[Aventura] — Corrupção

O plano de atrasar o grandão saiu... um pouco diferente do esperado. Eu apenas queria que ele de alguma forma desistisse da ideia de entrar na outra sala enquanto eu prepara alguma coisa, mas aparentemente a minha escolha de palavras colocou algumas coisas em perspectiva na sua mente. Recuando assustado alguns passos para trás, percebi que ele estava voltando uma frustração repentina na direção do seu assistente. Àquela altura, se tivesse um combate, eu preferiria que fosse um contra um. Foi por isso que mesmo com certo medo, eu me mantive fazendo o papel de assustado. Foi quando ele soco certeiro veio e eu não quis desviar. Antes que ele chegasse em mim, fechei os olhos e anunciei mentalmente.

— Liberar.

Quando abri os olhos no segundo seguinte, eu já estava na outra sala. De volta ao meu corpo verdadeiro, não me permiti perder tempo. Eu precisava de um plano de ação contra aquele colosso. O assistente de antes parecia estar preparando algo quando o encontrei nesta sala, então eu imagino que deve existir algo que funcione ao meu favor no meio de tantas coisas. Vasculhando pelos arredores, eu coloco a sensação estranha para jogo afim de antecipar uma aproximação do Kamashiro, ao passo que procuro entre seringas, substâncias e a ampolas algo que diga "isso aqui vai servir". Algum tipo de anestesia, que imagino ter sido usado no processo antes, sabe? Algo que realmente faça com que ele caia desacordado. Sentindo o cansaço pelo tempo que mantive o Shintenshin, eu tento ser apenas prático naquele momento.

O bem da missão dependia daquilo.

HP: 600/600 | CH: 600/600 | ST: 5/6
Ato Compulsório: 2/3

considerações:

jutsus utilizados:

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Eu não sei exatamente o que eu esperava encontrar com aquela busca toda, mas acho que na hora do desespero a gente busca a esperança em qualquer lugar. Pegando aqueles frascos sem nome um por um, eu esperava que existisse pelo menos uma única etiqueta que me ajudasse a encontrar uma saída fácil. Os médicos pareciam ser bom demais para sequer nomear o que usavam. Anos de experiência, talvez? Não soube dizer. O ponto é que de forma involuntária comecei a enrolar um fio de cabelo no dedo da mão direita quando aquela presença avassaladora se colocou a passar pela porta.

Recuei um passo e teria recuado um pouco mais se não tivesse batido de leve na mesa. Não tinha para onde correr. Meus olhos correram pela mão do homem: coberta de sangue e com alguns restos que pareciam ser de humano, eu sabia agora o que aquele estrondo de segundos antes significava. Ele tinha mesmo detonado o seu assistente com apenas um movimento. Ele não aparentava ter remorso algum. Pelo contrário, parecia estar muito confortável com aquela situação.

— Desculpe, senhor, acho que não fomos apresentados. — disse, curvando um pouco a cabeça. Eu podia me aproximar e usar a seringa nele, mas considerando que ali tinham coisas preparadas pelo assistente, as chances de ter algo letal eram quase nulas — Cheguei aqui esta manhã para ajudar nos preparativos. Não tinha permissão para ir além dessa porta, então fiquei esperando. — continuei a encenação ao colocar a mão para trás do corpo. Eu ainda estava com o jaleco e demais apetrechos de proteção, então não tinha como meu argumento não ser crível — Como se sente? Posso lhe ajudar em alguma coisa? — perguntei por fim. Eu estava... ganhando tempo. Estava próximo demais do inimigo e ainda me recuperando do cansaço de antes, então não podia simplesmente me meter em um combate. Desde que ele não desconfiasse de nada, eu poderia ficar ao seu lado até ter um plano concreto. O atual envolvia o túnel, mas... eu precisava sair dessa ala subterrânea primeiro. Torcia para que ele me pedisse por algo que eu tivesse a chance de subir as escadas primeiro. Se eu tivesse a dianteira, conseguiria dar um jeito nisso.

HP: 600/600 | CH: 600/600 | ST: 4/6
Ato Compulsório: 0/3

considerações:

jutsus utilizados:

equipamentos:

Não fosse pela situação ainda tensa que eu me encontrava, pelo menos uma risadinha teria dado quando vi aquele disfarce de sujeira ser retirado. Não fazia muito sentido, já que qualquer pessoa poderia constatar que não tinha como o lugar ficar naquele estado, mas funcionou. Digo que funcionou porque nas primeiras horas de investigação eu tomei muito cuidado com onde pisava e tocava puramente pela lama e sujeira, coisa que aparentemente era algum tipo de "distração". Meu conhecimento sobre genjutsu não é dos maiores (mesmo que a mente seja minha especialidade), mas qualquer técnica daquele tamanho deveria ser incrivelmente custoso de se manter. Se não o fosse, então deveria ser de alto calibre. Todo aquele cenário apenas colaborava com o fato de Kamashiro ser mesmo um gênio. É mesmo uma pena que tenha se deixado levar pelo desespero. Ainda que eu não concorde com suas ações, eu consigo ter um pouco de empatia pelos seus motivos. Talvez, se eu tivesse feito uma ou duas escolhas diferentes há dois anos atrás, eu poderia estar ao seu lado.

— Imediatamente, senhor. — respondi deixando o devaneio de lado e começando a me afastar depois de uma reverência. Mesmo que o médico estivesse de costas para mim, eu me peguei tão imerso no papel de assistente que continuei agindo como um subordinado inconscientemente. Quando dei a volta na sala e comecei a subir a escadaria, precisei dar uma pequena pausa para respirar fundo. O plano àquela altura era usar dos papéis explosivos que eu carregava comigo para soterrar o colosso que ficou para trás, uma vez que só existia aquela saída.

Estava me preparando mentalmente para aquilo quando notei o esquadrão de assassinato se aproximando e só então pude realmente soltar um suspiro de alívio pleno. Eles, sim, saberiam como lidar com aquele problema. Mantendo a discrição, me aproximei deles e esperei que me designassem alguém para explicar a situação. Sem esconder nada, contei tudo que tinha descoberto até ali, até enfim chegar na parte dos estagiários e o doutor.

— Eles estavam preparados para tudo. — comentei, me referindo ao mecanismo de segurança inserido naquela máquina que ocasionou na morte prematura dos estagiários — Mas aquele cara... ele parece ter ficado muito forte. Eu não vi pra ter certeza, mas acho que ele matou uma pessoa com um soco só. — avisei, numa tentativa de deixar mesmo os assassinos mais preparados da vila por dentro do que podia acontecer. Depois disso, eu esperaria por um comando deles. Tinha permissão para me retirar? Deveria reportar para o gabinete de missões? O que me mandassem fazer, eu faria, incluindo voltar lá e ajudá-los na captura.

HP: 600/600 | CH: 600/600 | ST: 3/6
Ato Compulsório: 1/3

considerações:

jutsus utilizados:

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