem eu mesmo ter controle.
— Eu posso entrar aqui? — Perguntei. — Segurança das informações da vila e tudo mais, certo? — Eu perguntava inocentemente, não sabia mesmo o que podia afinal nunca tinha entrado ali antes.
Ele acenava com a cabeça e entrava, eu apenas continuava fazendo que que tinha feito até ali. O segui para dentro do necrotério esperando o que ele queria me mostrar, com um pouco de medo e ansiedade. O local era frio mas o jaleco que ele vestia provavelmente deixava-o mais confortável no clima daquele ambiente. Algumas pessoas pensariam que era o efeito dos espíritos dos mortos, mas era apenas mais uma forma de preservação dos corpos para que eles durassem mais.
A névoa que se formava no local realmente deixavam um ar macabro. As gavetas estéreis combinavam com o local, mostrando que ela um local limpo, onde as pessoas ficavam por muito tempo. Ele andava perto de uma parede de gavetas, parando do lado de uma falando que tínhamos chegado. Ele puxava a gaveta relevando dentro dela um corpo. O cheiro forte da substância utilizada para preservar o corpo me fazendo coçar o nariz com as costas da mão. E me apresentava o corpo morto. Eu estava olhando para o homem meu rosto e fazia o caminho para baixo até avistar o corpo. Confesso que tomei certo susto com o estado com que o corpo estava. Não gritava, mas dava um passo para trás.
Me aproximando num segundo momento olhava para o corpo com mais cuidado, percebia a parte necrosada nas pernas. Uma parte minha queria começar a fazer perguntas para o homem mas não sabia se podia, mas ele tinha me trazido até ali, talvez era o que esperasse. Olhava pra Tenshike-sama esperando alguma resposta, mas ele continuou calado. Eu apenas olhava para o corpo novamente por alguns segundos. Era um corpo morto na minha frente, gelado, duro. Pensei que seria algo mais aterrorizante, mas era o mesmo que uma pessoa viva, apenas não respirava. Esperei por um momento que ele voltasse a respirar e abrisse os olhos, mas não fez nada disso...
— Qual o nome dele… — Depois de falar percebeu que Tenshike não iria responder aquela pergunta. Ao olhar para para o homem recebe resposta alguma. — Desculpa… Ah… — Olhava novamente do corpo, a coloração pálida do corpo era por conta da morte… não havia como fugir da pergunta, mas tinha certeza que se perguntasse ele não responderia diretamente.— Isso. — Apontava para a parte das pernas. — Foi o motivo da morte? — Tenshike mantinha o mistério me respondendo apenas com acenos de cabeça.
— Erm… Ele passou por alguma cirurgia ou tratamento aqui no hospital ou foi encontrado assim? — A resposta provavelmente seria positiva, por isso após a resposta do homem eu já perguntaria novamente — Então essa foi uma complicação pós-operatória ou um agravamento do caso inicial? — Esperava pela resposta do homem mais uma vez. Dando mais alguns segundos de observação no corpo a sua frente percebeu algo, que talvez poderia ter sido levantado. — Não seria melhor ter amputado os membros os perceber a necrose? Isso poderia ter impedido o espalhamento para as outras áreas do corpo correto? — Era a sua última pergunta por agora, apesar de ter outras pipocando em sua mente.
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- tentei fazer as perguntas da melhor forma possivel. espero que tenha dado certo.
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Sandman
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Um universo novo tornava-se visível após a queda daquele véu imaginário que cegava Keishiro. Nem sequer cogitava a existência de tal local, apesar de ser tão comum em hospitais e alas de estudo. O novo era como uma pulga na roupa: inquietante demais. — Suas suposições são ótimas.— A gaveta retornou para a encubadora e novamente a câmera de refrigeração emanou gelo que fundia-se no choque térmico. — Mas somos shinobis, Keishiro, temos habilidades— O cirurgião guiou o tour para fora da sala. — E além disso, temos criatividade.—
O jovem encontrava-se frente à um grande caixote de vidro separado em dois espaços por uma repartição. Ao meio da divisória uma portinhola acionada por fora, dentro, do lado direito uma serpente, e do lado esquerdo um grupo de camundongos. — Nossa ala de pesquisa aqui é muito ampla, acho que vai gostar disso.— Os olhos semicerrados por trás dos óculos demonstravam sua determinação em ensinar o garoto. A portinhola se abriu. Em um só bote a serpente prendeu um dos pequenos animais e torceu em seu próprio eixo; então voltou com a presa para sua posição de origem. Tenshike apanhou o réptil e forçando suas presas soltou o camundongo.
— Não se assuste. As serpentes da espécie Ahunta são usadas para treino devido a ação rápida de seu veneno— A palma de sua mão estava posta sobre o mamífero que se contorcia em cima do metal frio da mesa cirúrgica. — O caso que você viu mais cedo na câmera refrigerada é uma raridade específica no laudo de trombose, avança rápido, coisa de um dia. Imaginávamos estar extinto até o corpo chegar — A frase explicativa não era tão atraente quanto o veneno extraído lentamente do corpo do animal, perante os olhos espantados de Keishiro. — O que precisávamos ter feito? Exatamente isso!— Apostou para o animal, que livre da peçonha se movimentava cambaleante sobre o tampo. — Apenas liberar novamente a circulação de suas artérias. Vamos, tente! —
- Considerações:
- Bom, sua tarefa agora é básica: Faça exatamente a mesma coisa que Tenshike. Acione a trava, deixa a serpente morder o camundongo e retire o veneno do animal. Basta fazer isso com narração, de forma bem detalhada com trabalhou o chakra neste ponto já que é o foco da sua aventura.
Você irá lançar um dado para decretar o sucesso dessa ação: A dificuldade para retirar o veneno será de 10 no d20. (Lance antes de postar)
Link do tópico para lançar o dado: https://shinobiascensionrpg.forumeiros.com/t556-cho-han-sandman-aprendizados-e-evolucoes-c#2850
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Nosvit
Genin — Konoha
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“Suas suposições são ótimas” E assim foi, nenhuma resposta concreta, eu entendia o motivo mas não gostava nem um pouco. Certeza que eu ficaria com a cabeça doendo mais tarde com milhares de suposições do que poderia ter sido que levou a morte do homem. e o que tinha levado as pernas dele a necrosarem de forma tão violenta. Ele empurrava de volta a gaveta, que expulsava mais um pouco da névoa gelada para fora antes de fechar completamente. Ele virou-se para sair da sala e eu o seguia.
Sair do necrotério para o corredor era como se eu fosse de uma noite nevada de inverno para o calor do verão de konoha que fazia no momento. o ar parecia aquecido por fogueiras ao redor de mim. Eu por um momento quis perguntar se não poderíamos ficar mais um tempo dentro do necrotério. Tenshike falava para mim que por sermos shinobi tínhamos habilidades e criatividade. De início não sabia onde onde queria chegar, mas logo viramos um corredor e ele abriu uma porta para que eu entrasse.
A minha frente havia um caixote transparente, com uma divisória ao meio. De um lado havia uma serpente e do outro vários roedores. Eu me sentia mal, odiava espaços fechados e tinha certeza que nenhum deles gostava de espaços fechados também. *Olá pequeninos e dona cobra...* Falei em minha mente enquanto Tenshike-sama falava sobre como a ala de pesquisa era ampla e que provavelmente eu iria gostar disso. Ele acionou a portinhola e…
— Puta que pa… Aham! — Me assustei com tudo aquilo. Foi rápido demais, e inesperado. Apesar de eu deveria ter previsto. A serpente pulou em cima de um dos ratinhos enquanto os outros corriam assustados para a parede. E depois voltava para o seu lado com o rato enrolado, provavelmente engoliria inteiro. — Desculpe. — Falava sobre o palavrão.
Tenshike me tranquilizava, falava que as serpentes Ahunta são usadas para treino. O veneno delas era de ação rápida e por algum motivo aquilo ajudava. Ele pegou a cobra com a mãos e forçou a mesma a abria a boca tirando o roedor. Colocando ela no lugar novamente ele levou o bichinho até uma mesa de cirurgia que havia ali. Ele colocava a mão sobre o ferimento e para minha surpresa falava do homem que tínhamos visto antes. Me explicava que o homem tinha tido um caso de trombose, e que teve uma complicação rara, de rápido desenvolvimento. Condição essa que pensavam estar extinta. Por conta da raridade os médicos não foram capazes de fazer o diagnóstico a tempo de salvá-lo.
Apesar do que ele falava eu prestava atenção no que ele fazia. O homem com as mãos tirava aos poucos o veneno que havia no corpo do roedor. Era impressionante, já tinha ouvido histórias da minha mãe mas ver a técnica pessoalmente era algo totalmente diferente. Ele me dizia que era isso que precisavam ter feito com o homem. O ratinho agora cambaleava em cima da mesa enquanto o homem depositava o veneno em outro local. Ele então me encorajava a tentar eu mesmo. Ficava um pouco receoso, não queria ferir mais um animal daqueles, mas o homem me incentivou.
*Desculpa ratinho* Eu pensava enquanto eu acionava a portinhola. Mais uma vez a cobra foi rapidamente atacando um dos ratos e voltando para o seu lado com apenas um. Foi uma repetição exata. Talvez a cobra tenha sido treinada para fazer isso. Eu olhava para Tenshike-sama, mas não obtinha nenhuma resposta. Abri o tampo da armadilha e segurei a cobra perto da cabeça. Segurei o impulso de fechar os olhos ao pegá-la algo na minha cabeça me dizia que não era uma boa ideia fechar os olhos enquanto tenta pegar uma serpente venenosa. Quando apertei sua boca dos lados a cobra soltou o aperto no ratinho. E eu a coloquei novamente no seu local.
*Calma pequenino vou fazer o meu melhor* Eu estava nervoso, sentia o suor descendo pelas têmporas. Colocava o ratinho em cima da mesa como ele também havia feito e coloquei minhas mãos sobre a ferida. Respirava fundo e em poucos segundos minhas mãos brilhavam em uma tonalidade verde. Tentava utilizar meu chakra para localizar o veneno da cobra no corpo do roedor. Não era tão difícil quanto eu imaginava. Sentia o sangue e o fluxo dele e sentia a parte onde o equilíbrio do fluxo sanguíneo era quebrado. O ferimento. Em meio ao sangue sentia um fluido estranho, de consistência diferente, densidade diferente. Aquela com certeza era o veneno.
Assim que consegui, tentei utilizar a energia que tinha transferido ao corpo do pequenino para englobar o veneno e acumulá-lo. Imaginei o meu chakra formando uma cápsula em volta desses glóbulos de veneno que tinha invadido a corrente sanguínea do pequeno roedor. Seu eu não tivesse cuidado, e o veneno chegasse ao coração ele seria distribuído para todo o corpo em instantes. Não poderia interferir na circulação, mas o que queria fazer era juntar todo o veneno para tirá-lo de uma vez mas tinha que fazer da forma correta se eu apenas o juntasse inteiro eu cortaria o fluxo da circulação do seu sangue. Então eu tinha que distribuir o volume ao longo do vaso sanguíneo.
Era algo que não era fácil de ser feito, mas que na minha cabeça era algo que seria muito mais difícil do que parecia. Quando conseguir juntar, arrastava a peçonha para o ferimento inicial, onde as presas furaram o corpo do pequenino. E aos poucos retirava o líquido venenoso do seu sistema e colocava no recipiente que Tenshike-sama tinha colocado o dele. Guiando com a minha mão o veneno para fora. Quando terminei de tirar tudo, o ratinho parou de tremer e acalmou, e assim como o outro começava a mostrar que estava bem. Eu o pegava com as duas mãos e com meu dedo coçava sua orelha.
— Deu tudo certo pequenino. Acho que tirei todo o veneno, você tá seguro. — Eu conversava com o roedor, antes de colocá-lo do lado do lado do outro que Tenshike tinha utilizado. — Fiz da forma correta?
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Sandman
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Tenshike observava com certo espanto a facilidade do garoto; ele certamente não negava suas origens, e a habilidade materna havia se perpetuado em seu gene. As mãos de Keishiro deixaram de se emanar o brilho típico da técnica quando o alívio o acometeu. — Meus parabéns!— A mão firme e gentil do cirurgião lhe afagava as costas. Colocou ambos os animais, aquele tratado por si e o curado pelo garoto, novamente no caixote de vidro. — Sem dúvidas você tem um grande dom para a coisa. — Aquela alegria genuína do iroynin iluminava a sala através de seu sorriso. — Vamos, me diga o que sentiu... — Fazia tanto tempo que não tutelava alguém que, ou que aquelas situações clínicas simples não lhe eram apresentadas, que a emoção de ver o despertar de um novo igual lhe tomava.
— Estes aqui... — Sobre um banco o homem alto esticava-se por dentro de seu jaleco até alcançar uma caixa sobre o armário. — São bonecos especiais!— Empurrou-a do alto para o chão e dela um pequeno humanoide de tecido viscoso caiu aos pés de Keishiro.
Sobre a mesa dois bonecos, um já suturado pelas mãos hábeis do médico e o outro, ao lado daquele em perfeito estado, partido ao meio e em frente ao garoto. — Aplique seu chakra nesse boneco de maneira constante, mais intensa do que fez com o camundongo. Visualize o corte se fechando e permita que isso ocorra através da técnica e de sua energia. — Analisava por trás dos óculos, de maneira meticulosa, os próximos movimentos deles. — Vamos, tente. —
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- Faça o que foi explicado no post, basicamente uma sutura no boneco especial com capacidade de responder ao chakra.
Você irá lançar um dado para decretar o sucesso dessa ação: A dificuldade para retirar o veneno será de 13 no d20. Você possuirá +2 de modificador pelo sucesso de sobra no ultimo rolamento. (Lance antes de postar)
Link do tópico para lançar o dado: https://shinobiascensionrpg.forumeiros.com/t556-cho-han-sandman-aprendizados-e-evolucoes-c#2850
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Tenshike me parabenizou pelo sucesso performando a técnica. Sua mão me afagava as costa, e eu sentia que o homem estava se aproximando aos poucos, alguns sorrisos que já tinha percebido antes e agora ele tocava meu ombro com certo carinho. como megumi sensei fazia enquanto eu estava na academia. Ele então levou até os dois ratinhos de volta para o sistema e voltou me perguntando o que eu tinha sentido.
— Bem, foi estranho. Um pouco. Quando eu coloquei meu chakra no corpo do ratinho eu senti o corpo dele, era como se eu pudesse ver os órgãos dele e tudo que acontecia com o corpo. Eu senti a circulação do sangue e que algo estranho estava no sistema. Aí eu deduzi que era o veneno, depois de separá-lo do sangue com o meu chakra eu o movimentei até o ferimento para tirá-lo. — Ele levantou-se e se esticou pra alcançar algo em cima de um armário. Ele empurrou o armário é algo que parecia um bebê caiu nos meus pés. — AAAAAAA!
O homem me explicava que eram bonecos especiais, enquanto os colocava em cima da mesa. Pareciam ser feitos de um material viscoso. Provavelmente um material reativo à chakra. O dele já estava completamente consertado. Enquanto o que estava na minha frente estava partido ao meio. Ele me sinalizava em como tinha que fazer para ter sucesso. Eu deveria aplicar o meu chakra um pouco mais forte que quando fiz com o camundongo.
Olhei para os olhos do homem e ele estava me esperando começar. Respirei fundo. Estalei os dedos e o pescoço antes de começar. Coloquei minhas duas mãos em cima do centro do ferimento espalhando ela depois para cobrir o corte de forma completa. Minhas mãos brilhavam novamente enquanto eu aplicava o chakra sobre o boneco. Por entre os dedos eu via o tecido começar a querer juntar-se. E por isso lembrei do que ele tinha me falado de começo.
Fechei os olhos e apliquei muito mais chakra que quando fiz com o caro momentos atrás e começava a ver a parte do fundo se fechando. O material que era utilizado para imitar o corpo humano responde ao chakra multiplicando-se e reparando-se. Agora que entendi como era que tudo aquilo acontecia, imaginava as duas partes do ferimento aproximando-se até que somente um pouco de multiplicação fosse necessário para juntar as duas partes. E segui fazendo isso, sentindo as duas parte se conectando pouco a pouco até que aquilo não parecesse mais que um ferimento superficial e por fim desaparecesse.
Quando senti que estava tudo certo. Retirei as mãos de cima do boneco e esperava pela avaliação de Tenshike-sensei. Esperava uma boa reação, eu não tinha percebido nada de errado em como eu estava administrando a técnica e o meu chakra, mas ele talvez tenha percebido algo com seu olhar mais treinado. Esperava sua avaliação em silêncio enquanto aproximava meu boneco da sua parte da mesa.
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As explicações de Kenshiro faziam o cirurgião retomar mentalmente sua infância, quando ainda desbrava o mundo incerto dos experimentos; havia se tornado iroynin por vias completamente diferentes daquela e ver um aprendiz com tamanho potencial, lhe alegrava os olhos. Estes mesmos globos oculares persuadidos pela habilidade largamente demonstrada pelo garoto. — Isso não significa menos do que espetacular. — Keishiro podia vê-lo com o boneco em mãos sob análise crítica, ao abrir lentamente seus olhos. — Não houve uma fissura sequer, apenas a junção perfeita das partes. — Abaixou o corpo de material especial que lhe cobria a face e por trás das lentes, esboçou um largo sorriso. — Seu futuro é brilhante meu. — Naquela altura, após passar com extrema facilidade pelos testes impostos pelo médico, não lhe restavam mais dúvidas sobre a habilidade do genin.
Ambos podiam escutar passos apressados nos corredores. Eram duas pessoas. Uma delas, loira e visivelmente exausta entrou no local de forma acelerada e ininterrupta. — Tenshike, precisamos de você! — Um alerta. Ela parecia ignorar a existência de Keishiro ali, embora o cirurgião tenha seguido as duas enfermeiras conduzindo o jovem consigo.
— Ele acabou de chegar ao hospital. É fratura exposta. — O fêmur do garoto, não muito mais novo que Keishiro, submergia da epiderme frontal da sua coxa. — Keishiro, preciso que me ajude... — E então a prova de fogo. Tenshike estava em surto? Talvez. Mas era a chance do jovem genin provar sua capacidade. O experiente médico posicionou-se ao lado do garoto e arriscou algumas falas para acalma-lo. As enfermeiras preparavam o soro. — Faça como fez como o camundongo, evite que o sangue coagule e cause hemorragia. — Naquele instante Tenshike parecia ser outra pessoa, totalmente diferente; sério, distante, focado apenas no rapaz machucado e em seus gritos de dor.
- Considerações:
- Serão três posts de auxílio à Tenshike. No primeiro, evite o vazamento constante de sangue utilizando seu chakra. Um roll com dificuldade 15, possuindo +5 de modificador pelos sucessos com grande facilidade até então. (Lance antes de postar)
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Ele me falava que mais uma vez eu conseguia fazer a técnica de forma correta. Não havia marcas, tinha sido uma junção perfeita das duas partes. Tenshike-sensei olhava com atenção o boneco e após abaixar e me dizer que eu tinha um futuro brilhante. Eu ficava lisonjeado, era muito bom ouvir de um profissional que eu tinha um futuro naquela área. Sentia que meus dias e dias de treinamento não tinham sido em vão.
Uma movimentação mostrava que algo estava errado. Os corredores silenciosos do hospital eram invadidos por sons de passos e a porta abriu de supetão. Sua pessoas estavam ali, uma loira visivelmente cansada, talvez tivesse no final do seu plantão, entrou na sala e falou com o médico diretamente, falando que precisavam dele. Tenshike levantou. Eu pensei que aquilo era o fim da nossa aula, mas ele sinalizava para que o seguir e então o fiz.
Corremos pelos corredores até a ala de emergência. Eu sabia o caminho, já tinha andados por aquela parte muitas vezes. Quando chegamos lá, a enfermeira falava para Tenshike-sensei a situação do paciente, talvez ele quisesse que eu observasse e aprendesse. com tudo aquilo então me mantive a certa distância. Mas o homem me mandava aproximar e ajudá-lo com aquilo tudo. Primeiro continuou parado, esperando que ele se corrigisse, talvez tivesse falado o nome de alguma das enfermeiras errado por ter ficado comigo por certa parte da tarde. mas ele não se corrigiu.
Meus olhos arregalados enquanto me aproximava da maca onde o garoto estava. Ele tinha quase o meu tamanho. Talvez mais novo. O médico e as enfermeiras circulavam o paciente de forma muito rápida falando ordens rápidas e executando ainda mais rápido. Quando olhei para sua perna via a gravidade do problema. Já tinha lido sobre fraturas expostas, mas ver uma na sua frente era algo completamente diferente de ver uma pintura num livro ou pergaminho.
O fêmur quebrou e perfurou a pele do menino. A superfície vermelha por fora, o periósteo, e branca por dentro o osso propriamente dito. Aquilo fazia minha coxa doer um pouco, por alguns segundos, era algo comum quando humanos viam um ferimento que com certeza parecia doloroso. Algo também que possibilita que genjutsus tenham implicações físicas, mesmo que atuem no campo mental. Depois de um tempo, eu voltava a mim e ouvindo as instruções de Tenshike tentava performar o mesmo jutsu de antes.
Minhas mãos brilhavam em uma coloração verde enquanto eu me concentrava em curar o garoto deitado. Mas tanto quanto a movimentação do menino na maca por conta da dor quanto a movimentação dos outros ali em volta do paciente me desconcentraram. Tentava me concentrar em infundir meu chakra no corpo do garoto, mas não conseguia, olhava para as minhas mãos sobre o ferimento dele, a luz acendia e poucos segundos depois apagava, eu forçando o uso de mais chakra fazia ela acender mais uma vez e ela acendia. Aquela situação me deixava nervoso. Tentava localizar a fonte da hemorragia. Qual vaso era, mas eu não conseguia fazer com que meu chakra penetrasse fundo o suficiente. para fazer aquilo.
— Vamos lá, você consegue, vai… — Eu falava baixinho para mim mesmo.
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A agitação do momento não era para novatos e Keishiro sentia aquilo na pele. Toda a movimentação na sala do pronto socorro, as enfermeiras manuseando os equipamentos e fazendo os preparativos; aquilo era o inferno para a concentração de qualquer um. Apesar de tudo, frente ao jovem genin e sua tentativa constante, porém falha de auxiliar o cirurgião, a figura de Tenshike se manifestava como uma luz ao falar com o paciente. — Tenha calma, nós lidamos com isso todo dia. — Ele segurava a mão do rapaz em um gesto de solidariedade e então se virava de forma breve para averiguar o trabalho de seu ajudante. Mordeu os lábios. Aquilo não era o que esperava.
— Keishiro, se concentre apenas no ferimento, em como as coisas deveriam estar e não em como elas estão. — O médico havia mudado de lugar e agora deixava o paciente com as enfermeiras enquanto auxiliava seu aprendiz. — Este lugar deveria estar silencioso, se este garoto não estivesse machucado. Se o fêmur dele não estivesse exposto, ele não estaria machucado. O fêmur dele deveria estar no lugar, para não estar exposto. — Apoio a mão no ombro do genin. — É um trabalho de regressão mental para alcançar seu objetivo. Faça, ele precisa de você. — Os gritos de dor eram ensurdecedores e dentro todos naquela sala o único capaz de mostrar tranquilidade, era Tenshike.
- Considerações:
- Serão três posts de auxílio à Tenshike. Este é o segundo turno de ajuda ao médico, como falhou no primeiro terá que continuar tentando evitar o sangramento. Um roll com dificuldade 15, possuindo +3 de modificador pelos sucessos com grande facilidade até então. (Lance antes de postar)
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Tenshike-sensei percebeu minha tentativa falha. Eu sabia que era isso que se fazia em campo e que no meio de uma batalha haveria muito mais distração, mas parecia muito cedo colocar um iniciante como eu para tratar uma ferida numa pessoa. Mas como ele acreditava que eu poderia fazer, tentaria não o decepcionar. Ele me falava que eles lidavam com aquilo todo dia.
O que eu imaginava ser real. Em uma vila ninja a quantidade de Médicos especializados em trauma seria bem maior que as outras especialidades. “Se concentre em como as coisas deveriam estar e não como elas estão” Essa foi a dica que Tenshike. O garoto gritava com a dor que estava na sua perna. Ele mexia a perna um pouco demais eu tinha que voltar a curá-lo rápido. Tentava me concentrar na cura e minhas mãos voltaram a brilhar verde.
Sentia os olhos de todos em minha direção. Mantinha minha mão perto do ferimento, tentava imaginar o osso inteiro os ossos, nervos e vaso todos no lugar correto. O quadríceps da coxa era um músculo muito grande e me surpreendia que ele tinha uma fratura externa de um osso forte como o fêmur, mas mesmo assim o garoto não parava de se mexer. A única pessoa totalmente calma no local era Tenshike. Decidi fazer algo. Levantei e segurei o quadril do paciente enquanto olhava nos seus olhos e o pressionei contra a maca.
— Com licença, qual o seu nome? — Perguntava o nome do paciente. assim que ele respondesse eu seguiria — Bem estamos fazendo o procedimento do tratamento do seu ferimento. Eu sei que está doendo muito, muito mais do que você poderia imaginar, mas eu preciso que você fique parado, o mais parado possível, para que não ocorre nenhum erro. Você consegue? — Perguntava e logo depois voltaria a tentar curar o paciente. — Vai doer. — Eu avisava.
Segurei a perna dele na altura do joelho. Enquanto minha outra mão brilhava em verde. colocava a mão perto do ferimento, era muito mais difícil fazer isso na perna de uma pessoa que do rato de laboratório. Mas eu tentava fazer algo primeiro, se eu conseguisse parar parte do sangramento o resto poderia seguir com o tratamento mais tranquilamente. Ou pelo menos era isso que eu pensava. Imaginava os vasos sanguíneos no local onde deveriam ser, de forma a parar o sangramento. Não fui totalmente eficaz, mas o volume de sangue que saia era muito menos agora do que antes.
Agora era a hora da verdade, para completamente solucionar o problema eu não poderia apenas usar minhas técnicas médicas pois se não o osso calcificaria naquela posição errada. Era necessário que eu fizesse algo que traria um pouco mais de dor para o garoto. segurava a sua perna. E tentava não olhar para os seus olhos. precisava colocar o osso de volta no lugar para que as células do tecido ósseo voltassem a proliferar e regenerar.
“3… 2… 1...” Eu pensava, mas não falava em voz alta. Puxava a perna para longe do tronco, para dar o espaço necessário para que o osso encaixasse e empurrei a parte de baixo do fêmur para baixo para ele voltar para dentro do corpo. Mas como eu imaginava, o sangue voltava a fluir pelo ferimento. Era algo que eu estava tentando controlar usando a cura antes, mas não tinha tido sucesso, então era melhor agir de forma rápida em solucionar o motivo, e depois tratar o fechamento do ferimento como um todo.
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O garoto se esforçava, não só naquele momento e naquele plano mas sim em todo o processo até chegar ali. Seu desempenho não era fruto apenas do talento para a medicina, mas também do suor que esta arte requer. O grito do paciente ao ser o fêmur infligido pelo genin soou por todos os corredores próximos dali, e as paredes brancas do hospital foram duramente arranhadas. No entanto, Keishiro prosseguia palmo a palmo firmando seu sucesso e a dor latente diminuía de maneira gradual.
— Certo! — Tenshike estava pronto, mas e seu aprendiz, estaria? — Preste atenção em mim! — Suas afirmativas eram tão persuasivas que detinham a atenção do enfermo de imediato. Mais um grito. Encaixou a perna do garoto e de forma instantânea sua palma brilhou sobre o ferimento. Silêncio. De alguma maneira ele estava agindo de forma anestésica sobre o fêmur.
— Keishiro, preciso que se concentre em restabelecer a ligação do fêmur. Você fez isso com o boneco, mas aqui é muito mais difícil pois você vai lidar primeiro com o osso e depois com a pele. — O médico tinha confiança no genin, e parecia dominar toda a situação que acontecia naquela sala. As enfermeiras ligavam o soro ao garoto e cobriam seu rosto com uma máscara. Aos poucos o sono o abatia. Era a hora de Keishiro.
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- Pode ser o último post ajudando Tenshike. Lance um roll puro com dificuldade 18 para ligar o fêmur e um roll 15 com modificador +5 por ter experiência com o boneco sintético. (Lance antes de postar)
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O grito do homem quando coloquei seu fêmur de volta no lugar poderia ser ouvido pelo hospital. Se não estivéssemos num lugar de tratamento poderiam muito bem pensar que eu estava matando-o. Tenshike, falava com o homem enquanto minha cura fazia efeito. Ele então me avisava que eu teria que tomar cuidado pois reconectar ossos era um trabalho muito mais difícil. Apesar de eu ter conseguido “curar” o boneco de treino completamente o Osso era muito mais difícil.
E eu via exatamente o que ele tinha falado. Colocava meu chakra no ferimento concentrando no local onde o osso se partia. Mas os osteoblastos não eram estimulados suficientemente para que produzissem. Era o suficiente para a medula óssea produzir mais hemácias, então ele não sofreria de anemia por conta da perda de sangue, mas a fratura não estava se conectando.
Eu não poderia colocar um grande quantidade de chakra de vez, pois isso poderia ser ainda mais prejudicial. Ninjutsus médicos se baseiam em controle do chakra ao invés da quantidade dele. Eu parava para limpar a testa suada com a manga, voltando logo após a voltar a tentar, mas não conseguia, não importa como tentava não conseguia estimular a proliferação celular óssea.
— Tenshike-sensei, por favor venha aqui. — Pedi com cautela. pois ele estava falando com o paciente. quando ele chegou eu falei baixo. — Por favor, tome controle, eu tentei recuperar o osso, mas não importa o que eu faça não consigo fazer com que o osso se cure. — Fui honesto em cada palavra — Quanto mais tempo ele ficar com a ferida aberta mais fácil que ele pegue uma infecção. afinal estamos na emergência e não numa sala de cirurgia. — Não me sentia frustrado em não conseguir, pelo contrário, só me mostrava que eu ainda tinha um longo caminho a seguir e muito a evoluir ainda. E eu conseguiria ver Tenshike em ação, curando-o, provavelmente aprenderia um pouco mais.
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Keishiro mostrava outras virtudes de um grande médico. A preocupação com terceiros e aquela empatia ao sentir-se no lugar de outrem e medir seus próprios limites baseado nisso. Tenshike sabia de situações além daquelas impostas pela higiene do local; se não agisse logo a ferida do rapaz enfermo não se fecharia sem cicatrizes e aquele dia seria marcado para toda a sua vida em sua epiderme, não seria somente uma história traumática forjada apenas em seu consciente. — Keishiro... — O cirurgião conteve as mãos do aprendiz que pararam de brilhar imediatamente. — Vá para casa, deixa que eu e as enfermeiras cuidamos a partir daqui. — O tom de voz do mais velho expressava a preocupação e tom imediato da situação. Sacou de seu bolso um cartão escuro cercado por Kanjis dourados e entregou ao Genin. — Me procure em um dia mais calmo para continuarmos seu aprendizado. — E então sua mão cintilou sobre o fêmur do rapaz que dormia induzido pelo gás da máscara em seu rosto.
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Tenshike me falava que que tomaria conta da situação junto com o resto das enfermeiras e me dava um cartão. Pelo visto ele esperava que eu voltasse outro dia para treinar novamente. Eu certamente voltaria. Eu tinha conseguido botar um fêmur de volta no lugar. Aquilo me deixava muito feliz, extasico. Sentia que todo o meu trabalho duro estava finalmente se pagando, eu colhia agora os frutos do meu treinamento incansável.
Sai do hospital em direção a minha casa, a recepcionista me dava um oi rápido antes de atender o próximo paciente. Naquela noite eu expliquei tudo que havia acontecido para minha mãe e meu pai. A mulher claro, parecia muito mais interessada que meu pai. Minha mãe ficava chocada quando falei que tinha ajudado a atender um caso. Depois do jantar continuamos a conversar por horas até chegar a hora de dormir
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