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[Treinos] i'm coming for my crown
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Bardo
Chūnin — Konoha
|クソ野郎
"flashback: o primeiro dia",
"Bastado”. A palavra soou na minha cabeça ainda no tom de voz do homem que a havia dito, quase cuspindo-a ao pronunciá-la em minha direção com sua observação carregada de desdém. Soquei novamente a árvore como fazia há mais horas do que um adolescente naquela idade deveria, trazendo ao movimento toda fúria que carregava em meu peito no instante em que os punhos encontravam o atrito da árvore. Minhas mãos seguravam dois pesos esféricos de dez quilos, o que pode parecer pouco, mas que a longo prazo parecem se tornar cada vez mais pesados aos ombros, tríceps, bíceps e antebraço. Segurá-los enquanto treinava socos costumava desenvolver meus músculos e eu podia senti-los queimando. Os nós dos meus dedos pulsavam em fios escarlates, latejantes, mas eu sequer ligava, afinal havia corrido para o campo de treinamento de Konohagakure com esse intuito: descarregar o peso daquela palavra através da dor em meus punhos que se fortaleceriam a cada pancada no tronco de casca seca. As marcas de desgaste na altura da minha linha de soco mostravam o empenho cujo qual eu desferia os golpes.
“Preciso… Preciso ficar mais forte”, pensava comigo mesmo, transpirando de cansaço enquanto tentava manter minha respiração controlada. Outra sequência de socos acompanhou os pensamentos antes que meu corpo pudesse clamar por descanso do seu próprio jeito. Precisei dar alguns passos para o lado e foi só até onde consegui chegar visto que o azedo sabor de bile logo assolou minha garganta, acompanhado pela pressão no estômago que trouxe o que deveria ser um vômito, mas tornou-se apenas um urro quase agonizante enquanto eu me dobrava com as mãos na barriga. Respirei fundo e com um grito de frenesi me aproximei de outra árvore e a soquei. Uma, duas, três vezes, mas já doía demais. E isso importava? Dez vezes. “Bastado”. Cem vezes. “Você nunca será um de nós de verdade”. Duzentas vezes.
Me dobrei novamente com o corpo buscando pelo vômito que não existia.
“Que merda… eu realmente não tenho nada para colocar pra fora… e agora minhas mãos doem demais graças aos socos de raiva na árvore”, ponderei, praguejando minha tamanha irresponsabilidade ao praticar atividades físicas de forma tão intensa sem antes me alimentar corretamente e sem a cautela de pelo menos enfaixar as mãos. A verdade é que eu não pude pensar sobre isso, afinal meu dia estava apenas começando quando… Bom, quando aquele filho da puta engomadinho de cabelo liso e longo, com seu kimono chique adornado pelo símbolo dos Hyuuga me olhou com desprezo e deixou que as palavras saíssem de seus lábios finos: “Bastardo”. Tudo bem, eu já devia estar acostumado, mas esse foi o primeiro dia em que acordei não como um aluno da academia, mas sim um ninja formado que agora carregaria com orgulho sua bandana que, talhada no metal, portava o honrado símbolo da Folha. Imaginei que talvez começassem a me considerar com mais igualdade a partir desse tão sonhado dia.
“Ingênuo”, pensei. É claro que não seria assim. Eu era apenas uma vergonha para o clã mais presunçoso da vila, com seus olhos brancos e suas tradições idiotas. Encostei-me na base de uma árvore e respirei um pouco, aproveitando a brisa fria da manhã de inverno para refrescar as mãos que ardiam e tremiam levemente. “Um dia eles vão engolir essas palavras. Eu serei o melhor deles e ninguém mais vai poder me tratar com diferença. Meus olhos não serão uma maldição só porque alguns velhos do clã pensam que eu não os mereço”, concluí, levantando-me após sentir que o ar havia voltado aos meus pulmões.
Recuperei os pesos no chão e me coloquei em posição de luta mais uma vez, porém dessa vez havia algo diferente em meus movimentos. “Byakugan!”, foi a técnica ocular que eu invoquei e isso possibilitaria que eu acessasse o estilo de luta Juken. Com o equipamento em mãos, sentia claramente a dificuldade em manter a leveza dos punhos que o estilo exigia, mas eu precisava fortalecer minha estrutura muscular e aquele treinamento era imprescindível para que eu me tornasse ainda mais rápido e forte. Então eu desferi o primeiro golpe no tronco da árvore, e este movimento foi acompanhado por uma centena de outros socos. Senti o músculo trapézio queimar devido ao porte dos pesos. Pensei em soltá-los, mas continuei mais um pouco. Só mais um… soco.
Meus joelhos alcançaram a grama e as veias que antes acentuavam-se pela lateral do meu rosto sumiram. O desgaste causado pelo uso do byakugan fez minhas forças se esgotarem e já não conseguia mais ficar de pé. Antes que meus olhos se fechassem, tive tempo para olhar o céu tão azul entre as árvores e o sol numa posição que indicava as várias horas que eu passei ali. “Eu preciso me tornar… mais…” Então o sono me alcançou, e tudo que eu me lembro é de acordar no campo de treinamento algum tempo depois e me direcionar novamente até o fundo do dojo do clã onde eu morava, apertado entre outros pesos e panos para lustrar a madeira naquele pequeno quartinho arranjado.
わ
HP:300/300 | CH:240/300 | Sta: 2/2 (até o desmaio)
- Considerações:
treinamento de atributo Força (1 PdA) em forma de Flashback
840 palavras segundo o app Q10.
Byakugan: 500m de alcance
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Xenomorph
Mestre
@Aprovado - 1 PdA em força.
"Os Hyuuga sempre tiveram problemas dentro de seu clã, e com Ainz não era diferente. Por carregar um doujutsu tão importante, a pressão sempre estaria em seus ombros para ser tão bom quanto o clã quisesse. Mesmo assim, alguns ainda viam desgraça no menino..."
"Os Hyuuga sempre tiveram problemas dentro de seu clã, e com Ainz não era diferente. Por carregar um doujutsu tão importante, a pressão sempre estaria em seus ombros para ser tão bom quanto o clã quisesse. Mesmo assim, alguns ainda viam desgraça no menino..."
- Feedback:
Bom treino. Texto bem montado e senti boas interações com a personalidade do seu char. Parabéns!
Vila : Sem vila
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Bardo
Chūnin — Konoha
|クソ野郎
"flashback: entre missões simples",
Corria incansável por entre as árvores dos arredores da altiva Konohagakure. O cenário outrora esverdeado, colorido pela folhagem típica, hoje estava coberta pela tristeza fina e quase imperceptível que formava uma espécie de tapete sujo e mal colocado, como se a estação tivesse o poder de deixar todo o cenário com um aspecto menos vívido em sépia. Apesar da paisagem, eu conseguia me sentir extremamente confortável ali, afinal o frio nada mais era se não um adendo ao meu treinamento se assim eu condicionasse meu cérebro: Para quem deseja forçar seu corpo ao máximo, um clima que força os músculos e os cobra mais desempenho para que ocorra um bom funcionamento já é o começo de treinamento por si só. Entre todos pensamentos, não parava de correr um segundo só.
Nessa noite fria, com a respiração ofegante e o pesado moletom suado sobre o corpo, eu só pensava em poder me tornar mais apto como ninja, afinal minha profissão logo começaria a dar sinais do quanto seria preciso dedicação e empenho. Eu compreendo, sendo apenas um shinobi recém saído da academia, certamente não deveria ficar pensando nessas coisas, mas… No mundo ninja, somos treinados desde muito novos para no futuro enfrentar inimigos e sobreviver à combates, então qualquer deslize significaria a morte e eu não preciso que nenhum sensei me diga explicitamente essa frase pra que eu saiba. Em breve, deixaria de passear com cachorros ou fazer entregas de comida e o uso do Byakugan se tornaria ainda mais necessário, ou seja, meu corpo precisaria aguentá-lo ativado por mais tempo, então era sabido da extrema importância de aumentar a estamina do meu corpo. Graças a isso, mesmo com os músculos da perna queimando em súplica para uma pausa, eu não poderia parar.
Senti meu Chakra fluir por dentro de meus pontos vitais. Minha veia era sangue quente. Tudo precisava trabalhar em harmonia, passo após passo. Inspiração e respiração, produzindo a famigerada fumaça de ar quente que saía da boca ao entrar em contato com o clima frio, incansável em sua labuta. Precisava aguentar, afinal não era possível aumentar minhas capacidades físicas sem passar por provas comprobatórias. Sendo assim, pensando em um futuro onde eu precisaria rastrear alguém, ativei com um selo de mãos o Byakugan, bradando o nome da técnica e sentindo as veias pulsarem pelas laterais do meu rosto enquanto eu tentava não perder o passo. Correr e observar o cenário ao redor era extremamente difícil, ainda com os brancos olhos que a tudo vêem. Pulei por entre as árvores e rasguei entre as copas, me impulsionando através dos troncos e galhos mais resistentes, tudo isso enquanto me forçava a observar o cenário 500 metros à frente.
Até onde mais eu aguentaria? Desativei a técnica ocular e tentei sentir o cansaço causado pela técnica ocular. Saltei, correndo durante, no mínimo, duas horas. Quando minha pele minava suor, brilhante à luz do frio luar, senti que não conseguiria mais: Daí então coloquei-me a correr mais rápido, ainda que cada músculo de minhas pernas começasse a travar em câimbras e as células pedissem para que aquela corrida parasse: Pois não pararia. Não poderia parar. Precisava me tornar mais forte, para ser um ninja melhor e poder cumprir com seus objetivos. Eu seria reconhecido naquele maldito clã. Não morreria pelo caminho. Não seria o bastardo. Imagine só se mais 10 passos que desse num treinamento fosse o suficiente para que adquirisse um segundo a mais de resistência que poderia manter-me vivo para escapar de algum ataque inimigo. Se eu seria um ninja, então precisava ser o melhor.
Em dado momento, minhas pernas falharam e vi o chão se aproximar com velocidade do meu rosto. O impacto da terra fria deixou uma dor lancinante na minha testa e queixo. Não era tão ruim quanto havia pensado, mas ainda assim aquilo significava que meu corpo esfriaria em questão de segundos. Rolei e coloquei a barriga para cima, antes de tentar me dobrar e então falhar em ficar de pé.
"Merda. Minhas pernas não respondem mais", pensei. estava realmente cansado e parecia que não poderia mais contar com as minhas pernas... O que não queria dizer que o treino precisava parar ali: Rolei dessa vez para trás, passando as costas pelo chão e com o impulso levantando o corpo ereto, mas apoiado pelas mãos assim como um malabarista, e daquela forma começaria o caminho de volta - o que não era tão longe, visto que corria em círculos para não me distanciar muito da vila enquanto corria.
Aquele tipo de movimento nitidamente mudava o eixo central do meu corpo e os músculos necessários para uma “corrida”. Dessa vez, senti meus tríceps e bíceps queimando em conjunto com o antebraço, firmes em aguentar todo o peso da sustentação. Para manter as pernas retas, sentia o abdômen sendo forçados e intensificados no processo. Decidi rogar pelo “Byakugan!” mais uma vez e alcançar a visão privilegiada enquanto caminhava com as mãos. Era uma cena estranha, e eu torcia a cada segundo pra nenhuma gatinha me visse naquela situação. Com a técnica hereditária da família, os movimentos pareciam até mais fáceis de serem executados.
De repente, senti meu corpo extremamente pesado e minha respiração ofegante. Aquele havia sido meu limite. A visão ficou turva e embaçada, e tudo que senti foi o frio de pedra em minhas costas. Havia caído? Ao que parecia, estava realmente muito fraco. Precisei de um tempo imóvel para conseguir recuperar novamente minhas forças, até sentir-me disposto e poder finalmente sair dali.
Entre devaneios, um sorriso involuntário de "dever cumprido" brotou em meu rosto. Apesar de colocar-me no limite e pagar o preço por isso, ao menos senti que meus treinos estavam valendo a pena cada vez mais. E se eu parasse só pra um cochilo? Meu corpo queimava a cada passo, mas não poderia passar a noite no relento de inverno, então não parei minha caminhada rumo ao fundo do dojo dos Hyuuga. Não demorou até que eu pudesse finalmente deitar em minha pequena cama naquele quartinho estreito para aproveitar o bom regozijo de quem sabia estar, ao menos, tentando cumprir o seu papel.
わ
HP:300/300 | CH:200/300 | Sta: 2/2
- Considerações:
treinamento de atributo Stamina (1 PdA) em forma de Flashback
1,020 palavras segundo o app Q10.
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Aprovado
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[size=38]Bom treino, aconselho que coloque as armas ninjas no spoiler invés de "vide a ficha".[/size]
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Bardo
Chūnin — Konoha
|クソ野郎
"O monólogo de um velho",
De rosto molhado, misturando suor e água, conseguia manter uma expressão séria e concentrada, ainda que a fadiga incomodasse os músculos das coxas e panturrilhas que agora ardiam em forma de súplica, clamando por descanso. Meu corpo já apresentava cansaço, mas ali seguiam meus pés, firmes e insistentes, correndo sem sair do lugar contra o fluxo daquela esteira improvisada: A cachoeira parecia uma ótima escolha para que o meu treinamento de aperfeiçoamento corporal e maior resistência física seguisse, insistia meu mestre, e não houve protesto que sequer o fez repensar o assunto. Eu realmente achava difícil manter o chakra concentrado em meus pés durante tanto tempo, como se estivesse acelerando contra uma parede infinita e totalmente instável. O ritmo frenético da afluência não me deixava respirar, e um passo em falso me faria rodar para cair de queixo, rompendo contra a pedra da cachoeira que situava-se metros abaixo de mim, solitária na base da queda d’água, tendo ainda a necessidade de correr sempre na velocidade contínua que o fluxo da correnteza ditava, impiedosa e pouco preocupada com o ritmo que seria mais confortável para mim em uma corrida.
Tem também a maldita dor na coluna… Alguém fala sobre a coluna? Manter-se inclinado em noventa graus, paralelo à gravidade, é inevitavelmente cansativo - desculpa você não conseguir entender isso se nunca foi um ninja -, mas O Salgueiro é um ancião shinobi e com certeza entendia cada palavra. Portanto, eu não poderia deixar de reclamar, contudo ele ouvia tudo com uma cara de explícito desprezo e apenas dava de ombros.
— Ora, eu já sou um velho, cansado demais e com dores em lugares do corpo que você nem imagina que tem — Dizia a voz enferrujada do magro senhor sentado à beira de uma árvore que fazia sombra próxima à margem da cachoeira onde eu corria. Ele descascava uma laranja com um sorriso irritantemente satisfeito no rosto, utilizando uma kunai para separar os gomos e depois mastigá-los com sua boca sem lábios — O que não quer dizer que eu não poderia te vencer em uma corrida. É só que meus quadris já não são mais os mesmos, melhor não ficar gastando meus ossos com inutilidades como o treinamento de um Genin que mal consegue manter seu Byakugan ativado por alguns minutos sem ficar ofegante igual um cachorrinho com sede. E é por isso que estamos aqui: Pra eu comer laranja aproveitando a gostosa brisa do inverno de Konoha.
“Pois tomara que uma pneumonia te leve junto desse seu pulmão de velho fodido”, pensei, mas não poderia me dar ao luxo de descompassar meu fôlego respondendo aquele caduco babão e suas provocações. Mantinha-me firme naquela corrida de ritmo acelerado e ininterrupto, agora carregando olhos brancos semi-cerrados devido ao incômodo do sol no meio do céu, indicando-me que já fazia um bom tempo desde que eu havia começado o treinamento.
— Hm, quer dizer que você está calado? Não tem mais nenhuma reclamação? Não quer que eu diminua o fluxo da água para você? Acho que não. Isso é bom, talvez eu possa ter um tempo falando coisas importantes sobre o clã sem que você me interrompa — O Salgueiro falava lentamente, e vez ou outra dava-se um tempo para respirar e organizar melhor as palavras que diria à seguir. Após uma dessas pausas, continuou: — Você sabe que coisas importantes estão acontecendo, não é? Sei que não é idiota, percebe a movimentação e os cochichos pelas ruas ao verem seus olhos, não? Existem rumores por aí sobre as grandes e nobres famílias da vila. Acusações e escândalos inimagináveis feitas no pronunciamento daquele que deveria ser o maior pilar de Konoha...
Pigarreou, cuspindo uma semente, mas insistiu em começar a mastigar outro gomo como se fosse chiclete. Tudo que eu queria era que aquilo acabasse, era difícil manter minha mente focada no que ele estava falando e também no exercício. Problemas no clã? Como assim? Eu não sei se ele lembra, mas eu moro no fundo de um dojo esquecido pelos Hyuuga, em um lote afastado e sem muito cuidado, só porque eles não ligam mesmo. Eu não fico à par do que acontece ou não no clã. Porra, não era ele que sempre gostava de me lembrar do quão “bastardo” eu sou? Não que O Salgueiro fosse uma pessoa ruim. Na verdade, à ele eu devo a minha vida, mas se o clã estivesse passando por problemas, eles que se resolvam. Ninguém mostrou compaixão ou afeto por mim naquela família além dele, então sinceramente, eles que se explodam em suas tramas de elitistas blasé. Que sejam acusados pelo assassinato do Shodaime - um minuto de silêncio em respeito à ele -, e que abram mais espaço pra minha ascenção. Eu serei o grande ninja líder d’Os Olhos que tudo vêem, e que justiça seja feita.
— Você entende porque eu te falo essas coisas? Você tem olhos especiais… Olhos especiais são como um alvo em suas costas. Você é uma presa que deve ficar em constante estado de alerta — Ele não precisava me lembrar disso. Uma memória passou por um segundo em minha cabeça. Casas queimadas, uma mulher sendo esfaqueada na barriga e me mandando correr. Tudo porque queriam meus olhos. Tudo porque um homem com essa carga genética transou com uma camponesa. Fechei ainda mais o cenho e apertei os punhos, liberando energia. Aqueles olhos nunca foram presentes. Em meu rosto, uma maldição pálida que me acusava onde quer que eu fosse. O velho parou de cortar a fruta e seu tom ficou mais grave. — Existem clãs com olhos especiais. Quem sabe um dia você entenda mais sobre isso. O próprio Hokage era um homem assim, bem como um daqueles entre os cotados para serem sucessores do Shodaime, de sobrenome Hyuuga… Entende como seus olhos podem ser relevantes dentro de um sistema de estrutura social? Você precisa compreender tudo isso se quiser sobreviver, mas acho que você é idiota demais pra entender isso, então melhor eu parar por aqui.
Sim, e eu realmente sou. Mal conseguia manter-me acordado tamanha a sensação de queda de pressão que eu sentia, imagine só refletir sobre a filosofia do Byakugan que o Salgueiro queria me ensinar. Minha visão começava a ficar turva e a boca amarga ansiava por deixar o vômito sair, mas eu não poderia deixar que isso acontecesse, não enquanto eu não provasse pro velhote que eu conseguiria manter-me apto aos seus treinamentos, então continuei correndo contra a cachoeira.
— Vamos, use o seu Byakugan. Quero que você repare que próximo ao carvalho que cresceu situado em linha reta à extremo leste daqui, ao contar exatos quatrocentos e noventa e nove metros, tem uma mensagem endereçada à você que eu mesmo escrevi. O que acha? Pode usar o seu Byakugan mesmo em condições extremas? — Falou o senhor de sobrancelhas brancas tão longas que caíam por sobre as laterais dos olhos, provocando-me com seus truques.
Usar o Byakugan à essa altura do jogo? Eu teria que tirar forças de algum lugar escondido dentro de mim que eu dificilmente acho que existe, mas não poderia deixar de tentar, não agora que havia chegado tão longe, ainda que isso me custasse uma boa cicatriz feita por aquela pedra. Ótimo. Respirei fundo e senti a pressão subindo até minha cabeça, revelando largas veias sobre a minha fronte, transportando chakra intenso até a minha visão que, sem demora, se estendeu por um longo perímetro. Concentrei-me à leste, levando a procura até um carvalho onde repousava um pequeno pergaminho aberto. Li apressadamente, encontrando a seguinte frase escrita: “Eu disse que usar o Byakugan ainda te cansa demais”.
O que? Esse vovô tá de sacanagem comigo? Foi tudo que eu consegui pensar antes de sentir minhas vistas escurecerem de vez, levando embora todo privilégio do sentido e permanecendo apenas o breu. Senti o fluxo da cachoeira arremessar meus pés para trás e meu corpo formar um ângulo certo até a pedra, então apaguei. No cenário, apenas um velho com a ponta dos pés sobre a estrutura sólida em formato de espeto que adquiriu essa forma após anos sofrendo os impactos da água de cachoeira. Nos braços daquele senhor, um jovem desacordado e incapaz de continuar.
— E parece que o treinamento terminou… Só espero que você tenha entendido que foi muito mais sobre você, sua segurança e seu bem estar, do que sobre uma corrida cansativa, meu garoto — Disse o Salgueiro, partindo sem demora dali com seu pupilo nos braços.
ク
HP:300/300 | CH:210/300 | Sta: 2/2
- Considerações:
Hyūga Ainz - aparência
Salgueiro: aparência
Byakugan - 500m de alcance
1,416 palavras segundo o Q10.
Treino de Stamina duplo, galgando 2PdA.
- Armamentos:
- Kunai - 4un
Shuriken - 4un
Kibaku Fuda - 4un
Kemuridama - 3un
Hikaridama - 1un
Pílula Zōketsugan - 4un
Pílula Hyōrōgan - 4un
Kōsen - 4metros
Vila : Konohagakure no Sato
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Ultraviolence
Mestre
@Aprovado
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Bardo
Chūnin — Konoha
|クソ野郎
"flasback: guarda-chuvas amarelos",
— Chuva torrencial?? — Indaguei, irritado. Meu kimono negro e branco que dividia as cores em exato contraste estava encharcado, assim como as bandagens cujo qual eu envolvia pernas e braços enquanto seguia em uma espécie de infinito e cansativo trote, concentrado também nos movimentos do velho Seiji em minha frente que parecia empenhado em me atacar, embora fosse nítido o meu cansaço. O maldito falava coisas inúteis como o funcionamento de uma chuva torrencial. Sabe como é? Ele faz aquela pose e diz todo cheio de si: "São chuvas fortes que se aplicam em uma pequena área de uma só vez, como se as nuvens tivessem um grande pranto para chorar". Explicava que isso fazia a correnteza ficar mais forte e era mais difícil usar o chakra sob os pés para correr contra ela. Sim, porra, eu entendo... Mas isso significa que temos que ficar exatamente no meio desse fenômeno?
Já era difícil manter o ritmo constantemente rápido a fim de não ser levado para longe da árvore demarcada pelo meu sensei à margem daquele rio. Para isso eu precisava sustentar uma corrida contra a água e minhas pernas queimavam devido ao exercício ferrenho. Era impossível distinguir em mim o que era chuva, rio ou suor, mas ainda assim, correndo de costas contra a correnteza, lá estava o velho ancião Hyuuga que por algum motivo resolveu me treinar, ainda que eu fosse um adolescente cabeça-dura e pouco atento ao que ele fala. O homem não se importava com a minha condição de bastardo e apenas estava lá - apesar de às vezes eu achar que o velhote era só um metido que gostava de se mostrar o "fodão" -, como se corresse de costas em uma esteira, fazendo com que parecesse fácil.
— Você é só um idoso que não via o momento de achar alguém pra torturar. Como acha que eu vou conseguir lutar contra você e correr contra a correnteza ao mesmo tempo? É impossível — Reclamei, correndo com um fôlego cansado enquanto expressava cada palavra. Por baixo daquelas sobrancelhas longas e grisalhas puxe ver os olhos brancos do homem se fecharem com um sorriso de quem se diz muito esperto.
— Ora, eu só te espanco porque você permite. Eu adoraria que você se defendesse — Disse o Salgueiro de Olhos Brancos, amaldiçoado seja. Sua voz de sabichão veio acompanhada de uma risada que só soou para adornar ainda mais minha humilhação. Não contente, o velho tentou um primeiro chute, aproveitando o embalo da esteira que a água fazia. Cerrei os olhos para que as gotas da tempestade não atrapalhassem minha visão e consegui girar a tempo e continuar correndo em seguida. Dessa vez, faria diferente: Com a maior velocidade que podia, exclamei pelo "Byakugan!", convocando as veias que emanavam chakra para o meu olho, inflando-se nas laterais do meu rosto. Dessa vez, era como se eu pudesse exercer aquela batalha no meu melhor estado.
Ousaria dizer até que o fluxo da água estava mais fácil de ser entendido agora. Dessa forma, movia meu corpo sem desperdiçar movimentos, economizando energia e sendo capaz de entender melhor meus arredores. Isso incluía as investidas de Seiji que não tardaram a vir: Como se fizesse uma espécie de dança, a palma do homem deslizou pelo ar, cortando a chuva e vindo em direção ao meu pescoço. Apertei o cenho e agachei rapidamente, continuando a correr mesmo de cócoras e em uma posição desconfortável, mas ainda assim ativa. O joelho do velhote veio em minha direção e gloriosamente pude rolar para o lado. Ele tentou golpear-me com o calcanhar, mas eu mantinha meus olhos atentos ao seu corpo, respiração e a forma como se movimentava para não ser levado pela correnteza. Era como se entendesse-o melhor. Apoiei as mãos para trás e me ergui com um salto invertido, colocando-me de pé.
Meu Byakugan foi desativado. Eu estava exausto e nem sequer sabia se conseguiria aguentar a próxima sequência de golpes. Talvez eu devesse só afundar e deixar o rio me levar embora. Olhei pro lado e, pasmem, não vi o Salgueiro sobre o rio, correndo comigo. Estávamos lutando agora pouco. Onde havia se metido? Saltei para a margem e deitei, não importando com o peso das gotas da "chuva exponencial" - falei com a voz do velho - no meu rosto. Apenas respirei fundo e deixei meu corpo descansar. Ativar o Byakugan me cansava muito e eu precisava esperar um tempo. Senti uma sombra atrapalhar algumas gotas de chegarem à mim e então ali estava o velho com dois guarda-chuvas amarelos.
— Não tem nenhuma frase sábia pra dizer, velhote? — Instiguei, jogado na grama encharcada.
— Na verdade. Tenho sim — Ele se agachou e abriu o guarda-chuva sobre mim, pacientemente esperando até que eu o conseguisse segurar. Quando assim o fiz, ele abriu o próprio e se protegeu também — Não foi você que escolheu ser um ninja? Então precisa fazer isso direito ou vai morrer muito mais cedo do que gostaria. Você tem olhos que são uma herança, então saiba usá-los. Consiga sustentá-los. Quanto mais tentar, mais vai se sentir apto. Não é sobre me vencer numa batalha dupla contra a correnteza e o seu mestre. É sobre estar ali, insistindo. Movimento. Resistência. Concentração. Auto-conhecimento. Entende?
Sim, eu entendo hoje, Seiji. Muito obrigado. Obrigado pelo guarda-chuva e me desculpe por ter dormido e não conseguir te responder naquele dia.
ク
HP:300/300 | CH:240/300 | Sta: 2/3
- Considerações:
Treino em formato Flashback galgando 1PdA de Stamina
palavras: 902/500
(Hyūga Ainz aparência),
Seiji, o Salgueiro, aparência.
Byakugan (desativado) - 500m de alcance
técnicas utilizadas:Byakugan
Requerimentos: Clã Hyūga
Descrição: O Byakugan (白眼; Literalmente significa "branco do olho") é o dōjutsu kekkei genkai do clã Hyuga. É um dos Três Grandes Dōjutsu (大三 瞳 术, Daisan Dōjutsu), juntamente com o Sharingan e o Rinnegan. Aqueles que herdam o sangue deste clã quase inexpressivo, tem olhos brancos. Quando o Byakugan é ativado, as pupilas do usuário se tornam mais distintas, e as veias se elevam perto dos olhos. Parece também que ao contrário dos outros dois grandes dōjutsu, todos os membros do clã possuem e podem usar a kekkei genkai desde o nascimento, em oposição à necessidade de despertar ou mais, não herdá-lo em tudo.
As Habilidades do Byakugan deixa-o muito cobiçado por outras aldeias, como evidenciado por Kumogakure que tentou roubá-lo, um evento que levou até o que é conhecido como a "Questão dos Hyūga". Ao de Kirigakure foi capaz de obter um único Byakugan de um Hyūga que ele derrotou, e utiliza grandes forças para protegê-lo. Ao mesmo tempo, Danzō Shimura tentou igualmente recuperar ou destruí-lo. Ao contrário de um Sharingan transplantado, um Byakugan transplantado pode ser ativado e desativado a vontade.
- Armamentos:
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Flashback aprovado.
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